Domingo, 23 de Abril de 2023

«O aniversário do regime», por Pedro Ochôa, no Jornal Sol

 

Um texto que diz da nossa triste realidade.
Concordo com tudo, excepto quando Pedro Ochôa diz «Para abrilhantar a festarola, contratou-se como artista principal um tal de Lula da Silva, que quis o destino que ocupe de momento a mais alta magistratura do maior país de língua falante portuguesa.»

O Brasil NÃO é o maior país de língua falante portuguesa. Essa palma leva-a Angola. Basta ouvir Lula da Silva, para chegarmos a outra conclusão. O Brasil NÃO fala, nem escreve Português. O Brasil transformou o Português na VARIANTE BRASILEIRA do Português, e é isso que eles falam e escrevem. Só que, por motivos unicamente políticos, ainda preservam a designação “portuguesa”. Porém, logo que os objectivos do Brasil sejam atingidos, a Língua passa a ser BRASILEIRA.

De resto concordo com tudo o que Pedro Ochôa diz, porque é o retrato real do nosso triste país, que este 49º aniversário do “25 de Abril”, nada tem para comemorar, apenas, para LAMENTAR.

Isabel A. Ferreira

 

Pedro Ochôa.png 

Pedro Ochôa
 

 A democracia de Abril menospreza por inteiro os problemas que condicionam o nosso crescimento económico e social, preferindo focar-se nas causas que não põem comida na mesa dos portugueses, como o aborto, a eutanásia, os casamentos homossexuais, a adopção de crianças por casais homossexuais e agora, mais recente, a última moda, a oportunidade dos miúdos poderem escolher, em ambiente escolar, o género com que se identificam, seja lá o que isso for!

 

O regime prepara-se para festejar mais um aniversário da sua fundação, tendo escolhido para local dos festejos, conforme vem sendo hábito, aquele imenso circo a que pomposamente chamam casa da democracia e dentro do qual se pavoneiam, acredito que com algumas, mas certamente escassas, excepções, mais de duas centenas de inúteis que nada produzem, a não ser oferecerem-nos, quase diariamente, degradantes espectáculos rascas onde predomina a falta de educação e a total ausência  e a total ausência de sentido de Estado.

 

Para abrilhantar a festarola, contratou-se como artista principal um tal de Lula da Silva, que quis o destino que ocupe de momento a mais alta magistratura do maior país de língua falante portuguesa.

 

Parece, no entanto, não se ter consigo obter consenso quanto à actuação daquela versátil celebridade, facto que se estranha e de difícil percepção, atendendo a que seria quase impossível encontrar-se alguém com melhor currículo do que ele para se dirigir à nossa triste classe política na festa que se aproxima.

 

Na verdade, Lula é uma fonte de inspiração para os politiqueiros que se têm entretido a destruir a nossa milenar Nação, pois ele notabilizou-se, precisamente, por implementar no Brasil as principais conquistas que a partidocracia de Abril instituiu por cá: corrupção, nepotismo e falhanço da justiça!

 

Poderá, assim, aproveitar o palco que lhe é oferecido para explicar como logrou espalhar a corrupção por todas as estruturas do Estado, enriquecer e distribuir riqueza pelos seus amigalhaços e familiares mais próximos e, após ser condenado pela justiça e ter cumprido pena de prisão, conseguir safar-se através de alegados erros processuais e concorrer de novo à presidência.

 

Poderá, igualmente, orgulhar-se do seu maior feito: apesar de todos esses constrangimentos de índole criminal, obteve a aprovação do eleitorado, que lhe conferiu o poder de o representar e governar!

 

Sócrates, o nosso estudante de filosofia, não o filósofo grego, será, seguramente, um ouvinte atento!

 

Naturalmente que a rapaziada que, entre nós, tomou de assalto os vários corredores do poder, pouco, ou mesmo nada, terá a aprender com Lula, atendendo a que há muito que se especializou na arte de depauperar os fundos públicos, seja por desfalques intencionais ou por simples incompetência a que não é alheia a plena impreparação para o exercício de funções no aparelho do Estado.

 

Há muito que deixámos de ter profissionais na política, gentes com valores, princípios e experiência de vida suficientemente rica para porem ao serviço da comunidade os seus conhecimentos adquiridos ao longo de anos de trabalho, para passarmos a ter políticos profissionais, garotos que nunca exerceram um ofício para além da sabujice construída nos gabinetes ministeriais, parlamentares e autárquicos e tendo como único objectivo a satisfação dos interesses partidários e dos chefes a quem se entregam com uma fidelidade canina.

 

Tomam decisões que afectam a vida de milhões de pessoas, sem que alguma vez tenham tido a seu cargo a responsabilidade de pagar um ordenado a um trabalhador que seja, nem sequer passado pela condição de empregados de outrem.

 

Não sabem o que é mandar e muito menos como obedecer!

 

Abril produziu uma geração de políticos incultos e demagogos que, sem nenhum pudor, afastaram progressivamente aqueles que ainda se reconheciam por alguma verticalidade e noção de dever, passando a gerir o País de igual modo como o fariam numa qualquer agremiação recreativa.

 

Focados na política espectáculo, governam para as televisões e ao sabor das sondagens e da opinião publicada, tendo como exclusiva preocupação as eleições seguintes e estando-se a borrifar para o legado a deixar às gerações futuras.

 

Pensa-se apenas no dia de hoje e ignora-se por completo o dia de amanhã!

 

A democracia de Abril menospreza por inteiro os problemas que condicionam o nosso crescimento económico e social, preferindo focar-se nas causas que não põem comida na mesa dos portugueses, como o aborto, a eutanásia, os casamentos homossexuais, a adopção de crianças por casais homossexuais e agora, mais recente, a última moda, a oportunidade dos miúdos poderem escolher, em ambiente escolar, o género com que se identificam, seja lá o que isso for!

 

A ideologia do género impôs-se ao aumento da produtividade, daí estarmos cada vez mais empobrecidos e com uma sociedade dividida e fracturada.

 

É esta a herança da revolução que os politiqueiros do sistema se preparam para comemorar.

 

Um País jogado para a cauda da Europa, nos níveis de desenvolvimento e de produção de riqueza, e no qual a extrema pobreza atinge proporções cada vez mais preocupantes e com uma classe média que tende a desaparecer, fruto de uma acentuada perda de poder de compra que se agrava a cada dia que passa.

 

Um Estado completamente roído pela corrupção e pelas benesses distribuídas pelos largos milhares de servidores do regime, empoleirados em inúteis departamentos estatais idealizados somente para os acolher, e que, para sobreviver, castiga os seus concidadãos com impostos insuportáveis, mas cujo retorno, em termos de serviços comunitários, se esfuma como que por encanto.

 

E um Povo, amorfo e indolente, que tudo aceita sem pestanejar, parecendo contentar-se com as poucas migalhas que recebe das mãos dos seus governantes, retribuindo-lhes, generosamente, com o seu voto quando chamado para o efeito.

 

É este o retrato do Portugal de Abril.

Dizem, os seus protagonistas, que é o preço da liberdade.

Só seremos livres, digo eu, quando nos livrarmos desta fraca plebe!


Fonte: 

https://sol.sapo.pt/artigo/797540/o-aniversario-do-regime

 

 

publicado por Isabel A. Ferreira às 11:54

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