Uma terreola troglodita e desapiedada, que nada aprendeu com a tragédia da pandemia que por lá se abateu.
No passado sábado, em Reguengos de Monsaraz, realizou-se uma tourada onde foram massacrados e mortos ilegalmente vários Touros, e foram assistidos na enfermaria cerca de uma dezena de forcados, um em estado grave, resultante de cerca de 30 tentativas aos seis touros Fernandes de Castro, por parte dos Forcados Amadores de São Manços e Monsaraz.
O massacre de Touros teve de ser de ser suspenso durante algum tempo devido ao elevado número de feridos na enfermaria e por o médico de serviço estar empenhado em socorrer um ferido grave. O massacre só prosseguiu depois da chegada da Viatura Médica de Emergência e Reanimação (VMER) de Évora, que se encarregou de acompanhar o ferido grave, que foi intervencionado e este domingo será enviado para uma unidade hospitalar de Lisboa, deste modo libertando o médico de serviço para acompanhar o resto do massacre.
Os restantes forcados foram transportados para o Hospital do Espírito Santo de Évora.
TUDO à custa dos nossos IMPOSTOS, com o aval do governo português.
E os impostos dos Portugueses não são para serem esbanjados a massacrar Touros, nem para esbanjar com o tratamento de criaturas cruéis, que se expõem ao perigo porque tiram disso o maior GOZO, e não temos de pagar por isso.
Daí que lamente muito a pouca sorte dos desventurados Touros. Do resto, não há o que lamentar. Em Monsaraz os maus-tratos que dão aos Touros, dão igualmente aos Velhinhos. E isto é algo inconcebível. Coisa terceiro-mundista e terrivelmente medievalesca. No seio de um povo compassivo isto jamais aconteceria.
Fonte da notícia: toureio.pt
Um magnífico texto de André Silva, Deputado da Nação, pelo PAN, descomprometido, e livre das amarras do lobby tauromáquico, instalado na Assembleia da República Portuguesa.
Esperamos que aos deputados, aficionados da selvajaria tauromáquica, que ainda vivem no passado, chegue a lucidez suficiente, para que possam interpretar as palavras do Deputado André Silva, um Homem que pertence à modernidade, e os faça catapultar para o Século XXI D.C.
(Os excertos do texto a negrito são da minha responsabilidade)
Isabel A. Ferreira
André Silva
«Conseguimos saber algo importante sobre uma pessoa através da forma como ela trata os que são mais fracos do que ela. Mas conseguimos saber quase tudo sobre uma pessoa através da forma como ela trata os que não têm qualquer poder, os que são impotentes. E os candidatos mais óbvios a este estatuto são os animais. Milan Kundera diz que a verdadeira bondade humana só pode manifestar-se, em toda a sua pureza e liberdade, em relação aos que não têm poder.
O verdadeiro teste moral da humanidade, o mais básico, reside na relação que mantém com os que estão à nossa mercê. E é neste ponto que encontramos a maior derrota da tauromaquia. Sem tibieza, Fernando Araújo dá-nos a mais crua e límpida definição de uma corrida de touros, que consiste na exibição da mais abjecta cobardia de que a espécie humana é capaz, o gozo alarve com a fragilidade e com a dependência alheias.
Na falta de argumentos saudáveis e convincentes, ao estertor tauromáquico nada mais resta do que defender ad nauseam que estas manifestações são parte integrante do património cultural português e da sua identidade. Estagnados no tempo em que a maioria das pessoas não sabia ler nem escrever, tentam fazer-nos acreditar que mutilar e rasgar carne a um animal e fazê-lo cuspir sangue faz parte da nossa herança cultural.
A identidade de um povo cria-se a partir do que é pertença comum e não daquilo que nos divide, pelo que forçar a identidade tauromáquica à população portuguesa é ofensivo e contraproducente para uma desejada unidade nacional.
Aceitando por um lado que devem ser banidas e condenadas as violências contra animais, tentam fazer-nos crer que infligir a morte, o sofrimento cruel e prolongado ou graves lesões a um animal é legítimo, desde que se faça num anfiteatro, que o mal-tratador use fato com lantejoulas e que seja acompanhado ao som de cornetas.
Esta deplorável cena troglodita, em Barrancos, leva-nos a um nome: Jorge Sampaio, ex-presidente da República Portuguesa, que não soube defender a Civilização.
O país pede uma evolução civilizacional e ética em relação a este assunto, sendo que as tradições reflectem o grau de evolução de uma sociedade, pelo que não é mais aceitável que o argumento da tradição continue a servir para perpetuar a cultura da brutalidade e do sangue que se vive nas arenas. Todas as tradições devem ser colocadas em crise quando atentam contra a vida e integridade de terceiros. As pessoas têm muitas formas de satisfazer o seu direito cultural sem que tenha que passar por infligir sofrimento a animais.
Mais de 90% dos portugueses não assiste a touradas e as corridas de touros têm vindo a perder milhares de espectadores todos os anos, tendência confirmada pelos recentes referendos nas universidades de Coimbra e de Évora, onde milhares de estudantes decidiram afastar a violência tauromáquica das suas festas académicas, após várias instituições de ensino superior já o terem feito.
Assim, afirmar que a tourada faz parte da identidade nacional é pretender que uma minoria da população que assiste a corridas de touros seja considerada mais “portuguesa” do que a grande maioria que não se revê neste tipo de espectáculos, o que é, no mínimo, desconcertante.
A identidade de um povo cria-se a partir do que é pertença comum e não daquilo que nos divide, pelo que forçar a identidade tauromáquica à população portuguesa é ofensivo e contraproducente para uma desejada unidade nacional.
Tenha a classe política a coragem para acompanhar o desejo de não-violência da esmagadora maioria dos portugueses.
André Silva»
***
Comentário, na página, ao texto de André silva, o qual subscrevo:
Acontece que a "classe política" é tão cobarde como um toureiro, e a população de certos locais e adepta deste primitivismo é particularmente agressiva. Viu-se na palhaçada de Barrancos onde a população se manifestou mais para ter touradas ilegais do que para ter um centro de saúde decente. E em vez de impor a lei, o Estado rebaixou-se e cedeu perante alguns burgessos ululantes. Uma pena e uma vergonha nacional que se continuem a praticar touradas. (Gustavo Garcia)
Fonte:
No referendo realizado ontem, 22 de Maio, 61% dos estudantes da Universidade de Évora, disseram NÃO à “garraiada académica”, integrada no programa oficial da Queima das Fitas.
A evolução sobrepôs-se à brutalidade.
A Academia de Évora está de parabéns!
61% dos votantes no referendo da AAUE rejeitaram a garraiada
No referendo, houve 1.086 votos. À pergunta “deve a ‘garraiada académica’ continuar no programa oficial da queima das fitas?”, o Não obteve 667 votos, 61%, e o Sim 405, tendo havido 12 votos brancos e 2 nulos.
(…)
Bruno Martins, dirigente do Bloco de Esquerda de Évora, declarou na sua página no Facebook:
“Diziam que em Évora seria impossível combater o lobby tauromáquico. Diziam que por cá os estudantes queriam a garraiada. Pois bem, o resultado do referendo foi claro: 61% a dizer não à garraiada, contra apenas 37% a favor. A garraiada até pode acontecer fora do programa da Queima das Fitas, mas institucionalmente a AAUE e a Universidade darão um passo em frente, rumo à modernidade, à dignidade e à humanidade. Orgulho!!!!”.
Fonte: Esquerda.net
Fonte:
https://blogcontraatauromaquia.wordpress.com/2018/05/23/estudantes-de-evora-recusam-garraiada/
Évora, último bastião da barbárie “estudantil”?
A garraiada não é um divertimento; é a manifestação mais pura do atraso moral, civilizacional e cultural de quem a pratica, de quem a aplaude, de quem a apoia.
Digam NÃO a esta prática violenta e cruel, e dêem um passo de gigante em direcção à LIBERDADE.
Ninguém é livre quando carrega às costas o peso da iniquidade.
O PAN realiza duas conferências onde se abordarão temas que, SE vivêssemos numa Democracia civilizacionalmente evoluída, não necessitariam de ser abordados.
Mas enfim… é preciso evoluir…
«GARRAIADA – Perspectivas Sobre o Bem-estar Animal»
(no dia 8 de Maio, pelas 20h30, no Hotel Dom Fernando, em Évora)
e
«FIM DOS ABATES – A Mudança de Paradigma»
(no dia 15 de Maio, pelas 15h30, na Assembleia da República, Centro de Acolhimento ao Cidadão)
…novilhos… que já não são “coisas” no Código Civil, e que no Código Divino são criaturas de Deus…
O atraso civilizacional continua a progredir em Portugal. A falta de vergonha na cara também continua a alastrar.
Enchem a boca com António Guterres na ONU e envergonham Portugal no mundo, com estes actos trogloditas.
Começamos o ano de 2017 de candeias às avessas…
Mantendo a famigerada tradição, a festa em honra de Nossa Senhora das Candeias, em Mourão (Évora) vai realizar-se com a colaboração da Paróquia, como não podia deixar de ser, e o programa inclui uma sessão de tortura de seis novilhos… ou seja, seis inocentes, inofensivos e indefesos touros/crianças… Algo muito cristão…
A época taurina em Portugal, ou seja, a época de terror para os bovinos e cavalos, abre no dia 1 de Fevereiro, em Mourão, no distrito de Évora, com a realização do (que eles chamam) festejo taurino, que reúne cobardes carrascos tauromáquicos portugueses e espanhóis, ou não fossem Portugal e Espanha dois países que vivem ainda no obscuro tempo de uma ignorância, agora optativa.
Esta sessão selvática está inserida nas tradicionais festas em honra de Nossa Senhora das Candeias, que contará com uns tantos tauricidas que torturarão seis indefesos novilhos da ganadaria de Calejo Pires, e com um grupo de cobardes forcados.
Como se isto não bastasse para insultar Nossa Senhora das Candeias, no dia 4 de Fevereiro realizar-se-á o que chamam de um festival onde actuarão matadores de touros, espanhóis e um português, e isto tudo em honra de Nossa Senhora das Candeias.
E agora repare-se no requinte de malvadez: no que diz respeito ao toureio a cavalo, as honras da “arte marialva” (isto esmiuçado significa arte da tortura de bovinos e cavalos indefesos) estará a cargo de um tal Filipe Gonçalves, cabendo as pegas aos touros/crianças da ganadaria (do que se diz veterinário) Murteira Grave aos cobardes forcados amadores, oriundos daquela terrinha onde matam touros às escondidas, nas barbas das autoridades, que todos nós sabemos qual é…
A temporada da barbárie tauromáquica, do derramamento de sangue de seres vivos sencientes e indefesos, da loucura colectiva de um pequeno grupo de alienados mentais, psicopatas e sádicos, abre todos os anos no dia 1 de Fevereiro em Mourão (uma localidade a boicotar) para celebrar a Senhora das Candeias, e encerra a 1 de Novembro com uma sessão de selvajaria no Cartaxo (distrito de Santarém), outra localidade a boicotar.
Num rasgo delirante, o presidente da associação portuguesa de empresários tauromáquicos (apet), Paulo Pessoa de Carvalho, afirmou que em 2016, a temporada taurina em Portugal decorreu "normalmente" face ao contexto económico do país, apesar de uma “pequena redução” no número de sessões de selvajaria.
Pequena redução????? Uma redução notória, é preciso dizer-se. Praças quase vazias, onde nem as moscas lá entram. E os que lá vão, são sempre os mesmos. Um grupinho que percorre as arenas de tortura do país, à custa dos impostos dos portugueses.
Ao campo pequeno, vão os “vipes” sedentos de protagonismo e de sangue, quando a RTP1 transmite a selvajaria em directo, à custa dos nossos impostos.
Dinheiros públicos esbanjados na diversão de um pequeno grupo de trogloditas para outro pequeno grupo de trogloditas, apoiada pelo governo português e pela igreja católica portuguesa, para vergonha de Portugal e da esmagadora maioria dos portugueses, que não se revê nestes “festejos” sangrentos e cruéis.
E muito menos se revêem as Nossas Senhoras que são celebradas em Portugal, com a tortura das mais inocentes criaturas de Deus.
Até quando Portugal continuará na senda desta miséria cultural, moral, social e humana?
Termino com uma prece a Nossa Senhora das Candeias:
Nossa Senhora das Candeias, não te peço que perdoes estes algozes, porque eles não merecem perdão, além de que não é a ti que eles terão de prestar contas dos seus actos infames. Peço-te apenas que ilumines as mentes diabólicas que infestam Portugal, para que, ao menos, se aproximem da senciência, da sensibilidade, da racionalidade e da inteligência que caracteriza os seres que tão barbaramente essas criaturas do mal torturam por mero prazer. É que isto não é um acto cristão. Tu bem o sabes. E se os iluminares e eles conseguirem aproximar-se da humanidade dos bovinos e dos cavalos já será meio caminho andado para a sua humanização. Amém.
Não é verdade, Senhor Cardeal-Patriarca de Lisboa, D. Manuel Clemente?
Isabel A. Ferreira
O PAN Évora convidou a direcção do Colégio dos Salesianos de Évora, a arranjar uma verdadeira estratégia de se ser solidário.
Mas não foram a tempo de não causar SOFRIMENTO e morte desnecessária a seis imponentes touros, porque os Salesianos de Évora optaram pela carnificina.
Isto é ser católico?
Desconhecem o 6º Mandamento da Lei de Deus? Não matarás?
Deus não especificou quem os homens deviam não matar.
Ou especificou?
Fonte:
É um grande passo em direcção à CIVILIZAÇÃO, não há dúvida.
E para a evolução ser completa devem acabar também com a selvajaria tauromáquica, ainda implantada no concelho.
Ou uns animais são mais animais do que outros? Isto só tem cabimento no Livro "Animal Farm", de George Orwell...
Nós fomos os últimos animais a povoar a Terra. Antes de nós a Terra era o paraíso dos animais não humanos.
Hoje a Terra é um inferno para eles, graças à IRRACIONALIDADE do animal-homem-predador, criatura das trevas.
Há que pôr um fim a este inferno para todos os animais não humanos, sem excepções.
Note-se o olhar desesperado do Cavalo… barbaramente utilizado em várias práticas cruéis… um ser extremamente sensível, muito mais sensível e digno do que os seus algozes...
A notícia:
«Os circos com animais vão deixar de poder instalar-se no concelho de Évora, depois de a Assembleia Municipal ter aprovado uma recomendação apresentada pelo PS, que a gestão CDU da Câmara disse que vai acatar.
A recomendação foi aprovada, por maioria, pela Assembleia Municipal de Évora (AM), com 15 votos favoráveis (PS, BE e PSD), 14 votos contra (CDU e PSD) e quatro abstenções (CDU e PSD), informou hoje o município.
A proposta dos socialistas surgiu na sequência da discussão da petição "Fim dos circos com animais em Évora", que um grupo de cidadãos entregou na AM, para que o município deixasse de licenciar os circos com animais no concelho.
O presidente da Assembleia Municipal, António Jara (CDU), explicou hoje à agência Lusa que a recomendação pede à Câmara que, no espaço de seis meses, apresente "as medidas necessárias para deixar de licenciar os circos com animais".
O responsável assinalou que a decisão da AME foi tomada após a petição pelo fim dos circos com animais no concelho de Évora ter sido "apreciada numa reunião da Assembleia Municipal" e discutida "numa audição com as partes envolvidas".
Também em declarações à Lusa, o vereador João Rodrigues, que tem o pelouro dos serviços veterinários, afirmou que a Câmara vai "analisar a situação em devido tempo", mas garantiu que, "como sempre, vai acatar todas as deliberações da AME".
Referindo que "a Câmara não tomou posição sobre a matéria", João Rodrigues sublinhou que o executivo municipal "ainda não tem nenhum dado concreto sobre qual vai ser a metodologia de trabalho" para alterar as normas regulamentares.
Actualmente, segundo o vereador, a Câmara de Évora "passa a licença" que permite aos circos instalarem-se no concelho, após os serviços veterinários avaliarem as condições em que se encontram os animais e verificarem os respectivos registos.
Na recomendação aprovada, está previsto o estabelecimento de um período de transição que se considere adequado para permitir aos agentes económicos envolvidos adaptarem-se a esta nova realidade.
Diário Digital com Lusa»
Fonte:
http://diariodigital.sapo.pt/news.asp?id_news=779914
(Este texto foi transcrito para a Língua Portuguesa)
«A decadência da tauromaquia é bastante visível… só não vê quem é cego mental»