UM DUPLO CRIME
Origem da imagem: Internet
Eu não quero acreditar em tamanha crueldade, mas assinei esta petição, porque vindo do homem IRRACIONAL tudo é possível.
É inacreditável e inconcebível o que um animal que se diz racional pode fazer a um outro animal, que não sendo considerado racional, é muito mais sensível e digno do que os animais-homens seus predadores.
Centenas de éguas prenhas são presas a máquinas que extraem todo o sangue delas até à morte. Essa tortura é fomentada por empresas farmacêuticas europeias que usam a hormona do sangue para acelerar a reprodução de animais na pecuária industrializada.
Os ministros da União Europeia reúnem-se daqui a duas semanas. Participem nesta acção, assinando a petição e exigindo que esta perversidade seja abolida em nome da Civilização e do respeito a ter pelos outros animais, tão animais como nós.
Assinem a petição aqui:
https://secure.avaaz.org/campaign/po/horse_blood_loc/?knjwweb
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«Parece um filme de terror: centenas de éguas prenhas presas a máquinas de extracção de sangue! Algumas ficam tão fracas que entram em colapso e morrem.
A morte está longe de ser o único horror desta macabra prática: às vezes a quantidade de sangue drenada é tão grande que leva os animais ao choque e à anemia. Como apenas o sangue de éguas gestantes é valioso, elas são muitas vezes forçadas a repetir o ciclo de gravidez e aborto. As empresas farmacêuticas vendem a fazendeiros a hormona existente no sangue das éguas durante a gestação, usado depois para abusivamente provocar o cio em porcos e outros animais.
Os cavalos são animais extremamente sensíveis e belos. É difícil entender como as pessoas podem ser tão cruéis. Mas quando nos unimos em grande escala para proteger os animais dos horrores que enfrentam todos os dias, podemos fazer coisas incríveis. Vamos nos unir-nos por esses animais que precisam tanto da nossa voz. »
Oliver, Rewan, Bert, Ari, Camille, Nataliya, Ricken e toda a equipa da Avaaz
Mais informações aqui:
Investigação nas fazendas de sangue (Animal Welfare Foundation) (Em inglês) http://animal-welfare-foundation.org/en/what-we-do/blood-farms.html
O negócio com o sangue de éguas grávidas (Deutsche Welle) http://www.dw.com/pt-br/o-negócio-com-o-sangue-de-éguas-grávidas/a-18781018
O comércio cruel com o sangue de éguas grávidas (Animals' Angels USA) (Em inglês) http://www.animalsangels.org/investigations/horses/cruel-trade-pregnant-mare-blood-united-states-uruguay-and-argentina-9-30-15
Transformando sangue de cavalos em lucro (The Dodo) (Em inglês)
https://www.thedodo.com/turning-horse-blood-into-profits-1382177497.html
Quais as causas da procura de sangue de cavalo? (The Guardian) (Em inglês) https://www.theguardian.com/world/2016/oct/03/horse-blood-farms-china-donkeys-wild-horses-us-mass-slaughter
Os abusadores e montadores de Cavalos não sabem (como poderão saber se não lhes vêem a expressão de dor?) o quanto os Cavalos sofrem ao serem montados.
Atente-se na expressão desesperada deste Cavalo utilizado numa corrida… Se ao menos o animal homem da espécie horribilis tivesse inteligência para se colocar no lugar destes magníficos animais, eles poderiam viver felizes, em liberdade, como merecem…!
Origem da foto: http://odeiorodeio.com/site/corridas-de-cavalos/ onde encontram uma reportagem completa sobre as ignominiosas corridas de Cavalos.
Sônia T. Felipe (***) estudiosa desta matéria, escreveu um texto no Facebook onde deixa muito claro, o que para muitos de nós é absolutamente óbvio, mas que os cegos mentais se recusam a entender.
Diz-nos esta doutora em Filosofia Moral que nem tudo o que causa profunda dor aos Cavalos, usados para tracção e atracção turística, ou para serem montados, pode ser visto através de uma fotografia, como a que ilustra este texto.
As fotos mostram muitos sinais que evidenciam a tortura sofrida pelo animal. Mas há lesões internas que as fotos não podem mostrar, e são precisos exames médicos, como a endoscopia, cintilografia, radiografia e outros testes neurológicos, para se comprovar a aflição desses animais sensíveis, inteligentes e racionais, provocada pelas úlceras estomacais.
Só exames mais específicos podem constatar a agonia deles por respirarem pela boca e com a garganta seca (por causa do freio que pressiona a língua e não os deixa engolir normalmente a saliva), levando para dentro do pulmão as partículas de poeira, aspiradas na marcha rápida.
Só exames radiográficos e similares podem constatar as hemorragias pulmonares, causadas pelo esforço extraordinário de puxar cargas ou da velocidade, no caso das corridas.
Só exames cuidadosos podem conferir as inflamações e dores de artrite e artrose, dos nervos e tendões, das cartilagens que formam as patas.
Enfim, só exames mais específicos podem localizar as lacerações na pele, originadas pelas chicotadas, pelos paus e correias e esporas que fazem fricção nos seus corpos quando puxam cargas ou são montados.
Sônia T. Felipe refere ainda que a agonia dos cavalos e das éguas é infinita. Quase não há uma parte do corpo deles, quando são usados para tracção e montaria, que não fique lesada e não lhes cause imensa dor.
Apesar de parecerem fortes e resistentes, os Cavalos têm um corpo extremamente delicado. São seres vivos que têm um organismo extraordinariamente sensível e vulnerável, quando escravizados e privados da liberdade que o seu éthos equino requer, explica Sônia T. Felipe.
Todos os seres vivos têm o seu próprio éthos, ou seja, do ponto de vista antropológico, o éthos constitui os traços comportamentais que nos distinguem uns dos outros.
E de acordo com esta cientista, éguas e cavalos, vacas e bois, não expressam a dor, pois evoluíram com inteligência e sensibilidade para saberem que se o fizerem, mesmo os condenados à escravidão, através da subjugação humana, quando tentam domá-los, serão literalmente mortos pelos seus predadores mais perigosos: os animais humanos.
Segundo ainda Sônia T. Felipe, sai mais barato comprar um cavalo novo para substituir o cavalo desgastado pela tortura a que é submetido, do que pagar tratamentos para tantos males que o processo de domesticação e a escravidão lhes causam.
A morte é o destino do animal que expressa a sua agonia infinita. E esta agonia só é “vista” pelo animal humano no dia em que os equinos (cavalos ou éguas) caem mortos, ainda atados aos apetrechos das carroças ou charretes que puxam à custa de toda essa dor e do tormento que os abate no meio da rua. E o feitor dessa escrava ou desse escravo pensa que essa morte foi sem aviso prévio. Não foi.
Assegura Sônia T. Felipe que o animal deu bastantes avisos de que estava doente e sofredor. Mas a mente e a linguagem humanas são demasiado atrofiadas para captar e traduzir os sinais da dor e do sofrimento emitidos pela linguagem equina.
E pensar que há milhares de anos o homo horribilis tortura estes seres magnificamente divinos, sensíveis, afectuosos e também racionais…
(***) Sônia Teresinha Felipe é doutorada em Filosofia Moral e Teoria Política pela Universidade de Konstanz, Alemanha, professora da graduação e pós-graduação em Filosofia; e do doutorado interdisciplinar em Ciências Humanas da Universidade Federal de Santa Catarina (Brasil), orientou dissertações e teses nas áreas de teorias da Justiça, Ética Animal e Ética Ambiental.
É pesquisadora permanente do Centro de Filosofia da Universidade de Lisboa, Membro do Bioethics Institute da Fundação Luso-americana para o Desenvolvimento, e é autora de Ética e Experimentação Animal: Fundamentos Abolicionistas, Edufsc, 2007; e Por Uma Questão de Princípios, Boiteux, 2003.
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