Quarta-feira, 20 de Agosto de 2014

RIO MAIOR, OUTRO MUNICÍPIO CLASSIFICADO ABAIXO DE LIXO, POR ADERIR À SELVAJARIA TAUROMÁQUICA

 

Portugal está cheio de autarcas que se deixam manipular como marionetas nas mãos de bárbaros primitivos e ignorantes.

 

Como é que isto ainda é possível, em pleno século XXI depois de Cristo, senhora Presidente da Câmara Municipal de Rio Maior, Isaura Morais?

 

 

Esta é a imagem que queremos perpetuar do ser senciente e belo, que é o Bovino.

 

Está prevista para o dia 30 de Agosto, em Rio Maior, uma sessão de selvajaria tauromáquica, junto ao Pavilhão Multiusos.

 

Esta localidade (que nem merece o nome de cidade) não realiza tal barbárie, há vários anos, e foi com o habitual enorme repúdio que tomei conhecimento do regresso deste costume bárbaro, herdado de um tempo em que predominava uma ignorância perversa, que ao que parece, a “senhora” autarca de Rio Maior pretende recuperar.

 

Como todos sabem, excepto o executivo camarário de Rio Maior, qualquer iniciativa tauromáquica é uma ofensa ética e moral que degrada socialmente, moralmente e psicologicamente quem pratica, quem aplaude e quem apoia tal imbecilidade.

 

Exma. Senhora Isaura Morais, Presidente da Câmara Municipal de Rio Maior,  

 

Manifesto deste modo, a minha mais profunda indignação e o meu mais veemente repúdio, como cidadã portuguesa, que tem o dever, consignado na Constituição Portuguesa, de denunciar as impolíticas dos que foram eleitos para fazer progredir as localidades, e fazem-nas recuar séculos, enterrando-as nos charcos de águas fétidas de antanho.

 

É que torturar animais sencientes, inofensivos, inocentes e indefesos em nome de uma diversão tão parola quanto cruel, é uma prática eticamente condenável e repudiada por milhões de seres humanos em todo o mundo civilizado.

 

A imagem negativa a nível ético, moral, social e até mesmo educativo que liga Rio Maior à selvajaria tauromáquica está a ser transmitida, por várias vias, a todo esse mundo, que tem os olhos postos nos oito países terceiro-mundistas que ainda mantém este rebotalho do passado.

 

Por isso, senhora Isaura Morais, penso que seria o momento oportuno de reflectir bem na sua posição em relação à permissão desta barbárie em Rio Maior, uma vez que ao permitir tal “coisa” estará a dar aval à violência, à crueldade e à incultura que os rio-maiorenses não querem.

 

E tendo em conta que a ciência reconhece inquestionavelmente os animais mamíferos, incluindo Touros e Cavalos (pois ao contrário do que diz a lei portuguesa estes são também animais) como seres sencientes, capazes de sentir dor e prazer, tanto físicos como psicológicos, bem como sentimentos de medo, angústia, stress e ansiedade, a selvajaria tauromáquica, vulgo tourada, ofende gravemente os sentimentos e a sensibilidade, e insulta a inteligência da esmagadora maioria da população portuguesa, e contribui para a degradação moral de quem obtém prazer estético e psicológico com o sofrimento dos animais;


Tendo em conta que esta selvajaria expressa uma cultura envolvida na insensibilidade e na violência que degrada quem a pratica, aplaude e promove: vários estudos e especialistas concordam que a prática e a aceitação da violência contra os animais predispõe para a prática e a aceitação da violência contra os Homens (e em Portugal temos demasiados exemplos dessa violência gratuita sobre pessoas indefesas, crianças, velhos, mulheres…)


Tendo ainda em conta que o progressivo abandono de costumes retrógrados e opostos a um sentido humanista de cultura, como o que contribui para nos tornar melhores seres humanos, é o que caracteriza a evolução mental e civilizacional das sociedades e melhor corresponde à sensibilidade contemporânea;


Venho sugerir à senhora presidente da Câmara de Rio Maior, Isaura Morais, o cancelamento desta iniciativa selvagem (no mau sentido da palavra, porque na selva nem tudo é mau), bem como não haja mais incentivos e apoios para a continuidade destas práticas violentas e anormais contra animais sencientes, as quais tanto rebaixam todos os que nela estão envolvidos. 


Com a minha mais veemente indignação,

 

Isabel A. Ferreira

 

***

Abram este link, por favor, e adiram:

www.facebook.com/events/506724246129631

 

publicado por Isabel A. Ferreira às 16:07

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Comentários:
De Mel a 25 de Agosto de 2014 às 12:27
Bom dia Isabel,

no evento que criei, para o envio de mensagens contra a tourada em Rio Maior, reparei que publicou a sua postagem e decidi não comentar nada porque sou apologista da liberdade de expressão e porque, até agora, não tive tempo para tal. Todavia, e esperando que não fique ofendida com o que vou afirmar, não estou contente com a avaliação que fez à minha cidade: apesar de Rio Maior ser uma artéria do coração ribatejano, acredite que MUITOS munícipes são contra as touradas e que várias queixas, das quais tenho conhecimento, foram já aplicadas. A Isabel não pode cair neste género de falácias de generalização precipitada e deitar a cidade no mesmo saco quando o erro parte exclusivamente da Presidente da Câmara Municipal e associados. Nós, como riomaiorenses, não temos culpa que a Presidente da Câmara Municipal não ofereça quaisquer respostas para as nossas reclamações: acredite que a situação arrasta-se há anos para bastantes situações e andamos todos cansados disso. Cheguei a falar pessoalmente com o Presidente da Junta de Freguesia e, até com ele, a Câmara Municipal dá respostas curtas e rudes.
Não vou exigir que apague o seu texto porque, como referi, a Isabel tem todo o direito de expressar a sua opinião, mas alerto-a que já recebi comentários de riomaiorenses muito ofendidos, tendo em conta que a cidade num todo foi atacada: peço-lhe, simplesmente, que reflicta se é desta forma que vai ajudar a mudar mentalidades ou se, pelo contrário, não criou uma maneira de desenvolver desacatados sociais.
Rio Maior é uma cidade simples mas com um património histórico que não merece ser classificado 'abaixo de lixo': um dia passe por lá e encante-se com as salinas, as ruínas romanas e a imponente serra D'Aire e Candeeiros.
Por favor, Isabel, não tenha e não ofereça uma imagem negativa da minha cidade só porque a Presidente tomou uma decisão errada. Não é nada justo :(
Também sou obrigada a pedir-lhe que não ofenda os indivíduos que têm uma visão diferente da sua dentro do evento referido: sem paciência não criamos virtudes e não despertamos a compaixão que acredito estar adormecida na maioria de quem ainda não vê o que vemos.
Lembre-se que estamos juntas na mesma causa e, precisamente, não se aborreça comigo. Não nos conhecemos pessoalmente mas tenho bastante respeito por si e não desejo que veja o meu comentário como um ataque.

Um beijo.
De Isabel A. Ferreira a 25 de Agosto de 2014 às 12:45
Primeiro: Cara Mel, não SOU EU que classifico as localidades que estão ABAIXO DE LIXO, por aderirem ao lixo tauromáquico. São as autarquias, elas próprias, que automaticamente se auto classificam deste modo, ao vergarem-se ao lobby da selvajaria.

Segundo: responder-lhe-ei com as palavras que deixei escritas no meu post, no Evento: não só não concordo com as touradas, como não concordo com as autarquias que se vendem ao lixo tauromáquico, como também não concordo com o povo que ELEGE uma tal gentinha sem senso, nem consciência para gerir os interesses de um município.

Ora que eu saiba, ao município de Rio Maior não interessará algo que o CONSPURCA, logo estará abaixo de lixo, automaticamente, e isto não é OFENDER a terra. É dizer a verdade sobre a terra. É CRITICA. Pura e Dura. Se os rio-maiorenses (rio-maiorense - adjectivo (isto por que até já me criticaram por escrever MAL este adjectivo)
http://www.portaldalinguaportuguesa.org/advanced.php?action=lemma&lemma=80237)
não gostam, o problema não é meu.

Uma terra não é civilizada SE alinha com a conspurcação tauromáquica ou outra do mesmo género.

Se existe alguém com quem deve REFILAR é com a presidente da Câmara. Não comigo.

Eu só faço a minha parte: DENUNCIO e CRITICO.

Portugal, o NOSSO tão amado país, está muitas vezes classificado ABAIXO DE LIXO, por questões económico-financeiras, e temos de dar razão a quem o coloca a esse nível, ou não seremos BONS PORTUGUESES.

Se não quisermos estar abaixo de lixo, EVOLUAMOS.

E um filho da terra que não sabe identificar o "lixo" da terra, não ama verdadeiramente a sua terra.

AMAR A TERRA é também SABER CRITICAR o que nela existe de ignominioso, e denunciar.

O mesmo é AMAR UMA PESSOA. Se a amamos, criticamo-la quando ela não está a fazer a coisa certa. Correcto? Por isso a AMAMOS.

Ninguém está aqui para ofender ninguém, Mel.
Quem se sente OFENDIDO é porque é cúmplice da selvajaria tauromáquica.

AJUDEM RIO MAIOR A SAIR DO NÍVEL «ABAIXO DE LIXO».

CRITIQUEM QUEM A MANTÉM A ESSE NÍVEL, NÃO QUEM TENTA ABRIR OS OLHOS A QUEM OS MANTÉM FECHADOS, POR OPÇÃO.

A propósito, conheço Rio Maior.

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