De Maria Helena Capeto a 21 de Julho de 2016 às 13:33
Poderíamos aqui aventar as mais diversas e divertidas teorias sobre a espécie animal de primata bípede do género homo e subespécie sapiens. Ou quiçá sobre as diversas estirpes de ET's que povoam a Via Láctea ou outras galáxias.
Como apenas sou um ser pertencente ao reino animal, vamos lá ver se percebi!...
- A vida humana é diferente da vida animal. Conclusão: o humano não é um animal. Bom, não é esse o enquadramento que a ciência dá ao homem já que o classifica como um mamífero. Há portanto então mamíferos que não são animais. Como também não pertencem ao reino da flora, não nos resta muito mais além de alguma espécie estranha de ET's já que muito provavelmente, na generalidade, estes também teriam algum tipo de origem implicando necessariamente a pertença a algum tipo de animal, de acordo com as classificações terráqueas.
- Escapa-me completamente, talvez por pertencer ao reino animal da Terra, como se admite que numa sociedade existam crianças e sem-abrigo, pessoas que morrem de fome. como me escapa também, talvez pelo mesmo motivo, como se admite abandonarem velhos em lares, hospitais ou em casa, se estuprem crianças, haja guerras, corridas aos armamentos, etc..
Quem foram os "inteligentes" que criaram este tipo de sociedade? A hipocrisia igualitária que não aceita outras ideias que não as suas próprias? A ganância desmedida que atropela tudo à sua frente na insondável cegueira de tentar arrebanhar tudo para seu exclusivo usufruto? A estultícia das filosofias baseadas em pseudo-importâncias e/ou inexistentes superioridades de uma espécie entre milhões de outras num planeta, que até é redondo..., e que é completamente incapaz de sobreviver ao desaparecimento de outras espécies?
São talvez demasiadas questões...
Isabel, não posso concordar consigo quando diz "melhor faria se se considerasse um ANIMAL tão ANIMAL como todos os outros, e se colocasse no lugar deles e SENTISSE, pelo menos uma vez na vida, que as pessoas são animais, tão animais como todos os outros." Essa capacidade é puramente animal, portanto uma capacidade de que um não-animal não é detentor.
Continua a haver discursos que recordam os tempos do abolicionismo, em que eram esgrimidos os argumentos mais espantosos contra a abolição da escravatura.
É claro que o pensamento esclavagista ainda não desapareceu, mas a subespécie sapiens ultrapassou os seus distantes primos e seguiu em frente. Fá-lo-á uma vez mais, pois assim o exige a evolução. E sim, é verdade, a Natureza é a medida de todas as coisas. Não pode existir esclavagismo humano e esclavagismo animal pois esta distinção é inexistente e o inexistente não se aplica. A Natureza não é permeável a preconceitos.
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