A superioridade de um ser humano não se mede por aquilo que ele diz ou pensa ou faz, mas pela sua capacidade de partilhar o Planeta com os outros seres; pela sua habilidade para se adaptar a um meio ambiente adverso, e pela sua competência de o preservar na sua singularidade.
Logo, não conseguindo o “homem” (*) partilhar o Planeta com as outras criaturas, e não se adaptando ao meio ambiente, e sendo incapaz de o preservar na sua singularidade, será um ser superior aos seres não-humanos?
Quando muito, será um ser que desenvolveu algumas capacidades que, contudo, não coloca ao serviço nem da Humanidade, nem do Planeta.
Ele é tão-só o destruidor-mor de todos os reinos Animal, Vegetal e Mineral.
Que superioridade será a “superioridade” do Homo que diz ser “sapiens”?
(*) Refiro-me ao homem-predador.
Isabel A. Ferreira