Recebi este comentário no Blogue, cujo conteúdo não será muito diferente de muitos outros que costumo receber, à excepção da linguagem utilizada. Depois de ser bombardeada por uma enxurrada de ordinarices, ler este comentário do António, na sua ingenuidade de aficionado (que acha que não é) pareceu-me estar no paraíso.
Destaco-o aqui, por esse motivo, mas também para poder levar mais longe o que tenho para dizer ao António Estrela.
Eis o belo e poderoso “animal selvagem” que, se não fossem as touradas, o António Estrela nunca teria oportunidade de ver… assim...
ANTONIO ESTRELA comentou o post A CRUELDADE ESCONDIDA DA TAUROMAQUIA às 22:49, 25/09/2017 :
Eu não gosto de touradas, mas sou grato a quem as vê. Pois sem elas não teria podido ver um belo animal, como o touro. Um animal selvagem poderoso. Que desde sempre foi venerado em lutas iguais. pelo homem. Só haveria chocas, ou simplesmente hambúrgueres . Vale a pena lutar por uns centímetros a mais nas gaiolas das galinhas ou pela melhoria dos transportes de gado. Mas o que me choca realmente, é o conceito de biodiversidade dos limousines, dos charoleses, dos BBB ou dos bois da raça zebuína com cupim enorme. |
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António Estrela,
Vamos lá esmiuçar o seu comentário. Começa por dizer esta coisa espantosa:
«Eu não gosto de touradas, mas sou grato a quem as vê».
Isto significa tão-só que o senhor GOSTA de touradas, mas não sabe, e é cúmplice dos sádicos e psicopatas, mas também não sabe.
«Pois sem elas não teria podido ver um belo animal, como o touro. Um animal selvagem poderoso».
Pois digo-lhe que se NÃO HOUVESSE touradas, o senhor PODERIA VER o belo animal, que é um Touro, nos prados, a pastar tranquilamente, como é da sua natureza. E JAMAIS, em tempo algum, veria um ANIMAL SELVAGEM chamado Touro, porque os Touros não são animais selvagens. São herbívoros, de natureza mansa e extremamente pacífica. Mas para saber isto é preciso estudar BIOLOGIA. Portanto, sugiro-lhe que nunca se meta a falar do que não sabe.
«Que desde sempre (o touro) foi venerado em lutas iguais, pelo homem».
Desde sempre o Touro foi venerado como um deus, por exemplo, no antigo Egipto. O Touro, na cultura micénica, foi venerado, NÃO para lutas, mas para acrobacias, sem sangue, sem sofrimento, sem tortura. JAMAIS o homem o venerou em LUTAS IGUAIS. À medida que a humanidade foi avançando, em vez de se avançar também no respeito a ter pelos magníficos animais que são os Touros, regrediu-se irracionalmente, e o animal homem-predador começou a utilizá-los, a explorá-los para LUTAS ABSOLUTAMENTE DESIGUAIS, onde os Touros vão para as arenas completamente desfeitos, quase cegos, já bastamente mortificados, e os homens-predadores, armados de bandarilhas e espadas, mais não fazem do que demonstrarem a sua DESCOMUNAL COBARDIA diante de um animal MAGNÍFICO, sim, mas completamente arrasado, indefeso, inocente, inofensivo e confinado a auma arena sem saída.
«Só haveria chocas, ou simplesmente hambúrgueres».
Só haveria chocas, ou simplesmente hambúrgueres nas alucinações de quem apenas consegue ver carne de cadáveres para se alimentar, quando na Natureza existe tudo o que é necessário à alimentação do homem, sem necessidade de recorrer à morte dos animais que connosco partilham o Planeta, não para que o homem os coma ou os explore para tortura ou trabalhos forçados, mas porque foram criados para servirem unicamente a Natureza.
Isto de chocas e hambúrgueres está desactualizadíssimo. Tente actualizar-se, António Estrela. Até porque chocas sem Touros não existiriam. E vice-versa.
Por fim, o senhor diz isto:
«Vale a pena lutar por uns centímetros a mais nas gaiolas das galinhas ou pela melhoria dos transportes de gado. Mas o que me choca realmente, é o conceito de biodiversidade dos limousines, dos charoleses, dos BBB ou dos bois da raça zebuína com cupim enorme».
Não se trata de lutar por uns centímetros a mais nas gaiolas das galinhas ou pela melhoria dos transportes de animais.
Trata-se de retirar as galinhas das gaiolas, e de acabar com o transporte de gado vivo. O conceito de que os animais nasceram para servir o homem está ultrapassadíssimo. Deu-se um passo gigantesco a este respeito. Mas há os que ficaram para trás e ainda estão no século XXI antes de Cristo.
Quanto ao que o choca realmente não me surpreende. Gosta de touradas, e de ver os magníficos Touros estraçalhados nas arenas, mas o mais chocante, para si é a diversidade das raças bovinas.
A mim também me ofende bastante a manipulação genética.
Porém, a tortura de magníficos bovinos, mansos, indefesos e inofensivos, para divertir um punhado de sádicos e satisfazer os maus instintos de psicopatas; o martírio de seres vivos, que só investem se forem atacados pela besta humana, esmaga-me a alma.
Por conseguinte, da próxima vez que queira comentar sobre esta matéria, senhor António Estrela, venha munido de Saber. Dê uma vista de olhos, por este Blogue. Estão aqui todas as informações necessárias, provas científicas, depoimentos de cientistas, desmistificações, enfim, tudo o que é preciso saber para sair do obscurantismo em que a tauromaquia tem mergulhado os seus aficionados.
É que já estou farta de estar sempre a repetir a mesma coisa.
Isabel A. Ferreira
De ANTONIO ESTRELA a 26 de Setembro de 2017 às 19:19
Estou arrasado. Fui demolido e sepultado pelo arremesso de milhares de argumentos científicos.
Não me mexo, sinto-me um auroque.
Mas cicio: NÃO GOSTO DE VER TOURADAS E DETESTO AS FARPELAS DOS PARTICIPANTES.
Disso sou eu que determino e não uma Isabel, que nem conheço.
Quando comentei, nem pensei seriamente, que o seu blog tivesse por missão a proibição das touradas.
Respondi-lhe, naquele tom de que há muito pior que as touradas ..... e nem sequer falei dos gansos cirrosos para o foie gras, dos tubarões e as barbatanas para a sopa, .....
Sinceramente, não me excito, com a visão dum touro a ser espetado e até fico muito incomodado com o picador das touradas espanholas. Acuso-me, porque acho interessante as pegas de caras ou de cernelha, mas isso é coisa de homem.
Do que gosto, é de ver o touro solto,já que é um animal imponente, viril e selvagem, que se veja isso por Picasso, que melhor do que eu o venerou. Sempre que posso fico parado a contemplar essas manadas, quer no Alentejo ou no Ribatejo, bem diferentes das manadas de limousines, que substituíram as nossas mertelengas, alentejanas, barrosãs ... Já para não falar do cavalo Lusitano.
MAS, SE EXISTEM TOUROS E CAVALOS LUSITANOS, nas planícies das ganadarias alentejanas e ribatejanas, deve-se às touradas.
Na tourada, há cultura? isso há. Vou à feira da Golegã, de Santarém ou Sevilha e vejo isso. (Devemos respeitar a cultura das minorias)
Confesso-lhe, que não iria sentir a falta das touradas, se por decreto fossem proibidas, mas penso que devemos deixar extinguir-se, por falta de publico. Não acredito, que aquele circo, vá subsistir sem apostas e neste jogo o Touro perde sempre.
Para finalizar, deixe-me esclarecer, que sou omnívoro, como a natureza da evolução determinou e não acho graça em perder a capacidade para metabolizar diferentes classes alimentos. Sinto-me melhor, com esta dieta variada do que com as dietas restritivas dos carnívoros ou dos herbívoros.
AE
PS: Vou visitar o seu blogue, com mais tempo.
Senhor António Estrela,
Vamos lá esmiuçar este seu novo comentário.
Não vê a contradição do seu depoimento anterior? Não gosta de touradas, mas agradece que elas existam.
O que é isto? Uma piada?
O meu Blog começou por ser um Blog Literário, mas dada a loucura selvática em que o meu País está mergulhado, transformei-o na voz dos que não têm voz, para gritar o atroz sofrimento a que os sujeitam para divertir sádicos e psicopatas.
Não, não há muito pior do que as touradas. As touradas são uma prática abominável pela filosofia intrínseca: DIVERTIMENTO À CUSTA DO SOFRIMENTO.
É óbvio que existem coisas igualmente horrorosas, no mundo dos animais não humanos. O caso dos gansos, e de todos os outros animais barbaramente explorados para a alimentação do homem.
Pelo que me conta, costuma VER TOURADAS, uma vez que diz não “se excitar com a visão de um touro a ser espetado», e acha «interessantes as pegas de caras ou de cernelha, mas isso é COISA DE HOMEM». É coisa de homem? É coisa de HOMEM COBARDE, dos MAIS COBARDES, porque os das pegas, ATACAM um Touro já MORIBUNDO, e isso é da COBARDIA. Uma vez que frequenta touradas, repare no estado do Touro quando os COBARDES FORCADOS o atacam. Um bando para um touro moribundo. E chama isso coisa de homem? Não, um verdadeiro HOMEM não é isso.
Engana-se, Picasso não venerava os Touros. Picasso era um homem cruel. Perturbado. Um sádico. E isto é dito pela família. Por isso, babava-se com a tortura de Touros. Tinha uma mente doentia. Deturpada. Não é bom exemplo para ninguém.
Sim, o Touro é um animal imponente, VIRIL (coisa que os toureiros, bandarilheiros, forcados e ganadeiros NÃO SÃO) mas NÃO É SELVAGEM (o que é que não entendeu no meu texto?)
Diz o senhor: «MAS, SE EXISTEM TOUROS E CAVALOS LUSITANOS, nas planícies das ganadarias alentejanas e ribatejanas, deve-se às touradas».
Isto só pode ser anedota!!!!!
Isto é maior PARVOÍCE que existe no mundinho tauromáquico. Demonstra uma profunda ignorância e estupidez, por parte de quem faz disto uma verdade.
Mas depressa se extinguem os tauricidas, com o fim das touradas, do que os Cavalos lusitanos e os Touros.
Aconselho-o a ler este texto (mas há mais no meu Blog):
A BARBÁRIE DOS TAURICIDAS: O FILÓSOFO JESÚS MOSTERÍN DESMONTA O MITO DO “TOURO BRAVO”
http://arcodealmedina.blogs.sapo.pt/284704.html
Na tourada há cultura? Sim, há a CULTURA dos BRONCOS, dos IMBECIS.
Chamar à TORTURA CULTURA só mesmo uma mente imbecil. Desculpe.
Leia, este texto para saber o que é CULTURA.
CULTURA E CIVILIZAÇÃO
http://arcodealmedina.blogs.sapo.pt/22410.html
Devemos respeitar a cultura das minorias, quando a cultura das minorias é CULTURA, e não “COLTURA”, onde predomina a mais profunda ignorância e estupidez.
O senhor dá uma no cravo, outra na ferradura. Mas este seu comentário tem um rótulo: AFICIONADO.
Tenha a certeza de que as touradas têm os dias contados. Já está moribunda. Os tauricidas estão a preparar-se para EXPLORAR outro animal. Mas não vão ter sorte.
Com o fim das touradas o Touro ver-se-á livre dos seus CARRASCOS.
Para finalizar… o senhor diz que é OMNÍVORO. Tem a certeza? Tem mesmo a certeza de que é OMNÍVORO? Não que me surpreenda. Os omnívoros são predadores. Só que achei piada.
E sim, aconselho-o a visitar o meu Blog, com mais tempo. Está aqui tudo o que há para saber sobre o mundinho rasteiro da tauromaquia.
De ANTONIO ESTRELA a 27 de Setembro de 2017 às 16:01
Deixe-me que elogie a sua escrita.
É fluída, mas no entanto é frágil, pois escreve com raiva e essa raiva que cega o touro e não permite que acertar no toureiro. Se fosse uma pacassa, que ataca de olhos abertos, já a conversa seria diferente, teríamos de substituir os toureiros e não os touros, nas proscritas touradas.
Vi o video do Jesus e fiquei a saber, que sou careca naturalmente e uso cabelo curto por cultura. O Napoleão mandava rapar o cabelo dos seus exércitos, por uma questão de piolhos- Isso seria cultura ou simplesmente natural - Os piolhos são naturais. (Brinco)
Agora, rotulou-me de aficionado. Como se diz no Príncipezinho, é preciso, ser-se cativado e não se ser etiquetado.
AE
António Estrela,
Vai permitir-me que dispense os seus elogios. Não gosto de ser elogiada por quem não sabe interpretar um texto.
Para começar:
O senhor vê RAIVA onde devia ver INDIGNAÇÃO, que é algo a que tenho direito, um direito consignado na Constituição da República Portuguesa. INDIGNAÇÃO! Fixe esta palavra e não torne a confundi-la com RAIVA.
Rotulei-o de aficionado, e volto a rotular. E quer saber porquê? Porque o seu discurso é exactamente IGUAL ao de todos os aficionados, centenas, que já passaram por aqui. Sem tirar uma vírgula. E quem não quer ser aficionado, não lhe vista a pele. E o senhor, não só vestiu a pele como a alma, e, a não ser que mude o seu discurso, mas principalmente a sua postura perante a VIDA, será eternamente aficionado.
Não pretendo, nem nunca pretendi cativar ninguém. A minha missão aqui é agitar consciências, obviamente, a quem a tem.
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