Ao fim de tantos anos, depois de todos os estudos, ainda se tem de "discutir" se a tourada é ou não uma podridão? Uma nódoa negra? Uma praga? Uma vergonha para o País? Uma psicopatia?
Têm o desplante de perguntar se a TORTURA é património? Isto tira-me do sério. Isto reflecte a falta de visão do responsável pelos programas da RTP.
Isto é a tourada, e o resto é o delírio dos loucos.
Josefina Maller
(A indisponibilidade do vídeo deve-se à barbaridade que não querem que se mostre).
[As minhas obsetrvações estão entre parênteses rectos]
«Festa brava».
[Festa dos broncos? Querem dizer.]
«O início da temporada reabre a velha polémica».
[Velha polémica? Se é velha então já muito se disse e redisse sobre o assunto, e a conclusão foi sempre a mesma: a tourada, sendo uma aberração, deve ser abolida, e a RTP deve deixar de transmitir violência para uma minoria inculta. Ou não chegaram ainda a esta conclusão?]
«A corrida de touros é um património ou um acto de barbárie?
A tourada expressa tradição, cultura e valores artísticos, ou é um atentado à civilização e aos direitos dos animais?»
[Estas duas perguntas só podem ter sido elaboradas por quem não vê um palmo adiante do nariz. Não evoluiu. E ainda vive rodeado de trevas. Então a tortura de bovinos lá pode ser “património” de alguma coisa? Então a tortura de bovinos não é claramente, um acto de barbárie, cruel, uma selvajaria imensurável, hoje, assim como ontem e em todas as épocas em que existiu? A tourada lá expressa alguma “tradição”, sendo ela meramente um costume bárbaro e primitivo, herdado de gente primitiva e cruel? A tourada será quando muito a cultura da morte, da ignorância, da imbecilidade. Valores artísticos? Onde? Nas bandarilhas enfeitadas? Nos sapatinhos e nos collants cor-de-rosa das bailarinas? Nas roupas obsoletas e ridículas de torcionários e forcados? Atentado à civilização e aos direitos dos animais é com toda a certeza, até porque a esta conclusão já chegaram os cientistas, os biólogos, os humanistas, os investigadores e todos os sábios do mundo. Apenas o pessoal da RTP não sabe. É preciso vir a público perguntar outra vez… Não aprenderam nada durante os anos em que se tem lutado contra esta praga social. No dia 12 de Maio de 2014 ainda se tem de fazer uma tal pergunta? A isto chama-se falta de cultura, de visão. Ou então querem fazer os portugueses de parvos.]
«Diferentes opiniões no maior debate da televisão portuguesa.
Património ou barbaridade?»
[Diferentes opiniões? Isto nada tem a ver com opiniões.Tem a ver com as atitudes reprováveis de uma minoria inculta, que ainda vive na Idade Média, não tendo acompanhado a evolução dos tempos, e tem na tortura de bovinos a ilusão de uma “festa”. Património ou barbaridade? Barbaridade é com toda a certeza, para os povos evoluídos e cultos. Quanto a património, será…. porém, da estupidez e da ignorância entranhada como uma sarna na pele dessa minoria inculta que o governo português apoia, sendo-lhe ridiculamente submissa.]
«Prós e Contras 2ª feira à noite em directo da Fundação Champalimaud».
[Mais um debate inútil, depois de tudo o que já sabemos da tauromaquia: «a terrível e venal arte de torturar e matar animais em público, segundo determinadas regras, e que traumatiza as crianças e adultos sensíveis. A tourada agrava o estado dos neuróticos atraídos por estes espectáculos. Desnaturaliza a relação entre o homem e o animal, afronta a moral, a educação, a ciência e a cultura.» (Declaração da UNESCO em 1980.) O que é preciso dizer mais? O que é que a RTP ainda não entendeu? Desenho, precisa-se?]
Ainda não vi o programa (vou vê-lo em horas decentes) mas se tivesse que desatarem à pancada apenas os prótoiros e os atcts o fariam... Têm a violência por profissão.
A Isabel coloca muito esforço e muitas horas neste blog e luta por uma causa que entende ser nobre e justa. A intenção é de louvar, e muito pouca gente em Portugal tem o espírito e a força de vontade para colocar o seu próprio bem-estar em segundo plano para lutar por aquilo que acredita ser certo, como a Isabel o faz.
Acho, no entanto, que durante este longo e duro percurso, tem tentado atacar o problema de uma forma que frustra os seus objectivos, devido à força da linguagem que utiliza.
Apesar das boas intenções, acho ofende as pessoas cujas ideias tenta mudar, o que torna a discussão inútil, porque mais ninguém vai querer discutir isso, se já sabe que vai ser ofendido, e afasta aqueles que, apesar de não terem opinião formada, acabam por se sentir repelidos pela agressevidade das publicações e a negatividade que sentem ao ler as publicações. Percebo que queira apelar às emoções das pessoas relativamente ao sofrimento animal, mas por vezes temos que reconhecer os limites que não podemos ultrapassar sob pena de passarmos outra mensagem que não aquela que queremos passar. Chega um ponto em que as pessoas que não são a favor nem contra ficam mais incomodadas com os insultos e as ofensas na linguagem do que com os argumentos que apelam à evidência do sofrimento, ou até do que com as fotografias onde demonstra esse sofrimento.
Percebo que não goste dos aficcionados, mas precisa de mudar a opinião deles se quer que as coisas mudem. É preciso fazê-los ver que aquilo que consideram uma arte está errado, e para isso é preciso saber ser tolerante e respeituoso. Podemos odiar uma pessoa, mas continuamos a ter que respeitar os seus direitos. E não vale a pena fazer acusações acerca daquilo que eles fazem a animais para justificar o contrário, porque dois errados não fazem um certo e, mais ainda, afasta-a do seu verdadeiro objectivo. Por vezes, temos que nos saber controlar, afastar as emoções por um bocado e debater, sem ofender.
Se uma pessoa utiliza comentários insultuosos e ofensivos contra as pessoas que não partilham as suas convicções, e é intolerante, mesmo que possa estar certa, nunca vai conseguir mudar a opinião de ninguém porque ninguém a vai querer ouvir com essa atitude.
Se queremos mudar a opinião das pessoas e convencê-las de que nós temos razão, não se atacam pessoas, ataca-se ideias contrárias e defende-se as nossas, sempre com respeito pelas diferenças da outra parte, por muito que estas nos repugnem, com ou sem razão. A tolerância e o respeito têm que fazer parte da base do debate. E o probema é que nesta página, acontece exactamente o oposto.
Posto isto, este blog acaba por ser mais:
(i) um diário onde possa desabafar toda a frustração e revolta (muitos diriam justificada) que sente devido a uma realidade, a seu ver, injusta, mas também um meio que as pessoas vão evitar devido ao negativismo que há aqui
do que:
(ii) uma plataforma de desenvolvimento através do debate de ideias e valores, obtendo conforto na ideia de que está a contribuir para um futuro melhor;
Estou a dizer isto porque acho que a Isabel tem boas intenções, tem muito para contribuir para todos nós e para a nossa sociedade, mas está a optar pelos meios errados e por isso não está a conseguir fazê-lo.
Por favor considere uma mudança, no sentido da moderaçãonas ofensas aos aficcionados (por muito que a Isabel e outros os odeiem), de não fazer ataques pessoais através de insultos, acusações, etc.
Em defesa da Língua Portuguesa, a autora deste Blogue não adopta o Acordo Ortográfico de 1990, nem publica textos acordizados, devido a este ser ilegal e inconstitucional, linguisticamente inconsistente, estruturalmente incongruente, para além de, comprovadamente, ser causa de uma crescente e perniciosa iliteracia em publicações oficiais e privadas, nas escolas, nos órgãos de comunicação social, na população em geral, e por estar a criar uma geração de analfabetos escolarizados e funcionais. Caso os textos a publicar estejam escritos em Português híbrido, «O Lugar da Língua Portuguesa» acciona a correcção automática.
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