Terminada a II Grande Guerra Mundial, foi encontrada, num campo de concentração nazista, uma mensagem dirigida aos professores.
Numa época em que o retrocesso educacional, social, cultural, e civilizacional é uma realidade assustadora, faz todo o sentido relembrar as palavras contidas nessa carta, que não interessa se foram idealizadas por alguém, ou se foram realmente escritas por um sobrevivente de um campo de concentração.
O que interessa é que o conteúdo da carta transmite uma cruel realidade que já existiu e pode repetir-se.
A mensagem apela para uma EDUCAÇÃO mais HUMANIZADA, algo que está a perder-se, dando lugar a um vazio de valores, só visto nesses tempos tenebrosos, em que a vida humana valia menos do que um monte de esterco.
O futuro não precisa de MONSTROS.
O futuro precisa de SERES HUMANOS.
Isto jamais deveria ter acontecido, numa sociedade construída pelo dito "racional" Homo Sapiens Sapiens. Mas aconteceu.
Contudo, ainda hoje, os mares e os rios são campos de concentração, onde morrem crianças e adultos, fugindo da ignomínia de governantes, buscando uma vida mais humanizada, que não encontram nos seus países. Campos de concentração são as cidades onde todos os dias se morre devido a guerras insanas. E a pobreza e a fome, que afectam milhões de seres humanos, também são uma espécie de campos de concentração, onde ainda se morre, pelo simples querer de hominídeos graduados em colégios e universidades.
Eis a mensagem do sobrevivente do campo de concentração nazi:
«Prezado Professor, sou sobrevivente de um campo de concentração. Os meus olhos viram o que nenhum homem jamais deveria ter visto:
- Câmaras de gás construídas por engenheiros formados.
- Crianças envenenadas por médicos diplomados.
- Recém-nascidos mortos por enfermeiras treinadas.
- Mulheres e bebés fuzilados e queimados por graduados em colégios e universidades.
Assim, tenho as minhas dúvidas acerca da Educação.
O meu pedido é este: ajude os seus alunos a tornarem-se humanos. Os seus esforços nunca deverão produzir monstros treinados ou psicopatas hábeis.
Ler, escrever e saber aritmética, só serão importantes se fizerem as nossas crianças mais humanas.»