O Grupo Parlamentar do PAN - Pessoas-Animais-Natureza submeteu hoje uma iniciativa legislativa que recomenda ao Governo a suspensão imediata das montarias em todo o território nacional, no seguimento dos recentes acontecimentos na Herdade da Torre Bela que resultaram na morte de 540 animais de grande porte.

Este não foi um evento isolado em Portugal, estando já agendados vários eventos do género para este ano, apesar das limitações impostas pela crise sanitária. No entender do PAN, importa ver esclarecidas várias questões, nomeadamente no que diz respeito à organização e fiscalização destes eventos, bem como ao impacto que têm na salvaguarda da biodiversidade.
Acresce ainda o facto de estar a decorrer um inquérito e processo judiciais para apurar responsabilidades relativamente ao caso na Torre Bela.
[ Esperamos que os culpados pelo massacre da Herdade da Torre Bela sejam severamente punidos, porque esta culpa não pode morrer solteira – I.A.F.].
O projecto de resolução do Grupo Parlamentar do PAN visa, assim:
- Determinar a suspensão imediata de todas as montarias previstas para o território nacional, até regulamentação deste modo de caça e garantias de capacidade de fiscalização;
- Proceder ao levantamento e divulgação pública de todas as zonas de caça que albergam animais cujas espécies são consideradas como “caça maior”;
- Proceder ao levantamento e divulgação pública de todas as explorações, incluindo agrícolas, que desenvolvem actividade cinegética através de cercos ou cercões.
Consultar a iniciativa legislativa na íntegra aqui.
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PAN quer educação para protecção e bem-estar animal obrigatória na disciplina de cidadania
Está prevista a discussão no próximo dia 18 de Fevereiro (quinta-feira) uma iniciativa legislativa do Grupo Parlamentar do PAN – Pessoas Animais-Natureza – que insta o Governo a rever a Estratégia Nacional de Educação para a Cidadania e incluir o “Bem-Estar Animal” nos domínios de carácter obrigatório em todos os ciclos de estudos do ensino básico.

Não esquecer que todos os animais, sem excepção, gostam de se sentir bem, tal como nós. Eles merecem o melhor, tal como nós. Porque eles são animais, tal como nós. (Isabel A. Ferreira)
Presentemente este domínio é de carácter opcional e está inserido no 3º grupo da disciplina de Cidadania e Desenvolvimento. Com esta iniciativa, o PAN pretende também que seja desenvolvido um Referencial de Educação para o Bem-Estar Animal autónomo e independente do Referencial de Educação Ambiental para a Sustentabilidade, dando cumprimento à Lei que proíbe o abate de animais errantes como forma de controlo da população, cuja aplicação tem sido insuficiente, nomeadamente no cumprimento do artigo que define “a integração de preocupações com o bem-estar animal no âmbito da Educação Ambiental, desde o 1.º Ciclo do Ensino Básico”.
Para tal, o PAN propõe que seja criado um Grupo de Trabalho que integre profissionais e cidadãos relevantes das áreas da Educação, Psicologia, Medicina Veterinária, Etologia, entre outras, assim como especialistas em bem-estar e comportamento animal, incluindo representantes de Associações de Protecção Animal, cujas conclusões devem ser apresentadas até ao final do ano escolar de 2020/2021, para que sejam implementadas com urgência.
Bebiana Cunha, deputada do PAN defende que «o Governo está a falhar na educação para a protecção e bem-estar animal, desde logo por considerá-la opcional. O que propomos é que este tema entre na lista de domínios que têm carácter obrigatório na disciplina de Cidadania e Desenvolvimento e que se criem referenciais pedagógicos específicos para esta temática, garantindo o cumprimento da legislação, uma vez que já passaram mais de quatro anos desde a aprovação deste dever do Estado. Esta omissão da parte do Governo é incompreensível face à evidência de que os maus-tratos e o abandono de animais são um flagelo em todo o país, sendo disso exemplo episódios recentes de massacres ambientais e contra os animais, como os sucedidos em Santo Tirso e na Torre Bela”.
Ainda no entender do PAN, “a protecção e bem-estar animal” foi desvalorizada ao ser incluída parcialmente no Referencial de Educação Ambiental para a Sustentabilidade que, apesar de apresentar conceitos e conhecimentos de bem-estar animal, não os aborda de forma profunda nem com a especificidade que se exige para sensibilizar para os deveres dos detentores e combater o flagelo dos maus tratos e abandono.
Bebiana Cunha conclui que «abordar a protecção da vida animal num contexto ambiental, de preservação das espécies ou numa perspectiva ecológica ou da zoologia não é o mesmo que educar para o fim dos maus-tratos e do abandono ou para os deveres de cuidados para com os animais. Só com Referencial autónomo, não-opcional e alargado a todo o ensino básico se poderá prevenir fenómenos de criminalidade nesta área. Para prevenir é fundamental educar. Este referencial para se tornar eficiente deve ser elaborado por uma equipa transdisciplinar e especializada em bem-estar e protecção animal».
As montariras contninuarão para manter o equilíbrio dos javalis e das populações.
Quem soubesse um bocadinho de história e de ecologia, sabereria que os javalis causam danos imensos nas culturas do Interior que irão ao deserto se nao houver esse controlo.
quem - COMO EU - defende a preservação dos lobos confronta-se todos os dias com o dizimar dos rebanhos.
Não falem os citadinos, mas os que estão no local!!!
Cumprimentos,
João-Afonso Machado
Sr. João-Afonso Machado, todos nós sabemos que as montarias servem apenas para os caçadores darem gosto ao dedo no gatilho. Unicamente para isto. Viu-se o PRAZER deles no massacre da Herdade da Torre Bela. Todos os animais massacrados estavam a comer rebanhos e lobos e a estragar as hortas quando foram barbaramente assassinados! Então não estavam?
O equilíbrio dos javalis e das populações NÃO passa por matá-los.
Só quem NÃO sabe História, Ecologia, Zoologia, e outras ciências que tais, é que pode achar que MATAR os javalis é a solução. Mas definitivamente NÃO É.
Já lhe disse aqui há tempos que o problema dos javalis é o homem ter INVADIDO o habitat deles. Se o habitat dos animais não for invadido pelo homem, o habitat do homem não será invadido pelos animais ESFOMEADOS. Lá virá o dia em que os animais comerão os homens e os homens comer-se-ão uns aos outros devido a esse espírito assassino que o homem MENOS EVOLUÍDO ainda carrega em si, destruindo, ele próprio, a Natureza.
A desculpa esfarrapada de que os javalis causam danos imensos nas culturas do interior já não pega, sr. João-Afonso Machado. É a justificação de quem já não vive ser dar o gosto ao dedo no gatilho. E muitos caçadores, se não têm caça, atiram nos humanos. Os crimes que por aí são perpetrados com caçadeiras, são da responsabilidade de caçadores.
O senhor NÃO defende a preservação dos Lobos, porque os Lobos têm o mesmo problema dos javalis: o habitat deles é invadido pelo homem e ELES , tal como o senhor, têm de COMER. Isto está mais do que provado. E não é a matá-los que se resolve o problema.
Engana-se muito quando diz “não falem os citadinos, mas os que estão no local”. Os citadinos têm a CIÊNCIA com eles, e os que “estão no local” só têm o prazer de MATAR. Não por manter os animais no seu habitat. Não, pela preservação dos habitats e das espécies. Só lhes serve MATAR. O que vale é que os caçadores são uma espécie em extinção. Com o fim deles, todos os animais viverão plenamente, nos respectivos habitats: o animal humano e o animal não-humano.
Daí que seja urgente proibir a caça e as montarias e a matança de animais. Lembre-se de que o Planeta Terra já era habitado por javalis e lobos e todos os outros animais não-humanos antes do aparecimento do homem.
E sabe quem é a medida de todas as coisas? Não é o homem que mata animais. É a Mãe Natureza, que manda tempestades, furacões, vulcões, ventanias, tsunamis e vírus agressivos para AVISAR que é ela que tem o PODER de destruir o HOMEM.
Pense nisto, antes de matar um animal, filho dessa Mãe Natureza.
A Senhora é fanática.
A reapcão contra o fanatismo é o medo.
Ao lê-la a reacção sdetodos nós, ou fica na indiferênça ou no medo.
Penso que na indiferênça, porqu ideias como as suas... Peerdoar-me-á, o silêncio de comentários.
Reveja os apoios no seu blog, sfff.
Os maiores cumprimentos
JAM
O senhor atreve-se a vir aqui chamar-me de FANÁTICA, quando o FANÁTICO é o senhor? Mas tal não me surpreende, e já estou habituada, porque os caçadores (entre outros predadores-humanos) têm por hábito PROJECTAR nos outros os seus próprios defeitos e frustrações. Leia Freud a este propósito. A isto chama-se “Projecção Freudiana”, e ficará a perceber porquê.
Essa é a projecção típica dos caçadores, dos tauricidas, dos torcionários, de todos aqueles que têm um instinto primitivo, e andam no mundo a cometer crueldades. Está provado pelas Ciências da Mente, que estudam os desvios do comportamento. Uma pessoa que não sofra de um desvio comportamental, não anda por aí aos tiros a seres vivos indefesos, até porque a CAÇA foi um expediente do Homem Primitivo, antes do conhecimento da Agricultura.
A caça e a colecta foram os primeiros modos de subsistência do Homo Sapiens. Eram caçadores e colectores, vivendo numa sociedade na qual toda ou a maior parte do sustento era obtido pela caça de animais selvagens e a colecta de plantas silvestres. Estas actividades foram herdadas directamente do mundo animal, particularmente dos primatas. E esta fase prolongou-se até à revolução neolítica, a partir da qual uns evoluíram, e outros continuaram ainda mais primitivos, até aos dias de hoje. Porque os caçadores-colectores, caçavam, NÃO para se divertirem, mas para se alimentarem.
(Nem sei porque é que estou a perder o meu precioso tempo a esclarecê-lo, com tantos pormenores.)
Veja que é o senhor que gosta de MATAR COBARDEMENTE seres vivos INDEFESOS, não sou eu. O senhor é que é fanático por MATAR, e usa argumentos descabidos, para justificar esse GOSTO MÓRBIDO. Tudo isto está estudado pela Psiquiatria e pela Psicologia.
A reacção contra o fanatismo é o medo, diz o senhor, sem sequer saber o que disse. O senhor está a morrer de medo de perder o seu divertimento favorito: o de MATAR COBARDEMENTE INDEFESOS SERES VIVOS? É isso que quer dizer?
Ao lerem-me (lêem porque querer ler, não são obrigados) reagem deste modo primário; e não ficam indiferentes, e a prova é os comentários que me dirigem, a maioria deles, de anónimos, e tão grosseiros que não são publicáveis. Ao menos, o senhor desabafa com termos publicáveis e com um nome. E por isso publico-lhe os comentários e até lhe agradeço pela “delicadeza” dos adjectivos.
Nada tenho que rever no Blogue. Está muito bem e de boa saúde. Tem um território que abrange 149 países. E o que permito que se veja é apenas a ponta do iceberg. Saiba que num só dia já tive 45 mil visualizações e centenas e centenas de comentários. Obviamente impossível de os publicar a todos. Tive de perder alguns dias para os ler, e poucos foram publicáveis, por conter linguagem bastamente ordinária, como é apanágio de caçadores e afins.
Mas o que me move aqui não é ter muitos comentários, ou muitos seguidores. O que me move é a luta pelo direito à VIDA de todos os seres vivos, humanos e não-humanos; pelos Direitos do Homem, pelos Direitos das Crianças, pelos Direitos dos Animais Não-humanos, pela preservação das espécies, do Planeta e do meio ambiente, pela abolição de práticas medievalescas, pela evolução das mentalidades, pela Civilização e Cultura. E muito recentemente pela Língua Portuguesa que pretendem destruir.
Não se fie naquilo que vê. Porque o iceberg é gigantesco e já contribuiu para o Bem, o Bom e o Belo que a VIDA, nas sociedades humanas e não-humanas, deve englobar. E isso é o que me interessa.
Minha senhora, como é possível defender-se isso quando hoje o Interior está completamente desrtificado, viem lá uns tantos velhos e as aldeias estão ao abandono.
Se quiser saber de coisas concretas, faça um estudo da implantação do javali em Portugal na década de 60 do século passado, e do lobo também.
O lobo quase se extinguiu; o javali decuplicou.
Cumprimentos
Ou eu percebi mal, ou o senhor, com este comentário, quer povoar o interior do País, completamente desertificado, com a matança de javalis?
Se as aldeias estão ao abandono, e se só lá vivem velhos, para que é preciso andarem os velhos, onde suponho que o senhor se encaixe, aos tiros aos javalis?
Os estudos estão realizados. Todos sabemos o que se passa. A caça é um negócio sujo que move muito dinheiro. Querem viver custa de dinheiro sujo de sangue de inocentes, inofensivos e indefesos animais? Isso é de gente com mentes deformadas.
Os javalis têm direito à vida, no seu habitat. Já lhe disse que se o homem-predador não invadir o habitat do javali, o javali não invade ao seu quintal.
O Lobo estava em extinção, porque o homem-predador os MATAVA. Agora o Lobo Ibérico é um animal protegido. Já não pode ser morto pelos ímpetos assassinos dos caçadores. Então viram-se para os javalis. O que têm é de dar ao gatilho, seja como for.
Atire a sua caçadeira a uma fogueira. Dedique-se a algo condizente com a VIDA. A algo civilizado. Plante hortas e pomares ou mande plantar, se já não tiver forças para a enxada). Não ande por aí a MATAR COBARDEMENTE javalis, que têm todo o direito à vida deles, como o senhor tem à sua. Ou acha que a sua vida é mais importante do que a de um javali? A vida de um javali é tão importante para ele, como a sua vida é para si.
Pense nisto. Ainda vai a tempo de evitar a infalível e implacável Lei do Retorno.
Veja o que diz o SÁBIO Victor Hugo:
“O caçador furtivo vive nas matas; o contrabandista nas montanhas ou no mar. As cidades produzem homens ferozes porque corrompem. A montanha, o mar e a mata, criam homens selvagens.”
São selvagens aqueles que MATAM pelo simples prazer de MATAR.
E sim, »mãe-narureza» tem sido benigna....
Não percebeu a minha mensagem da Mãe Natureza. Ela normalmente é benigna, mas ultimamente tem enviado mensagens muito turbulentas, que significam que o homem-predador NÃO ESTÁ no bom caminho. Saiba ler as mensagens que ela tem enviado.
O problema do homem é que a sua mentalidade não acompanha a velocidade do progresso tecnológico. Já se foi à Lua, mas caça-se, não do modo primitivo, com o objectivo da subsistência, mas para darem azo ao gosto do dedo no gatilho.
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