E não foram os tribunais que venceram. Não foram os autarcas vianenses que venceram.
Foi a racionalidade que venceu através do Movimento Anti-touradas de Viana do Castelo, aguerridamente liderado por Ana Macedo, a grande mentora desta vitória (à qual se seguirão muitas mais vitórias), e das centenas de abolicionistas que se uniram por uma Viana do Castelo livre da selvajaria tauromáquica.
A união faz a força
E a força dos que lutam pela abolição da tauromaquia em Portugal e nos outros sete atrasados países, entre os 193 que existem no mundo, é cada vez mais poderosa.
Que adianta dizerem que a selvajaria tauromáquica é legal?
É legal mas não é racional.
Existem leis injustas. E esta lei que legitima a violência e a crueldade gratuitas sobre seres vivos indefesos, que nem sequer são considerados animais, é injusta, além de ser inconstitucional.
E quando as leis são irracionais e injustas, não existe justiça.
É chegada a hora de o Estado Português se convencer de que ou avança na evolução, e se coloca ao nível dos países civilizados, ou ficará novamente orgulhosamente só, no mundo, uma vez que os outros sete países, onde ainda se pratica a selvajaria tauromáquica, estão a caminho da abolição deste comportamento bárbaro, selvático e cruel, que nem os mais primitivos homens das cavernas praticavam.
O retrocesso é total.
O Movimento Anti-touradas de Viana do Castelo ganhou uma batalha. Falta ganhar a guerra. E essa ainda agora começou.
Vamos a isto, companheiros e companheiras abolicionistas!
Gritemos como gritou Miguel de Cervantes, que viu todos os carrascos que o torturaram no seu longo cativeiro, caírem um a um: «Deus suporta os maus, mas não eternamente.»
Aguardem-nos, carrascos de Touros e Cavalos!
Nós também não vamos suportar mais a vossa violência, a vossa crueldade, a vossa maldade, a vossa ignorância e a vossa ignominiosa maneira de estar no mundo.
Havemos de vos ver cair, um a um… a começar pelos “de cima”…