Estive a pensar se deveria ou não publicar este comentário (outro do mesmo género aguarda melhores dias) porque ao publicá-lo, exige da minha pessoa uma resposta à altura da ignorância que para aqui vai, e lá caio eu na boca dos limianos incultos, por chamar bronco a quem na verdade é bronco, e confunde repulsa por práticas bárbaras, com ódio…
Ódio é o que os limianos broncos sentem pelos desventurados bovinos que lhes caem nas mãos.
E para que não digam que faço censura…
Veja-se: uma vaca com a língua de fora (nãoooo, isto não é violência!) cornos embolados, amarrada, puxada por um bando de cobardes.
Maria Flora Monteiro da Gama disse sobre RESPONDENDO AOS LIMIANOS QUE SE SENTEM OFENDIDOS COM A VERDADE na Quinta-feira, 18 de Setembro de 2014 às 16:41:
Passando a parte dos broncos e parolos e mais não sei o quê para encher linhas, deixe-me rectificar uma pequena falha, o "sangue que mancha a estrada" como refere a legenda, é vinho tinto. Antes de opinar sobre qualquer assunto, convém fazer uma pesquisa. Nesta tradição não há violência, ou será que amarrar a vaca com cordas é violência??? assim, amarrar um cão com uma trela também é?? Fica a história
http://pt.wikipedia.org/wiki/Vaca_das_Cordas (pesquisa rápida)
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Pois Maria Flora Monteiro da Gama, broncos, parolos, parvos… são todos aqueles limianos que se divertem a torturar bovinos.
E não vai “rectificar” coisa nenhuma, porque o que está na estrada é sangue. Mas partindo do princípio que é vinho, que dignidade esse pormenor dá à selvajaria? Nenhuma, só vem corroborar a estupidez da Vaca das Cordas: uma prática de broncos bêbados (Atenção! quem falou em vinho foi a Maria Flora).
Nesse costume bárbaro (quer a Maria Flora dizer, porque tradição é outra coisa) só há violência, desde a retirada da vaca do campo até ao ser arrastada pelas ruas (veja-se a imagem).
Ora pense: se eu amarrasse a Maria Flora Monteiro da Gama com cordas, lhe desse com uma garrafa de vinho na cabeça, e andasse a puxá-la pelas ruas de Ponte de Lima… estaria a fazer-lhe miminhos, não?
É como colocar uma trela a um cão. Tal e qual.
E depois não querem que vos chame broncos!
E agora vamos lá ver o que diz o link que indicou, traduzido para os tempos modernos:
Onde se lê esta espécie de arcaísmo:
«A Vaca das Cordas é um tipo de corrida de touros ao ar livre, tradicional em Ponte de Lima, Portugal»
Deve ler-se:
A Vaca das Cordas é um tipo de selvajaria tauromáquica ao ar livre, em que amarram com cordas uma vaca pelos cornos embolados, junto da Igreja Matriz (com a bênção do padre da paróquia, mais arcaico do que o arcaísmo), quebram-lhe uma garrafa (ou mais) de vinho na cabeça, e depois é puxada pelas ruas enfestadas de parolos alcoolizados, que se divertem como parvos.
Onde se lê:
«É uma tradição que data de 1646 e que tem lugar na véspera da festa do Corpo de Deus.»
Deve ler-se:
É um costume bárbaro, que data do ano que já lá vai de 1646, e que tem lugar na véspera da festa católica, com laivos pagãos e luciféricos, do Corpo de Deus, que assim fica conspurcado deste modo ignominioso, com a cumplicidade da igreja católica.
Onde se lê:
«A tradição tem origem numa lenda local que refere que a Igreja Matriz da primitiva vila era um templo pagão, onde se venerava uma deusa sob a forma de uma vaca. Quando o templo pagão foi transformado em igreja pelos cristãos, a imagem bovina da deusa foi retirada do nicho onde era venerada e, presa por cordas, foi arrastada pelas ruas da vila até serem completadas três voltas ao templo, sendo depois arrastada pelas ruas da povoação com "aprazimento" de todos os habitantes.»
Deve ler-se:
Este costume bárbaro tem origem numa lenda local que refere que a Igreja Matriz da primitiva vila (que ainda o é) era um templo pagão, onde se venerava uma deusa sob a forma de uma vaca. Quando o templo pagão foi transformado em igreja pelos cristãos, a imagem bovina da deusa foi retirada do nicho onde era venerada, (tal como tribos primitivas na longínqua antiguidade veneravam o crocodilo, o gato, o boi) e, presa por cordas (a imagem) foi arrastada pelas ruas da vila até serem completadas três voltas ao templo, sendo depois novamente arrastada pelas ruas da povoação antiquíssima com aprazimento de todos os habitantes, que naquela época eram ainda primitivos e ignorantes e divertiam-se com coisas grosseira, à falta de outros divertimentos mais qualificados.
A dado momento, os limianos mais primitivos, do que os anteriores, substituíram a imagem da vaca por uma Vaca viva, e até aos dias de hoje, para celebrar o santo Corpo de Deus, arrastam-na cobardemente pelas ruas da vila que, entretanto, nada evoluiu, continuando naqueles tempos tenebrosos e a escorrer ignorância por todas as pedras das ruas.
Onde se lê:
«É um touro que percorre as ruas da vila preso por cordas»
Deve ler-se:
É uma vaca indefesa, de cornos embolados, presa por cordas, que é arrastada pelas ruas da vila, por um bando de bêbados.
Onde se lê:
«Um texto do historiador grego Diodoro Sículo (IV, 1 8, 3) afirma que, na Ibéria, as vacas eram animais sagrados».
Deve ler-se:
Um texto do historiador grego Diodoro Sículo ou Diodoro da Sicília, um historiador grego, que viveu no século I a. C (IV, 1 8, 3) afirma que, na Ibéria, as vacas eram animais sagrados, mas não diz o texto que por serem animais sagrados, deviam ser emboladas, amarradas e arrastadas pelas ruas por bandos de alcoolizados.
Na Índia, as Vacas ainda hoje são sagradas, e os indianos tratam-nas como verdadeiras deusas sagradas, ao contrário dos limianos do século XXI depois de Cristo, que à pala do que chamam uma “tradição” maltratam as Vacas, em nome de uma Santa Ignorância, abençoada pela igreja católica.
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Obrigada, Maria Flora Monteiro da Gama, pela oportunidade que me deu, de repor a verdade sobre o grosseiro costume bárbaro da Vaca das Cordas.