Minha Senhora:
Acima de tudo tento não usar uma linguagem agressiva o que, na sua terminologia, me torna um homo belicus horribilis amitius.
E não um homo belicus horribilis fanaticum. Por isso até sei que a causa da sobrevivência do homo ereticus foi a sua inteligência e capacidade de inventar armas para se defender dos predadores que o ameaçavam. Daí a caça.
Mas é um assunto esgotado, inargumentável.
Eu só vim dizer - ponto de honra!!! - jamais serei um NIM. Somente desprezo tanto o AO que ele para mim não existe, não vale uma cruzada, uma palavra, era o que mais faltava!
E o desprezo (aparte a menção nos livros meus publicados de que o Autor não segue etc, etc) é a melhor arma contra essa distorção da nossa língua.
Está a ver como as coisas são simples?
Os meus cumprimentos
João-Afonso Machado, surpreendeu-me que tivesse pensado que me referi a si, ao usar o meu estilo audaz (não, agressivo) quando abordo temas como torturar e matar pela calada seres inocentes, inofensivos e indefesos.
Devo deduzir que o João-Machado, um Homem de Cultura, que tem livros publicados, escreve correCtamente é um Homo Bellicus Horribilis? Recuso-me a fazer essa dedução, embora saiba que o João-Machado não condena essas práticas selváticas, e pense que também não as pratica.
Quando me referi a essa espécie de Homo, referia-me aos caçadores de Perdizes e outros bichinhos indefesos, e aos torturadores de Bovinos, que só são “bravos”, quando, legitimamente, se defendem dos seus predadores Fanaticus, aqui sim, podemos acrescentar o Fanaticus, pois em nome da barbárie passam por cima de todo e qualquer acto humano.
Quando diz que a causa da «sobrevivência do Homo Erectus foi a sua inteligência e capacidade de inventar armas para se defender dos predadores que o ameaçavam», NÃO é verdade.
Esquece-se de que além de, no tempo do Homo Erectus, estarmos nos primórdios da Humanidade (não no século XXI d. C.), a causa da sobrevivência desses Homo, NÃO é a que refere, mas SIM, a necessidade de se alimentarem, de mitigarem a fome, e foi essa necessidade que os levaram a forjar armas rudimentares para poderem matá-los e alimentarem-se da sua carne, para poderem sobreviver. NÃO inventaram armas para andar a divertir-se à custa da morte e do sofrimento desses animais. São coisas muito diferentes. O homem do século XXI d. C., já não precisa de matar animais para sobreviver. Tem hortas, searas, pomares e toda uma Natureza, onde existe tudo o que o ser humano necessita para viver saudavelmente, sem precisar de comer a carne de outros animais. Diz quem já comeu carne humana, por necessidade de sobrevivência, que ela tem o mesmo sabor da carne de porco.
Além disso, os animais, que os Homens primitivos comiam, NÃO os ameaçavam sem ter motivo algum, nenhum animal não-humano que esteja bem alimentado ameaça nenhum outro ser vivo, seja animal humano ou animal não-humano. Isso de falar nas “ameaças dos predadores” [não esquecer que o maior predador do Planeta é o Homo Bellicus Horribilis Fanaticus] é para justificar o PRAZER de matar, metendo o dedo no gatilho de uma arma de fogo, ou usando armas brancas, como facas, espadas ou bandarilhas.
Passando para o AO90: se não é um NIN [acredito que não seja] deve lembrar-se de que a luta a travar pela Defesa da Língua Portuguesa, é uma luta pelo DIREITO dos nossos filhos e netos e de todas as gerações vindouras, a terem uma Língua Materna que os identifique, escrita e falada escorreitamente. Temos o DEVER de lutar para que as nossas crianças NÃO sejam os analfabetos funcionais do futuro, como já os temos por aí, nomeadamente nas televisões, a disseminar as mais apalermadas ignorâncias.
O João-Machado, tal como eu, não vamos para novos, e o mais certo é morreremos antes dos nossos filhos e netos, e a melhor arma para combater o AO90 também pode ser NÃO o aplicar, mas isso NÃO chega para o eliminar.
Como vê, caro João-Afonso Machado, as coisas não são assim tão simples como diz.