Um texto não assinado, recebido via e-mail, com uma série de medidas para acabar com o despesismo estatal, que nos sobrecarrega de impostos, porque BASTA de andarmos aqui todos a trabalhar de sol-a-sol, para que o erário público, que devia ser canalizado para o País e o seu Povo, seja esbanjado em coisas não-essenciais, como as expressas neste texto.
Embora queiram fazer crer que Portugal é muito prestigiado lá fora, e até somos os melhores do mundo (na boca do presidente da República), lá fora, o prestígio de Portugal tem a dimensão de um grão-de-bico, sendo que um grão-de-bico pode encher o papinho de um patinho.
Com as medidas enunciadas a seguir (citação): «recuperaremos depressa a nossa posição e sobretudo, a credibilidade tão abalada pela corrupção que grassa e pelo desvario dos dinheiros do Estado».
Isabel A. Ferreira
- Reduzir as mordomias (gabinetes, secretárias, adjuntos, assessores, suportes burocráticos respectivos, carros atestados, motoristas, etc.) dos ex-Presidentes da República [à excepção do General Ramalho Eanes que recusou essas mordomias]
- Redução do número de deputados da Assembleia da República para 80, profissionalizando-os como nos países a sério. Reforma das mordomias na Assembleia da República, como almoços opíparos, com digestivos e outras libações, tudo à custa do pagode.
- Acabar com centenas de Institutos Públicos e Fundações Públicas que não servem para nada e, têm funcionários e administradores com 2º e 3º emprego.
- Acabar com as empresas Municipais, com Administradores a auferir milhares de Euros/mês e que não servem para nada, antes, acumulam funções nos municípios, para aumentarem o bolo salarial respectivo.
- Por exemplo as empresas de estacionamento não são verificadas porquê? E os aparelhos não são verificados porquê? É como um táxi, se uns têm de cumprir, porque não cumprem os outros? E se não são verificados como podem ser auditados?
- Redução drástica das Câmaras Municipais e Assembleias Municipais, numa reconversão mais feroz que a da Reforma do Mouzinho da Silveira, em 1821.
- Redução drástica das Juntas de Freguesia. Acabar com o pagamento de 100 Euros por presença de cada pessoa nas reuniões das Câmaras e 35 Euros nas Juntas de Freguesia.
- Acabar com o Financiamento aos partidos, que devem viver da quotização dos seus associados e da imaginação que aos outros exigem, para conseguirem verbas para as suas actividades.
- Acabar com a distribuição de carros a Presidentes, Assessores, etc., das Câmaras, Juntas, etc., que se deslocam em digressões particulares pelo País.
- Acabar com os motoristas particulares 20h/dia, com o agravamento das horas extraordinárias... para servir suas excelências, filhos e famílias...
- Acabar com a renovação sistemática de frotas de carros do Estado. Acabar de vez com carros para ministros e deputados. PR, PM e P. da Assembleia únicos que podiam usufruir.
- Colocar chapas de identificação em todos os carros do Estado. Não permitir de modo algum que carros oficiais façam serviço particular tal como levar e trazer familiares e filhos, às escolas, ir ao mercado a compras, etc.
- Acabar com o vaivém semanal dos deputados dos Açores e Madeira e respectivas estadias em Lisboa em hotéis de cinco estrelas pagos pelos contribuintes que vivem em tugúrios inabitáveis.
- Controlar o pessoal da Função Pública (todos os funcionários pagos por nós) que nunca está no local de trabalho. Então em Lisboa é o regabofe total. Há Quadros (directores gerais e outros) que, em vez de estarem no Serviço Público, passam o tempo nos seus escritórios de advogados a cuidar dos seus interesses, que não nos dão coisa pública.
- Acabar com as administrações numerosíssimas de hospitais públicos que servem para garantir tachos aos apaniguados do Poder - há hospitais de província com mais administradores que pessoal administrativo. Só o de Penafiel tem sete administradores principescamente pagos... pertencentes às oligarquias locais do partido no Poder.
- Acabar com os milhares de pareceres jurídicos, caríssimos, pagos sempre aos mesmos escritórios que têm canais de comunicação fáceis com o Governo, no âmbito de um tráfico de influências que há que criminalizar, autuar, julgar e condenar.
- Acabar com as várias reformas por pessoa, de entre o pessoal do Estado e entidades privadas, que passaram fugazmente pelo Estado.
- Pedir o pagamento dos milhões dos empréstimos dos contribuintes ao BPN e BPP.
- Perseguir os milhões desviados por Rendeiros, Loureiros [Salgados] e Quejandos, onde quer que estejam e por aí fora.
- Acabar com os salários milionários da RTP e os milhões que a mesma recebe todos os anos.
- Acabar com os lugares de amigos e de partidos na RTP que custam milhões ao erário público.
- Acabar com os ordenados de milionários da TAP, com milhares de funcionários e empresas fantasmas que cobram milhares e que pertencem a quadros do Partido.
- Acabar com o regabofe da pantomina das PPP (Parcerias Público Privado), que mais não são do que formas habilidosas de uns poucos patifes se locupletarem com fortunas à custa dos papalvos dos contribuintes, fugindo ao controle seja de que organismo independente for e fazendo a "obra" pelo preço que "entendem".
- Criminalizar, imediatamente, o enriquecimento ilícito, perseguindo, confiscando e punindo os biltres que fizeram fortunas e adquiriram patrimónios de forma indevida e à custa do País, manipulando e aumentando preços de empreitadas públicas, desviando dinheiros segundo esquemas pretensamente "legais", sem controlo, e vivendo à tripa forra à custa dos dinheiros que deveriam servir para o progresso do país e para a assistência aos que efectivamente dela precisam;
- Controlar rigorosamente toda a actividade bancária por forma a que, daqui a mais uns anitos, não tenhamos que estar, novamente, a pagar "outra crise".
- Não deixar um único malfeitor de colarinho branco impune, fazendo com que paguem efectivamente pelos seus crimes, adaptando o nosso sistema de justiça a padrões civilizados, onde as escutas VALEM e os crimes não prescrevem com leis à pressa, feitas à medida.
- Impedir os que foram ministros de virem a ser gestores de empresas que tenham beneficiado de fundos públicos ou de adjudicações decididas pelos ditos.
- Fazer um levantamento geral e minucioso de todos os que ocuparam cargos políticos, central e local, de forma a saber qual o seu património antes e depois.
- Pôr os Bancos e os partidos políticos e sindicatos a pagar impostos.
De Mosaicos em Português a 15 de Dezembro de 2021 às 17:00
'As medidas são necessárias, ou 'é necessário (tomar medidas)'.
Lamento, mas não encontro fundamentação teórica para aquilo que afirma. Importa-se de ma facultar?
De Anónimo a 15 de Dezembro de 2021 às 17:52
Comentário apagado.
A relação [das medidas que se seguem] SÃO necessárias.
Diria, antes, que a relação É necessária, com os fundamentos amplamente explanados no texto que referi. Um milhão [de pessoas} FOI, e não FORAM.
Tanto quanto julgo saber, a concordância do predicado dar-se-á com o sujeito, e não com o complemento determinativo. O contrário, será entrar no âmbito do primeiro texto que aqui publiquei, e que acaba por ser, de alguma forma, a razão de ser de aqui estar. https://mosaicosemportugues.blogspot.com/2021/02/tanto-faz.html
Bom fim-de-semana!
O senhor, naturalmente, devia ter reparado que aquela RELAÇÃO está ali a mais (ia dizer uma coisa e mudei de ideia) e, por lapso esqueci-me de eliminar a “relação”. Acontece. E agradeço a sua chamada de atenção, tanto que já fui reparar o lapso. E o que quis dizer é exactamente o que agora está na frase.
E obviamente que o senhor tem razão, quando à advertência.
Também será óbvio que, pelas regras gramaticais, devemos dizer que um milhão de pessoas FOI, se bem que haja quem considere que o FORAM não estará errado, porque se refere ao “milhão de pessoas que foram…). Os gramáticos têm a palavra final. Isto levar-nos-á, por exemplo, ao “vende-se casas” ou “vendem-se casas”? Eu, pessoalmente, prefiro o sujeito indefinido (alguém vende casas).
A regra geral é exactamente como diz: a concordância do verbo dar-se-á com o sujeito, e não com os complementos.
Muito obrigada, pelo link. É sempre útil aprender com quem sabe.
Tenha um bom fim-de-semana, e receba os meus melhores cumprimentos.
Como já lhe disse, o autor do texto decidiu escrever o que escreveu, e ele é que deveria fundamentar por que decidiu pelo que decidiu.
Porém, penso que dizer «medidas [sem o artigo, e com o pronome relativo] QUE são necessárias para…» significa dizer que as medidas que se seguem SÃO necessárias para se alcançar um determinado objectivo, ou dizer que «é necessário tomar [as seguintes] medidas para…» se alcançar um determinado objectivo, irá dar ao mesmo: as medidas são tão necessárias implementar, quanto é necessário implementá-las.
O pronome relativo na frase consubstancia a ideia do “é necessário”, pois se são necessárias, é necessário implementá-las. Não vejo aqui nenhuma questão, a não ser uma questão de estilo.
Penso que cada autor tem o direito de usar o que lhe parece melhor expressar, desde que não escreva disparates, numa linguagem incorreCta.
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