Comentários:
De Mosaicos em Português a 15 de Dezembro de 2021 às 15:44
Peço desculpa se não fui claro.
Referia-me ao 'são necessárias implementar' em lugar de 'é necessário implementar'. Apenas isso.
Na mesma linha, publiquei https://mosaicosemportugues.blogspot.com/2021/11/um-milhao-de-cidadaos-foi-ou-foram.html, que talvez queira consultar.
De Isabel A. Ferreira a 15 de Dezembro de 2021 às 16:20
Compreendi.

No entanto, dizer «Medidas que são necessárias implementar para…» não está incorreCto. Se dizer «É necessário implementar medidas para….» nos leva a uma interpretação mais direCta ao ponto, é outra história.

O autor do texto lá soube por que usou o “são necessárias” e não o “é necessário”. No fundo, no fundo, e para que se chegue ao busílis da questão, as duas expressões vão dar ao mesmo.

Penso que será muitíssimo mais grave o uso de uma ortografia afastada das raízes da Língua Portuguesa, levando-nos, para uma variante sul-americana, se bem que oriunda da genetriz europeia, do que estas minudências, que não alteram o fluir de uma escrita que se quer correCta.

A Língua Portuguesa é complexa, mas queremo-la, assim, complexa, para poder ser PENSADA. Não a queremos “simplexa”, para facilitar a vida de quem não tem capacidade para PENSAR a Língua.

Agradeço o envio do “link”, cujo conteúdo me agradou mais do que a forma.
De Mosaicos em Português a 15 de Dezembro de 2021 às 17:00
'As medidas são necessárias, ou 'é necessário (tomar medidas)'.
Lamento, mas não encontro fundamentação teórica para aquilo que afirma. Importa-se de ma facultar?
De Anónimo a 15 de Dezembro de 2021 às 17:52
Comentário apagado.
De Mosaicos em Português a 16 de Dezembro de 2021 às 13:08
A relação [das medidas que se seguem] SÃO necessárias.
Diria, antes, que a relação É necessária, com os fundamentos amplamente explanados no texto que referi. Um milhão [de pessoas} FOI, e não FORAM.
Tanto quanto julgo saber, a concordância do predicado dar-se-á com o sujeito, e não com o complemento determinativo. O contrário, será entrar no âmbito do primeiro texto que aqui publiquei, e que acaba por ser, de alguma forma, a razão de ser de aqui estar. https://mosaicosemportugues.blogspot.com/2021/02/tanto-faz.html
Bom fim-de-semana!
De Isabel A. Ferreira a 16 de Dezembro de 2021 às 15:02
O senhor, naturalmente, devia ter reparado que aquela RELAÇÃO está ali a mais (ia dizer uma coisa e mudei de ideia) e, por lapso esqueci-me de eliminar a “relação”. Acontece. E agradeço a sua chamada de atenção, tanto que já fui reparar o lapso. E o que quis dizer é exactamente o que agora está na frase.

E obviamente que o senhor tem razão, quando à advertência.

Também será óbvio que, pelas regras gramaticais, devemos dizer que um milhão de pessoas FOI, se bem que haja quem considere que o FORAM não estará errado, porque se refere ao “milhão de pessoas que foram…). Os gramáticos têm a palavra final. Isto levar-nos-á, por exemplo, ao “vende-se casas” ou “vendem-se casas”? Eu, pessoalmente, prefiro o sujeito indefinido (alguém vende casas).

A regra geral é exactamente como diz: a concordância do verbo dar-se-á com o sujeito, e não com os complementos.

Muito obrigada, pelo link. É sempre útil aprender com quem sabe.

Tenha um bom fim-de-semana, e receba os meus melhores cumprimentos.
De Isabel A. Ferreira a 16 de Dezembro de 2021 às 14:37
Como já lhe disse, o autor do texto decidiu escrever o que escreveu, e ele é que deveria fundamentar por que decidiu pelo que decidiu.

Porém, penso que dizer «medidas [sem o artigo, e com o pronome relativo] QUE são necessárias para…» significa dizer que as medidas que se seguem SÃO necessárias para se alcançar um determinado objectivo, ou dizer que «é necessário tomar [as seguintes] medidas para…» se alcançar um determinado objectivo, irá dar ao mesmo: as medidas são tão necessárias implementar, quanto é necessário implementá-las.

O pronome relativo na frase consubstancia a ideia do “é necessário”, pois se são necessárias, é necessário implementá-las. Não vejo aqui nenhuma questão, a não ser uma questão de estilo.

Penso que cada autor tem o direito de usar o que lhe parece melhor expressar, desde que não escreva disparates, numa linguagem incorreCta.


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