Comentários:
De O apartidário a 28 de Abril de 2024 às 18:35
Muito bem.
Do Observador (parte final do artigo de ontem) :
Nestes oito anos, o prof. Marcelo disse imensas coisas, nenhuma que tivesse pertinência ou sentido, e calou outras tantas, todas as que arriscavam relevância e implicavam compromisso. De caminho, sustentou com empenho as peripécias de governos daninhos, manteve o país por 173 dias numa “emergência” cobarde e arrasadora, deixou-se fotografar com 98% da população, beijocou 99%, convocou repetidamente câmaras para o filmarem a despir-se na praia, proclamou-nos os “melhores do mundo” em centenas de sectores e actividades, deu entrevistas no lugar dos jogadores da bola, usou ou permitiu que se usasse o seu cargo em favores particulares, etc. Não foi bem o “prestígio” do cargo que o prof. Marcelo implodiu: foi mesmo a autoridade do cargo, que com dificuldade voltará a ser o que era. Se é que volta.

Bastaram três ou quatro meses para, em entrevista de Junho de 2016 a Rui Ramos e Vítor Matos, para o Observador, Vasco Pulido Valente avaliar os méritos dos mandatos do prof. Marcelo: “Acaba com a seriedade na política. Ele transformou a política num espectáculo. Não há dia em que ele não apareça. (…) Marcelo não tem relações com o país. Ele tem a mesma espécie de relação que um cantor pop tem com o seu público. Dar beijinhos à população não é ter uma relação com o país. Que mensagem é que ele passa? Que convicção é que representa um beijinho?” E o Vasco acrescentou: “Lembra-me sempre uma frase que o De Gaulle disse sobre o Lebrun, último presidente da Terceira República Francesa. ‘Como chefe de Estado ele tinha dois defeitos, não era chefe, nem havia Estado’”.

Eis um resumo cabal. Oito anos depois, o prof. Marcelo só aprimorou o “estilo” e aprofundou as respectivas consequências. Pode-se discutir se as alucinadas confissões aos correspondentes estrangeiros, na última terça-feira, representam um passo em frente num percurso de impensáveis embaraços ou se mantêm o tom de sempre. Indiscutível é que o prof. Marcelo não possui as características intelectuais, emocionais, sociais e o que quiserem para ser presidente da República. Mas é. E, apesar dos crescentes apelos para que renuncie formalmente ou desapareça informalmente, em princípio continuará a sê-lo até 2026. O que daqui a dois anos será a República é uma questão diferente.

Alberto Gonçalves no Observador
De Isabel A. Ferreira a 28 de Abril de 2024 às 18:53
Que arraso bem dado!!!!!
Parabéns ao Alberto Gonçalves também.

Se ainda restasse alguma dignidade ao PR, ia com bilhete só de ida para o Brasil, onde ele se sente como um peixe na água.

O cargo de presidente da República ficou conspurcado, com esta personagem.
De O apartidário a 30 de Abril de 2024 às 11:27
Outro do Observador.

"Senhor Presidente, se ainda tem algum sentido de dignidade e de respeito pelo cargo que ocupa e pelos portugueses, por Portugal e pela sua História, peço-lhe que apresente a renúncia ao seu mandato, nos termos constitucionalmente previstos (art. 131º).

Se o fizer, talvez a História o venha a julgar com menos severidade."

Teresa de Melo Ribeiro no Observador(artigo de leitura aberta sem assinatura)
De Isabel A. Ferreira a 30 de Abril de 2024 às 18:24
Perfeito. Um aplauso para a Teresa de Melo Ribeiro.
Ele ficará às portas da História como o pior presidente que o Estado Português já teve, desde que Portugal é Portugal.
Nem os Filipes conseguiram ser tão maus.

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