… e comemora o Dia Mundial da Criança, oferecendo-lhe, de bandeja, a crueldade e a violência como um “valor” a seguir…
Para quem chumbou o Projecto de Lei do PAN, intere€€e€€€€€€€ mais altos se levantam e as crianças que se LIXEM!
E o mundo saberá que, em Portugal, a maioria dos políticos com assento na Assembleia da República, gere os interesses particulares de ganadeiros incultos, imorais e sádicos.

Esta é a imagem que a maioria dos palamentares portugueses quer ver correr mundo...
COMUNICADO DO PAN

O projecto-lei n.º 181/XIII/1ª do PAN que visa afastar os menores de idade dos espectáculos tauromáquicos foi hoje chumbado com os votos contra do PCP, do CDS, do PS e do PSD, com a abstenção de 11 deputados do PS e um do CDS e com votos a favor do PAN, do BE, do PEV e de 11 deputados do PS.
Para os partidos e deputados que votaram contra a aprovação desta iniciativa legislativa, os interesses do negócio tauromáquico sobrepõem-se à defesa dos Direitos Humanos e aos Direitos das Crianças em particular. Por todas as bancadas que tiveram liberdade de voto, já existem contudo deputados que querem efectivamente intervir, melhorar e aumentar os esforços para alterar as tradições violentas e fomentar o desenvolvimento civilizacional e educacional da nossa sociedade.
Nos dias 22 e 23 de Janeiro de 2014, o Estado português assumiu o compromisso no Alto Comissariado para os Direitos Humanos em Genebra, durante a Sessão de avaliação do Comité dos Direitos da Criança, de proteger as crianças e jovens da "violência da tauromaquia".
No dia 5 de Fevereiro de 2014, o Comité dos Direitos da Criança, órgão máximo a nível internacional encarregado de garantir o cumprimento da Convenção sobre os Direitos da Criança, instou o Estado Português a “adoptar as medidas legislativas e administrativas necessárias com o objectivo de proteger todas as crianças que participam em treinos e actuações de tauromaquia, assim como na qualidade de espectadores” bem como a adopção de "medidas de sensibilização sobre a violência física e mental, associada à tauromaquia e o seu impacto nas crianças".
O Estado português encontra-se em claro incumprimento, sendo incompreensível a posição dos partidos que chumbaram esta iniciativa legislativa, ao ignorar quer as recomendações das Nações Unidas quer os compromissos de Portugal assumidos perante esta Organização, numa demonstração de total inflexibilidade.
No caso específico dos maiores grupos parlamentares portugueses, PSD e PS, partidos políticos que se definem como moderados, foi com espanto que assistimos à reprovação de uma lei que pretende acompanhar a evolução ética e civilizacional que a sociedade está a atravessar e a exigir. A este posicionamento juntaram-se o CDS-PP e o PCP.
Não se justifica que na segunda década do Séc. XXI em Portugal possam existir posições partidárias que defendam o doutrinamento da violência, que permite que as crianças e jovens sejam expostos a situações que podem colocar em risco a sua vida e a sua saúde, física e emocional, contrariando o código do trabalho.
Ocidentais, ou não Ocidentais, todas as culturas integram tradições construtivas e destrutivas. A antiguidade de uma tradição não pode continuar a servir para a justificar. Os valores estéticos e culturais desta actividade, aos quais se associam os festejos comunitários, a elegância, a cor e a tradição podem e devem manter-se, sendo que, se retirarmos a violência perpetrada contra os animais, retiramos o aspecto destrutivo desta tradição e por conseguinte o impacto negativo que a actividade tem nas crianças e jovens.
Abstenções PS: Sónia Fertuzinhos, Eurico Brilhante Dias, Susana Amador, António Sales, Alexandre Quintanilha, Paulo Trigo Pereira, Elza Pais, António Cardoso, Joana Lima, Filipe Neto Brandão, Vitalino Canas.
O favor PS: Pedro Delgado Alves, Isabel Santos, Rosa Albernaz, Fernando Jesus, Tiago Barbosa Ribeiro, Luís Graça, Carla Sousa, Luís Soares, Ivan Gonçalves, Diogo Leão, João Torres
A favor: BE, PEV, PAN
Contra: PSD e CDS (Abstenção CDS: João Rebelo) e um grande número de deputados do PS.
2 de Junho de 2016
***
(AVISO: uma vez que a aplicação do AO90 é ilegal, não estando efectivamente em vigor em Portugal, eeste Blogue não pactuar com a ilegalidade, este texto foi reproduzido para Língua Portuguesa, via corrector automático).
De
Leocardo a 8 de Junho de 2016 às 15:38
Muito bem. Em primeiro lugar chamo-me Luís Crespo, e quase toda a gente que segue o blogue sabe disso, e se dos mais de 2 mil seguidores da minha conta do FB algum alegar que não me identifico, será por distracção ou por má vontade, porque é a única conta que utilizo, e onde partilho não só os posts do blogue como fotografias onde apareço perfeitamente identificado, e algumas mesmo com familiares e amigos. "Leocardo" é um pseudónimo, e não necessariamente um "nome falso", que soa a algo de marginal, o que (orgulhosamente) não sou, uma vez que deixo sempre claro que qualquer pessoa tenha qualquer assunto para tratar comigo pessoalmente, é livre de me abordar na rua e fazê-lo. Não sendo eu uma figura pública, não tenho problemas em assinar o que escrevo no blogue e na minha coluna semanal do diário Hoje Macau pelo pseudónimo (julgo que se o nosso Torga tivesse enveredado pela carreira política teria que se apresentar como "Adolfo Rocha", o que seria menos eloquente, digo eu).
Estou muito contente por ter encontrado o seu blogue e poder trocar estas impressões consigo, e agradeço-lhe o link que enviou, que acabei de ler há poucos minutos, e gostei. Mas já que não sei usar máscaras e muita gente sabe que de mim só pode esperar sinceridade sem rodeios, e talvez inspirado pela prosa poética da autora daquele texto, atrevia-me a deixar uma ou duas observações a respeito desta temática.
Gosto muito de animais, tive cães, gatos e aves que tratava como amigos, desprezo as pessoas que constrangem os animais, ou que os disciplinam de forma agressiva, trelas, açaimes ou gaiolas - se bem que neste último caso é um mal necessário para quem tem aves, e talvez por isso tenha optado cedo por não as ter. Agora, não posso é assumir o que sou mostrando o que não sou, e sou omnívoro, consciente, realista, e não acredito no conceito de "direitos dos animais" protelado por organizações como a PETA, por exemplo, ou algumas das acções desse grupo, especialmente as que se chegam perigosamente perto do terrorismo comum. E olhe que digo isto desconhecendo na totalidade a sua posição ou o que pensa da PETA, mas julgo que o PAN, por exemplo, terá uma perspectiva diferente do que entende ser um estado de direito, ou o primado da lei. Nem falo aqui de democracia, pois concordo com a sua ideia de que aqui não funcionou como devia, e existiu sem margem para dúvidas uma sobreposição de interesses - é o mundo do animal Homem, como diz, e bem.
Penso que tanto a minha cara Isabel como eu partilhamos da noção de que uma sociedade onde a ambição da PETA (ou pelo menos esta é a retórica usada) de "libertar todos os animais", chegando-se a fazer uma comparação com o abolicionismo e os escravos, seria um desastre, e num hipotético contexto de "direitos e deveres iguais", a grande maioria deles seria presa no primeiro dia dessa utopia. Como é que se pode induzir o conceito de "direito" num animal? Claro que isso não nos dá a liberdade de os maltratar, e talvez aqui falte um meio-termo com que fiquem todos a ganhar - especialmente os animais.
Entendo onde se posiciona, mas temos que admitir que nem toda a gente à volta deste tipo de activismo atingiu esse patamar, e exemplo disso são algumas iniciativas ora abusivas, como é o caso daquele grupo cujo nome não me recordo que interrompe abruptamente famílias que se encontram sentadas numa mesa a almoçar num centro comercial, chamando-os de "assassinos", e àquilo que estão a comer de "cadáveres" - temos que convir que não é uma abordagem muito diplomática nem democrática para quem quer consciencializar a opinião pública da senciência dos animais de sangue quente. Desses e não só, pois tivemos também um outro grupo que se manifestou publicamente pelos caracóis (?), o gastrópede hermafrodita primo da lesma, e com "gostaria também de ser cozido vivo"? como mote. Não sei o que pensa disto, que eu digo-lhe já que é um absurdo, e em nada contribui para chegarmos à optimização civilizacional que propõe, mas entenda porque é que inicialmente fiquei apreensivo com a comparação que fez do entre a bandarilha espetada no couro de um touro e nas costas de um humano.
Mais haveria para dizer, espero que não tenha entendido isto como uma antítese daquilo que considera justo e certo. Cumprimentos e folgo em conhece-la.
Muito bem, Leocardo ou Luís Crespo (fui ao Facebook e há mais pessoas com este nome. Não sei qual delas será).
Não há mal nenhum em ter pseudónimos. Mas o seu último comentário veio como DESCONHECIDO. E eu não me dou muito bem com desconhecidos. Daí a minha observação.
Quanto ao seu Blogue, não fui ao Blogue. Não sei porquê, mas o meu anti-vírus não me deixa lá entrar, ou estarei a entrar no lugar errado. Pode colocar aqui o link novamente?
Quanto ao que diz a partir de “Gosto muito de animais, tive cães…» tenho a dizer-lhe que até concordo consigo em algumas coisas. Não gosto das posições da PETA, não gosto das intervenções de alguns grupos animalistas, não concordo com manifestações à porta de arenas de tortura.
Mas ao contrário de si, sou pelos Direitos dos Animais Não Humanos. Porque como sabe, animais somo todos nós, só que os animais humanos estão “protegidos” por aquela mania de que lhe falei: a pretensão de serem os mais racionais, os mais inteligentes, os mais tudo… Os donos do mundo. Mas também de acordo com um dizer da Josefina Maller que escreveu A Hora do Lobo, ela diz que «quando um lagarto e um homem se encontram na boca de um vulcão prestes a explodir, o primeiro não é superior ao outro». Ambos morrerão. O lagarto em silêncio. O homem aos berros. Não somos superiores. Somos apenas um grão de poeira… Há os que são grãos de poeira cósmica (os mais evoluídos) e os que são grãos de poeira terrestre (os menos evoluídos). E nesses grãos estão incluídos os animais não humanos mias evoluídos uns do que outros, pelos motivos que a Josefina Maller justificou tão bem, naquele texto que lhe enviei.
É claro que os animais têm direitos. Isto é muito óbvio. Assim como também é óbvio que não têm deveres nenhuns. Deveres, têm os animais humanos de NÃO DESTRUÍREM o habitat deles, assim como eles não destroem o nosso. E se o destroem, por vezes, é porque o homem predador retira-lhes a oportunidade de sobrevivência, acabando com o habitat deles.
Eu não faço mal a uma mosca, se a mosca não me fizer mal a mim. Não faço mal a um homem se o homem não me fizer mal a mim. Mas tenho o direito de me defender. E nunca me aconteceu, mas mataria para me defender. É o meu instinto animal a funcionar como o instinto de qualquer outro animal.
Quanto aos caracóis… não me fale dos caracóis dessa forma. Porque os caracóis, para mim, são uns seres fantásticos. Solto-os na minha varanda quando apanho algum nas couves. E eles ali vivem, livremente, e são fantásticos. Acho HORRÍVEL comê-los, e ainda mais horrível cozinhá-los vivos. Porque eles sentem o mesmo que nós, quando somos cozinhados vivos.
A senciência animal já é conhecida há algum tempo. Mas nem todos têm a capacidade de a entender.
Tenho a certeza (tal como Da Vinci a tinha) de que chegaremos à optimização civilizacional (não será infelizmente no meu tempo de vida). O homem ainda se encontra num estádio bastante primitivo quanto à evolução da mentalidade. Já foi à Lua, mas ainda faz a guerra. Mas a humanidade chegará lá. Caminha para lá. Mas ainda falta muito caminho.
E olhe que uma bandarilha espetada no corpo de um Touro é exactamente o mesmo do que uma bandarilha espetada no lombo de um “homem”. Sabe porquê? Porque o Touro é um mamífero superior. Tal como nós. Possui sistema nervoso central, e tem um ADN muito semelhante ao nosso. E muitas mais coisas que um dia destes publicarei num texto que ando a preparar, com bases científicas.
Nunca menospreze a dor e o sofrimento de um animal como nós. Se já teve cães deverá saber que um cão não é diferente de um Touro, nem sequer é diferente de mim no que respeita à senciência.
Já pensou por que é que um porco GRITA horrores quando o esfaqueiam? Não são gritos de prazer. Garanto-lhe.
Não como animais como eu.
Foi um gosto “esgrimir” consigo.
Comentar post