O ministro da Cultura considera que o aumento da classificação etária das touradas não é uma prioridade, depois do diploma ter sido aprovado em Conselho de Ministros, em 14 de Outubro de 2021, no qual se anunciou, num comunicado do Conselho de Ministros a aprovação do Decreto-lei que altera a classificação etária para que crianças e adolescentes sejam poupadas à crueldade e violência da tortura de seres vivos, vulgo, touradas, fixando-a para maiores de 16 anos, como se a estupidez tauromáquica não fosse imprópria a maiores de 17, de 30, de 70 ou de 100 anos.
A estupidez tauromáquica é imprópria para qualquer idade, muito menos será para crianças, adolescentes e jovens que ao ver banalizada a tortura de animais, desenvolvem mentes deformadas e serão os sádicos do futuro.
Numa época em que a selvajaria tauromáquica já devia estar extinta, porque não tem mais cabimento nos tempos modernos, e por ser um “divertimento” de trogloditas, de broncos, de criaturas completamente desprovidas de empatia, o sentimento mais nobre do ser humano, ainda se discute se as crianças devem ou não ser sujeitas a esta actividade cruel? E isto NÃO é sequer prioritário???????
Se um governo não é capaz de PROTEGER as suas crianças, RUA com ele.
Nem a maiores de 16, nem a maiores de 100 anos, esta crueldade macabra, absurda, fruto de uma estupidez desmedida, deve ser permitida.
Como é possível estar-se a discutir um assunto destes, em 2022 DEPOIS de Cristo, e não a ABOLIÇÃO desta prática inaceitável nos tempos que correm??????
Que tipo de ministro será este? Da CULTURA NÃO É COM TODA A CERTEZA.
Veja-se esta imagem, de um acidente com uma CRIANÇA numa tourada:
Foto: Basta de Touradas
O Comité dos Direitos da Criança das Nações Unidas, de 27 de Setembro de 2019, em vez de censurar Portugal, por permitir a exposição de crianças à crueldade e violência da selvajaria tauromáquica (touradas, largadas de touros e escolas de toureio) simplesmente advertiu o Estado Português a estabelecer a idade mínima de 18 anos – sem excepção – para a participação e assistência a touradas, largadas e escolas, bem como a sensibilizar os funcionários do Estado, a imprensa e a população em geral sobre efeitos negativos nas crianças, inclusive como espectadores, da violência associada às touradas e largadas de touros.
Quando o certo seria aconselhar a ABOLIÇÃO desta prática bárbara.
Perante esta advertência, o governo limitou-se a impor o limite de 16 anos, para praticar e assistir a esta barbárie.
E vem agora o ministro da (in)cultura dar o dito pelo não dito, desvalorizando algo tão grave como expor crianças à crueldade e à violência, e ainda tem o desplante de em declarações à imprensa vir dizer que o assunto “não é uma prioridade”????????
Então qual é a prioridade? Apoiar os ganadeiros, para que vivam à grande e à francesa à custa dos impostos dos portugueses?
E pensar que o ministro da (in)cultura fez estas declarações quatro meses depois da morte de um jovem de apenas 15 anos numa largada de touros na Moita, o qual foi perfurado na garganta por um Touro, num violentíssimo acidente, de madrugada (duas horas da manhã) tendo sido levado para o Hospital do Barreiro, onde acabou por morrer, algo que NÃO impediu que a selvajaria tauromáquica continuasse nos dias seguintes. E isto só podia acontecer na Moita, uma localidade troglodita, onde a selvajaria está acima da vida humana.
Segundo a notícia, o ministério da (in)cultura e a Comissão Nacional de Promoção dos Direitos e Protecção das Crianças e Jovens passaram por esta morte como cão por vinha vindimada. O que é a morte de uma criança, para um governante ou para uma comissão? NADA.
Conclusão: o ministro da (in)cultura e o governo português estão-se nas tintas para o superior interesse das crianças portuguesas.
E isto é uma vergonha. É pernicioso. É imoral.
DEMITA-SE senhor ministro. Não tem competência para ocupar o cargo. Um Ministro da Cultura não compactua com a barbárie, nem desvaloriza o interesse de crianças que vivem à mercê de progenitores e de governantes que não querem saber delas para nada.
Entretanto o PAN emitiu um comunicado onde diz que este partido quer a protecção de crianças e jovens da violência da tauromaquia e proibição de menores de 16 anos nas touradas.
Assim nunca mais lá chegaremos.
Inês de Sousa Real, se quer pedir alguma coisa, se quer proteger as crianças, peça a ABOLIÇÃO definitiva desta prática bronca, e a destruição de TODAS as arenas de Portugal, porque enquanto ela for permitida por lei, num país onde as leis NÃO SÃO CUMPRIDAS, no que diz respeito à selvajaria tauromáquica, as crianças, que estão à guarda de trogloditas, serão atiradas às ruas e às arenas de tortura, porque esses trogloditas, sejam eles progenitores ou governantes, jamais tomarão a iniciativa de as PROTEGER.
Isabel A. Ferreira
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