«Depois de Portugal, é a vez de a Colômbia ser alertada para a necessidade de afastar os menores de idade da “violência das touradas”. O Relatório do CDC (Comité dos Direitos das Crianças) das Nações Unidas coloca a tauromaquia a par do tráfico de droga como uma forma de trabalho perigosa e degradante que «preocupa profundamente o Comité».
Em 2014 Portugal foi instado pela ONU para proteger as crianças de assistir e participar em touradas, tendo sido reconhecido pela Vice-Presidente do Comité que «a participação de crianças e adolescentes em actividades taurinas constitui uma forte violação da convenção dos Direitos da Criança, sendo doutrinada para uma acção violenta».
Mas se os governantes portugueses estão-se nas tintas para os Direitos das Crianças, a ONU não lhe fica muito atrás na hipocrisia, porque seria muito mais racional recomendar ou até mesmo exigir a abolição da selvajaria tauromáquica, que é manifestamente aviltadora para qualquer ser humano, tenha a idade que tiver.
A violência e a crueldade gratuitas contra seres vivos devem ser veementemente condenadas e abolidas, porque nem uma coisa nem outra dignifica o ser humano.
Além disso, se as touradas violam fortemente os Direitos das Crianças, muito mais violarão os Direitos dos Animais, consignados na Declaração Universal dos Direitos dos Animais, proclamada pela UNESCO, em 27 de Janeiro de 1978, e que Portugal ratificou, apenas para constar, porque nada cumpre do que ali se diz.
Mas pior do que isso, Portugal não reconhece os Touros e Cavalos como animais. Algo totalmente incompreensível e irracional.
Por que motivo a ONU não corta o mal pela raiz?
Por que motivo anda-se aqui a fazer-que-se-faz para tudo continuar igual a como sempre foi, sabendo-se como sabemos, que interesses económicos obscuros estão acima de qualquer protecção aos Direitos das Crianças?
Isto não será um paradoxo?
Isto não será da irracionalidade?
Evidentemente que é.
Mas quem terá a capacidade, a coragem e a lucidez de rasgar o véu da ignomínia e acabar de vez com esta selvajaria, que não tem mais cabimento nos tempos que correm?
Ou as mentalidades dos que podem e mandam criaram raízes de tal modo profundas no tempo das trevas, onde uma obscura ignorância reinava, e nenhuma “sachola” dos tempos modernos tem o “fio” bastante afiado para poder cortá-las definitivamente?
A luz dará lugar às trevas, tal como o dia se segue à noite, inevitavelmente, desde o início dos tempos.
É apenas uma questão de tempo.
Mas temos de resistir, insistir e jamais desistir.
Pelos Touros e Cavalos, VENCEREMOS!
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