Vou responder à letra a este comentário (embora a estupidez me provoque urticária) para que não voltem a enviar-me esta verborreia, porque já estou farta dela.
Será que ainda não aprenderam nada com o que aqui é publicado?
Hoje em dia, ser ignorante é uma opção. Sabia, Mariana Silveira?
E os que aqui vêm, a este Blogue, depois de lerem (ou não lerão?) o que publico, atreverem-se a ignorantar a este propósito é um pouco demasiado, não será?
Esta é uma triste cena, numa rua da Ilha Terceira, onde um bovino se encontra no chão, ferido, amarrado a cordas e de cornos embolados. E uma “gentinha”, ao redor, a assistir a esta parvoíce.
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Mariana Silveira, deixou um comentário ao post É assim, a tourada à corda nos Açores… Uma vergonha, que o mundo rejeita e condena… às 20:55, 2015-03-08.
Comentário:
Boa noite! Venho por este meio informar-lhe que nós não magoamos os touros nas touradas à corda. Primeiramente, estes são postos à prática para mostrar a sua bravura, aliás os animais magoam-se a si mesmos no asfalto mas quando o foguete é lançado para que os mesmos entrem na gaiola, as feridas são cuidadas e não, nós não os abatemos a seguir às touradas. Em segundo lugar, as touradas à corda são Homem "contra" touro, sem espetos de ferro a magoarem o animal, sem cavalos a ajudarem os humanos e sem ser uma arena fechada onde não há hipótese de fuga ou defesa. A bem dizer é um confronto justo, pois só à contacto físico natural vindo das duas partes. E finalmente, faça favor de se informar melhor sobre as tradições da MINHA ilha, porque nós não somos todos uns embriagados, uns incultos ou analfabetos! Sou uma terceirense muito orgulhosa e oxalá Deus lhe tire a ignorância que lhe transborda.
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«Venho por este meio informar-lhe que nós não magoamos os touros nas touradas à corda».
- Não, Mariana Silveira, não magoam…POUCO. Esta imagem fala por si, mas há muitas mais que provam precisamente o contrário. E eu já estou demasiado informada sobre esta selvajaria, praticada apenas por gente bronca (felizmente uma minoria nos Açores). Não preciso de mais informações, muito menos de informações idiotas. É que basta retirar os bovinos dos pastos e metê-los em gaiolas para já estar a violentá-los barbaramente, cobardemente.
«Primeiramente, estes são postos à prática para mostrar a sua bravura, aliás os animais magoam-se a si mesmos no asfalto mas quando o foguete é lançado para que os mesmos entrem na gaiola, as feridas são cuidadas e não, nós não os abatemos a seguir às touradas.»
- Primeiramente, Mariana Silveira, os bovinos não existem para serem postos “à prática” de coisa nenhuma, a não ser a de pastar tranquilamente, livremente, nos campos verdes das ilhas do Arquipélago dos Açores.
Segundamente, Mariana Silveira, os animais magoam-se a si mesmos no asfalto, porque os bovinos não nasceram para andar no asfalto a correr, assustados, à frente de broncos avinhados.
Terceiramente, Mariana Silveira, quando o foguete é lançado os animais assustam-se, porque qualquer ser sensível se assusta com esse foguetório infernal, que devia ser proibido. Até eu me assusto. Se há uma coisa que detesto é esse barulho horroroso dos foguetórios. Tenho ouvidos sensíveis, como todos os verdadeiros animais têm, incluindo os bovinos.
Quartamente, Mariana Silveira, quando o horroroso foguete é lançado para que (o bovino) entre na gaiola as feridas são cuidadas? Afinal MAGOAM os animais. E sabia que obrigar um animal a entrar numa gaiola é uma violência, tão violenta como meter a Mariana Silveira numa gaiola? Já experimentou? Então experimente. Mas antes mande lançar um foguete.
Quintamente, Maria Silveira, não abatem os bovinos quando as touradas acabam? Pois não. Quantos deles morrem pelo caminho, ou lentamente à falta de cuidados? Tudo isto é uma violência. Uma crueldade desmedida.
«Em segundo lugar, as touradas à corda são Homem "contra" touro, sem espetos de ferro a magoarem o animal, sem cavalos a ajudarem os humanos e sem ser uma arena fechada onde não há hipótese de fuga ou defesa.»
- Mariana Silveira, as touradas à corda são “omem” (sem h, porque Homem com H maiúsculo não se mete nisto) "contra" bovino, sem espetos de ferro a magoarem o animal, sem cavalos a ajudarem os humanos e sem ser numa arena fechada onde não há hipótese de fuga ou defesa, mas esqueceu-se de acrescentar as cordas que o impedem de fugir, e dos cornos embolados, que o impedem de defender-se legitimamente. E toda aquela gritaria de gente histérica e alcoolizada que perturba até o asfalto, quanto mais um ser sensível, como é o bovino, e tudo isto é de uma violência psicológica inominável.
«A bem dizer é um confronto justo, pois só à contacto físico natural vindo das duas partes.»
- A bem dizer, Mariana Silveira, o confronto não é justo, pois o contacto físico não é natural, pelo contrário, é completamente anormal, porque o Homem não nasceu para andar a correr atrás de bovinos amarrados com cordas e com os cornos embolados; e os bovinos não nasceram para ser puxados com cordas nas ruas, por “omens” alcoolizados. Isto não é nada natural. Isto é totalmente aberrante. Só os broncos e cobardes o fazem. Sabia?
«Faça favor de se informar melhor sobre as tradições da MINHA ilha, porque nós não somos todos uns embriagados, uns incultos ou analfabetos! Sou uma terceirense muito orgulhosa e oxalá Deus lhe tire a ignorância que lhe transborda?»
- Como diz, Mariana Silveira? Tradições da sua ilha? Não. Não são tradições. As tradições DIGNIFICAM os povos. A tourada não passa de um costume bárbaro, introduzido no Arquipélago dos Açores, pelos bárbaros espanhóis, no tempo das Dinastias Filipinas. E já era tempo de deixarem essa barbárie. Os Filipes já saíram de Portugal há muito. Ainda não se deram conta disso?
Quanto ao não serem todos uns embriagados, incultos ou analfabetos, na realidade não são todos. Felizmente são uma minoria, mas uma minoria apoiada por governantes incultos que impedem que a evolução e a civilização entrem no Arquipélago. É muito triste.
E saiba que Deus já me tirou da ignorância, e o que transborda em mim é o conhecimento excessivo do que é esse costume bárbaro de que alguns açorianos tanto se orgulham e deviam de envergonhar-se, porque só dá mau nome a um Arquipélago que poderia ser um paraíso perfeito, se não fosse essa prática praguenta dos broncos açorianos.
E nunca mais se meta a defender a “cultura” desses broncos, a não ser que me apresente argumentos racionais, éticos e morais, para o fazer.
É que já estou farta de tanta ignorância, depois de aqui colocar tanta informação a este respeito.
Isabel A. Ferreira