Foi assim, entre a Natureza selvagem, que passei uns dias tranquilos, longe do mundo ao qual não pertenço.
Como gostaria de poder ali ficar, naquele lugar, entre as plantas e as pedras e os outros seres que me acompanham nesta aventura que é viver no planeta Terra.
Aqui, neste lugar, vivo em harmonia com as plantas, com as pedras e com os outros seres que falam a minha linguagem, compreendem as palavras muito mais do que os políticos e aqueles outros inscientes que combato.
Como era mais fácil viver se me deixasse ficar neste lugar…
Mas há vozes que me gritam, que me pedem para voltar…
Não são vozes humanas.
São mugidos, urros, ganidos, miaus, latidos, cacarejos, gemidos, zurros, relinchos, uivos, grunhidos, zumbidos, pios, chilreios, balidos, chios, arrulhos, rugidos…
Gritos desesperados.
E então… regresso sempre por eles…
Isabel A. Ferreira