Na passada semana, tive de me deslocar a Castilla y León (Espanha) a trabalho, e de passagem por Tordesilhas, resolvi visitar a localidade, para confirmar (ou não) a ideia horrorosa que eu tinha daquele lugar, onde Touros são (eram) torturados barbaramente.
A realidade ultrapassou as minhas mais péssimas expectativas.
Ao percorrer aquelas ruas por onde os desventurados Touros são (eram) massacrados, fui ter a uma praça antiga e logo deparei com o cartaz que se vê na imagem, que me impressionou pela negativa, porque o direito dos trogloditas acaba quando começa o direito dos outros seres.
Tordesilhas, aliás, como todas as localidades em que estas práticas primitivas se mantêm, é uma terra suja, com um património antigo (talvez do tempo do Tratado de Tordesilhas, ali assinado, e que dividiu o mundo entre Portugal e Espanha) completamente ao abandono, e em nada do que vi havia beleza.
Qual não foi o meu espanto, quando, chegada a Portugal, no meu e-mail tenho uma mensagem da AnimaNaturalis, uma organização internacional de Direitos dos Animais sem fins lucrativos, cuja missão é estabelecer, promover e proteger os direitos de todos os animais na Espanha e na América Latina, e com a qual colaboro, a dar-me a boa notícia de que o Supremo Tribunal rejeitou o último recurso do Município de Tordesilhas para que se continuasse a torturar os Touros.
«Adeus ao Toro de la Vega».
O acórdão do Supremo Tribunal de Justiça confirmou a legalidade do decreto da Junta de Castilla y León que, em 2016, proibiu a tortura e morte de Touros, em público, com lanças. Algo extremamente cruel e bárbaro.
Acabaram-se todos os recursos, para que esta barbaridade possa regressar às ruas de Tordesilhas.
Acabou-se o Toro de la Vega. Pode ser que agora Tordesilhas possa civilizar-se e tornar-se num belo minicípio.
Acabou-se a monstruosidade e a estupidez que se vê neste vídeo:
Fonte:
Isabel A. Ferreira