Porque já estou farta de comentários como os do Tiago…
Porque já estou farta de que optem pela ignorância…
Tiago, deixou um comentário ao post A tourada à corda na ilha Terceira, além de ser uma prática primitiva e grosseira, de gente que não evoluiu, dá mau nome à ilha - mas os terceirenses não querem saber disso para nada… às 23:28, 2016-08-12.
Comentário:
Boas, Eu acredito que as touradas conhecerão o seu fim, acho-o inevitável. A evolução da sociedade face aos direitos dos animais a isso puxa. Mas pergunto-lhe: o que serão dos touros sem as touradas? Caminharão no mesmo caminho dos burros (falo do animal), que roça no precipício da extinção? Sem propósito ou habitat natural, o que serão dos touros?
Vi num dos seus comentários transcritos, as touradas prejudicam a economia da ilha. Isso é falso, infelizmente. As touradas empurram uma enorme massa de gente que, sim, gera negócio que só se pode classificar como gigantesco, 2.6 do PIB bruto da região e 11.4 da ilha – procurei os números aqui:
https://www.noticiasaominuto.com/economia/580521/touradas-a-corda-representam-2-47-do-pib-dos-acores
Não podemos, por tanto, arrancar as touradas como se de um penso rápido numa ferida. Não dá a ganhar só algumas famílias, como li, mas muitos negócios. Vê-se muitos turistas, de países de morais supostamente mais avançadas, e não os vejo com caras de horror, mas antes a comer, beber e correr à frente dos touros.
Açoriano civilizado – outro disse – não sei o que é isso. Parece-me um significado muito simplificado se for só de alguém que defende a abolição de touradas, já que não sei o que fazem por trás de portas fechadas. “Queimadelas com ferros” – li noutro comentário, como se fosse algo exclusivo da da ilha ou da espécie animal.
A tradição em Portugal (todo território) ordena que todos os equinos e bovinos sejam ferrados. Não apoio esta prática. Defenda as suas ideias, lute por elas, mas não nos ofenda; ilumine-nos, não nos alienei. Seja aquilo que acredita ser, mais evoluída. O problema, se me permite o atrevimento, de quem defende a abolição é o mesmo de quem defende as touradas, frustração por não saberem usar dos seus argumentos para um discurso iluminado que não tombe para a agressividade. Meus cumprimentos.
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Tiago, nas suas várias perguntas «o que serão dos touros sem as touradas? Caminharão no mesmo caminho dos burros (falo do animal), que roça no precipício da extinção? Sem propósito ou habitat natural, o que serão dos touros?» noto que nada sabe de Touros, de Burros, ou de qualquer outro animal, nem sequer de si próprio, e quer a abolição das touradas tanto como eu quero que elas se mantenham.
Vamos por partes:
Os touros são bovinos. Touros ditos “bravos”, esses que são utilizados na diversão dos broncos, NÃO EXISTEM NA NATUREZA, por isso, não se extinguirão. E os bovinos continuarão a existir, muito para além dos seus carrascos. Também os Burros não se extinguirão, quando a besta humana deixar de os torturar como burros de carga e de trabalho escravo. O que acontecerá a esses animais é continuarem a viver, no seu habitat, pacificamente, longe das investidas brutas dos seus algozes.
Além disso, os bovinos não nasceram para ser torturados em arenas, para divertir a besta humana. Nem os Burros nasceram para servir de escravos à besta humana.
Portanto, não é racional dizer: sem propósito o que serão dos Touros? Que propósito é esse? Divertir broncos?
Sem propósito de serem torturados numa arena, os bovinos que os ganadeiros torturam desde a nascença para se tornarem “touros bravos” serão apenas BOVINOS e CONTINUARÃO simplesmente a viver.
Quanto ao que diz do PIB é uma MENTIRA já exposta em público. Aqui:
Comunicado do MCATA sobre o recente estudo que atribui às touradas uma determinada contribuição para o PIB da ilha Terceira
http://arcodealmedina.blogs.sapo.pt/comunicado-do-mcata-sobre-o-recente-662259
É óbvio que PODEMOS ARRANCAR as touradas das ilhas como se fossem um penso rápido debaixo de uma ferida gangrenada. A cheirar mal.
Podemos e devemos.
Quanto aos tão referidos “turistas” que vão assistir à selvajaria, serão “turistas de garrafão”, que os há em toda a parte? Sim, porque um turista CULTO nunca irá gastar o seu dinheiro num divertimento de broncos.
Quanto à “tradição” que diz que…. blá, blá, blá… blá, blá, blá… sabe o que é tradição? É a personalidade dos imbecis. E isto não sou eu que o digo, é Einstein.
Estou farta de VOS ILUMINAR. Estou farta de publicar ESTUDOS que dizem da grande barbárie que são as touradas, à corda ou sem corda. E o que fazem? Recusam-se a evoluir.
Optam por continuar na ignorância, nas trevas, no buraco escuro. E assim como o pior cego é aquele que não quer ver, o pior ignorante é aquele que não quer deixar de ser ignorante.
E permita-me agora ILUMINÁ-LO (uma vez mais):
Frustrados são os que precisam de mostrar uma “virilidade” que não têm, a torturar Touros INDEFESOS. Além de FRUSTRADOS são COBARDES.
Isso é o que significa FRUSTRADOS.
Nós, que os DEFENDEMOS, não somos frustrados. Muito pelo contrário.
Também para sua informação, o nosso (o meu) discurso não é agressivo. É simplesmente INDIGNADO, como é de nosso direito. O direito à INDIGNAÇÃO está consignadao na Constituição da República Portuguesa.
É um discurso proporcional à BRUTALIDADE das touradas.
Só tenho discursos iluminados para POETAS e POESIA.
Para os grosseiros torturadores de Touros, o meu discurso é de REVOLTA, de REPUGNÂNCIA.
Ficou esclarecido, Tiago?
Isabel A. Ferreira