Repescando um texto que reflecte os malefícios causados pelas touradas, num momento em que o PAN - Pessoas - Animais - Natureza pretende elevar a idade das crianças que assistem à violência e crueldade da prática tauromáquica.
Mais uma lei, para ficar tudo na mesma?
Não esquecer que estamos em Portugal, um país onde nem as leis, muito menos as recomendações de Organismos como a ONU, NÃO SÃO para cumprir, nem fiscalizar. São apenas para constar.
Daí que só a ABOLIÇÃO desta barbárie é o único caminho.
A tourada – que consiste em perseguir, espetar e mutilar um touro indefeso e aterrorizado, diante de uma multidão depravada – fere brutalmente os direitos dos animais.
Recentemente, a ONU (Organizações das Nações Unidas) declarou que assistir a este bárbaro espectáculo é também incompatível com os direitos das crianças.
O Comité da ONU para os Direitos das Crianças recomendou que as mesmas não devem assistir ou participar de touradas devido à sua extrema violência. O pronunciamento foi feito em relação a Portugal, onde as crianças são obrigadas a frequentar as arenas e, por vezes, envolvem-se em actos de crueldade contra os animais, nas escolas de toureio, para onde vão obrigadas pelos pais.
Esta decisão da ONU vai ao encontro do que os especialistas afirmam há muito tempo, e os que praticam, apoiam e aplaudem a tauromaquia rejeitam porque optam pela ignorância.
No ano passado, 140 cientistas e académicos escreveram a políticos espanhóis salientando que a promoção do abuso a animais tem um efeito negativo sobre a sociedade como um todo.
Para uma criança, assistir à cena de um animal a ser torturado e morto, é uma experiência bastante traumática. Com o tempo, ela pode até ser dessensibilizada, o que a transformará num adulto empedernido, sem a mínima empatia pelos seres vivos, incluindo seres da sua própria espécie.
Um estudo recente da Universidade de Tufts descobriu que aprender a cuidar de um animal ajuda os jovens a desenvolverem melhores relacionamentos e a tornarem-se mais confiantes e empáticos.
Estas são as qualidades que as sociedades progressistas e modernas devem encorajar aos seus filhos, em vez do gozo pelo derramamento de sangue. Como disse a modelo espanhola Elen Rivas: «Glorificar a matança deliberada de animais não deve ser tolerada numa sociedade civilizada».
As touradas são responsáveis pela morte de aproximadamente 40 mil Touros por ano. Um biocídio em grande escala.
Todos os que lutam pelos Direitos dos Animais e pela Abolição das Touradas esperam que a influência da ONU ajude a convencer a União Europeia e os governos dos países que ainda permitem as touradas em seu território, a suspenderem o apoio a essa indústria cruel e imoral e abolirem definitivamente esta obscenidade que despreza os Touros e os Cavalos, mas também os Seres Humanos, que são agredidos na sua sensibilidade, pelo ritual primitivo e cruel que é a tauromaquia.
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