Esta frase resume o atraso mental que grassa numa ilha onde a evolução ainda não chegou, e muito menos a intelectualidade, mas mostra também o atraso civilizacional outorgado por um Governo que desconhece a importância do bom senso, numa sociedade do Século XXI d. C.
Por que será que ao lermos este texto ficamos com a sensação de que estamos perante um fenómeno insólito, que acontece apenas em localidades fechadas em si mesmas, onde não entra a luz, nem o saber, nem a lucidez, nem sequer a vontade de mudar e de entrar na modernidade?
Por que será que a leitura deste texto nos provoca um desmedido amargo, por não vislumbrarmos uma luzinha ao fundo de um túnel, há tantos séculos desalumiado, e que parece não terminar em lado nenhum…?
Por que será que nos ofende o odor da podridão das palavras que se proferem sem a mínima lógica, esperando que se veja na tourada à corda algo “culturalmente válido”… a merecer a atenção da UNESCO?
Por que será que o Governo português, para vergonha de Portugal, mantém ainda vivo este símbolo da mentalidade primitiva que via no sacrifício de animais um modo de apaziguar os demónios da incultura que atazanavam os espíritos débeis?
Por que será que nenhuma autoridade, de todas as que já abordei, conseguiu dar-me uma resposta racional para a existência deste insulto à portugalidade e à dignidade de um povo?
É que dizerem-me que nada é afectado pela questão relativa à “legalidade dos espectáculos tauromáquicos” é o mesmo que me dizerem que os legisladores portugueses legalizam a crueldade e a violência contra animais não humanos indefesos, porque esse é o atributo maior da humanidade.
É urgente que as autoridades portuguesas dêem aos portugueses uma justificação lógica para tamanha agressão à inteligência dos Portugueses.