Comentários:
De Filipe a 9 de Junho de 2015 às 19:12
Recomendo a leitura do seguinte texto:
http://ilcao.cedilha.net/?p=6754

Lembro que o nome de Camões era escrito LVIZ VAZ, portanto, ao escreverem LUIS VAZ, já estão a usar uma grafia diferente. Oh, o desrespeito pela língua de Camões!

Lembro também que a grafia que tanto defendem que não pode e não deve mudar e que, ao ser instituída, está a assassinar a língua Portuguesa, foi amplamente criticada (basta ler o texto de Bernardo Soares) e os argumentos não eram muito diferentes.

Argumentos de Hs que desaparecem, só mesmo na cabeça de gente que critica por ter cão e pelo cão que nem se tem.
De Isabel A. Ferreira a 10 de Junho de 2015 às 12:14
Filipe, agradeço a recomendação do texto, de que gostei bastante.

Camões nasceu LUIZ com Z, e morreu Luiz com Z.
Por isso ninguém tem o direito de mudar o nome de LUIZ de Camões para LUÍS com S.

É bem certo que a Língua Portuguesa evoluiu desde D. Diniz (que também nasceu DINIZ com Z, e morreu DINIZ com Z, e ninguém tem o direito de escrever DINIS com S) o qual oficializou a Língua Portuguesa.

E EVOLUÇÃO não significa DESENRAIZAR a Língua, que é o que este acordo ortográfico 1990, faz.

De PHarmácia passámos para Farmácia. O que mudou não desenraizou a palavra.

Agora, se, por exemplo, escrevermos DIRETOR (que se lê com E fechado, de outro modo está a ler-se MAL), arquitÊto (porque é assim que deve ler-se), SETOR, AÇÃO, FATO, isto é ESTROPIAR A LÍNGUA.

Aqui não há evolução. Há ADULTERAÇÂO.

E ainda há outro detalhe, Filipe: uma LÍNGUA deve impor-se por si própria, não por DECRETO ou para encher os bolsos a EDITORES traidores da Pátria, e sabe-se lá os bolsos de quem mais…

A Língua Portuguesa é uma Língua EUROPEIA, com raízes greco-latinas.

Nada tem a ver com américas ou áfricas ou ásias.

A Língua Inglesa, a Língua Francesa, a Língua Alemã, a Língua Italiana têm PERSONALIDADE PRÓPRIA.

A Língua Portuguesa deixou de a ter, com este malnascido acordo ortográfico 1990, que só interessa aos que são incapazes de aprender a Língua na sua plenitude e complexidade.
De Linguísta a 10 de Junho de 2015 às 13:36
Arquitêto? Não é assim que se lê. Lê-se "Arquitéto". Não diga disparates, minha senhora.
De Isabel A. Ferreira a 10 de Junho de 2015 às 14:50
Ó senhor linguista, vê-se logo que não tem qualquer conhecimento da Língua Portuguesa, se tivesse, saberia por que a palavra ARQUITETO, escrita desta maneira estropiada, se lê arquitÊto.

E arquiteCto, que é como se deve escrever esta palavra, em boa Língua Portuguesa, se lê arquitÉCTo.

É por estas e por outras que este aborto ortográfico tem de ser atirado ao caixote do lixo, que é o lugar onde deve estar. No caixote do lixo.

E os que o defendem devem aprender a Língua, começando pelo alfabeto, e pela origem da palavra ALFABETO.
De Luís não vás a 10 de Junho de 2015 às 22:15
Pela sua lógica, ALFABETO lê-se ALFABÊTO? Já agora, dúvida nunca respondida cabalmente, ABETO lê-se ABÉTO ou ABÊTO?

Essa regra não funciona com tónicas são quase tantas as regras quanto as exceções; é, isso sim, quase geral nas pré-tónicas e, ainda assim, tem exceções.

Quanto ao Vaz, estamos conversadosn basta consultar uma das primeiras edições, salvo erro a segunda, da sua obra maior que a BN disponibiliza para consulta no seu site: verá que nenhuma das grafias usadas nos sécs. XIX, XX e XXI corresponde à que Luís (ou devo grafar LVIS?) deixou para a posteridade.
De Isabel A. Ferreira a 11 de Junho de 2015 às 15:34
Luís, assim não “vás” a lado nenhum.

Se quer entender a minha POSIÇÃO quanto a este ABORTO ORTOGRÁFICO que nos querem impingir (e não a “minha lógica”, porque não se defende uma Língua com lógica), leia este livro, que aconselho vivamente:

«Por Amor à Língua Portuguesa – Ensaio genealógico-filológico, cientifico-linguístico e pedagógico-didáctico, visando a superação crítica do actual Acordo Ortográfico/1990», da autoria de Fernando Paulo Baptista, natural de Viseu, Filólogo em Humanidades Clássicas, pela Universidade de Coimbra.

E talvez... talvez... consiga entender por que se lê alfabÉto, e não alfabÊto…

O que faz falta é dar CONHECIMENTOS à malta… mas isso não interessa ao governo português…

Leia o livro e depois falamos…

E entretanto… “não vás” por aí… Luís...

De João Pedro a 10 de Junho de 2015 às 22:51
Arquiteto lê-se exatamente igual a arquitecto, ou seja, com o E aberto. Para assinalar que uma vogal é fechada usa-se o acento circunflexo. Ou será cicunflêxo?
Assim se fala bom português.
O Português é uma das línguas mais faladas no mundo. Concorda? Terá que reconhecer que isso só acontece porque os Brasileiros falam português, a
língua de Camões.

De Isabel A. Ferreira a 11 de Junho de 2015 às 15:51
João Pedro, "arquiteto" e arquiteCto não se lêem da mesma forma. Aliás o que será um "arquitÊto"????

Quanto ao Português ser uma das línguas mais faladas no mundo.... até pode ser...

Mas não reconheço que a Língua Portuguesa, a Língua de Camões, seja falada ou escrita no Brasil... porque não é.

Eu conheço as duas versões e garanto-lhe que não é a mesma coisa... se fosse, eu não teria de REAPRENDER a Língua de todas as vezes que ia de cá para lá, ou de lá para cá...

E também lhe garanto que nunca mais na minha vida hei-de escrever ATO em vez de ACTO, ou FATO em vez de FACTO.


De Alexandra a 21 de Junho de 2015 às 18:16
De novo, venho aconselhar a leitura ATENTA do Novo Acordo Ortográfico. A palavra "facto" não sofre qualquer "adulteração", para usar as suas palavras.
s
De Isabel A. Ferreira a 24 de Junho de 2015 às 19:44
Não, não sofre qualquer alteração, o faCto.

Mas os acordistas não sabem.
De Alexandra a 21 de Junho de 2015 às 18:08
«Agora, se, por exemplo, escrevermos DIRETOR (que se lê com E fechado, de outro modo está a ler-se MAL), arquitÊto (porque é assim que deve ler-se), SETOR, AÇÃO, FATO, isto é ESTROPIAR A LÍNGUA.

Aqui não há evolução. Há ADULTERAÇÂO.»

Talvez fosse interessante uma revisão do NAO da língua portuguesa (1990)... por exemplo, a palavra "facto" não sofre qualquer alteração.... isso, sim, seria «estropiar» a língua.
Para se ser tão purista há que ter PLENO conhecimento dos factos.

De Isabel A. Ferreira a 24 de Junho de 2015 às 19:48
O acordo (des)ortográfico 1990 é um autêntico ABORTO. Algo de quem nada sabe de nada.

Ponto final parágrafo.
De JoséFins a 9 de Junho de 2016 às 16:26
Muito bem dito, Isabel Ferreira!!!...
Acrescento: quando se poda uma árvore, aparam-se-lhe os ramos e JAMAIS se lhe cortam RAÍZES!!!....
JAFins
De Isabel A. Ferreira a 10 de Junho de 2016 às 14:22
Gostei desta sua comparação.
A Língua poderia ser PODADA, Por que não?

Mas cortando-lhe as raízes a Língua morrerá, e o que restar dela serão troncos que apodrecerão no chão.
De João Castro a 10 de Junho de 2016 às 23:37
Tanto disparate!
Lembro-lhe, a título de exemplo, que antes do AO 90, tínhamos INFLAÇÃO e ACTUAL. Fale-me, agora, um pouco mais sobre essas consoantes não realizadas foneticamente, mas absolutamente indispensáveis para "abrir"(?) as vogais.
De Isabel A. Ferreira a 11 de Junho de 2016 às 15:03
João Castro, faça um favor a si próprio: estude bem as regras mutiladoras do AO90, e as regras do AO45, e os motivos que levaram os sábios de 45 a adaptarem a ortografia, nessa época.

E procure saber também os REAIS motivos dos ignorantes que se atreveram a mexer numa ortografia assente em bases científico-linguísticas (a de 45) para a transformarem numa mixórdia ortográfica sem pés nem cabeça.

Parece-me que o João Castro não é entendido em ortografias, nem em linguística, em genealogia filológica, enfim... Não fale daquilo que não sabe.
Por favor.

Em vez de estará qui a dar-lhe lições de borla, sugiro que leia a seguinte obra:

«Por Amor à Língua Portuguesa» - Ensaio genealógico-filológico, científico-linguístico e pedagógico-didáctico, do filólogo Fernando Paulo Baptista.

E aprenda algo muito importante sobre a Língua Portuguesa. Porque já vi que nem sabe Português, nem acordes.


De Carlos Da Cruz Silva a 9 de Junho de 2015 às 20:56
Eu sou Português, aprendi a amar a minha Pátria.
Jurei defender a Nação Portuguesa, com a minha vida.
Eu não tenho que adaptar a minha língua a nenhum país que fale a língua Portuguesa, se alguém a quiser falar...tem que a aprender a ler, falar e escrever, senão podem falar Inglês, que é mais fácil
De Isabel A. Ferreira a 10 de Junho de 2015 às 15:00
Carlos da Cruz Silva, só não defende a Pátria e a legitima Língua Portuguesa quem for um traidor.

Nós não somos traidores. Não é verdade?
De Luiz Cesar Saraiva Feijó a 9 de Junho de 2015 às 22:03
Parabéns, Isabel A. Ferreira, pelo seu comentário sobre o dia de Camões.
Concordo, plenamente.
Tenho muitos laços com Portugal, inclusive de família.
Colaborei, durante muitos anos, no jornal O PROGRESSO DA FOZ, Porto. Hoje esse jornal é somente virtual.
Tive como exemplo na vida e nos estudos camonianos o meu grande professor, amigo e compadre, Leodegário A. de Azevedo Filho, falecido, há poucos anos.
Tenho, ainda, muitos amigos poetas nesta terra de meus antepassados, entre eles Albano Martins.
Em 2005 dei uma palestra na Universidade de Aveiro, quando estive em Portugal durante 6 meses, realizando minha pesquisa, pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Semestre Sabático), sobre a linguagem dos esportes de massa, em Portugal. Pesquiso esta linguagem especial dos esportes de massa, basicamente a do futebol, desde 1965.
De qualquer forma, para amanhã, estas mal traçadas linhas:

À LÍNGUA PORTUGUESA

Mesmo depois de séculos passados,
o idioma pátrio ainda se engrandece,
com versos e com textos destacados
e em sua enorme força aparece.
Nos vocábulos mais sofisticados,
a Língua alegremente permanece
pura, nos seus soluços angustiados,
cantando sempre o belo em cada prece.

Parabéns pelo Blog.
Felicidade.
Um abraço carioca.
Luiz Cesar Saraiva Feijó
De Isabel A. Ferreira a 10 de Junho de 2015 às 11:34
Agradeço o seu comentário, Luiz Cesar Saraiva Feijó, e a bela prosa que nos enviou.

Na verdade a Língua é o espelho de uma Nação.
A Língua Portuguesa nasceu em Portugal, e as suas raízes, como as de outras Línguas europeias, são greco-latinas.

O governo português atirou-a ao caixote do lixo, pretendendo que a próxima geração a escreva de um modo estropiado e desenraizada.

Hoje devemos celebrar a Língua de Camões, que evoluiu ao longo dos tempos.

Contudo, evolução não é a mesma coisa que desenraizar a Língua.

Muito obrigada.
Um abraço lusitano.

Isabel A. Ferreira
De Gonçalo a 10 de Junho de 2015 às 02:00
É interessante aqui a sua opinião, concordo com tudo, incluindo o que disse do novo acordo. Estraga uma língua bonita em algo que não existe, muda o nome de português para brasileiro como se fossem eles a dar origem ao povo lusitano e não o oposto.
Resumidamente, acho desrespeitoso, humilhante e estúpido.

Só para acabar, um aparte, consoantes mudas, saem fora mas só as que estão dentro da palavra e não no início, essas permanecem (para já!!).
De Isabel A. Ferreira a 10 de Junho de 2015 às 15:07
Gonçalo, eu sei que pelo novo aborto ortográfico apenas as consoantes mudas "dentro" das palavras não se escrevem. O que só demonstra a grande ignorância de quem assim decidiu.

Mas onde fica a coerência deste aborto?
É para facilitar a aprendizagem dos que não têm capacidade para aprender uma Língua decente?

Então retiremos o H dos "homens" que não tiveram a (H)ombridade, a (H)onestidade, a (H)onra, a (H)umanidade de DEFENDER a Língua Pátria Portuguesa.

De João Pedro a 10 de Junho de 2015 às 22:56
Por acaso na época de Camoes homens escrevia-se omens.
De Isabel A. Ferreira a 11 de Junho de 2015 às 16:04
João Pedro, por favor, vá à etimologia da palavra HOMEM.

É provável que na época de CamÕes os menos esclarecidos escrevessem "omem" em vez de homem...

No Brasil escreve-se UMIDADE, em vez de HUMIDADE.
Mas esteja atento a quem escreve o quê...

Agora vá á etimologia da palavra HUMIDADE...

Que importância terá isto?
Tem TODA a importância.
Por algum motivo as palavras têm uma HISTÓRIA.
De Alexandra a 21 de Junho de 2015 às 18:24
Pois.... !!!cw
De Paulo a 10 de Junho de 2015 às 03:07
Concordo. Sendo brasileiro e vivido alguns anos em Portugal não creio que a descaracterização da língua portuguesa causada pelo dito acordo contribuiu de qualquer forma para nossa comunicação.
Pior. Destruiu um patrimônio português sem nada acrescentar aos lusófonos de outras nacionalidades.
Quando volto a Portugal ainda sinto o prazer de ouvir o sotaque, parece manter a língua de Camões no devido lugar. Pena que é somente o falar.
De Isabel A. Ferreira a 10 de Junho de 2015 às 15:10
O Paulo disse algo muito interessante:

Este aborto ortográfico DESTRUIU um Património Português sem nada acrescentar aos lusófonos de outras nacionalidades.

Obrigada.
De Joaquim a 10 de Junho de 2015 às 12:36
Só tenho uma coisa a dizer. Pela sua lógica, ainda estaríamos a escrever como no início do século XX, com pharmácia, etc. A escrita não tem de ter as marcas de etimologias passadas e que só aos linguistas interessam. Não faz sentido. Para isso há manuais da História da língua. A escrita deve ser fonética, isso sim. O mais simples possível.
Já agora, não digo que concordo com tudo o que o acordo estabelece, mas, seguindo a lógica de fora (verbo) e fora (exterior), então porque não para (verbo) e para (preposição)?!
De Isabel A. Ferreira a 10 de Junho de 2015 às 14:27
Joaquim, e eu só tenho uma coisa a dizer também:

Uma coisa é a EVOLUÇÃO NATURAL de uma Língua, da qual deu PHarmácia/Farmácia como exemplo.

Outra coisa é a MUTILAÇÃO IRRACIONAL de uma Língua, decretada por INTERESSES ECONÓMICOS.

Evolução, sim. Mutilação, não.

E já agora, pelo que disse, depreendo que o Francisco é unilingue: só conhece a língua estropiada que lhe impingiram.

Se conhecesse a Língua Inglesa, a Língua Francesa, a Língua Alemã, a Língua Italiana ou a Língua Castelhana, saberia do que trata este meu texto.

A escrita debe ser funética? Atão bamos lá escrebê-la comu se fála. Qer à móda do Puârto ou à alentejana, cumpadri?
De Linguísta a 10 de Junho de 2015 às 13:34
Peço desculpa, mas o que escreve não faz sentido. Qual é a sua formação? Está ligada à área das letras? Se está não parece.
De Isabel A. Ferreira a 10 de Junho de 2015 às 14:38
Pois seja quem for, senhor linguista, e sem lhe pedir desculpa (por que deveria?) a minha formação não interessa, mas é pública (se quiser saber, é só procurar).

E sabe por que não interessa, senhor linguista?

Porque neste nosso País, qualquer pessoa que tenha a quarta-classe concluída em 1977 ou anterior a esta data, entende perfeitamente o sentido daquilo que escrevi neste meu texto.
De Manuel de Sousa a 10 de Junho de 2015 às 15:20
A reforma ortográfica de 1911, ao substituir o "ph" pelo "f", o "th" pelo "t" e o "ch" (com valor de "k") por "c" ou "q", também descaracterizou a língua e afastou-a, neste caso, da sua herança grega. Passar a escrever "assinatura" em vez de "assignatura", "erva" em vez de "herva" ou "prática" em vez de "practica" também afastou a nossa grafia da sua herança latina. Acha "natural" escrever "filosofia", "prática" ou "caos" apenas porque já aprendeu a escrever assim. Nada mais. Precisamente da mesma que as crianças de hoje, quando crescerem, vão encarar "atual", "diretor" ou "ótimo". A ortografia é apenas uma convenção. Como dizia Fernando Pessoa, "primeiro estranha-se, depois entranha-se".
De Isabel A. Ferreira a 10 de Junho de 2015 às 17:12
Manuel de Sousa, o que aqui está em causa é a IMPOSIÇÃO de uma linguagem mutilada que não partiu da EVOLUÇÃO NATURAL DA LÍNGUA, como aconteceu nas reformas ortográficas anteriores a 1990.

Desta linguagem, do tempo de D. Diniz,
«Vós me preguntades polo vosso amigo? E eu ben vos digo que é sano e vivo. Ai, Deus, e u é?»
passou-se NATURALMENTE, para a que hoje utilizamos.

Este ABORTO ORTOGRÁFICO de 1990 vem tão-só na sequência da MUTILAÇÃO IRRACIONAL da Língua, decretada por INTERESSES ECONÓMICOS.

As Línguas evoluem. Não se mutilam. Nem se vendem.

Veja um dos seus exemplos: passou-se de “practica” para “prática”, mas não se passou de direCtor, para dirÉtor.

Aliás, na linguagem nova, já não se escreve “que”, mas Q ou K. Não é mais fácil? Poupa-se tempo e vocábulos.

Dizer: tou indo…é mais a direito do que dizer “estou indo”…

Lá chegaremos… infelizmente.
De Manuel de Sousa a 10 de Junho de 2015 às 17:40
Cara Isabel, acho que confunde as coisas. Confunde a evolução da fonética, da sintaxe e da gramática da língua com a ortografia. A ortografia é o conjunto das regras que definem a escrita das palavras de uma dada língua. Estas regras são estáticas. Não evoluem "naturalmente"... São convenções, tal como o código da estrada. O vermelho é para parar e o verde para avançar apenas porque se convencionou que assim seria.
Indo buscar o exemplo de D. Dinis: seria perfeitamente aceitável que escrevêssemos "ben" em vez de "bem". Mas, na ortografia portuguesa, convencionou-se que as palavras nunca deveriam terminar em "n" mas sim em "m". É uma característica tipicamente portuguesa que, nesse pormenor, nos afasta das ortografias espanhola, francesa, inglesa, etc.
O que a leva a concluir que não foi mutilação o que se fez em 1911? Substituir o "ph" pelo "f" ou acabar com o "y"? Na época, a oposição também foi enorme. Teixeira de Pascoaes escreveu: «Na palavra lagryma, a forma da y é lacrymal; estabelece a harmonia entre a sua expressão graphica ou plastica e a sua expressão psychologica; substituindo-lhe o y pelo i é offender as regras da Esthetica. Na palavra abysmo, é a forma do y que lhe dá profundidade, escuridão, mysterio... Escrevel-a com i latino é fechar a boca do abysmo, é transformal-o numa superficie banal». Fernando Pessoa dizia que a ortografia sem y era um escarro que o enojava, etc. etc.
Como disse, a Isabel vê as alterações anteriores como evoluções perfeitamente naturais e aceitáveis e as novas como mutilações irracionais, abortos, etc. porque contraíam o que se habituou a ter como certo. Mas, muitas das pessoas que passaram por alterações anteriores também as acharam igualmente irracionais, aberrantes, etc.
Ou seja, é tudo uma questão de hábito! :)
De Anónimo a 10 de Junho de 2015 às 18:57
Comentário apagado.
De Manuel de Sousa a 10 de Junho de 2015 às 19:16
Discordo do que diz, mas respeito a sua opinião. Eu tenho 50 anos e adaptei-me sem problemas à nova ortografia. Uso-a diariamente, sem qualquer problema. E não me considero menos português por isso. Acredito que o tempo se encarregará de resolver este diferendo, à medida que a nova geração já escolarizada nesta nova ortografia for crescendo. Cumprimentos.
De Isabel A. Ferreira a 10 de Junho de 2015 às 19:35
Caro Manuel de Sousa, claro que é muito mais fácil ACEITAR do que DISCORDAR.

Discordar, dá trabalho.
Não concordo nada consigo.

Espero que a Língua Portuguesa seja reposta, e que se ela tem de evoluir, que EVOLUA NATURALMENTE.

Não por decreto.
Passe bem, Manuel de Sousa.
De Luis não vás a 10 de Junho de 2015 às 22:23
Creio que a senhora terá escrito òbviamente e ràpidamente, caso contrário, dava erros.
De Isabel A. Ferreira a 11 de Junho de 2015 às 15:42


Ò...bviamente...

Suponho que sabe o que significa "lapsus scriptae"...
De Isabel A. Ferreira a 11 de Junho de 2015 às 11:49
Manuel de Sousa, não, não é uma questão de confundir as coisas, até porque cada coisa é uma coisa, em qualquer Língua: fonética, fonologia, sintaxe, gramática, ortografia, etimologia, léxico, morfologia, semântica, enfim… a Língua é algo complexo, que nós, os menos novos, aprendíamos em profundidade, com a “ajuda” do latim e do grego.

Eu, pessoalmente, apesar de ser portuguesa, aprendi a ler e a escrever no Brasil, porque fui para lá com dois anos. E tinha as “coisas” da Língua como definitivas.

Enganei-me.

Aos oito anos regresso a Portugal e tive de reaprender aquela Língua que ouvia de um modo em casa, e aprendia de outro modo, na escola, e foi então que me apercebi de que havia duas Línguas faladas e escritas de modo diferente.

Aos quinze anos, fui novamente para o Brasil, com uma bagagem da Língua onde já havia a aprendizagem do Latim e do Grego., o que me deu uma outra perspectiva da “minha” Língua.E nada mais foi igual.

Mas no Brasil, novamente, se quis continuar os estudos, tive de desaprender o que havia aprendido em Portugal e regressar àquela outra Língua que, para mim, já era desconhecida e mutilada.Aos vinte anos, depois de já ter frequentado a Universidade, regressei a Portugal definitivamente, e deparei-me outra vez com a “minha” Língua pátria. E voltei ao Latim e ao Grego.

O que aprendi e desaprendi, nestes entretantos, foi que a Língua Portuguesa tinha uma origem, que foi perdida no Brasil, por diversos motivos, e lá, o Latim era “língua” de missa. E o Grego era a Língua dos emigrantes que vieram da Grécia. Não se ia à origem das palavras. Em 1911 não houve mutilação.

Quando iniciei a minha carreira jornalística (quem diria?) escrevia-se “òbviamente”, “ràpidamente”, etc, e tive de aprender a reescrever aquilo que já tinha aprendido e desaprendido várias vezes.

Como vê, em mim, isto não é uma questão de não estar habituada a escrever “assim” ou “assado”.Os que trabalharam no acordo ortográfico de 1911, eram estudiosos da Língua Portuguesa, e não estavam PRESSIONADOS por editores que querem porque querem ganhar dinheiro, e há que colocar a Língua Portuguesa à venda, sem mais, nem porquê, e transformá-la no “simplex” tão socrático que deu cabo disto tudo.

Teixeira de Pacoaes (que muita gente escreve Pascoais erradamente) e Fernando Pessoa, grandes estilistas da nossa Língua, foram críticos das mudanças da época deles, sim, porque estavam “habituados” àquele tipo de escrita que aprenderam na escola. E as mudanças nem sempre são fáceis de aceitar.

Eu não. O meu motivo não é esse, porque aprendi a escrever ATO em vez de ACTO, e depois tive de aprender a escrever ACTO, e quis saber PORQUÊ.E nesse PORQUÊ é que está o âmago da minha CRÍTICA.

Aceitei, sem qualquer peleja, a escrever “obviamente” em vez de “òbviamente”. Mas não aceito escrever ATO (novamente), em vez de ACTO, apenas porque uns tantos senhores que não sabem o que fazem, querem porque querem a unificação de uma Língua, que já não é a Língua Portuguesa.

É apenas isto, caro Manuel de Sousa.
De Jose a 10 de Junho de 2015 às 18:02
Sou portugues e orgulhome de o ser .ja Viajei e vivi em varios paises at raves do globo .e sempre tive orgulho de dizer sou portugues .mas hoge vivo e trabalho no reino unido .e Por veses ja Comeco a sentir vergonha de dizer k sou portugues .jose Rodrigues
De Isabel A. Ferreira a 10 de Junho de 2015 às 19:01
Bem, eu ainda não cheguei a esse ponto, José Rodrigues, porque faço tudo para dignificar Portugal, a sua CULTURA CULTA e a sua Língua ORIGINAL.
De ... a 10 de Junho de 2015 às 18:59
So acho que estão dando muito importância para algumas letras. Os portugueses estão reclamando muito em relação de mudança de liguem que esquece que um dia mudaram a linguagem de outros países. ( ah. Porque somos foda e tal.) Não. Não são. Não pense que a língua portuguesa e melhor que a do resto do mundo igual eu li aqui . ( se não sabe o português fale o inglês ) pff. Não faz com os outros aquilo que você não quer que faça com você. Em vez de canalizar essa irá idiota em outro problema maior como a situação do país. Séria um bom começo.
De Isabel A. Ferreira a 10 de Junho de 2015 às 19:42
Não sei quem escreveu este comentário, mas publiquei-o assim mesmo, para MOSTRAR que é precisamente este tipo de escrevinhar e de linguagem que queremos EVITAR em Portugal, e que no futuro, não tenhamos gente a (des)escrever deste modo.

Temos ou não temos razão para estarmos PREOCUPADOS?
De Joe Barreto a 11 de Junho de 2015 às 14:27
Em primeiro lugar, se V. Ex.ª tivesse algum respeito, identificar-se-ia, uma vez que não o fez, assume que seja algum encapuçado criminoso que não se queira identificar. Em Segundo lugar e se me permite a adivinha, penso que pela escrita seja proveniente de um dos países a> PALOP que não Portugal. Sendo que menciona imposições que acha terem sido feitas á mais de 500 anos, e que acha que não seja um roubo de identidade no século XXI, sugiro então que uma vez que acha que os Filhos e Donos desta Língua (os portugueses), não tem razão de protestar, invertam então a situação e apliquem o acordo português a todos os outros países a> . Pelo menos a Língua mãe será salvaguardada.
De Isabel A. Ferreira a 11 de Junho de 2015 às 15:18
Pois... quem pode acreditar num encapuçado?

Este acordo não serve para ser aplicado em nenhum país do mundo lusófono, aliás nenhum deles ACORDOU este acordo.

Seria como se lhes oferecêssemos uma jóia falsa.

Seríamos completamente DESONESTOS para com os nossos irmãos da Lusofonia.

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