A caça traduz-se na exteriorização do instinto mais primário que existe no animal humano: o instinto de matar por prazer.
Não é necessária a intervenção do animal humano para a conservação das espécies. A própria NATUREZA encarrega-se disso muito sabiamente.
«Caçar é provocar susto, sofrimento com ferimento mais ou menos rapidamente mortal, que vitima animais inocentes e nascidos para viver e sobreviver e até por vezes pessoas. Torna insegura a presença na natureza e polui. Incomoda e até indigna muitas pessoas. Existem métodos de controlar populações, equilibrada e responsavelmente, causando menos sofrimento e risco, que deveriam ser estudados, decididos e postos em execução por entidades competentes».
(Dr. Vasco Reis – Médico Veterinário)

Galgueiros numa caçada. EFE/ Archivo
Ecologistas espanhóis desmascaram cientificamente sete mitos do sector da caça
(E o que serve para Espanha, serve para Portugal, onde tudo se passa do mesmo modo)
Madrid - La Oficina Nacional de la Caza, que aglutina 80% dos caçadores federados em Espanha, tem por lema: «Fazemos parte da natureza», definindo-se a si mesma como conservacionista (que defende a protecção e a conservação dos recursos naturais e do meio ambiente), “comprometida com o meio ambiente”, “defensores da natureza, da vida selvagem e dos habitats”, e entre as suas missões destaca a de “defender a caça como a actividade mais ética e sustentável na gestão dos espaços naturais”.
O mesmo ocorre com outras associações do sector cinegético, como a Aproca, em Castilla La-Mancha: “O objectivo da Aproca é a defesa de uma utilização racional e sustentável do ambiente natural e da floresta, de modo que todas as actividades da Associação sejam desenvolvidas no mais absoluto respeito pelo meio ambiente, pela conservação da natureza, pela preservação e equilíbrio entre a flora e a fauna doméstica e selvagem, e pela protecção de espécies ameaçadas de extinção, bem como as autóctones”, dizem no seu próprio site. (L. Villa (- Luchiva)
Devido a mensagens como estas, em que se vincula a actividade da caça a um labor da natureza, a organização Ecologistas en Acción publicou um extenso relatório em que desmascara cientificamente alguns dos argumentos do sector e os mitos que envolvem as actividades da caça que, de acordo com estatísticas oficiais, matam cerca de 25 milhões de animais por ano, em Espanha.
«Embora seja verdade que a caça em Espanha a cada ano que passa é praticada por um menor número de caçadores, o sector no seu todo foi se fortalecendo como um lobby social e económico reagindo assim à crescente consciência ambiental de toda a sociedade», assinala o relatório, elaborado pelo biólogo Roberto Oliveros, a partir de uma compilação de estudos e documentos técnicos e científicos.
Os ecologistas resumiram os resultados da sua investigação em sete “verdades sobre o impacto da caça em Espanha” (o mesmo para Portugal):
A caça:
1 - Consiste em matar animais por diversão ou por negócio
A caça sustenta-se basicamente através de duas actividades: uma desportiva ou de competição e outra comercial, baseada no turismo e nas explorações cinegéticas.
Advertem os Ecologistas que embora não existam dados oficiais completos e fiáveis sobre o volume de dinheiro gerado pela Fundação FAES, vinculada ao PP, os lucros em 2007 cifram-se em mais de 2.750 milhões de euros. O presidente da Federação Espanhola de Caça, Andrés Gutiérrez Lara, observou que em 2004, além desse montante, a caça movia outros 6.000 milhões em dinheiro sujo, sem facturas.
Além disso, os ecologistas destacam que o sector é composto por um pequeno número de pessoas (330.000 federados e 848,243 licenças em 2013), geralmente ricos, como grandes latifundiários, banqueiros, empresários, aristocratas, políticos e membros da magistratura e das forças de segurança. «O seu trabalho nos últimos anos destacou-se pelos ataques às normas de conservação da natureza e protecção animal a nível europeu e estatal, e por uma total ausência de autocrítica das práticas ilícitas», asseguram.
2 - Não é compatível com a conservação da biodiversidade
Proveniente apenas da caça directa morrem por ano cerca de 25 milhões de animais em Espanha. A isto deve ser adicionada a perda de biodiversidade pelos efeitos indirectos: caça furtiva e largada de animais, introdução de espécies invasoras ou exóticas, cercas de caça e outras infra-estruturas. Os ecologistas destacam que como resultado da caça, outras espécies emblemáticas e protegidas, como o urso cinzento, o lince ibérico ou o lobo, também são mortos. Além disso, as sanções pelo uso de venenos em áreas de caça têm vindo a aumentar todos os anos. Nem nas áreas naturais mais protegidas, como parques nacionais, foi proibida esta actividade, que goza de uma moratória até 2020, para permanecer activa nestes lugares.
3 - Converte os coutos de caça em explorações intensivas e em campos de tiro
Cada vez mais a caça é exercida sobre animais criados em explorações agrícolas e libertados em coutos para serem caçados logo de seguida, como 1.350.000 exemplares de perdizes vermelhas lançados em áreas de caça intensiva em 2013. A Ecologistas en Acción observa que isto provoca “graves desequilíbrios nos ecossistemas, deslocando e prejudicando populações autóctones e a propagação de espécies exóticas e / ou invasoras como o Carneiro-da-Barbária, o Muflão-asiático (ovelha) ou a codorniz japonesa.”
A província de Guipúzcoa é um dos cenários de caça furtiva de aves em Espanha, algo preocupante se considerarmos que se trata de uma zona importante de trânsito migratório para as aves migratórias.
4 - Não serve para controlar nem a fauna nem as superpopulações
A Ecologistas en Acción argumenta que é precisamente a prática da caça que muitas vezes provoca a superpopulação de algumas espécies, devido às largadas de animais ou à alimentação suplementar. Também pelas tentativas de caçar machos, que são os que mais troféus obtêm, gerando uma "descompensação" nas espécies. Além disso, uma recente sentença do Supremo Tribunal considerou que a caça e a pesca “a sua manutenção por tempo indeterminado, não se agravamento longe de servir o propósito de erradicação de espécies exóticas ou invasoras, determinam”.
5 - Limita os direitos da maioria dos cidadãos
As actividades de caça acumulam denúncias pelo corte de caminhos públicos, cursos de água ou vias pecuárias, por permitir que a caça seja preponderante em florestas públicas e áreas protegidas ou à intenção de causar possíveis inconvenientes involuntários às espécies de caça, como a actual lei de caça de Castilla-La Mancha. O relatório assegura que uma média de 28 pessoas morrem por ano, e não apenas caçadores, pela utilização de armas de fogo na caça.
6 - Não favorece o desenvolvimento rural
80% do território espanhol integra coutos de caça com actividade durante a maior parte do ano. Um estudo de 2014 sobre as montanhas da Andaluzia concluiu que as actividades de autoconsumo ambiental, uso recreativo e conservação da biodiversidade ameaçada são mais rentáveis do que a caça em termos económicos. "A caça não só não favorece o desenvolvimento do meio rural, como limita futuras possibilidades de desenvolvimento dos meios menos desenvolvidos economicamente” assinala o relatório.
7 - Não só mata, como também maltrata
Estima-se que no final da temporada da caça, por ano, sejam abandonados em Espanha cerca de 50.000 galgos. Outros são enforcados ou atirados a poços, como aconteceu a uma centena de cães na localidade toledana de Villatobas, em 2009. Os ecologistas apontam que tão-pouco as espécies cinegéticas escapam à tortura, tais como as raposas caçadas pelos cães de toca, os javalis caçados com lança, ou o tiro aos pombos, ainda borrachos, etc..
Particularmente notável é que “na maioria dos regulamentos cinegéticos se considere os cães e gatos abandonados sujeitos a captura por parte dos caçadores através de disparos ou armadilhas sem que a eles se aplique a lei de protecção animal. Esta medida leva à morte milhares de animais de estimação, com escasso controlo por parte das autoridades” conclui o relatório.
Fonte:
http://www.publico.es/sociedad/ecologistas-desmontan-mitos-caza-espana.html?utm_content=buffer403f3&utm_medium=social&utm_source=twitter.com&utm_campaign=buffer
(Tradução: Isabel A. Ferreira)
De
Pedro a 24 de Janeiro de 2020 às 13:07
Boa tarde,
Reparámos, aqui na equipa Blogs, que o seu blog ainda usa um template antigo, que não está adaptado para telemóveis.
Podemos ajudar, mudando o blog para um layout mais recente? O novo template não seria igual ao atual, mas conservaria a estrutura (uma coluna lateral), além de proporcionar uma melhor experiência aos visitantes do blog.
Boa tarde,
Primeiro: gostaria de saber quem é o Pedro Neves, e se pertence à Equipa Sapo Blogs.
Segundo: sei que uso um template antigo e que isso atrapalha ALGUNS cibernautas. Digo “alguns” porque existem muitos, entre eles eu própria, que venho ao Blogue, e não nos atrapalhamos.
Terceiro: eu ainda não mudei, porque já li muitas queixas de outros blogueiros que mudaram o template e deram-se mal.
Quarto: continuo a ter bastantes visitantes e nenhumas queixas.
Quinto: posto isto, peço para se identificar, primeiro, e depois dar-me uma razão para que eu deixe na mão de quem não conheço, e nem sei se é da equipa do Sapo Blogues, que costuma abordar-me via e-mail, e não via comentário numa publicação, a mudança do template do meu Blogue.
Obrigada.
De
Pedro a 24 de Janeiro de 2020 às 16:02
Boa tarde Isabel,
Para lhe responder por pontos:
Identidade: a minha identificação está no meu perfil, associado ao meu nome. Na dúvida, pode contactar-nos pelo sapoblogs@sapo.pt
Mudar o template e algo correr mal: podemos mudar o template e se algo correr mal, podemos voltar a mudar para o template antigo.
Por fim, não precisamos (nem nunca pedimos) dados para mudar o template. Conseguimos fazer isso a partir da nossa área de gestão. Só precisamos mesmo que nos dê luz verde para fazer esta alteração, que não afeta conteúdos.
Boa tarde, Pedro Neves,
Estava mesmo agora a ver o seu perfil, algo que deveria ter feito antes de comentar o seu comentário.
Pois já vi quem é.
Mas como nunca fui abordada VIA COMENTÁRIO, por alguém do Sapo Blogs, estranhei. E como anda por aí muita gente a fazer-se passar por aquilo que não é, precavi-me.
Quando diz que as alterações não afecta conteúdos, preciso de saber mais, porque já vi, por experiência de outros blogueiros, que as coisas não são assim tão lineares.
Diga-me: se as alterações não afectam os conteúdos, afectam então o quê?
É que não gostaria de mudar a cor do Blogue, nem o cabeçalho, nem precisar de andar sempre a pedir “conselhos” para isto e para aquilo…
Gosto do meu lugar verde, assim como ele é.
Além disso preciso que me responda o seguinte: porque escolheu ESTA publicação e não a via e-mail, para me propor a alteração? E por que só o Arco de Almedina e não o meu outro Blogue também?
Obrigada.
De
Pedro a 24 de Janeiro de 2020 às 16:37
Isabel,
temos aqui uma lista automática de algumas dezenas de blogs ainda ativos que o Google nos alertou que não estão a ser apresentados devidamente, devido ao template que usam.
O seu blog consta dessa lista e estou a contactar, pelos comentários, alguns blogs que reconheço e que sei que são mais ativos. O contacto via e-mail, infelizmente, é demasiado oneroso para mim em termos de tempo.
A mudança de template aumenta os tamanhos de letra do formulário de comentários, torna mais legível os posts em ecrãs de telemóveis e, algo importante, evita que o Google venha a penalizar o blog no futuro, devido à forma como o template atual apresenta o blog em telemóvel.
De resto, se aceitar, posso experimentar mudar o template e a Isabel diz se gosta ou não. Se não gostar, poderá manter o template atual, sem qualquer prejuízo de poder vir a mudar, por sua própria iniciativa no futuro.
Se não tiver interesse, não há qualquer problema, nem precisamos de insistir mais no assunto.
Pedro Neves,
Vou pensar um pouco mais no assunto, até porque tenho conhecimento (como já lhe disse) de que as reclamações são muitas, com a mudança do template.
Por isso, preciso de mais um tempo para pensar.
Quando chegar a uma conclusão, comunico consigo. Pode ser?
Obrigada.
De
Pedro a 24 de Janeiro de 2020 às 17:24
Isabel,
Pode levar o tempo que precisar.
Posso garantir-lhe, todavia, que a lista de blogs com templates antigos é uma minoria em relação à grande maioria de blogs hoje ativos, e em relação aos quais não temos qualquer reclamação - até porque, quando há problemas, estamos cá para ajudar.
Como autor de grande parte dos templates hoje disponíveis, não tenho conhecimento de "muitas" reclamações em relação aos mesmos.
De resto, posso dizer-lhe que, mesmo com 35 anos, custa-me imenso comentar um post com esta letra tão pequena (e a verde!) no formulário de comentários. Imagino a pobre experiência que muitos outros dos seus comentadores têm, sem a mesma acuidade visual. A mudança, pelo menos a este nível, será muito bem-vinda, tenho a certeza.
Até breve,
Pedro Neves
Pedro Neves,
Daquilo que me diz, devo deduzir que o problema maior está na parte dos comentadores?
Estive a ler os comentários na “Ajuda Blogs”, no que respeita ao Templates Antigos, e o que li das reclamações não me deixou tranquila.
Já fiz uma sondagem pelos que costumam aceder ao meu Blogue via telemóvel, e apenas uma pessoa mostrou dificuldade.
Sei que as coisas não podem ficar eternamente na mesma. Mas também sei que se é para as coisas novas não ficarem a funcionar a 100%, como li nos comentários, então os poucos que têm dificuldade em aceder ao Blogue é que têm de procurar alternativas.
Isto não significa que eu não vá pensar no caso. De modo algum.
Vou pensar, obviamente.
Até breve, Pedro Neves.
De
Pedro a 27 de Janeiro de 2020 às 10:46
Bom dia Isabel,
Se leu o post https://ajuda.blogs.sapo.pt/templates-antigos-39832, então deve ter lido as minhas respostas a todos os autores (menos de 10) que tiveram alguma dúvida sobre a mudança de template.
Penso que todos os autores, menos de 10 eventualmente, viram a sua dúvida ou dificuldade esclarecida (o que é diferente de falar em "problemas" ou "reclamações").
Se decidir mudar, e aumentar o conforto dos seus leitores, na hora de lerem e comentarem os seus textos aqui no blog, basta avisar-nos, por aqui, ou no nosso blog de ajuda.
De Arsénio de Sousa Pires a 27 de Janeiro de 2020 às 08:36
A caça é uma aberração, sim, e uma actividade própria de trogloditas que conservam no gatilho a primeva actividade de sair para o mato à busca de subsistência.
Hoje é um DESPORTO (?) que, tal como a tauromaquia, se dedica a ter gozo em matar animais TOTALMENTE indefesos.
Onde está o gozo destes antiquíssimos predadores? Em MATAR à queima-roupa!
Onde está a superioridade destes trogloditas? Em ter uma arma automática e com mira telescópica!
Batam palmas a estes heróis!
Estou completamente de acordo consigo, Arsénio.
A cobardia desta "gente" envergonha a Humanidade.
Os que matam seres indefesos por prazer, não têm um pingo de essência humana, de empatia, de compaixão. Estão abaixo de zombies.
De Pedro Bruno a 27 de Janeiro de 2020 às 20:38
Parabéns, desde já pelo seu artigo, que por acaso vai mesmo de encontro ao que eu já venho avisado há muito tempo, e que ninguém me liga, e depois é o que se se ve, com o caso da rola-brava, eu nunca vi nenhuma em 26 anos, e sempre morei numa zona rural, a caça actualmente serve apenas, para encher os bolsos de muita gente, incluindo o governo, que não toma as decisões necessárias, quando deveria de ter mão pesada, a caça não passa de um triste hobie, com o intiuiti de matar e causar sofrimento a um animal indefeso, ou seja não passa de um acto de cobardia. Isto já para não falar que todos os dias, em que há caça tenho os chumbos a bater no telhado, nas portas de casa, no carro, e todas a entidades, acham que é uma coisa normal. sou agricultor biológico certificado, tenho investido muito na preservação de aves, e de biodiversidade no meu terreno, e por questões de segurança pessoal, vejo-me impedido de trabalhar, só poque acham que a caça é mais importante do que tudo isto. É preciso mudar mentalidades que ficam presas no século passado.
Obrigada, Pedro Nuno, por este seu testemunho.
Tenho conhecimento de que neste nosso pobre país, com um pé fincado num passado que já passou e não é chamado para o futuro, existem mais pessoas com o mesmo problema que o Pedro Bruno apresentou.
Sim, é preciso mudar mentalidades, urgentemente, mas temo que as mentalidades estagnadas não tenham capacidade para evoluírem.
Então só nos resta esperar pela extinção natural desta geração de cobardes caçadores.
Entretanto, devemos continuar a insistir para que esta aberração seja proibida, juntamente com todas as outras aberrações, que usam animais para divertimento e encher os bolsos. Algo que nem o homem mais primitivo fazia.
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