Legenda da imagem:
- O que é a democracia? – pergunta o professor.
- Democracia é a liberdade de escolhermos os nossos ditadores – responde a aluna.
Exactamente. Depois de o “25 de Abril” começou-se por aí a dizer que se vive em democracia, e que o povo é quem mais ordena…
Mentira.
Se não, vejamos:
Facto: a grande, grande, grande, muito grande maioria do povo português rejeita as touradas.
E o que acontece? Os portugueses, individualmente ou representados nas associações e grupos e plataformas abolicionistas portuguesas escrevem aos políticos a dizerem da sua rejeição à barbárie e a exigirem a abolição desta selvajaria. E o que acontece?
Acontece que circula por aí que, apesar de a Ministra da Cultura não considerar as touradas uma questão de gosto, mas de civilização e baixar o IVA da tortura para 13 %, pois não pode estar nivelado pelos espectáculos artísticos superiores, o partido socialista prepara-se para contradizer a Ministra e aprovar o IVA de 6% para a tortura de touros, nivelada pelo “Lago dos Cisnes”, mas se Assunção Cristas (CDS/PP) vê nas touradas um bailado, porque não haverá o PS de ver também um bailado nos rodopios das bailarinas enchumaçadas, que atacam touros indefesos na arena, vestidinhas à maneira e com collants cor-de-rosinha?
Escrever a esses cérebros mirrados e não escrever dá no mesmo. Eles têm ideias fixas, e na definição da democracia deles, não cabe a palavra POVO. O povo não tem nada que dar palpites. É o que eles acham. E fazem o que bem entendem. Daí que sirvam o lobby tauromáquico e não o povo, que lhes paga o salário e é forçado a pagar os subsídios aos tauricidas, para que continuem a torturar touros, à nossa custa.
E se não é o povo que mais ordena, então não temos uma democracia, mas uma autocracia socialista, uma vez que são socialistas os mandantes, a qual tem de ser derrubada, tal como foi derrubada a ditadura salazarista.
Isabel A. Ferreira