Os projectos vencedores do Orçamento Participativo Portugal em número de votos foram: Rede Regional de Ludotecas – 8.373 votos; Cultura Para Todos - 6.614; Selvajaria Tauromáquica - 5792 votos, que vá-se lá saber como e porquê, receberá 200 mil Euros, tal como todos os outros 38 projectos vencedores.
Porém… há um porém, magnificamente colocado pelo meu lúcido amigo Dr. Vasco Reis, Médico Veterinário, que diz esta incontestável, indiscutível, indubitável, irrefutável verdade:
«É um péssimo indicativo da qualidade cultural e ética de parte da sociedade portuguesa e da governação, quando uma actividade de exploração violenta e cruel de animais tem aceitação de espectáculo, é considerada cultura e tem direito a subsídios e a prémios pecuniários e outras regalias. Atraso de Portugal!»
Também hoje, recebi da minha amiga DuDu Silva, este testemunho muito elucidativo, e que diz da repulsa que este episódio surrealista de uma prática selvática poder concorrer ao OPP está a provocar na população portuguesa, porque são muitos a pensar o mesmo.
«Bom dia Isabel, hoje de manhã na padaria, ouvi algo mais ou menos assim "então a tauromaquia ganhou 200 mil euros não sei do quê, estava a dar na TV. Médicos de família não há, mas dinheiro para isto já há”».
E não é apenas médicos de família que não há.
Não há verba para dignificar profissões nobres, como a dos Enfermeiros, que andam em luta, e os governantes não cedem.
Não há verbas para comprar toalhas de banho para os hospitais públicos. Os doentes são limpos com os lençóis em que estão deitados, ou os familiares têm de levar as toalhas de casa. Digo isto com conhecimento de causa, porque já tive de levar toalhas de banho para um hospital público, se quis decência na higiene de um familiar.
Não há verbas para contratar mais pessoal para as Escolas, Hospitais, Forças de segurança pública....
Enfim… existe um rol enorme de carências que são menosprezadas.
Mas para a tauromaquia nunca se diz NÃO!
Mais me disse a minha amiga DuDu:
«O problema é a falta de informação. Se utilizassem a TV para passar a mensagem (culta) muito mais gente votaria (na Cultura Culta), porque afinal, a televisão é o meio de comunicação mais utilizado pelas pessoas.»
Pois é, DuDu. Mas não interessa às televisões (e outros media) pugnarem pela Cultura Culta, porque quem lhes dá audiências é a fatia mais inculta do povo português, que se contenta com PÃO E CIRCO, ou seja, barriga cheia, ou quase cheia, e festas pimbas; novelas pimbas, onde predominam cenas de violência e de crueldade gratuitas; filmes pimbas, também com muita violência e maldades á mistura; reality shows pimbas, onde é realçada toda a miséria moral, cultural e social de jovens a quem não dão oportunidade de um futuro digno de seres humanos, e obviamente, a transmissão e vulgarização da prática selvática da tauromaquia, com toda a sua crueldade, violência, imbecilidade e desumanidade.
Senhores ministros da Cultura, da Educação, do Ensino, da Saúde, e já agora o governo de Portugal, com a sua política ZERO (Jean-Claude Juncker, Presidente da Comissão Europeia, lá teria a sua razão para excluir Portugal da Europa), demitam-se. Não estão a servir os interesses de Portugal, nem dos Portugueses. Estão apenas a servir os interesses de lóbis obscuros.
Portugal está na senda do maior retrocesso jamais conhecido na sua História.
É lamentável tudo isto.
Esperamos que o povo português mais lúcido penalize, nestas eleições, os predadores de Portugal.
Esta mensagem chegará, no mínimo, a 40 países, de todos os continentes. E também espero que, quem de direito, se sinta responsabilizado e envergonhado, por esta miséria moral, cultural e social em que o meu País está mergulhado.
Isabel A. Ferreira
***
O QUE DIZ O GRUPO MARINHENSES ANTI-TOURADAS
«Tauromaquia Beneficia de um Extra que Não Estava Inicialmente Previsto no OPP»
O Orçamento Participativo de Portugal tinha 375 mil euros para distribuir por projectos de âmbito nacional. O projecto de “âmbito nacional” mais votado foi “Cultura para Todos” e recebe 200 mil euros. Devido ao tal valor extra de última hora, que tão conveniente foi para a Indústria Tauromáquica, o segundo projecto de “âmbito nacional” mais votado no OPP – “Tauromaquia, Património Cultural de Portugal” – que pedia 200 mil euros, também ganha 200 mil euros!
É só “fazer as contas”...
É deste modo, livres e em harmonia, que os Touros e Cavalos devem viver. Não nasceram para servir predadores com forma humana e de baixos instintos.
Sei que o meu País atravessa um momento onde o caos se instalou, a todos os níveis.
Sei que no meu país, existe uma descomunal miséria moral, cultural, social e educacional, avalizada pelos governantes.
Sei que a corrupção e o desgoverno imperam ao mais alto nível.
Sei que somos roubados descaradamente.
Sei que somos vilipendiados nos nossos mais básicos direitos.
Sei que os “políticos” são cegos e surdos aos apelos racionais do povo que os elegeu.
Sei que entre o povo que se faz de vítima, estão os principais cúmplices e culpados da situação caótica que o nosso País vive.
Sei que aos governantes não interessa um povo que pensa, por isso promove a incultura.
Sei que o nosso País precisa de uma Revolução a sério, que derrube os corruptos e os vendilhões da Pátria.
Sei que uma minoria inculta e abroeirada manipula descaradamente os partidos políticos de maioria que, despudoradamente, se deixam manipular.
Sei que essa maioria parlamentar não merece consideração, porque não se dá ao respeito.
Sei que a política praticada em Portugal, desde Lisboa aos municípios (com raríssimas excepções) é suja, é podre, é obsoleta, é madrasta, é obscura.
Sei que da política e dos políticos fiquei farta, fartíssima, depois de tantos anos a lidar com eles, e conhecer-lhes todas as manhas e artimanhas.
Por isso, um dia decidi emprestar a minha voz aos que não têm voz, e entrei numa “guerra” de muitas batalhas, e nela, desde então, continuo firmemente de pé, com as palavras em riste (a minha arma) apontadas para os inimigos dos que decidi defender, apesar de todas as ameaças, apesar das agressões verbais, apesar das dificuldades, apesar dos obstáculos. Isto é como caminhar num mar de estrume.
Sei que a selvajaria tauromáquica está pendurada por um fio no meio de um abismo.
Está acabada. Ultrapassada. A cair de podre. De velha. Desadequada aos tempos modernos.
Mas falta enterrá-la debaixo de uma lei oficial.
E para tal, os Touros e os Cavalos precisam de todas as vozes.
Não haverá muito mais para dizer.
Mas há algo que ainda é necessário fazer: derrubar as mentes velhas, encerrar as escolas de toureio, desmoralizar os aficionados, marginalizar os sádicos, boicotar os seus apoiantes, desfazer o nó entre os governantes e os tauricidas, destruir os falaciosos mitos tauromáquicos, enfim, fechar o cerco a esta minoria sanguinária que anda por aí, em bicos de pés, a tentar segurar um cadáver putrefacto.
É preciso um pouco mais de empenho.
Travamos a batalha final.
É urgente que todas as vozes abolicionistas se ergam para esmagar os últimos “olés” sussurrados, já sem força, que ainda se ouvem por aí…
VENCEREMOS! VENCEREMOS! VENCEREMOS!
Isabel A. Ferreira
Em consequência desse apadrinhamento existe uma fracção da população portuguesa mergulhada na maior miséria moral, cultural, social e educacional, que envergonha Portugal por todo o mundo, em todos os continentes, por onde o meu Blogue navega…
Não vou pedir desculpa pelo lixo verbal dos comentários que aqui publico, porque esse lixo verbal é tão-só o resultado da política inculta dos partidos políticos que referi, apoiada pela igreja católica portuguesa, ao protegerem uma prática tão selvática, boçal e tosca, ao ponto de destruir o imo do ser humano, transformando os aficionados em seres desumanizados, sem capacidade para discernir entre o bem e o mal.
Um pequeno preâmbulo à laia de explicação:
A tauromaquia não é algo que tenha a ver com Poesia, Arte, Literatura, Música, enfim, com a Cultura Culta à qual pertenço, por isso, quando escrevo sobre selvajaria tauromáquica, utilizo termos adequados a essa conjuntura e chamo os bois pelo nome. Não podemos, de modo algum, olhar para um monturo e nele ver um jardim paradisíaco… Podemos?
Portanto, escrevi um texto sobre a morte de um forcado (ver link)
http://arcodealmedina.blogs.sapo.pt/morreu-um-forcado-quando-torturava-um-738420
no qual chamei a atenção para a inutilidade destas mortes insanas e inglórias, fui simplesmente realista e utilizei os termos apropriados ao asselvajamento que é uma “pega”, apelando para a abolição desta coisa hedionda, cruel e imprópria de seres humanos.
Devido à falta de cultura, de discernimento, de lucidez e á boçalidade por parte dos aficionados, obviamente, estes nada entenderam do que leram (ou do que não leram) e partiram para a maior demonstração de estupidez que alguma vez eu já vi, ao ponto de me obrigarem a fazer um aditamento ao texto, advertindo que este não devia ser lido por estúpidos ou por quem sofre de iliteracia, porque não entenderiam nada.
Escusado será dizer que a advertência não foi compreendida e, meus senhores, da política e da igreja, recebi uma enxurrada de comentários, dos quais vos apresento esta amostra muito significativa e eloquente, cujo teor é praticamente igual ao de todos os outros comentários, que ficarão por publicar.
A selvajaria tauromáquica, sendo uma prática violenta e cruel, fabrica criaturas violentas e cruéis, broncas, grosseiras, do mais baixo nível moral e cultural, ordinárias, mal formadas, mentalmente deformadas, e porque não sabem Português, utilizam o aficionês, que é uma linguagem própria e exclusiva dos aficionados desta selvajaria, e caçadores, com a qual se comunicam entre eles; não sabem argumentar racionalmente, e assentam toda a sua afición na mais profunda ignorância e estupidez, uma ignorância e estupidez carimbada pelo PS, PSD, CDS/PP, PCP e igreja católica portuguesa.
Eis a espécie de portugueses que o governo português e a igreja católica portuguesa fabricam em Portugal, com o apoio que lhes dão. E que o mundo pasme, com tanta alarvice:
Maria Milho · Amigo/a de João Alfaro e 6 outras pessoas
És uma nojenta devias morrer com um corno enfiado no coração!!!!!
Cristina Ana Cryz Es seca ... Vinda do inferno em corpo de humano .... Mas vai arder com o satanas...no inferno
Miguel Figueira Esta Sra. só pode ser tratada por Sra. VACA e Sra. PUTA...o que uns preservativos tinham evitado...Ninguém pode dizer estas blasfémias e esperar continuar sem as ouvir....estes anormais que vem para aqui defender esta VACA asquerosa...reles...comunas de merda que vivem à pala dos meus impostos...São uns pelintras que não tem nada para fazer além de invejar a vida de outros...xuxas, comunas e esquerda caviar devia levar com ferros quentes pelo cu acima....
Vaca nojenta, vem ao Alentejo para saberes o que é tortura. ...
Manel Inez · Amigo/a de Alfredo Vieira
Ja agora e já que nao tens tomates, cria coragem e desabafa essa tua histeria fundamentalista, cara-a-cara com a familia e amigos do Pedro Primo. Isso é que era! Demente
GostoMostrar mais reações
Manel Inez · Amigo/a de Alfredo Vieira
Ó Isabel, és uma ordinaria, anormal. Vai a Ponte de Lima que eles dão-te as boas vindas. Porca
Gosto Mostrar mais reações
Antonio Batista Olha vai te pa puta que te pario o cabra de merda ....
Gosto Mostrar mais reações
Irene Jardim Do Eden Martins Isabel A. Ferreira e se fosse meu filho tinhas era os cornos partidos te juro . Podes bloquear . Ias ver onde ficava o inferno e o que era uma besta solta , seria pior que mil touros que tu defendes .
Irene Jardim Do Eden Martins Isabel A. Ferreira se fosse a si não saia tão cedo a rua .
GostoMostrar mais reações
Nuno Ferreira Não querendo fugir ao nível de inteligência aqui postados por VExa. Isabel A. Ferreira e Maria Helena. Não sei de onde vieram, de que planeta são mas, acreditar que são do mesmo planeta que eu, ( Planeta Terra ) só vos desejo que se cruzem com a família ou amigos do forcado Pedro Primo. Vocês não só, faltaram ao respeito para com a família do mesmo, como também a todos os aficionados! Vocês as duas não gostam mais de animais do que eu, e não me parece que sejam merecedoras de respeito por parte do dito ser Humano ( o qual vocês desrespeitam ) talvez a justiça do homem chegue até vós... Não têm nada para fazer? Filhos para cuidar? Marido, não? Pois o vosso perfil é de quem, precisa mas não têm", se não gostam de Tauromaquia simplesmente não se metam na vida alheia! Tentei abstrair ", talvez arranhar Homem! Aflição que vocês têm pelos animais" ajudem meu Deus"... Por favor alguém faça alguma coisa! Vocês não são mulheres com M e nunca vão ser... Literatura e língua portuguesa uiiii meu Deus"... Que se encontrem brevemente com alguém que vos acerte o passo. O país é pequeno e vocês merecem ❤️❤️
Paulo Graça foi fodida por um toiro e apaixonou-se tem vergonha grande puta agora baixei ao seu nivel vaca
Irene Jardim Do Eden Martins Isabel A. Ferreira e se fosse meu filho tinhas era os cornos partidos te juro . Podes bloquear . Ias ver onde ficava o inferno e o que era uma besta solta , seria pior que mil touros que tu defendes .
Filomena Baptista Es mesmo uma grande puta e uma vaca como tu nem merece andar no cimo da terra estares a dizer essas coisas dos moços de forcados
Tiago Mena Lei do retorno e fodida como vc disse n te esqueças ho velha
Tiago Mena Por mim nao eu nao sou aficionado mas tamos a falar de um amigo e eu ao ver os comentarios dessa velha partiume o corçao Obs. Essa velha que nao saia a rua
Tiago Mena Nojenta velha carrancuda mete-te a frente de um toiro que nunca tenha visto um humano para veres o que ele te faz deviate nascer um pinheiro no cu burra do crl
António Potes Silva Santos Pessoas da tua laia oh velha de merda punhas a todas em auschwitz!!
Aderito Ferreira Mas eu ajudo a teres comentários, contribuo para a tua boa fama. A diferença entre uma máquina de fazer salsicha e a tua mãe é só uma, a máquina de fazer salsicha mete se a carne de porco/a e sai salsicha, no outro caso meteu se a salsicha e saiu uma porca... Primeiro estuda o toiro, aprende como vivem como são criados, depois aprende o que é tortura e tudo aquilo que falas, e depois então comenta seu ser insignificante, desumana, ordinária.... Não te desejo mal nenhum, apenas que quando chegar a tua hora que seja com um corno enfiado entre as pernas, assim ficavas feliz certamente.
Ana Paula Franco Franco Lembra-te que moras em Ovar ....tem cuidado com as palavras que publicas não vá algum touro bravo ai a Ovar dar-te algum par de marradas e coices ....
José Paulo Cruz Bronca és tu minha vaca
Aderito Ferreira O que tu queres é comentários ,fama , não olhas a meios para atingir teus objetivos, certamente nem sabes o que é realmente um toiro, não sabes que se terminares com as largadas o toiro bravo simplesmente deixa de existir, deixam de criar por ter pouca utilidade, desejares assim a morte a uma pessoa só prova a tua falta de mentalidade juntamente com quem te apoia, se o teu pai tivesse batido uma punheta pouparia mto dasss
Comentário no post Morreu um forcado quando torturava um Touro moribundo
Sua burrinha moribunda o forçado não tortura coisa nenhuma, só se for a mulher quando chega a casa com os copos.
Desconhecido a 7 de Setembro 2017, 14:27
***
E falta aqui um comentário que é umaa obra-prima da ordinarice, tão obra-prima, que de tão ordinário é impublicável, mas se os senhores da política e da igreja estiverem interessados em estudar o "fenómeno", eu enviarei o comentário.
Sofrem os Touros e os Cavalos, nesta cruzada insana de divertir sádicos, com práticas cruéis e sanguinárias.
Por vezes também os carrascos são apanhados nesta onda de violência, quando os Touros, legitimamente, tentam defender-se do ataque feroz da besta humana.
E ainda têm a pretensão de querer elevar esta barbárie a património cultural. Só mesmo mentes deformadas podem reivindicar tal irracionalidade!
Património Cultural? Que Vos diz mais esta colhida de ontem?
Texto de Marinhenses Anti-touradas
«Mais um cavalo colhido numa tourada. Aconteceu ontem (1/09) numa “Corrida de Gala à Antiga Portuguesa”, em Mérida. O toureiro Português não sofreu lesões. O CAVALO foi perfurado e ficou GRAVEMENTE FERIDO.
Segundo o site Touro e Ouro, o equino está, neste momento, internado. Isto também é tauromaquia e tem de acabar!
Sabia que estão a ser dados passos para que a tauromaquia passe a ser formalmente considerada “Património Cultural de Portugal”? Um dos passos pode custar-nos (a todos/as nós - contribuintes fiscais) 200 mil euros! Não o permita! Não pode votar CONTRA o projecto da indústria tauromáquica no Orçamento Participativo de Portugal, mas pode votar online num outro projecto, que não está associado a maus-tratos aos animais, e que é o principal concorrente do Projecto “Tauromaquia, Património Cultural de Portugal”.
CONTRA AS TOURADAS, e por um projecto capaz de trazer mais cultura aos Portugueses e de fazer com que o projecto da indústria tauromáquica não vença a iniciativa do Governo de Portugal, por favor:
► VOTE “CULTURA PARA TODOS”. Clique no link (a azul) e siga os passos
☛ https://opp.gov.pt/projetos/todos/463-cultura-para-todos
Fonte:
Ontem chamaram-me a atenção para uma reportagem da TVI no Jornal da Noite, em que apresentava a brutalidade nua e crua dos touros de morte em Barrancos, como se estivessem a falar de ópera...
Não quis acreditar e fui investigar…
Em nome da “tradição” a estupidez mantém-se numa terra que vive mergulhada num medievalismo tremebundo… Repare-se na expressão do desventurado Touro… entre os aplausos de alienados mentais….
Era verdade. Quase no final do telejornal, a TVI mostrou em toda a sua crueza moral, cultural e social uma das mais repugnantes e estúpidas práticas que conspurcam a sociedade portuguesa.
E como foi aterrador ver e ouvir aquela gente rude, inculta, encruada, primitiva, num lugar que mais parecia um adro medieval, onde os brutos se divertiam boçalmente.
Anda-se a vender por aí um Portugal para inglês ver, esquecendo-se o outro lado, o lado negro, hediondo e feroz de um Portugal selvático.
Aquelas imagens que a TVI teve a indignidade de transmitir, mostraram ao país o profundo atraso civilizacional, moral e cultural em que o governo português teima em manter uma população que acredita piamente que aquela selvajaria (avalizada por Jorge Sampaio) é uma “tradição” digna de ser preservada. Dão sangue ao povo, para o manter apaziguado, como nos tempos do Circo Romano. Viu-se crianças a brincar às touradas, imagens que me chocaram profundamente, porque aquelas crianças estão condenadas a ser imbecis o resto da vida, se ninguém fizer nada por elas urgentemente.
Ainda se a TVI aproveitasse a filmagem para condenar a brutalidade, a crueldade, a violência e o crime lesa-infância que ali está a ser cometido!!!!
Mas não! Ao que se viu, a TVI transmitiu “aquilo” com o mesmo fervor com que transmitiu as cerimónias da ida do Papa Francisco a Fátima.
Como é possível que uma estação de televisão desça a um nível tão baixo?
Não se contentou em transmitir uma tourada no antro do campo pequeno, a tourada à corda na Terceira e a “festa” do barrete verde em Alcochete. Ainda teve de ir a Barrancos exaltar o inexaltável. Fazer a apologia da selvajaria tauromáquica numa época em que “isto” está a ser repudiado em todo o mundo civilizado.
Quanto retrocesso, TV I(NCOERENTE).
Isabel A. Ferreira
A selvajaria tauromáquica continua em Barrancos, com o apoio da igreja católica e do governo socialista.
Não esquecer que os touros de morte foram introduzidos em Barrancos, em 2002, por Jorge Sampaio (socialista) na qualidade de presidente da República.
E pensar que andaram a cometer um regicídio para implantar em Portugal uma República das (e dos) Bananas!!!!! (***)
Esta imagem diz tudo sobre o atraso mental de todos os envolvidos nesta prática, desde os que matam, aos que apoiam, aos que aplaudem e aos que dão o seu aval. E veja-se o sofrimento atroz do touro, estampado naquele olhar desesperado... Apenas os desalmados, desprovidos de essência humana, pactuam com este horror.
O texto que se segue é da autoria de Rui Palmela
«Mais uma vez se realiza na vila alentejana de Barrancos, em finais de Agosto, a festa religiosa que culmina sempre num espectáculo sangrento, frente à capela, com a morte de 3 toiros numa arena improvisada onde o povo vibra de satisfação aplaudindo a barbárie que ali se realiza em “honra de Nª Srª da Conceição”. E a Igreja não reprova ou fica em silêncio cometendo seu “pecado de omissão” ...
O espectáculo violento dura 3 dias onde se cumpre um ritual demoníaco de matar um touro por cada dia, “estoqueando” o animal que acaba caindo no chão mergulhado numa poça de sangue. Depois de morto, ou sofrendo horrivelmente sem se poder mexer, os ‘heróis’ da festa cortam-lhe as orelhas, o rabo e as patas como ‘troféus’, enquanto o toiro é arrastado pelo chão, já cadáver, acabando finalmente por ser esquartejado e distribuído pela população como manda a ‘tradição’.
Toda esta selvajaria é possível ainda em pleno século XXI com a aprovação do governo português que em 2002 criou uma famigerada “lei de excepção” que garante esse ‘direito’ do povo barranquenho realizar um espectáculo abominável apesar da forte contestação por parte das organizações de Protecção Animal e uma Lei que vigora desde Maio/2017 que reconhece os animais como seres sencientes dotados de sensibilidade e não ‘coisas’ como eram considerados antigamente.
Entretanto o PAN (Partido das Pessoas, dos Animais e da Natureza) deverá apresentar na AR uma proposta de lei para proibição destes espectáculos de morte no país, tal como as touradas deviam ser proibidas e transmitidas pela televisão. E já agora cortar todos os subsídios de apoio à Tauromaquia que deve ser suportada apenas pelos seus aficionados e não por todo o povo português que na sua maioria condena toda esta situação.
Pausa para reflexão!
Rui Palmela»
Fonte:
https://www.facebook.com/photo.php?fbid=10212176718524673&set=pcb.10212176729004935&type=3&theater
(***) Denomina-se República das Bananas um país ou região em que há corrupção e desrespeito pela legalidade e interesse público, expressão originalmente aplicada a países latino-americanos ou terceiro-mundistas, mas que se encaixa na perfeição a um Portugal que, fisicamente, é europeu, mas cerebralmente é latino-americano e terceiro-mundista, nestes detalhes grosseiros, até na língua que os actuais republicanos bananas (= gente sem atitude e sem coragem) decidiram importar e impingir aos portugueses.
Como é que isto foi parar ao OPP?
É surrealista, ridículo, insultuoso, estarmos a lutar contra uma coisa que não deveria sequer ser permitida, pois a tortura de animais, a selvajaria, a crueldade, a violência, a estupidez não faz parte de uma sociedade evoluída e civilizada.
Então por quê aplicar dinheiro numa INUTILIDADE como torturar Touros numa arena, para divertir sádicos e psicopatas?
Estar uma barbaridade destas a concorrer entre coisas sérias, é uma afronta, um insulto à inteligência dos Portugueses e uma desonra para a República Portuguesa.
Eu sinto-me lesada na minha condição de cidadã portuguesa, com esta vergonhosa situação.
Não teremos governo à altura da decência cultural e cívica?
O facto deste repugnante projecto constar da lista dos projectos culturais do OPP é altamente desprestigiante para Portugal e lesivo da dignidade portuguesa.
Uma vergonha!
Vamos lá, companheiros da luta abolicionista.
Vamos votar na Cultura Culta e mostrar a quem de direito que a selvajaria tauromáquica não é património de coisa nenhuma, e muito menos cultural…
VOTA: “Cultura Para Todos”! Tortura Não é Cultura e Não Merece Dinheiros Públicos! [OPP]
Está aí o Orçamento Participativo de Portugal. Entre as propostas finalistas, temos a “Tauromaquia como Património Cultural Imaterial de Portugal”!! Mas também temos (felizmente) outras, como (463) “Cultura para Todos” e (112) “Dança para Todos”. Para que a Tauromaquia não seja protegida com mais 175 a 200 mil euros de dinheiros públicos (o que acontecerá se a respectiva proposta ficar em primeiro ou em segundo lugar nesta iniciativa do Governo de Portugal), se és cidadão/cidadã nacional ou resides legalmente em Portugal, faz o seguinte, p.f.:
1 - VOTA NO PROJECTO 463 (online ou via SMS grátis) Online: https://opp.gov.pt/projetos/todos/463-cultura-para-todos
Via SMS, enviar para o número 3838:
OPP <espaço> 463 <espaço> <número do cartão de cidadão (algarismos e letras) ou do BI (todos os algarismos, incluindo o da quadrícula à direita)>. Exemplo: OPP 463 123456789ZZ1;
2 - Pede a alguém que viva contigo (se aplicável) que vote no projecto 112, enviando um SMS grátis para o 3838 com:
OPP <espaço> 112 <espaço> <número do cartão de cidadão (algarismos e letras) ou do BI (todos os algarismos, incluindo o da quadrícula à direita)>. Exemplo: OPP 112 123456789ZZ1;
3 - ENVIA AOS TEUS CONTACTOS UM CONVITE PARA ESTE EVENTO. PARTILHA-O.
Muito Obrigado! :)
[Nota: Ao votares na proposta “463 - Cultura para Todos”, além de ajudares a travar a indústria tauromáquica, estás a contribuir para que as bibliotecas públicas tenham mais livros e para que os particulares que os doarem ganhem vales para comprar livros novos, bem como para disponibilização online gratuita de livros em braile e em suporte áudio. Que ganhe a “Cultura para Todos”! Os votos na proposta “112 - Dança para Todos”, podem levar este projecto ao segundo lugar (fazendo com que não sobre, assim, qualquer verba para a tauromaquia) e contribuir para que a dança chegue ao maior número possível de pessoas.]
Fonte:
https://www.facebook.com/events/1945949862292652/permalink/1946717578882547/
Origem da foto:
https://www.facebook.com/photo.php?fbid=10207221609526277&set=gm.1641346849490300&type=3&theater
Os aficionados de selvajaria tauromáquica têm muita dificuldade em aceitar o que várias Ciências demonstram ser uma deformação da mente. Vivem com os pés fincados no passado e recusam a evolução. Têm medo da verdade e da mudança.
Preferem viver na ignorância, para não terem de enfrentar a dura realidade de descobrirem qual o grau exacto da patologia que lhes deforma a mente.
Até porque se aceitarem a verdade, acham que podem correr o risco de deixarem de ser o que são…
E isso assusta-os.
E isto faz-me lembrar a história do Salvador…
Salvador era um homem feito, de barba na cara, mas decidiu que não casaria enquanto a mãe (conhecida pela alcunha “a ruiva” devido à cor dos cabelos) vivesse.
Ela, no conceito dele, sempre fora uma santa de altar, que ficara viúva pouco antes de ele nascer. Criara-o sozinha, com grande sacrifício, e isso, ele nunca poderia esquecer. E lá ia vivendo a sua vidinha, pacata, do trabalho para casa, e da casa para o trabalho, com paragem, por vezes, na Taberna do lugarejo, o seu único “entretenimento”.
Um dia, porém, inesperadamente, um estranho entrou na taberna para se “refrescar”, e depois de beber uns copos, começou a recordar passagens pitorescas da sua vida, que iam fazendo as delícias dos homens que ali se reuniam, para jogar às cartas, beber e conversar. Foi então que veio à baila “a ruiva” que ele conhecera em tempos idos, num bar de alterne, e que um dia engravidou e foi de lá corrida quase a pontapés, por não ter mais serventia. Percebiam, não percebiam?
E as gargalhadas jocosas soaram alto.
Ora juntando isto a mais aquilo, e mais o facto de o indivíduo ter reconhecido “a ruiva”, quando ela, nesse dia, por azar, entrou na taberna, para comprar vinho como era habitual, Salvador descobre, ali mesmo, que a mãe fora uma famosa e bela prostituta, das mais requisitadas, e que nunca soube quem era o pai do seu filho.
De uma só virada, Salvador ficou a saber que era filho de pai incógnito e que a mãe, além de não ser santa, era uma grande mentirosa e hipócrita.
Hipócrita, porque desde que Salvador se conhecia como gente, uma vez por ano, no dia 13 de Agosto, dia do (suposto) aniversário da morte do pai, a quem a mãe chamava o “meu querido Totó” (diminutivo de António), acompanhava-a até ao cemitério local, e diante de uma campa rasa (uma campa de ninguém, abandonada há anos, soube mais tarde) onde ela depositava uma flor que arrancava furtivamente do jardim público (as posses eram poucas), chorava baba e ranho, com ladainhas e orações à mistura, por alma do Totó, ritual que Salvador acompanhava sempre com muita consternação ao ver o enorme sofrimento da mulher que o dera à luz.
E os dois ficavam ali, um tempo sem tempo, a chorar sobre o túmulo de ninguém, apesar de Salvador sempre ter estranhado o facto de a mãe não ter uma fotografia do pai.
Ao ouvir a narrativa do estranho, Salvador sofre um tremendo choque psicológico e instintivamente recusa-se a acreditar nesta verdade, à qual chama repetidamente mentira, até porque a mãe dizia que o indivíduo estava bêbado e devia estar a confundi-la com outra ruiva, que não ela. Mas “ruivas” nunca as houve aos magotes, e ainda mais por aquelas bandas.
Se Salvador decidisse acreditar no que descobriu, a sua vida, a sua realidade, a sua história mudaria por completo. Ele não seria mais ele, nem a mãe seria mais a santa de altar que ele tanto venerava, e aquele ritual do 13 de Agosto nunca mais se repetiria, e ele ficaria definitivamente órfão de pai, e quando saísse à rua sentir-se-ia como se estivesse completamente nu.
Saiu da taberna, cabisbaixo, atrás da mãe, repetindo não é verdade, não é verdade, é tudo mentira… E a mãe a dizer que sim…
E quando queremos que uma verdade seja mentira, ou uma mentira seja verdade, repetimo-la até à exaustão, e então ela passará a ser o que quisermos que seja.
Foi o que fez Salvador. A mãe continuou a negar. Ele a recusar-se a acreditar, e assim o tempo foi passando, e a vida foi sendo vivida quase como dantes… Quase… porque a dúvida instalara-se na mente de Salvador, e isso flagelava-o.
Naquele ano, o ritual do cemitério realizou-se sem a baba e ranho habitual… E este pormenor foi o princípio de alguma coisa que começou a burburinhar na mente de Salvador.
Um dia, em que a mãe saiu, Salvador virou a casa do avesso, com o intuito de encontrar alguma coisa que aquietasse aquela dúvida que estava a corroê-lo por dentro.
Foi então que, escondido entre a roupa interior da mãe, encontrou um pequeno álbum de fotografias, que ele nunca tinha visto. E entre as fotografias estava uma, aquela que o catapultou para a realidade que ele tanto fazia questão de negar, para defender a vida tal como sempre a vivera: a mãe, uma lindíssima ruiva, ali estava, em trajes de coelhinha da Playboy, numa pose que nada condizia com as das santinhas de altar…
Naquele momento o mundo desabou sobre a cabeça de Salvador: ele já não tinha um pai chamado Totó, que estava enterrado numa campa rasa, que a mãe enfeitava com uma flor roubada no jardim público; a mãe já não era a santa de altar que ele sempre tinha venerado; a verdade da vida dele passara a ser uma mentira. Ele já não era ele. Quem seria então?
Agora não tinha mais nada: nem identidade, nem vida, nem pai, nem mãe. O que fazer das ruinas em que esta descoberta transformou a sua vida?
Saiu de casa, deixando-a revirada do avesso.
Nunca mais ninguém soube do Salvador.
A “ruiva”, essa, continua a ir ao cemitério, visitar a campa de ninguém, onde agora, em vez de uma, coloca duas flores arrancadas furtivamente do jardim público.
***
É disto que os aficionados têm medo, quando se recusam a acreditar na realidade patológica das práticas selváticas da tauromaquia.
Isabel A. Ferreira