… que pode ser consultada neste link:
… recebi, via e-mail, do meu amigo Manuel Figueiredo as seguintes considerações:
«Não posso (nem quero) acreditar que isto está a acontecer, hoje, no meu país! Um protocolo da União das Misericórdias para dinamizar as suas praças de touros? Realizando touradas? Este presidente, que assim (não) pensa devia ser demitido e já! Queixa-se da falta de verbas para tratar dos idosos – a falsa caridadezinha. Nojento! Investiguem-se, a propósito, as contas de todas essas casas (sempre há-de haver alguma com as contas em dia…), incluindo os ganhos dessa gente “generosa”.
E a Igreja cala-se ou também quer abocanhar receitas?
E se o tipo fosse chamado ao Parlamento (vai toda a gente…) explicar, bem explicadinho, a reactivação dos novos circos romanos?
E de caminho: se a tal Federação (?!) recebe dinheiros públicos, acabe-se com a generosa dádiva…
Um país sem vergonha, país de ladrões!»
***
Faço também minhas estas considerações.
Realmente é inconcebível o que está a passar-se em Portugal, actualmente e a muitos níveis!
Isto só num país com uma política quinto-mundista (já nem sequer é terceiro-mundista), atrasado civilizacionalmente, e governado por socialistas absolutistas.
Tudo isto causa repugnância a cidadãos dotados de espírito crítico e senso comum. Portugal encontra-se numa fase regressiva como há muito não se via.
Há que penalizar os partidos políticos que estão a contribuir para este retrocesso sem precedentes.
Estamos em pleno século XXI D.C. e com políticas medievalescas, retrógradas, e com uma igreja católica nada cristã, nem misericordiosa.
Realmente vivemos num país onde não há vergonha, nem dignidade; vivemos num país onde vale tudo, quando se trata de encher os bolsos a ladrões. Um país de corruptos ao mais alto nível. Um país que rasteja para trás, em vez de caminhar erecto para o Futuro.
E um governo que não ouve a voz do povo é um governo despótico. E fez-se um 25 de Abril para acabar com uma ditadura e o Partido Socialista lança-nos numa autocracia fantasiada de democracia.
Tudo isto nos causa uma descomunal repugnância!
Isabel A. Ferreira
Que um homem de cultura venha reduzir a questão ortográfica a uma “luta de religiões” é o que realmente indigna.
22 de Março de 2018, 7:30
Deu-se o ministro da Cultura ao trabalho, em entrevista recente (Diário de Notícias, 10 de Março), de falar do acordo ortográfico (AO). Não o fez de forma clara nem convicta, fê-lo contrariado, como se estivesse a tomar um remédio obrigatório, mas de difícil ingestão. E o que disse? Que o acordo não é perfeito. Ora isto transporta a mesma novidade do que anunciar, em pleno século XXI, que a Terra é redonda. Mesmo assim, não sendo perfeito, segue-o. Porquê? Ele explica (eis, na íntegra, o parágrafo onde o faz): “Não considero que este Acordo Ortográfico seja perfeito e penso que há coisas suscetíveis [sic] de melhoria, mas sendo o que se utiliza oficialmente achei que seria hipócrita não o fazer. Isto sem criticar outras pessoas, até porque não tenho ideias tão fortes sobre ortografia como elas. O acordo não é o melhor possível mas está vigente e segui-o para horror e espanto de muitos amigos. Não porque lhe tenha um grande amor, mas porque para mim a ortografia é uma convenção e não considero que a anterior seja a maior das maravilhas. Tudo se pode aperfeiçoar, é a minha opinião. Enquanto estiver em vigor vou segui-lo e lamento os meus amigos que consideram isto uma traição. Há como que uma luta de religiões em torno do acordo, só que eu não tenho religião. Acredito que esta opção vá ser muito criticada, mas é assim.”.
Convém explicar que tal justificação se deve, não a comunicados do seu ministério ou a qualquer discurso oficial, mas a um livro de poesia dele próprio. Nem sequer um livro novo, escrito agora, mas uma colectânea de 800 páginas onde, segundo o entrevistador, citando o ministro, “os poemas estão tal como apareceram na altura em que foram publicados.” Bom, “tal como apareceram” não é verdade, agora estão filtrados pelo acordo ortográfico.
O que mais espanta, aqui, não é o facto de o ministro-poeta (ou o poeta-ministro, o que vai dar ao mesmo) usar a ortografia que entende. É sobretudo a displicência e o pálido relativismo com que encara esse facto. Não considera o acordo perfeito, mas usa-o; não lhe tem grande amor, mas, caramba, afinal a ortografia é uma convenção e tanto se lhe dá; não tem ideias fortes sobre ortografia, mas considera-se capaz de dizer (com base em quê?) que a anterior convenção não é a maior das maravilhas; lamenta o horror e espanto dos amigos, diz até que alguns o acusam de traição, mas continuará a seguir o AO. Porquê? Porque sim. Não haverá, da parte do ministro-poeta, algo sólido? Um objectivo patriótico, uma miragem utópica? Nada, apenas qualquer coisa como um triste “não lhe tenho grande amor, mas o casamento mantém-se porque me colaram a aliança ao dedo.” Mas há pior. Sobretudo quando ele sugere que isto não passará de “uma luta de religiões”, uma luta na qual ele, que nem tem religião, não cabe nem se imiscui. Extraordinário. A levar a sério as suas palavras, uma “religião” pô-lo a escrever assim e ele não se importa; outra “religião” aponta-lhe o dedo e grita “traidor”; e ele, que até nem tem religião, veste resignadamente a “farda” da primeira.
Temos aqui, portanto, um homem decidido. Resoluto. Com ideias firmes. Um ministro verdadeiramente poético ou um poeta indubitavelmente ministeriável. Um homem que até diz: “Tudo se pode aperfeiçoar, é a minha opinião.” É verdade. Podemos começar pela política do seu ministério, e isto já sem ortografias nenhumas; ou pelo comportamento de muitos políticos, do Governo à oposição. Afinal, com tanta coisa lamentável, há muito por onde melhorar, aqui e em todo o planeta Terra. Mas se descermos ao chão inicial da ortografia, por onde este texto começou, a conversa do aperfeiçoamento é já insuportável. Há anos, mesmo há décadas, que se fala em aperfeiçoar o acordo ortográfico; mas tirando o voluntarioso (mas até agora sem consequências práticas) gesto da Academia das Ciências, nenhum responsável mexeu uma só palha para cumprir tal desiderato. Percebe-se: a maioria não sabe no que nos meteram, e por isso cala-se. Mas que um homem de cultura, poeta, com vários livros publicados e ainda por cima nomeado ministro, venha reduzir a uma “luta de religiões” aquilo que é, pelo contrário, uma causa de bases científicas, mais do que justificadas em milhares e milhares de páginas, em tratados, pareceres, artigos, abaixo-assinados, é o que realmente indigna. Por isso, senhor ministro, leia e informe-se. Se para isso tiver coragem.
Fonte:
Os Homens das Cavernas eram primitivos, mas não eram BRUTOS.
E o pior é que toda esta brutalidade acontece com o aval de governantes sem o mínimo respeito por si próprios. Por governantes tão brutos como os brutos que fazem isto a um herbívoro, senciente, sensível e inteligente, tudo o que eles não são.
Como é possível que isto aconteça em pleno século XXI da era cristã, quando o homem já flutuou na Lua?
No programa Voz do Cidadão, que pode ser revisto aqui:
https://www.rtp.pt/play/p3305/voz-do-cidadao
transmitido na RTP 1, no passado dia 11/11/2017, a pergunta crucial foi: «Deve a televisão pública transmitir touradas?» O actual Provedor do TelespeCtador da RTP, Jorge Wemans, respondeu: «Eu penso que não…»
Mas…
Quem mada na RTP não é o senhor Wemans; nem a esmagadora maioria dos telespectadores que para lá escrevem, indignados com a transmissão de tortura ao vivo; nem é o senhor Daniel Deusdado, director de programas; nem é o aficionado Gonçalo Reis, presidente do conselho de administração… Ninguém manda… Então quem manda?
Manda o lobby tauromáquico, instalado na Assembleia da República, disse (por outras palavras obviamente), o senhor Wemans.
Só o facto de a RTP, no ano 2017 d. C., estar a discutir esta matéria, já diz do baixo nível civilizacional em que Portugal está mergulhado.
Veja-se o que a RTP transmite em directo. E a questão é a seguinte: isto é arte? Isto é cultura? Isto faz parte de alguma tradição civilizada, digna do Homem civilizado?
E a loucura é tal, que acham que não se passou nada. Nem sequer se respeitam uns aos outros. Para os aficionados, a vida dos tauricidas não vale nada.
Vi e ouvi este programa da Voz do Cidadão com a atenção de um lince. E pasmei com as declarações de alguns dos envolvidos, nomeadamente dos que querem, porque querem, fazer da tortura de seres vivos sencientes, da violência, da crueldade, da estupidez que é este costume bárbaro (nada tem a ver com tradição) , uma “coisa” cultural e artística, como se todos nós fossemos muito estúpidos.
Comecemos por Luís Capucha, que acha, porque acha, que lá por, em tempos que já lá vão, a selvajaria tauromáquica ter dado alguma audiência à RTP, as coisas continuam iguais. Não continuam iguais. O mundo evoluiu. Já há mais informação sobre esta prática selvática. A RTP só perde audiências com a transmissão desta barbárie. Luís Capucha ainda não se deu conta de que Portugal está no século XXI d. C.. Vive metido na caverna, e não vê que o mundo avançou no tempo.
Depois vem o Jorge Palma, que eu não sabia que era aficionado (e perdeu uma fã, e até já o coloquei na lista dos
Nomes de figuras públicas portuguesas que apoiam e/ou actuam em touradas
a fazer a apologia da tourada, como se a tourada fosse um concerto de música.
Este também ficou especado na Idade Média.
Os aficionados dão respostas chapa 5. Enchem a boca com palavras das quais não sabem o significado.
Gonçalo Reis, presidente do conselho de administração da RTP, numa tourada, transmitida pela RTP, no campo pequeno, logo após a primeira pega (pega que lhe foi brindada) veio a público falar em património cultural, em tradição que é preciso preservar… Sabe lá o que é património cultural e tradição! Veja aqui a espécie de património cultural que é a selvajaria tauromáquica, que mata Touros e Cavalos, e mata também forcados e toureiros, ou deixa-os mutilados.
Um forcado que ficou tetraplégico, e depois foi abandonado pelos aficionados...
Nota: este vídeo foi removido do YouTube por violar os termos do YouTube, ou seja, por MOSTRAR a verdade nua e crua, da crueldade e estupidez numa tourada.
A ARTE não mata, nem mutila. E se a crueldade, a violência, o sangue derramado nas arenas é cultura, será apenas cultura troglodita, que nem os homens das cavernas cultivaram. Eles deixaram-nos a Arte Rupestre, e os tauricidas deixam-nos esta obra de arte estendida no chão:
Esta é arte final de uma tourada, ensinada aos que virão a ser os sádicos do futuro, com o aval de todas as autoridades…
Depois ficam muito ofendidos, quando lhe chamamos cobardes, carrascos, ignorantes, pois a tauromaquia não passa da arte da mais pura cobardia e estupidez.
Depois veio o Paulo Pessoa de Carvalho, da prótoiro exigir respeito e liberdade. Respeito e liberdade por e para carrascos? Por e para torturadores de seres vivos? A pretender opções? Escolhas? Como se a tortura pudesse ser melhorada? Não há nada a melhorar na tortura. Tortura é tortura. Ponto final. E carrascos não merecem respeito. E a tortura não faz parte do conceito de liberdade.
Até as crianças bem formadas sabem o que são as touradas. Este conjunto de imagens fazem parte de um trabalho elaborado por alunos do 9º ano, e que pode ser visto na íntegra neste link:
https://pt.slideshare.net/paulamorgado/touradas-contra
Espero que os aficionados de selvajaria tauromáquica tenham aprendido alguma coisa, com estas crianças.
Lá mais para o final do programa, vem novamente Luís Capucha, que dizem ser professor (se é, pobres alunos!), que disse esta coisa extraordinária:
«Os ataques à tauromaquia nunca têm a ver com os maus-tratos aos animais, mas sim com a imposição de uma ditadura cultural…».
Imposição de uma ditadura cultural? A Civilização? A Cultura Culta? São ditadura cultural?
Se isto não fosse extremamente trágico, daria para nos rirmos.
Senhor Luís Capucha o que ensina aos seus alunos?
Veja do que falamos, quando falamos da selvajaria tauromáquica:
Concluindo: a tauromaquia é uma prática macabra, cruel, violenta, medievalesca, que só mentes completamente deformadas acham que é arte e cultura.
E há mais a ter em conta:
Isto, diz quem sabe, quem viu, quem conhece os bastidores de uma tourada. Escusam de desmentir.
A tauromaquia a ser arte, é a arte da cobardia, e a ser cultura, é a cultura de trogloditas.
Tenham todos vergonha na cara, e evoluam. Dêem o salto para o século XXI depois de Cristo. Quanto à RTP, saia da caverna! Envergonham Portugal e a Humanidade com essa vossa postura medievalesca.
E para que não morram sem saber das coisas, aconselho a todos que leiam estes textos:
O moderno vocabulário da tauromaquia
http://arcodealmedina.blogs.sapo.pt/o-moderno-vocabulario-da-tauromaquia-491355
http://arcodealmedina.blogs.sapo.pt/22410.html
Isabel A. Ferreira
Isabel A. Ferreira
É inconcebível que a igreja católica portuguesa seja cúmplice de tanta barbárie para celebrar os seus Santos!
Não é desse modo que angariam “crentes” para sustentarem as paróquias. Cada vez mais, os que nasceram católicos afastam-se da Igreja, por não se reverem nestes rituais bárbaros, medievalescos, grotescos, cruéis, violentos, nada condizentes com os ensinamentos de Jesus Cristo.
Repudio a hipocrisia dessa igreja que não segue os preceitos cristãos.
Os da Barosa chamam-lhe FESTA RELIGIOSA… em honra de São Mateus, e sacrificam garraios.
Em Seia, mata-se um galo à paulada, nas festas consagradas a Deus…
Na Ilha Terceira (Açores) praticam-se barbaridades em honra de São João
Em São João da Pesqueira sacrificam-se Touros em nome de Nossa Senhora do Monte
Em Ponte de Lima o Corpo de Deus é celebrado com a abominável “vaca das cordas”…
Bem… isto é apenas uma amostra da monstruosidade que a igreja católica portuguesa consente em nome de Santos católicos, como se os Santos católicos alguma vez aplaudissem a tortura de uma ser vivo, que também é de Deus.
O decreto de proibição das touradas mais antigo de que se tem conhecimento é a bula do Papa Pio V, “De Salute Gregis Dominici”, datada de 1 de Novembro de 1567, mas ainda em vigor, e que dizia o seguinte:
«(…) Nós, considerando que estes espectáculos que incluem touros e feras no circo ou na praça pública não têm nada a ver com a piedade e a caridade cristã, e querendo abolir estes vergonhosos e sangrentos espectáculos, não de homens, mas do demónio, e tendo em conta a salvação das almas, na medida das nossas possibilidades, com a ajuda de Deus, proibimos terminantemente por esta nossa constituição (…) a celebração destes espectáculos (…)».
Tanto quanto sabemos, esta bula só foi acatada em Itália.
Isto foi o que disse o Papa Pio V, mas não é o que a Igreja segue. E a Igreja não seguindo, cala-se, num consentimento que, de tão silencioso, nos agride, como se gritasse: DOU-VOS A LIBERDADE DE SEREM IMPIEDOSOS PARA COM OS ANIMAIS!
A tortura de Touros e Cavalos tem-se realizado sob a égide de uma igreja que não respeita minimamente os preceitos de Deus.
A ideia de que o Touro era um ser diabólico, e como tal devia ser torturado, pertence a mitos antigos, quando imperava uma ignorância da mais profunda, e queimavam-se bruxas…
Hoje sabemos que o Touro é apenas um bovino, e as bruxas não existem. Em pleno século XXI da era cristã, já não se justifica queimar bruxas e torturar Touros para exorcizar demónios, que, a existirem, estão personificados nos carrascos das criaturas de Deus.
Está mais do que na hora de enterrar esta mentalidade medievalesca e dar o salto para o século XXI da era cristã.
Isabel A. Ferreira
Sugiro a leitura deste texto onde se aborda este tema mais esmiuçadamente.
http://arcodealmedina.blogs.sapo.pt/201627.html
Depois de cinco anos consecutivos sem emitir ou apoiar touradas, a TVI está a dar publicidade à corrida dos 125 anos de tortura no campo pequeno, com a menção “apoio TVI”.
Não há certezas sobre se pretende ou não transmiti-la, mas tendo em conta as insinuações em blogues tauromáquicos, é o que parece…
Mas ainda que não a transmita, só o facto de a publicitar e apoiar já é uma machadada na sua reputação de estação televisiva independente…
Isto é um ultraje à modernidade e à civilização…
Exmos. responsáveis pela programação da TVI,
Isto é lamentável, tão lamentável que é nossa obrigação manifestar o nosso descontentamento, a nossa repulsa, a nossa decepção por este retrocesso, esta atitude descabida, incivilizada, insultuosa para com todos os telespectadores que deram à TVI o privilégio de lhe proporcionar grandes audiências.
Quando, em 2013, a TVI deixou de emitir e apoiar touradas, acreditámos que o tinha feito, pelo menos em parte, devido a apelos como o meu e os de outros telespectadores, mas, acima de tudo, por razões de ordem ÉTICA.
Foi uma medida racional, inteligente, civilizada e lúcida, que agora está a ser posta em causa com esta posição retrógrada, que só demonstra uma subserviência a um lobby decadente, que está a tentar tudo, por tudo, no sentido de manter erguida a rejeitada e moribunda tourada.
Na altura, acreditei que, finalmente, em Portugal, pelo menos a TVI havia se libertado do jugo tauromáquico, contribuindo, desse modo, para fazer evoluir o País, atitude que mereceu a minha consideração.
Pois se partem para esta tomada de posição retrógrada a única coisa a fazer é voltar a boicotar a TVI.
No entanto, antes de chegar ao boicote, tenho fé e esperança no triunfo da lucidez, e que a TVI perceba que ao associar-se à tauromaquia não só está a insultar os seus telespectadores mais evoluídos como a contribuir para o recuo do progresso moral e cultural da sociedade portuguesa.
Por isso, e passados cinco anos, estou aqui, novamente, a apelar para a racionalidade dos responsáveis pela programação da TVI, no sentido de que, de uma vez por todas, deixem de apoiar a selvajaria tauromáquica, e não transmitam a corrida dos 125 anos de tortura no campo pequeno que, para além de toda a habitual crueldade que encerra, assinala mais de um século de extrema violência contra inocentes, inofensivos e indefesos bovinos.
Por uma TVI mais condizente com o Século XXI d. C,
Isabel A. Ferreira
JUVENTUDE SOCIALISTA DESTA CIDADE TOMA POSIÇÃO
Em Nota de Imprensa, a Juventude Socialista da Póvoa de Varzim informou que na sua última Assembleia Geral, foi aprovada uma proposta que visa declarar esta estrutura oficialmente contra a realização de touradas no concelho da Póvoa.
Referiu ainda a JS que entende que deixar de subsidiar Touradas na Póvoa de Varzim não é suficiente, correspondendo a um mero acto de desresponsabilização quanto às actividades desenvolvidas no próprio concelho.
A JS entende ainda que a Câmara Municipal não pode cultivar uma imagem de defensora dos direitos dos animais e ao mesmo tempo continuar a arrecadar receita com a realização de Touradas, mantendo a única praça de touros activa no Norte do país.
A JS entende que é hora de dizer basta à realização destes eventos na Póvoa de Varzim, que não se coadunam com a consciência civilizacional e ambiental que se exige ao Ser Humano no Século XXI.
A Juventude Socialista da Póvoa de Varzim reitera ainda a sua posição anti-touradas e o compromisso da defesa dos direitos dos animais naquele concelho, aproveitando o período eleitoral que se avizinha para desafiar todas as forças políticas a assumirem a sua posição sobre este tema e para incitar ao debate, junto dos poveiros, sobre o futuro da Praça de Touros da Póvoa de Varzim, e tudo isto pelos Jovens e pela Democracia.
Muito bem, jovens socialistas poveiros. Haja fé e esperança no triunfo da lucidez.
«São Lucas Evangelista e o Touro»
Eis um magnífico e conciso texto que nos conta como a tauromaquia surgiu em Espanha, e mais tarde veio a ser introduzida em Portugal, através dos Reis Filipinos, e uma vez aqui implantada, os portugueses começaram a considerá-la erradamente "tradição portuguesa”.
A origem da tauromaquia assenta num ritual obscuro que acabou por ser adoptado pela Igreja Católica da Península Ibérica (Espanha e Portugal) no século XIV.
Neste trabalho, da investigadora espanhola Maria Luisa Ibañez, fica demonstrado o motivo por que a Igreja Católica cala e consente esta selvajaria, numa flagrante desobediência ao Papa Pio V, cuja Bula anti-tourada ainda está em vigor.
«São Lucas Evangelista e o Touro»
Texto de Maria Luisa Ibañez
«Deixo aqui esta informação sobre a atitude que ao longo dos tempos a Igreja Católica adoptou a respeito dos touros, no caso de alguém se importar.
Podem ter certeza de que isto se passa deste modo, porque há muito que investigo sobre esta matéria, e está tudo comprovado.
A saber: a atitude da Igreja Católica para com o Touro tem sido ambígua ao longo da sua História.
De facto, inicialmente, a Igreja teve em relação ao Touro uma atitude muito positiva e benevolente: O Touro era o animal que se identificava tanto com São Lucas como com o Arcanjo Gabriel e São Miguel.
No entanto, foi a partir do século XIV, que a igreja espanhola começou a planear incluir nas orações, aos seus santos padroeiros, oferendas de Novilhos ou Touros, no que veio a ser chamado de "Votos de Villa". Estas "oferendas" tinham como finalidade pedir ao santo ou à Virgem da devoção de cada um, que intercedessem junto de Deus para pôr fim a algumas das muitas calamidades que, naquela época, atormentavam as pessoas (doenças, secas, pragas ...).
Com base nestes "votos", alguns municípios, em conluio com os seus párocos e confrarias, utilizaram estes animais, para que os povos das vilas pudessem capeá-los, torturá-los e matá-los impune e devotamente, umas vezes, durante o percurso das romarias que o povo fazia aos santuários das respectivas Virgens; outras, enquanto celebravam outro tipo de festejo (linchamento) taurino. Em muitas ocasiões, e uma vez morto animal, acabavam repartindo a sua carne entre os vizinhos e os pobres.
Não há qualquer dúvida que foi então que começou a ligação dos “festejos” taurinos populares às celebrações religiosas a Virgens e Santos.
Mas também sabemos que, desde o início, este tipo de "votos" foi denunciado por uma parte dos eclesiásticos, chegando finalmente a ser proibidos, juntamente com outros “espectáculos” taurinos, através de uma bula do Papa Pio V.
A Bula anti-tourada de Pio V pode ser consultada aqui:
https://moimunanblog.com/2011/12/02/bula-salutis-gregis-dominici-de-san-pio-v/
O que é escandaloso é que ainda hoje, em pleno século XXI D.C., a Igreja Católica continue calada e consentindo estes “festejos” taurinos para celebrar Santos e Virgens.
Fonte:
(Tradução: Isabel A. Ferreira)
Excelente artigo, de André Silva, deputado do PAN na Assembleia da República.
Apenas um Ser Humano, dotado de uma mente superior, lúcido e avançado no tempo, escreveria deste modo um artigo sobre uma prática que já não se justifica no século XXI d.C., e que só existe por dois motivos: interesses económicos obscuros e porque existem ainda criaturas que não evoluíram e carregam instintos assassinos que precisam de exorcizar, divertindo-se a MATAR cobardemente animais indefesos.
A caça, hoje em dia, é uma prática exclusiva de COBARDES.
(I.A.F.)
André Silva
Texto de André Silva
«Ofegava de exaustão e tropeçava nos galhos secos dos trilhos, nem se atrevia a olhar para trás. Saber qual seria o seu destino se os seus perseguidores o capturassem era o que lhe dava combustível para continuar, num movimento de auto preservação instintivo. Os filhos, desprotegidos, já tinham sido mortos. A aflição da perseguição durava já há muitas horas, a energia vital finava. Não percebia porque o queriam matar. Sentia o troar forte dos cavalos mesmo atrás de si, o ladrar dos cães, treinados para o efeito, e os brados eufóricos dos líderes da "corrida". Se o alcançassem seria encurralado e, sem defesa ou escapatória possível, seria espancado com paus até à morte pelos acossadores ou mordido e dilacerado pelos cães. Precisava continuar a correr pela vida…
A Lei da Caça vem dizer que a caça à raposa e ao saca-rabos pode ser exercida de salto, à espera e de batida, podendo ainda a raposa ser caçada a corricão. O processo de caça a corricão é aquele em que o caçador se desloca a pé ou a cavalo para capturar espécies cinegéticas com o auxílio de cães de caça, com ou sem pau, no qual podem ser utilizados até 50 cães.
Estes são os métodos, permitidos na Lei de Bases Gerais da Caça, para perseguir e matar raposas e saca-rabos. Estes são os métodos que os predadores humanos, ditos "evoluídos", utilizam para conviverem e se divertirem aos fins-de- semana numa actividade que lhes proporciona "prazer de viver", conforme ouvimos dizer frequentemente. Uma área económica "muito importante", lá vão tentando convencer-nos também, o mesmo é dizer que estes modos medievais de nos relacionarmos com as outras formas de vida dão lucro. Ah, e defendem que o fazem sempre em harmonia com a natureza, como não poderia deixar de ser. E fazem sempre questão de nos lembrar que não há ninguém que goste mais de animais do que aqueles que os perseguem, os espancam e os matam. Haverá conceitos de harmonia e de equilíbrio mais elevados que aquele que se baseia em divertimento e confraternização em torno de rituais de violência contra seres sensíveis?
A caça à raposa é uma actividade legal no nosso país. Mas significa que é eticamente correcta? Diz-nos a História da humanidade que uma das maiores manifestações de violência são leis injustas que subjugam os mais fracos e indefesos aos interesses dos que detêm poder.
Carimbar de extremistas e fundamentalistas as opiniões e perspectivas diferentes das nossas é, desde sempre, a forma menos sofisticada e mais fácil de tentar manter tudo como está. Para quê mudar leis injustas e práticas violentas? Para não se colocar em crise as tradições, mesmo que isso signifique continuar a estimular crueldades injustificadas.
É irresistível a tentação de invocar conhecimentos científicos como argumentos em defesa de interesses políticos ou corporativos. São vários os argumentos que tentam justificar essa "nobre" actividade da caça à raposa e a utilização de substrato científico para tentar iludir os incautos é, por demais, "sedutora", porque tem funcionado. Para os argumentos de que a raposa não tem predadores, representando uma ameaça para outras espécies, existem várias explicações e soluções científicas. A gestão de um ecossistema, tanto quanto se sabe hoje, consiste em criar condições para que este se mantenha estável, sem perturbação antrópica. Esclarecendo, para não confundir os leitores: as populações de presas são moduladas pelas populações de predadores, mas o reverso também é verdadeiro. As populações de predadores também são moduladas pelas populações de presas. Quando a densidade populacional de predadores é muito elevada as presas diminuem a sua taxa de reprodução, o que tem como consequência a diminuição da população de predadores.
É o que se chama controlo retroactivo de predadores. Interferir com estes sistemas que são dinâmicos por definição dinâmicos só prejudica as suas dinâmicas naturais. A caça é uma das actividades que mais perturba a vida selvagem. Provoca perturbações nas populações locais das espécies-alvo, mas igualmente das espécies não visadas. Os seres humanos são reconhecidos pela fauna como potenciais predadores e quando detectam a sua presença, os animais adoptam comportamentos de fuga para sobrevivência. A energia disponível de um animal é finita e é gerida de acordo com as suas actividades vitais (procura de alimento, abrigo, defesa de território, reprodução, cuidados parentais, etc.). O aumento do gasto energético nos comportamentos de fuga causa diminuição da aptidão e redução do sucesso reprodutor. A sobrevivência dos juvenis depende principalmente dos cuidados parentais. Se os progenitores abandonam o ninho devido à perturbação antrópica, este abandono pode ser letal. A fuga representa um dispêndio energético suplementar imediato e, frequentemente, o abandono do ninho ou da prole.
É também importante sabermos que os distúrbios causados pela caça não só afectam as espécies-alvo, mas quase todas as espécies presentes no território de caça. O balanço não necessita de tender sempre para o lado dos predadores. Se não confundirmos a natureza da fauna com a parte oportunista e competitiva da natureza humana, talvez consigamos analisar estas questões com uma mente verdadeiramente aberta à mudança. E se não for possível aceitar a diferença de pontos de vista, éticos e científicos, respeitá-la com dignidade é uma aprendizagem bem mais nobre do que caçar outras espécies de forma cruel para manter interesses financeiros, tradições bolorentas e "prazeres" levianos.»
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André Silva nasceu a 2 de Abril de 1976, formado em Engenharia Civil e vegetariano, é deputado e porta-voz do PAN, Pessoas - Animais - Natureza
Fonte:
http://www.sabado.pt/opiniao/convidados/andre_silva/detalhe/nao_gosto_de_caca_serei_extremista.html
E mais um santo cristão a ser celebrado num macabro ritual pagão onde os Cavalos são as vítimas
Na província espanhola de San Bartolomé de Pinares ainda se sofre de uma peste negra que é purificada pelo fogo, tal como era na época dos romanos, na qual superstições, geradas pela mais profunda ignorância, alienava um povo ainda muito pouco evoluído.
E isto é uma coisa de doidos completamente varridos... Quando pensamos que já vimos tudo, ainda há algo que nos surpreende. Na verdade, a crueldade do animal pré-humano não tem limites...
A isto chama-se Festival Luminárias, e celebra-se anualmente em São Bartolomeu de Pinares em honra de Santo Antão, que dizem ser o padroeiro dos animais (imaginemos o que não fariam aos animais se não fosse padroeiro) …
O ritual celebra-se anualmente, e os Cavalos (seres extremamente sensíveis) são conduzidos por montadores endoidecidos, através do fogo, em mais uma tradição bárbara, com cinco séculos de existência, isto é, vem desde a época em que os romanos acreditavam que o fumo purificava os que sofriam da peste negra, nome pela qual ficou conhecida, a pandemia de peste bubónica que assolou a Europa durante o século XIV e dizimou cerca de 75 milhões de pessoas.
Estava-se então na Baixa Idade Média. E foi nessa época que a mentalidade do povo de São Bartolomeu de Pinares ficou cristalizada.
Hoje, já no século XXI, essa peste negra tem outro nome: chama-se ignorância, da mais pura e crua e infinita…
Este é um ritual absolutamente arcaico, assente no mais profundo obscurantismo, ainda bastante enraizado na população local, muito atrasada civilizacionalmente, que vagueia num passado remoto, já morto e enterrado há séculos, mas pior do que isso, uma população que se recusa veementemente a dar o salto para o século XXI, e diz orgulhar-se deste ritual medieval. E a igreja católica é cúmplice e as autoridades locais promovem.
Durante o festival, montadores a cavalo saltam sobre o fogo para limpar os animais e receber a graça do santo para o ano seguinte.
Algo completamente medieval, e que já foi deixado para trás pelos povos que foram evoluindo, mais ainda não em Espanha. Não em São Bartolomeu de Pinares.
Algo que deveria envergonhar o reino de suas majestades os Reis de Espanha: Filipe VI e Letízia.
Mas nós por cá, em Portugal, não lhes ficamos atrás. As nossas majestades republicanas ainda promovem e apoiam rituais tauromáquicos, equestres, suínos, felinos, caninos, columbófilos entre outros, que remontam aos tempos das majestades monárquicas.
Isabel A. Ferreira