Uma vez mais a irracionalidade venceu a racionalidade.
Seria de esperar que a tauromaquia, por ser uma actividade que tortura Touros numa arena para divertir um punhado de sádicos e psicopatas (é preciso repetir isto), não fosse financiada pelo Estado português, por ser uma prática bárbara, e porque os tauricidas, todos eles, não vivem à custa das touradas, mas sim à custa dos impostos dos portugueses.
Rejeitado: Projecto de Lei n.º 1236/XIII/4.ª (Iniciativa Legislativa de Cidadãos) – Termina com a atribuição de apoios financeiros por parte de entidades públicas para a realização de actividades tauromáquicas.
Rejeitado: Projecto de Lei n.º 257/XIV/1.ª (PAN) – Pela não utilização de dinheiros públicos para financiamento de actividades tauromáquicas.
Rejeitado: Projecto de Lei n.º 243/XIV/1.ª (BE) – Impede o apoio institucional à realização de espectáculos que inflijam sofrimento físico ou psíquico ou provoquem a morte de animais.
Rejeitado: Projecto de Lei n.º 22/XIV/1.ª (PEV) – Impede o financiamento público aos espectáculos tauromáquicos.
Rejeitado: Projecto de lei da deputada não inscrita Cristina Rodrigues - Com vista a proibir financiamento público a touradas.
Quem vota em trogloditas, troglodita é. Não estando trogloditas no Parlamento as coisas podem mudar no que respeita à tortura de Touros. Os milhares, que se dizem anti-touradas, não se vêem nos votos. Por onde andarão, na hora de votar? Em quem votarão, para que os trogloditas se assentem no Parlamento?
É nisto que os Portugueses são obrigados, contra a sua vontade, pelos deputados da Nação afectos ao PS, PSD, CCP, CDS/PP e Chega, a “investir” os seus impostos, que tanto lhes custa a desembolsar, para que não sejam bem servidos na Saúde, na Educação, na Habitação, em tudo o que é essencial à VIDA. E os deputados da Nação dão prioridade à MORTE de seres vivos, para que os sádicos e psicopatas se divirtam. E isto é da mais descomunal injustiça.
Origem da imagem: Internet
Todos sabemos que anualmente a tortura de Touros recebe 16 milhões de euros em apoios públicos directos e indirectos, provenientes da União Europeia, Câmaras Municipais, Governo da República e Governo Regional do Açores.
Todos sabemos que tais subsídios são para o apuramento da raça brava de lide, o que prova que o chamado “touro bravo”, não existe na Natureza, mas é “fabricado” nas ganadarias à custa de muita tortura, desde que o bezerro nasce, daí que se acabando as touradas, os bovinos não desaparecerão.
Todos sabemos que estes subsídios são para a transmissão de touradas no canal público de televisão; e, nas autarquias, para aquisição de bilhetes, construção e reabilitação de praças de touros, publicidade e escolas de toureio, enquanto a pobreza e a falta do essencial são gritantes, nessas autarquias.
A isto, por exemplo, juntou-se mais 6 milhões de euros em isenção de IVA para “artistas” e bilhetes, só em 2018.
Então no campo pequeno os números são de bradar aos céus: a praça está isenta do pagamento de IMI, num valor que ascende a 12 milhões de euros por ano. E os desgraçados que têm o azar ou a sorte, de terem uma casinha, têm de pagar IMI (sempre a subir), tenham ou não tenham proventos suficientes para sobreviverem.
Isto é imoral.
A esmagadora maioria dos Portugueses não querem ver os seus impostos esbanjados numa actividade cruel e grosseira, nem querem continuar a sustentar os parasitas disto a que chamam “indústria tauromáquica”, ou seja, fabricação de touros de lide.
Não querem mas são obrigados pelos governantes. E a isto chama-se tirania.
Contudo, os trogloditas de serviço, no Parlamento, rejeitando a vontade da maioria dos que lhes pagam os chorudos salários para servirem os interesses de Portugal, mas não os interesses de duas dezenas de parasitas da sociedade portuguesa, decidem virar as costas à razão e, irracionalmente, deliberam continuar a subsidiar esses poucos parasitas, e a dar continuidade a uma prática rejeitada no mundo civilizado.
E a isto chama-se regime ditatorial.
«O desespero destes tristes autodenominados "artistas", marginalizados pela maioria dos que fazem das artes, da criatividade e do talento o seu ganha-pão, é tal que decidiram expor-se da forma mais ridícula e ultrapassada que só as suas mentes limitadas conseguiram (…)»
Um texto de Teresa Botelho no Blogue Retalhos de Outono.
Toureiros acorrentados, fazem pose em frente ao campo pequeno...
Imagem: Farpas Blogue
Por Teresa Botelho
«Vivemos tempos difíceis e inesperados!
A confiança que adquirimos ao longo dos tempos e a catadupa de novas descobertas científicas, tornou-nos afinal tão ignorantes que não nos deixou sequer imaginar que a Natureza nos iria penalizar com um vírus misterioso e incontrolável que nos limitaria as liberdades mais básicas, despertando em cada um de nós o medo e varrendo o mundo de cima a baixo!
A destruição e o desrespeito tocou o insustentável e este Planeta, outrora azul, tornou-se cinzento, após todos os avisos que nos enviou, mas que sempre recusámos ver.
Destruímos espécies animais, florestas, ecossistemas, derrubámos e ocupámos tudo o que encontrámos pela frente, poluímos os oceanos e envenenámos o ar, transformando a nossa espécie, numa feroz predadora, empenhada em aniquilar-se a si própria através de selecções raciais, étnicas e especistas.
Mas será que um simples vírus invisível nos irá ensinar alguma coisa?
Acreditar em boas intenções, não é coisa que se encontre ao virar da esquina e até o Pai Natal, se calhar já comeu as renas, e prefere agora cruzar os céus de avião...
É evidente que o que agora interessa, é domesticar este vírus, sem pensar em qualquer outro, mais feroz que possa aí aparecer, retomando a vidinha de antes, porque a economia assim o dita e as tradições também...
Portugal que é afinal o país que aqui nos interessa analisar, fechou-se, tentando agora reabrir com máscaras e desinfectante, mas será que andar de máscara, consegue ocultar o íntimo de quem a usa, ou a desinfecção compulsiva é suficiente para limpar a baixeza dos sentimentos de quem sempre fez da tortura o seu espectáculo e desporto favorito?
É sem sombra de espanto que se continua a verificar a ausência de qualquer aprendizagem, a continuação dos argumentos batidos e a pouca noção do ridículo que caracterizam uma certa fasquia menor do nosso povo!
Este vírus que afinal, fez questão de só infectar animais humanos, conseguiu a proeza de salvar as centenas de touros que durante alguns meses iriam divertir, à custa das suas vidas e do seu sangue, muitas sanguessugas ávidas dessa aberração a que chamam "arte"!
O desespero destes tristes auto denominados "artistas", marginalizados pela maioria dos que fazem das artes, da criatividade e do talento o seu ganha pão, é tal que decidiram expor-se da forma mais ridícula e ultrapassada que só as suas mentes limitadas conseguiram, mas perante esta comédia de protagonistas de meia tigela, talvez este fosse o tempo dos nossos governantes pensarem que urge dignificar a verdadeira cultura, tão premente nos dias que passam para os portugueses, cada vez mais afastados dela, entre populismos baratos, futilidades, pobreza e profundas lacunas de literacia.
"A educação não transforma o mundo.
Educação muda as pessoas.
Pessoas mudam o mundo"
Paulo Freire (inesquecível amigo dos serões de Bissau)»
Fonte:
Na passada segunda-feira, na TVI (Jornal das 8, do qual é editor) Miguel Sousa Tavares considerou uma «incoerência total» o retomar de todas as actividades culturais, à excepção da tortura de Touros (vulgo tauromaquia), logo no dia em que, cerca de uma centena de torturadores de touros (não lhes chamem artistas porque insultam e espezinham os verdadeiros artistas) se manifestaram em frente ao campo pequeno, contra a não abertura às bárbaras práticas tauromáquicas, de que aquele recinto é a catedral, em Lisboa, antes do início do primeiro de dois espectáculos do projecto Deixem o Pimba em Paz, de Bruno Nogueira e Manuela Azevedo.
E o Miguelito, que também é caçador, saiu-se com esta: «Eu não entendo como é que hoje e amanhã vai haver um concerto para duas mil e tal pessoas e não pode haver uma tourada. É um espectáculo igual. Como é que, mantendo as distâncias, pode haver um concerto e não pode haver um espectáculo que é uma tourada que se passa na arena? Não consigo perceber» acrescentando que «só há uma justificação: a perseguição às touradas continua».
Pois continua, Miguelito, primeiro porque as touradas não são um espectáculo, mas tão-só uma prática bárbara e medieval. A ser um “espectáculo” será simplesmente um “espectáculo macabro”, que não faz parte da civilização humana. Segundo, porque enquanto esta nódoa negra manchar o bom nome de Portugal, no mundo, haverá vozes que se levantarão contra as touradas, que são coisa de um passado que já passou há muito.
Por causa destas suas declarações, Miguel Sousa Tavares foi arrasado nas redes sociais, pois as suas pobres e tristes palavras, desadequadas na boca de um intelectual, não foram bem aceites por quem as ouviu. E o resultado foi este:
Mas o Miguel Sousa Tavares ainda está na TV porquê…?; Ontem Miguel Sousa Tavares voltou com a lengalenga das touradas serem cultura. Isto a propósito do espectáculo no Campo Pequeno do Bruno Nogueira. Tudo o que proporcionar, sofrimento e sangue não engrandece um país, simplesmente amesquinha os mais fracos. Que besta quadrada!; Eu não suporto o Miguel Sousa Tavares, o homem acabou de dizer que não percebe o porquê de abrirem o campo pequeno para concertos e para touradas não; O Miguel Sousa Tavares calado era poeta. Ele diz que é contraditório serem permitidos concertos e não serem permitidas touradas. Eu também acho contraditório existir uma lei que condena os maus-tratos a animais e ainda existirem touradas; Miguel Sousa Tavares, por favor não comparares um concerto a uma tourada, porque não são coisas comparáveis. Entendo a lógica da distância social e tal, mas não touradas não é cultura; Nós no meio de uma reabertura por causa da pandemia e o que Miguel Sousa Tavares tem a dizer em primeiro lugar é que há uma perseguição às touradas.
Também Nuno Markl se juntou às vozes do protesto, e no seu Instagram arrasou o Miguelito, que é muito boa pessoa, mas tem um monumental defeito, tal como todas as boas pessoas têm os seus defeitos, mas não tão monumentais. E o maior defeito dele é achar que torturar seres vivos é arte e cultura e um “espectáculo” IGUAL ao do Bruno Nogueira, sim, porque o Bruno Nogueira fartou-se de espetar bandarilhas em Touros e o sangue escorreu pelo chão do campo pequeno.
Nuno Markl achou que, mantendo as distâncias era óptimo, logo a começar pela distância entre o toureiro e o touro… Pediu «calma» a Miguel Sousa Tavares, e acrescentou que «de certeza [ou não] que o sangue já volta a correr. Mas, depois destes meses, não é egoísta querer que uma tradição [tradição, não, costume bárbaro] que é só para alguns se sobreponha a uma arte que é para todos?».
Enfim, enquanto, em Portugal, não se entender que as touradas não fazem parte do rol dos espectáculos civilizados; e os toureiros, forcados e afins não são artistas, mas tão-só torturadores/carrascos de Touros, as vozes dos que pugnam por uma sociedade mais humana, mais culta e mais civilizada far-se-ão ouvir por aí…
Isabel A. Ferreira
Fonte da notícia:
Apoios para quê? Se estes acorrentados e todos os outros que não se acorrentaram têm actividades que lhes garantem o sustento para todo o ano, graças aos gordos subsídios que o Estado vai retirar aos impostos pagos por quem realmente trabalha, para os entregar de mão beijada aos parasitas que vivem à tripa forra, e se passeiam, por aí, em Ferraris e Porches à custa do trabalho do Povo?
Apoios para quê? Para irem torturar seres indefesos e divertirem sádicos e psicopatas?
Fonte da imagem (Prótouro) com texto para ler:
https://protouro.wordpress.com/2020/06/01/tauricidas-birrentos-acorrentam-se-a-catedral-da-tortura/
Os verdadeiros artistas deviam recusar-se a actuar neste recinto, enquanto ali se torturarem seres vivos; enquanto aquele campo não fosse limpo do lixo tauromáquico lá acumulado há 128 anos, ainda era vigente a monarquia.
Mas nem todos têm a percepção de que actuando num local impregnado do cheiro a sangue, derramado através da tortura de bovinos, do cheiro a bosta, a urina, a suor, a álcool, do cheiro a desumanidade, estão a contribuir para a manutenção dessa desumanidade. E o cheiro da desumanidade é o mais fétido de todos os cheiros.
E apesar de já não sermos uma monarquia, não devemos esquecer que a tauromaquia foi criada no seio da monarquia espanhola, e depois trazida para Portugal pelos Reis Filipes, de má memória, para entreter suas altezas, pouco dotadas de inteligência e nada dadas à cultura culta, mas também para entreter um povo a quem se dava pão e circo (neste caso touradas) para o manter alienado dos reais problemas da monarquia.
Apesar de já não vivermos nesse tempo, onde reinavam as trevas e a mais profunda ignorância, teima-se em manter esta prática medievalesca, desadequadíssima aos tempos hodiernos. Porquê?
Nesse tempo das trevas, os toureiros eram considerados artistas, porque o conceito de ARTISTAS não existia tal como o vemos hoje, não estava ligado às ARTES, mas sim, e num sentido figurado, a criaturas tidas como finórias, manhosas, impostoras… Porque quem vê na tortura de um Touro arte e cultura, só pode ser tudo isso, enganando, desse modo, os ceguinhos…
Porque o termo ARTISTA significa simplesmente isto: uma pessoa que pratica uma das belas-artes, especialmente uma das artes plásticas ou dos seus prolongamentos actuais; uma pessoa que interpreta uma obra musical, teatral, cinematográfica, coreográfica; uma pessoa que, dedicando-se a uma arte, se liberta das pressões burguesas; uma pessoa que tem ou exprime o sentimento da arte, que ama as ARTES, que tem gosto artístico, o sentimento do BELO.
E o que são ARTES?
São isto:
Produção de obras, formas ou peças orientadas por um ideal estético ou com o objectivo de expressar subjectividade ou transmitir um conceito ou uma mensagem (ex.: arte dramática; arte poética; arte da pintura). Conjunto das artes plásticas; totalidade das manifestações artísticas de um determinado período ou região (ex.: arte renascentista; arte italiana do século XV); enfim, por muito que procuremos, com uma lupa de longo alcance, não encontramos em parte alguma a tauromaquia (= tortura de Touros = bovinos torturados desde que nascem, para serem “bravos” = os seja, para se defenderem dos seus carrascos = toureiros e forcados) ligada às Artes ou à Cultura.
Porque CULTURA é isto: aplicação do espírito a (determinado estudo ou trabalho intelectual); instrução, saber, apuro; perfeição… E aqui também não encontramos nada que se harmonize com a TORTURA de Touros.
Naquele tempo, em que os monarcas, os imperadores se divertiam a ver torturar seres vivos, quer fossem humanos ou não-humanos, a CULTURA era uma miragem para 99% da população. Havia uma minoria, tão minoria que nem sequer contava. Contudo, foi essa minoria, a guardiã da Cultura CULTA, que a preservou para os vindouros. E nessa preservação não consta a “arte nem a cultura tauromáquicas”, porque esse conceito era da ignorância, não era do SABER.
O tempo foi avançando, e o que era “cultura e arte” para os ignorantes, revestiu-se de luz, e hoje nada tem a ver com tortura, com violência, com crueldade, com o sangue derramado de animais sencientes e indefesos.
A Covid-19 só veio evidenciar essa abismal diferença.
A Espanha, berço desta actividade bárbara, está arecusar-se a apoiar a tortura de Touros, pois seria desviar dinheiros necessários para apoiar ACTIVIDADES HUMANAS, e os verdadeiros ARTISTAS, a verdadeira CULTURA. Seria um insulto à Humanidade apoiar os torturadores de Touros.
Não queira Portugal continuar, na cauda do mundo, quando se trata de EVOLUIR.
Actualmente, os toureiros e os forcados não são artistas, tão-só são torturadores de Touros, e a tauromaquia nada tem a ver com Cultura, mas com um costume bárbaro que já não encaixa no século XXI depois de Cristo, e que apenas oito países (três deles europeus) entre 196, ainda mantêm.
Este é, pois, o momento certo para acabar, de uma vez por todas, com este delírio macabro, e dar um salto para a Evolução. Assim saiba agir quem tem a faca e este queijo na mão.
Isabel A. Ferreira
Qualquer psicólogo dirá que a visualização de tortura de animais pode ser considerada um maltrato psicológico às crianças.
O Bloco de Esquerda e o PAN já se pronunciaram acerca desta matéria, repudiando a oferta de bilhetes a menores de 12 anos para o evento tauromáquico previsto no campo pequeno (Lisboa), embora os promotores (prótoiro) desta selvática iniciativa considerem que estão dentro da lei, esquecendo-se de que nem tudo o que está dentro da lei significa que não seja reprovável no mundo civilizado.
Em comunicado, o BE frisou que as touradas constituem uma prática violenta, não devendo ter lugar na cidade de Lisboa, e já ser mais do que tempo de o campo pequeno ser “transformado num espaço público multiusos sem sofrimento animal, contribuindo para a diversidade cultural e desportiva da cidade”.
Hélder Milheiro, secretário-geral da prótoiro, referiu que «O Bloco de Esquerda quer limitar e proibir a vida cultural e o acesso das crianças”, bem como condicionar os menores e as famílias na decisão dos “espectáculos que frequentam (…) e por lei, um menor pode ir acompanhado.
Esquece-se tal secretário-geral que o Bloco de Esquerda quer tão-só o bem das crianças, livrando-as de uma actividade cruel e violenta, sanguinária e desumana, que nada tem de cultural, e é considerada nociva ao desenvolvimento normal e saudável das crianças. Até porque o Comité dos Direitos das Crianças da ONU, autoridade em matérias relativas a menores, recomendou que a idade mínima para assistir a touradas fosse os 18 anos, tendo enviado, inclusivamente, uma recomendação ao estado português demonstrando preocupação com o bem-estar mental e emocional das crianças, enquanto espectadores expostos à violência das touradas.
Contudo, a atitude mais inteligente a tomar é a de ABOLIR esta prática troglodita que, sendo prejudicial às crianças, transformam-nas em adultos desprovidos de sensibilidade e empatia, tal como os seus progenitores, ou seja, em criaturas nocivas à sociedade e, principalmente, a Touros e Cavalos.
Mas isto é algo que os tauricidas não conseguem encaixar, nem podem encaixar, porque nada sabem do mundo civilizado, fora dos antros tauromáquicos em que nasceram e cresceram, e nem o estado português está minimamente preocupado com a saúde mental destas crianças desprotegidas por uma lei completamente irracional.
E o Bloco de Esquerda, no mesmo comunicado, questiona: que acções serão tomadas pelo presidente da autarquia lisboeta, Fernando Medina (PS), e pela Inspecção-Geral de Actividades Culturais (IGAC), responsável pela área, para travar este açoite psicológico contra as inocentes e indefesas crianças?
Por sua vez o PAN - Pessoas-Animais-Natureza também criticou a oferta de bilhetes para esta iniciativa tauromáquica em Lisboa, e anunciou que vai pedir esclarecimentos ao Governo, defendendo que não se pode fechar os olhos a esta situação.
Inês Sousa Real referiu que o PAN repudia mais uma vez esta tentativa do lobby tauromáquico trazer crianças e jovens para a praça de touros do campo pequeno, e lembra que «a ONU já instou, por duas vezes, Portugal a afastar as crianças e jovens da violência da tauromaquia».
De acordo ainda com esta deputada do PAN, que já foi provedora dos Animais, na Câmara Municipal de Lisboa, não faz qualquer sentido que as entidades promotoras destes eventos, mas também as autoridades portuguesas continuem a fechar os olhos a esta situação, sublinhando que a própria legislação não permite a participação de menores de idade nestas iniciativas tauromáquicas.
Além disso, ainda segundo Inês Sousa Real, está a ser divulgado no cartaz a realização de iniciativas que não estão previstas no RET e a Sociedade de Renovação Urbana do Campo Pequeno, que tem passado por um atribulado processo de insolvência, não tem sequer o CAE - Código de Actividades Económicas - para realizar corridas de touros pelo que, considera o PAN, não devem ser autorizadas pela Inspecção-geral das Actividades Culturais (IGAC).
"Isto é um arrepio legal, do nosso ponto de vista, extremamente gravoso", referiu Inês Sousa Real. Por isso, o PAN vai pedir explicações sobre o assunto ao Governo, defendendo que «não faz sentido que o Estado continue a fechar os olhos a todas estas ilegalidades.»
Inês Sousa Real alertou ainda que «a tauromaquia não pode continuar a viver sem rei nem roque (…) Achamos que, não só, deviam impedir a realização deste evento, como impedir também que se realizem corridas de touros no “campo pequeno” por parte desta sociedade, uma vez que não está apta para este efeito».
Fonte:
E isto, dizem, vai acontecer no campo pequeno, em Lisboa.
A existência do "Dia da Tauromaquia", só por si, já desprestigia Portugal.
Para Lisboa, é uma vergonha, porque é a prova de que a cidade tem um atraso civilizacional, bem evidenciado nesta iniciativa troglodita.
Senhor Presidente da Câmara de Lisboa, é permitindo este "lixo tauromáquico" que pretende fazer de Lisboa uma cidade do futuro? Ainda por cima lançando as crianças, que tiveram a infelicidade de nascer em antros tauromáquicos, para uma actividade que não dignifica a espécie humana?
Dou graças por não ser lisboeta, porque se o fosse, abdicaria de o ser.
A juntar a tudo isto, há o facto de já em 2014, o Comité dos Direitos das Crianças da ONU ter exortado Portugal a afastar as crianças da tauromaquia pelo efeito nefasto que assistir ou participar em actividades de violência real provoca no seu desenvolvimento. A idade mínima indicada pelo mesmo Comité foi de 18 anos, mas a IGAC, vá-se lá saber baseada em que Ciência da Mente, encurtou para 12 anos a idade com que uma criança pode ser atirada para estas práticas cruéis, sanguinárias, violentas, impróprias para o desenvolvimento saudável de qualquer ser humano, tenha a idade que tiver.
Não se entende, pois, como os tauricidas continuam a gozar de completa impunidade nas suas repetidas atitudes de desrespeito pelas normas vigentes, e pior do que isso, no desrespeito descomunal que consagram às crianças, obrigadas à força e, muitas vezes, à bofetada, a assistirem a esta degradante prática bárbara, que as transformará em adultos desprovidos de qualquer sentimento humano. Serão tão anormais como os seus progenitores. Gente com mente saudável não se diverte a torturar animais.
Pergunta: vivemos num país civilizado?
Resposta: viveremos, quando esta anormalidade, quando esta coisa de mentes insanas, for banida definitivamente da sociedade portuguesa.
Isabel A. Ferreira
Já deviam ter acabado há muito, porque as touradas no campo pequeno (que passará a ser grafado em maiúsculas, no dia em que deixarem de permitir eventos sanguinários) só desprestigiam Lisboa, os Lisboetas, Portugal e os Portugueses, além de que são cada vez menos aqueles que assistem à barbárie tauromáquica.
O empresário Álvaro Covões se, de facto, é um empresário com “faro para o negócio”, saberá que realizar touradas no campo pequeno não dá lucro nenhum. O que dá lucro são os Festivais e Concertos de Música.
É assim no campo pequeno: escasso público.
(Fonte da imagem: Internet)
«O empresário Álvaro Covões, que detém o Coliseu de Lisboa, assina esta semana o contrato de compra do Campo Pequeno, num negócio que acontece depois da insolvência da Sociedade de Renovação do Campo Pequeno decretada em 2014. Porém, a realização da temporada tauromáquica na centenária praça da capital continua a ser uma incógnita, escreve o “Correio da Manhã” (CM).
Até agora, o promotor de espectáculos pouco falou sobre o futuro daquele espaço. Mas «o meu negócio é a música, não as touradas», afirmou Covões.
Ao “CM”, Rui Bento Vasques, actual director de actividades tauromáquicas do Campo Pequeno, não esconde o seu receio quanto ao futuro. «Estou apreensivo e preocupado. O que o Álvaro Covões já me transmitiu é que não será promotor de corridas», disse, acrescentando que está disponível «para subarrendar o espaço e realizar as corridas ainda este ano».
«Se não começar em Abril, a temporada começa em Maio. Estamos um bocadinho fora do tempo, mas estou de braços abertos», referiu o director, que, ainda assim, garantiu que «os postos de trabalho estão assegurados».
Álvaro Covões, que participa através de uma sociedade sua que não é a Everything is New, vai ficar a gerir a arena do Campo Pequeno, incluindo a realização de espectáculos e o centro comercial. Por outro lado, o fundo de António Pires de Lima e de Sérgio Monteiro, antigo secretário de Estado das Infra-estruturas, Transportes e Comunicações do Governo de Pedro Passos Coelho, vai assegurar a gestão do parque de estacionamento.
Fontes:
https://blogcontraatauromaquia.wordpress.com/2020/02/03/touradas-podem-acabar-no-campo-pequeno/
«Álvaro Covões organizador de festivais de música como o Nos Alive é um dos compradores da espelunca que dá pelo nome de Campo Pequeno e será ele que vai gerir a praça de touros e o centro comercial.»
in Blogue Prótouro, pelos touros em liberdade
«Se alguém pensa que este é o homem que pode acabar com as touradas no bordel está completamente enganado, uma vez, que em 2013 numa entrevista dada à Visão o mesmo afirmou e citamos:
“Gosto de tourada, mas não sou aficionado. Não gosto de touros de morte, mas o toureio a cavalo e a pega acho um espectáculo. Se mandasse, investia nas imagens das pegas de caras para divulgar Portugal no mundo. Mostra bem o que é o povo português, a nossa coragem. Ainda não tive tempo para isso, mas até gostava de trabalhar com touradas. Do ponto de vista turístico, é um produto fantástico. Temos de valorizar as nossas tradições, e se pudermos ganhar dinheiro com isso…”.
«Álvaro Covões a tauromaquia não é produto fantástico para turistas, bem pelo contrário, a tauromaquia afasta turistas quer estrangeiros, quer nacionais. Será que este tipo sabe que muitos dos espectáculos musicais que têm lugar no Campo Pequeno e que são organizados por ele são boicotados por uma grande maioria exactamente porque os portugueses sabem que ao gastarem dinheiro na praça de touros este é injectado na tortura animal.
Se depois desta compra ele continuar a ter na programação do espaço touradas vai acabar por perder dinheiro, e provavelmente a dobrar, porque as pessoas acabarão também por boicotar todos os outros festivais por ele organizados noutros locais.»
Prótouro
Pelos touros em liberdade
Mais uma prova que a tauromaquia tem os dias contados.
Prótouro
Pelos touros em liberdade
in
Paula Mattamouros administradora de insolvência do Campo Pequeno numa entrevista a uma website tauromafiosa confessou que não consegue encher a espelunca.
“Os aficionados que vêm são quase sempre os mesmos, falta sempre aquele público extra que Lisboa deveria trazer, quando digo Lisboa é o turismo e todos esses meios, e que nós Campo Pequeno, sozinhos, não conseguimos canalizar essas pessoas para virem ao Campo Pequeno.”
Claro que são sempre os mesmos que vêm de todo o lado e mais algum para assistir à barbárie já que 89% dos lisboetas nunca assistiu a uma tourada desde a reabertura da praça de tortura em 2006 e os poucos turistas que assistem vão ao engano.
Mais uma prova que a tauromaquia tem os dias contados.
Prótouro
Pelos touros em liberdade
Fonte:
Cai um importante muro que sustentava a tauromaquia em Portugal.
De acordo com o comunicado do PAN Lisboa, este reclama finalmente a sua primeira conquista no âmbito das actividades tauromáquicas no Campo Pequeno: o Presidente da Câmara Municipal de Lisboa (CML), Fernando Medina, anuiu ao pedido do PAN e enviou uma carta à Casa Pia (mais abaixo) desobrigando-a da realização de corridas de touros na Praça do Campo Pequeno!
O Grupo Municipal do PAN (e todos nós com ele) congratula-se com a tomada de posição da Câmara Municipal de Lisboa relativamente ao uso da Praça do Campo Pequeno. Foi hoje dada a conhecer a carta enviada pelo Presidente Fernando Medina na qual se dirige à Presidente da Casa Pia de Lisboa «para deixar claro que a Casa Pia de Lisboa tem a mais ampla liberdade na decisão quanto à actividade a realizar no recinto em causa (…), sendo certo que a realização de espectáculos tauromáquicos nunca será para o Município de Lisboa condição de manutenção da concessão». Mais acrescenta esta comunicação que «os princípios e valores de alta benemerência social que justificaram ao longo do tempo a atribuição de tais direitos pelo Município são os mesmos que hoje exigem que se mantenham, ainda que no exercício dos seus direitos e das suas competências, a Casa Pia de Lisboa decida, por si ou por quem contratar, não vir a realizar naquele local espectáculos tauromáquicos».
Este desafio foi lançado pelo Grupo Municipal do PAN ao Presidente Fernando Medina há dois meses durante o debate “O Futuro do Campo Pequeno” que decorreu na Assembleia Municipal de Lisboa, uma iniciativa desta força política. Neste debate, marcado por alguma controvérsia, o PAN alertou mais uma vez para os contornos pouco claros que envolvem a gestão do terreno e do edifício do Campo Pequeno, bem como para as questões relacionadas com o sofrimento animal, apelando a que se esclarecesse a não obrigação da realização de corridas de touros naquele espaço. Após o debate, o PAN interpelou novamente a CML para desobrigar a Casa Pia de Lisboa à realização daquele tipo de espectáculos.
A deputada municipal do PAN, Inês de Sousa Real, salientou que «com esta grande conquista, acreditamos que a Casa Pia possa agora prosseguir com a sua actividade reconvertendo este espaço e ali realizar outros eventos e espectáculos que não envolvam actividades que promovam o sofrimento animal. A Casa Pia é uma instituição benemérita que tem por missão proteger os direitos de crianças e jovens, direitos que não estão a ser protegidos com a realização de touradas naquele espaço e esta actividade em nada vai ao encontro dos valores que devem marcar esta instituição”.
Recorde-se que, em Julho do ano passado, o PAN Lisboa tinha já apresentado uma Recomendação que foi reprovada pela Assembleia Municipal e que pedia precisamente que a CML, à luz dos imperativos éticos do nosso tempo, esclarecesse a Casa Pia, I.P. e a sociedade no geral que não há qualquer imposição para que ali decorram obrigatoriamente touradas, devendo as mesmas ser abolidas dos usos afectos àquele espaço.
O terreno do Campo Pequeno foi cedido pela CML à Casa Pia para a realização de espectáculos tauromáquicos, com a condição de o terreno voltar para a posse da CML caso a finalidade do terreno fosse outra ou caso o terreno fosse cedido pela Casa Pia a outra entidade, o que já aconteceu por duas vezes: a Casa Pia cedeu os direitos do terreno à empresa Tauromáquica Lisbonense, e mais tarde à Sociedade de Renovação Urbana do Campo Pequeno (SRUCP, S.A.), sociedade entretanto já dissolvida e com uma dívida que ascende aos 90 milhões de euros, mas que estranhamente continua a exercer actividade e a organizar corridas de touros.
Tudo isto demonstra um claro incumprimento das condições de cedência impostas pela CML aquando da constituição do direito de superfície, aspecto para o qual o PAN Lisboa tem vindo a alertar a Assembleia Municipal e a Câmara Municipal.
O PAN tem vindo igualmente a alertar para a necessidade de dar cumprimento à recomendação da ONU a Portugal no sentido de afastar as crianças e jovens da violência da tauromaquia.
Inês de Sousa Leal, acrescenta ainda que «esta é uma grande vitória da sociedade lisboeta e dos movimentos de protecção animal, que há muito reclamam pelo fim das corridas de touros em pleno coração da nossa cidade. Estamos um passo mais perto desse objectivo e não podemos deixar de felicitar a Câmara Municipal pelo seu posicionamento” .
Carta de Fernando Medina à Dra. Cristina Fangueiro, presidente da Casa Pia de Lisboa: