Fonte da imagem:
https://www.facebook.com/256322287821476/photos/a.419244928195877/1838525406267815/?type=3&theater
«Os caçadores podem ser muitos, mas aqueles que abominam a caça são mais ainda. E são mais novos. Muitos ainda não votam. Quando votarem terão morrido um número maior de defensores da caça.» (Miguel Esteves Cardoso)
Essa é que é essa!
Texto de Miguel Espeves Cardoso
«Salvem as Raposas»
Contaram-me esta história numa praia do Algarve, mas não sei se é verdade. Quando está muito calor há raposas que entram dentro de água para se refrescarem. Riem-se aos gritos da excitação e do alívio. Às vezes aproveitam para almoçar uma gaivota. As gaivotas sabem a tripa de peixe, mas as raposas não se importam.
Disse-nos que as raposas dormem nas dunas durante o dia. À noite ouvem-se as raposinhas a rir em voz alta, como se estivessem a acicatar-se umas às outras. Seja verdade ou não, é altura de dignificar as raposas e de proibir a caça delas. Merecem, no mínimo, a mesma protecção que os lobos.
As raposas são animais encantadores, engraçados e afectuosos, com um lugar central no nosso imaginário. Em Portugal podem ser caçadas entre Outubro e Janeiro com matilhas de até 50 cães. Oscar Wilde descrevia esta caça como "the unspeakable in pursuit of the inedible" [o indizível em perseguição do não comestível]. É um acto de grande coragem uma data de seres humanos a ver 50 cães a despedaçar uma raposa até à morte.
O Bloco, o PEV e o PAN apresentaram projectos de lei para acabar com esta barbaridade, mas os outros partidos vão chumbá-los, claro. Têm medo de perder os votos dos caçadores. Demonizam a raposa como se estivéssemos na Idade Média.
Os caçadores podem ser muitos, mas aqueles que abominam a caça são mais ainda. E são mais novos. Muitos ainda não votam. Quando votarem terão morrido um número maior de defensores da caça.
Tal como acontece em quase todas as fábulas, a raposa acabará por ganhar. E havemos de nos rir com ela.»
Fonte:
https://www.publico.pt/2018/10/06/sociedade/cronica/salvem-as-raposas-1846398#comments
***
Na verdade, os partidos que servem os lobbies que pugnam pela crueldade, pela violência, pela matança brutal de animais indefesos, em nome do divertimento, ou de práticas economicistas, chumbaram a proposta do PAN.
Mas não se pense que o PAN perdeu prestígio com esta aparente derrota. De cada vez que um projecto de evolução, apresentado pelo PAN, ou por outro qualquer partido político, é chumbado no Parlamento Português, são os partidos trogloditas, que ficam do lado da incultura e da involução, que perdem prestígio e credibilidade.
Portanto, ó caçadores desnaturados, o vosso riso de escárnio, não se compara ao riso límpido das Raposas, animais muito mais dignos e racionais do que qualquer um dos que as matam por mero instinto assassino.
Isabel A. Ferreira
Todos sabemos que a caça é uma actividade de cobardes.
Mas também de psicopatas.
Se não vejamos:
Alguém comentou isto no Facebook:
«Se calhar preferiam que descarregassem o stress sobre vocês. Pensem um pouco, é preferível descarregar as energias negativas nos animais, do que na mulher e nos filhos...»
Então não é? E o pior é que, ainda que os caçadores descarreguem o stress a matar animais, a mulher e os filhos apanham na mesma. E quando não há animais para matar, às vezes calha não haver, e então agora com os incêndios, que dizimaram milhares deles, pegam nas caçadeiras e descarregam as energias negativas num vizinho ou numa vizinha qualquer… ou num familiar com quem cismaram…
Se todas as pessoas descarregassem o stress a matar animais, no mundo não existiriam animais e os caçadores andariam aos tiros uns aos outros… para fazer gostinho ao dedo…
E querem, à força, que tenhamos consideração e respeito por esta espécie de “gente”! Como diz o meu amigo Cândido Coelho, gente que não é gente envergonha todos aqueles que são gente.
Isabel A. Ferreira
Não entendemos como pode ser legal matar.
Não entendemos como pode ser permitido que psicopatas que se divertem perseguindo e matando cobardemente animais indefesos, tenham permissão e "licença" para tal.
No Sul de África há um negócio montado com a "caça enlatada", leões criados em cativeiro, para serem fuzilados por estes fulanos, os quais pagam para destruir as vidas destes inocentes.
Cobardes sem escrúpulos, que se gabam e se orgulham de tirar vidas, porque acham divertido.
No vídeo (que se apressaram a tornar indisponível) mostra-se uma carnificina, de que só o HOMO HORRIBILIS é capaz.
Em consequência desse apadrinhamento existe uma fracção da população portuguesa mergulhada na maior miséria moral, cultural, social e educacional, que envergonha Portugal por todo o mundo, em todos os continentes, por onde o meu Blogue navega…
Não vou pedir desculpa pelo lixo verbal dos comentários que aqui publico, porque esse lixo verbal é tão-só o resultado da política inculta dos partidos políticos que referi, apoiada pela igreja católica portuguesa, ao protegerem uma prática tão selvática, boçal e tosca, ao ponto de destruir o imo do ser humano, transformando os aficionados em seres desumanizados, sem capacidade para discernir entre o bem e o mal.
Um pequeno preâmbulo à laia de explicação:
A tauromaquia não é algo que tenha a ver com Poesia, Arte, Literatura, Música, enfim, com a Cultura Culta à qual pertenço, por isso, quando escrevo sobre selvajaria tauromáquica, utilizo termos adequados a essa conjuntura e chamo os bois pelo nome. Não podemos, de modo algum, olhar para um monturo e nele ver um jardim paradisíaco… Podemos?
Portanto, escrevi um texto sobre a morte de um forcado (ver link)
http://arcodealmedina.blogs.sapo.pt/morreu-um-forcado-quando-torturava-um-738420
no qual chamei a atenção para a inutilidade destas mortes insanas e inglórias, fui simplesmente realista e utilizei os termos apropriados ao asselvajamento que é uma “pega”, apelando para a abolição desta coisa hedionda, cruel e imprópria de seres humanos.
Devido à falta de cultura, de discernimento, de lucidez e á boçalidade por parte dos aficionados, obviamente, estes nada entenderam do que leram (ou do que não leram) e partiram para a maior demonstração de estupidez que alguma vez eu já vi, ao ponto de me obrigarem a fazer um aditamento ao texto, advertindo que este não devia ser lido por estúpidos ou por quem sofre de iliteracia, porque não entenderiam nada.
Escusado será dizer que a advertência não foi compreendida e, meus senhores, da política e da igreja, recebi uma enxurrada de comentários, dos quais vos apresento esta amostra muito significativa e eloquente, cujo teor é praticamente igual ao de todos os outros comentários, que ficarão por publicar.
A selvajaria tauromáquica, sendo uma prática violenta e cruel, fabrica criaturas violentas e cruéis, broncas, grosseiras, do mais baixo nível moral e cultural, ordinárias, mal formadas, mentalmente deformadas, e porque não sabem Português, utilizam o aficionês, que é uma linguagem própria e exclusiva dos aficionados desta selvajaria, e caçadores, com a qual se comunicam entre eles; não sabem argumentar racionalmente, e assentam toda a sua afición na mais profunda ignorância e estupidez, uma ignorância e estupidez carimbada pelo PS, PSD, CDS/PP, PCP e igreja católica portuguesa.
Eis a espécie de portugueses que o governo português e a igreja católica portuguesa fabricam em Portugal, com o apoio que lhes dão. E que o mundo pasme, com tanta alarvice:
Maria Milho · Amigo/a de João Alfaro e 6 outras pessoas
És uma nojenta devias morrer com um corno enfiado no coração!!!!!
Cristina Ana Cryz Es seca ... Vinda do inferno em corpo de humano .... Mas vai arder com o satanas...no inferno
Miguel Figueira Esta Sra. só pode ser tratada por Sra. VACA e Sra. PUTA...o que uns preservativos tinham evitado...Ninguém pode dizer estas blasfémias e esperar continuar sem as ouvir....estes anormais que vem para aqui defender esta VACA asquerosa...reles...comunas de merda que vivem à pala dos meus impostos...São uns pelintras que não tem nada para fazer além de invejar a vida de outros...xuxas, comunas e esquerda caviar devia levar com ferros quentes pelo cu acima....
Vaca nojenta, vem ao Alentejo para saberes o que é tortura. ...
Manel Inez · Amigo/a de Alfredo Vieira
Ja agora e já que nao tens tomates, cria coragem e desabafa essa tua histeria fundamentalista, cara-a-cara com a familia e amigos do Pedro Primo. Isso é que era! Demente
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Manel Inez · Amigo/a de Alfredo Vieira
Ó Isabel, és uma ordinaria, anormal. Vai a Ponte de Lima que eles dão-te as boas vindas. Porca
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Antonio Batista Olha vai te pa puta que te pario o cabra de merda ....
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Irene Jardim Do Eden Martins Isabel A. Ferreira e se fosse meu filho tinhas era os cornos partidos te juro . Podes bloquear . Ias ver onde ficava o inferno e o que era uma besta solta , seria pior que mil touros que tu defendes .
Irene Jardim Do Eden Martins Isabel A. Ferreira se fosse a si não saia tão cedo a rua .
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Nuno Ferreira Não querendo fugir ao nível de inteligência aqui postados por VExa. Isabel A. Ferreira e Maria Helena. Não sei de onde vieram, de que planeta são mas, acreditar que são do mesmo planeta que eu, ( Planeta Terra ) só vos desejo que se cruzem com a família ou amigos do forcado Pedro Primo. Vocês não só, faltaram ao respeito para com a família do mesmo, como também a todos os aficionados! Vocês as duas não gostam mais de animais do que eu, e não me parece que sejam merecedoras de respeito por parte do dito ser Humano ( o qual vocês desrespeitam ) talvez a justiça do homem chegue até vós... Não têm nada para fazer? Filhos para cuidar? Marido, não? Pois o vosso perfil é de quem, precisa mas não têm", se não gostam de Tauromaquia simplesmente não se metam na vida alheia! Tentei abstrair ", talvez arranhar Homem! Aflição que vocês têm pelos animais" ajudem meu Deus"... Por favor alguém faça alguma coisa! Vocês não são mulheres com M e nunca vão ser... Literatura e língua portuguesa uiiii meu Deus"... Que se encontrem brevemente com alguém que vos acerte o passo. O país é pequeno e vocês merecem ❤️❤️
Paulo Graça foi fodida por um toiro e apaixonou-se tem vergonha grande puta agora baixei ao seu nivel vaca
Irene Jardim Do Eden Martins Isabel A. Ferreira e se fosse meu filho tinhas era os cornos partidos te juro . Podes bloquear . Ias ver onde ficava o inferno e o que era uma besta solta , seria pior que mil touros que tu defendes .
Filomena Baptista Es mesmo uma grande puta e uma vaca como tu nem merece andar no cimo da terra estares a dizer essas coisas dos moços de forcados
Tiago Mena Lei do retorno e fodida como vc disse n te esqueças ho velha
Tiago Mena Por mim nao eu nao sou aficionado mas tamos a falar de um amigo e eu ao ver os comentarios dessa velha partiume o corçao Obs. Essa velha que nao saia a rua
Tiago Mena Nojenta velha carrancuda mete-te a frente de um toiro que nunca tenha visto um humano para veres o que ele te faz deviate nascer um pinheiro no cu burra do crl
António Potes Silva Santos Pessoas da tua laia oh velha de merda punhas a todas em auschwitz!!
Aderito Ferreira Mas eu ajudo a teres comentários, contribuo para a tua boa fama. A diferença entre uma máquina de fazer salsicha e a tua mãe é só uma, a máquina de fazer salsicha mete se a carne de porco/a e sai salsicha, no outro caso meteu se a salsicha e saiu uma porca... Primeiro estuda o toiro, aprende como vivem como são criados, depois aprende o que é tortura e tudo aquilo que falas, e depois então comenta seu ser insignificante, desumana, ordinária.... Não te desejo mal nenhum, apenas que quando chegar a tua hora que seja com um corno enfiado entre as pernas, assim ficavas feliz certamente.
Ana Paula Franco Franco Lembra-te que moras em Ovar ....tem cuidado com as palavras que publicas não vá algum touro bravo ai a Ovar dar-te algum par de marradas e coices ....
José Paulo Cruz Bronca és tu minha vaca
Aderito Ferreira O que tu queres é comentários ,fama , não olhas a meios para atingir teus objetivos, certamente nem sabes o que é realmente um toiro, não sabes que se terminares com as largadas o toiro bravo simplesmente deixa de existir, deixam de criar por ter pouca utilidade, desejares assim a morte a uma pessoa só prova a tua falta de mentalidade juntamente com quem te apoia, se o teu pai tivesse batido uma punheta pouparia mto dasss
Comentário no post Morreu um forcado quando torturava um Touro moribundo
Sua burrinha moribunda o forçado não tortura coisa nenhuma, só se for a mulher quando chega a casa com os copos.
Desconhecido a 7 de Setembro 2017, 14:27
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E falta aqui um comentário que é umaa obra-prima da ordinarice, tão obra-prima, que de tão ordinário é impublicável, mas se os senhores da política e da igreja estiverem interessados em estudar o "fenómeno", eu enviarei o comentário.
«Os caçadores nem desejam o bem-estar animal nem procuram o equilíbrio da biodiversidade. O único desejo que têm em mente é o bem-estar do seu ego e o equilíbrio da sua arma».
(Pedro Neves)
O ministro do Ambiente, João Matos Fernandes, diz querer fomentar a caça…
Será que não existe nenhum ministro humanista neste governo?
Um ministro do Ambiente deveria banir a matança cobarde de animais silvestres, que serve apenas para que uma “elite” possuída de instintos primitivos e desadequados ao Século XXI possa divertir-se à custa do sofrimento de seres indefesos.
O ministro do Ambiente, contesta as críticas dos caçadores e salienta uma série de medidas tomadas pelo governo que vão ao encontro de algumas reivindicações do sector.
É triste constatar que, em Portugal, o governo só vai ao encontro das reivindicações de lobbies carniceiros.
Imagens como esta dizem de um país que promove práticas cavernícolas…
O ministro reconhece a importância da caça e salienta que continuará a tomar medidas no sentido de fomentar esta matança.
Que importância terá a caça para a Nação e para a Fauna autóctone portuguesa?
Os governantes portugueses só ouvem as reivindicações de sectores que envolvem muita parra (€€€€€€€) e pouca uva ( )
Terão medo de levar um tiro de caçadeira? Porque este tipo de violência é o que mais existe em Portugal. A maioria dos assassinatos de pessoas é cometida com caçadeiras.
As reivindicações dos trabalhadores, dos estudantes, dos ecologistas, dos que lutam pelo bem-estar animal, dos que defendem a Língua Portuguesa, essas não são consideradas, apesar de envolverem milhares de portugueses.
As minorias parasitas, que nada fazem em prol da sociedade, é que são ouvidas e apoiadas pelos ministros.
Que espécie de políticos temos nós, que em vez de fomentar a evolução, fomenta o retrocesso?
Aqui há tempos os Ecologistas espanhóis desmascaram cientificamente sete mitos do sector da caça, que pode ser consultado aqui (é só clicar):
De acordo com o médico-veterinário Dr. Vasco Reis, «Caçar é provocar susto, sofrimento com ferimento mais ou menos rapidamente mortal, que vitima animais inocentes e nascidos para viver e sobreviver e até por vezes pessoas. Torna insegura a presença na natureza e polui. Incomoda e até indigna muitas pessoas. Existem métodos de controlar populações, equilibrada e responsavelmente, causando menos sofrimento e risco, que deveriam ser estudados, decididos e postos em execução por entidades competentes».
A caça é uma prática obsoleta. Estamos no século XXI d. C.
Não é preciso a intervenção do homem-predador, para se repor o que quer que seja. Isso é um argumento falacioso, usado pelos que se divertem a MATAR seres indefesos.
A Natureza encarrega-se de repor a ordem natural das coisas.
Um governo que não sabe defender a sua fauna humana e não-humana, não merece a mínima consideração; e os políticos que só dão ouvidos aos predadores, são políticos de faz-de-conta, que só se candidatam para servir os lobbies, e não para fazer EVOLUIR o país.
Quando o ministro do Ambiente fala sobre as vantagens do ordenamento cinegético e da gestão e exploração cinegética sustentável para a conservação dos recursos naturais, enquanto actividade geradora de desenvolvimento rural, actividade que promove a gestão do território e que possibilita o fomento de espécies e o maneio de habitat, pretende enganar quem?????
A caça e os caçadore€ pertencem a uma época primitiva, que ficou num passado já muito longínquo. Então por que insistir nesta abe€€ação?
Fonte: https://www.publico.pt/2017/02/05/sociedade/noticia/ministro-diz-querer-fomentar-a-caca-1760415
O caçador entregou-se às autoridades para “preservar a sua segurança e integridade”, disse ele, como se só ele tivesse integridade para preservar…
Teve medo de ser abatido. Como se o medo fosse exclusividade dele. E então o medo dos mortos enquanto estavam vivos?
Diz ter sido perseguido como um animal quando ouviu e sentiu os tiros ao seu redor… como se nunca tivesse ele próprio perseguido animais humanos e não humanos…
Fonte da imagem: http://bncamazonas.com.br/2016/02/07/caca-e-cacador/
Na verdade, não passando de um animal (todos nós somos animais, não?) o caçador sentiu exactamente o mesmo medo que todos os animais indefesos sentem quando são perseguidos na floresta (e por ruas desertas) pelos caçadores de arma em punho, aos tiros…
O medo é comum a todos os animais, humanos e não humanos.
Espero que este caçador tenha aprendido a lição, e que esta lição sirva a todos os outros caçadores. É que mais dia, menos dia, o feitiço vira-se contra o feiticeiro, e os cobardes borram-se de medo de serem caçados…
O resto da história deixo para as autoridades. Não me compete a mim julgar o caçador, pelos crimes que alegadamente pudesse ter cometido contra seres humanos.
Eu apenas pretendo chamar a atenção para as atitudes cobardes dos caçadores que, quando no lugar da caça, ficam ao mesmo nível de todos os outros animais, com a diferença de que os outros animais morrem com dignidade, e os caçadores vivem sem ela.
Isabel A. Ferreira
(Ah! se os caçadores conseguissem entender este vídeo!!!!)
O “Dia em que a Morte se apaixonou pela Vida” é uma emocionante, surpreendente e belíssima animação de Marsha Onderstijn.
“The Life of Death” é um curta-metragem que conta a história da Morte, que apenas faz o seu trabalho diário de tocar aqueles que já cumpriram o seu tempo na Terra. E essa rotina muda, quando ela se apaixona pela Vida , ou melhor, por um ser vivo que parece tirar proveito da vida. Porém, o tempo de ninguém pode ser adiado para sempre.
Sobre o vídeo, Vinícius Carrascosa escreveu: «A ideia de não simbolizar a morte como vilã nem como um fenómeno a ser combatido é o que embeleza e suaviza a ideia da animação, compreender que a morte não representa algo distinto e paralelo à vida, mas sim um estágio inerente e fundamental da mesma, eu diria que a morte caracteriza um espectáculo existente».
Texto de Mariano Soares
Como é do conhecimento público e como tem sido hábito pelas sanjoaninas, Angra do Heroísmo transforma-se na capital da tortura de bovinos e da deseducação de jovens e crianças. Tal só é possível com o apoio por parte da Câmara Municipal de Angra do Heroísmo, nos últimos cinco anos, de um milhão e trezentos mil euros e este ano de cem mil euros.
Se formos investigar os programas das festas ao longo dos tempos facilmente se concluirá que a “nobreza” angrense sempre associou umas festas com uma forte componente recreativa ao mais arcaico e vil acto de torturar e matar animais para divertimento de seres que se dizem humanos.
Não vamos ser exaustivos e comentar ano a ano os diversos programas apresentados pelas diversas comissões organizadoras das sanjoaninas para não massacrar os corações dos seres humanos mais sensíveis. Neste texto, limitar-nos-emos a dar a conhecer alguns aspectos menos conhecidos que não abonam a favor do bom nome dos angrenses, pois nem todos têm culpa de na sua terra viverem pessoas sem escrúpulos e sanguinárias.
Entre 1812 e 1814, o inglês Briant Barret visitou as sete ilhas dos Açores do grupo central e oriental, tendo assistido na ilha Terceira às festas do Espírito Santo e às festas em honra de São João.
Num manuscrito ainda inédito, existente na Biblioteca Pública de Ponta Delgada, Barret relata as barbaridades que observou numa tourada onde, para além dos touros, eram vítimas de maus tratos outros animais, como gatos, coelhos e pombos.
Em 1839, segundo o jornal “O Angrense”, no último dia dos festejos, houve uma simulação de uma caçada, sendo as vítimas coelhos e pombas e algozes quem matou não por necessidade de alimento mas por puro sadismo. Para os leitores ficarem com uma ideia do divertimento abaixo transcrevemos o relato do que ocorreu:
“Depois de sair a Dança, quando todos os espectadores estavam mutuamente aplaudindo o espectáculo, e não esperavam senão pela cavalhada, um novo entretenimento inesperado deu entrada na Praça, que obteve muita aceitação. Alguns mascaras era trajes de caçadores, trazendo uma matilha de cães, e a tiracolo os seus furões, fizeram introduzir na Praça uma coluna artificial, coberta de arbustos e fetos, dentro da qual estava invisível um indivíduo, que lançando amiudadamente pombas e coelhos, dava aos caçadores aquele prazer que sentem em empregar um tiro. O latido dos cães que corriam atrás dos coelhos, a sagacidade do furão que desalojava, e trazia os que se escondiam nas covas do monte; a bulha, os gestos, e vozearias dos caçadores, dava perfeitamente uma ideia do que é uma caçada, e satisfez por extremo aos que nunca tinham visto aquele divertimento”.
Num texto publicado em 1925, Gervásio Lima descreveu como eram as festas de São João na Ilha Terceira. Através da sua leitura ficámos a saber que houve grandes alterações, uma das quais foi o facto dos responsáveis pelas mesmas terem sobrevalorizado a componente profana e mandado às urtigas a religiosa. Na componente profana, com a bênção da igreja que se agarra a tudo para não perder seguidores, nunca faltaram as touradas, primeiro com touros em pontas “até que um decreto ordenou que se serrassem as pontas, pelas muitas mortes que causavam…”
Sobre o assunto, escreveu Gervásio Lima: “Os jogos de luta e destreza, as justas e torneios, que terminavam sempre por corridas de toiros, em pontas, nos primeiros anos, em que chegaram a matar segundo o uso de Espanha e, talvez, por influência da dominação filipina que na alvorada do século XVII exerceu predomínio nos costumes terceirenses”.
Nem no ano em que Portugal saiu de uma ditadura que, para além de torturar e matar os seus cidadãos que pensavam de modo diferente ou os que, sendo da mesma laia, caíam em desgraça, sempre acarinhou a tortura animal, as festas de São João de Angra do Heroísmo deixaram de torturar touros e cavalos.
Em 1974, para além de uma tourada à corda e de uma espera de gado, realizaram-se três touradas de praça. A primeira tourada de praça mereceu um texto publicado no Diário Insular assinado por Bruges da Cruz que demonstra a sua falta de humanidade já que nem uma palavra escreveu sobre a tortura animal, sendo a única preocupação com a mansidão dos touros. Segundo ele “na verdade, com touros tão mansos não se pode tourear”.
Não podia terminar este texto sem dedicar uma frase ao senhor Bruges da Cruz e a todos os promotores e frequentadores de touradas: “com gente tão reles, sádica e retrógrada o mundo não pode evoluir”.
20 de Junho de 2016
Mariano Soares
Fonte:
(AVISO: uma vez que a aplicação do AO/90 é ilegal, não estando efectivamente em vigor em Portugal, este texto foi reproduzido para Língua Portuguesa, via corrector automático).
… e depois suicida-se…
Estes episódios repetem-se frequentemente, tão frequentemente que nos leva a reflectir sobre o “carácter” destes crimes.
Os caçadores são indivíduos com instintos assassinos. Se não o fossem, não se embrenhavam nos matos, para matarem, cobardemente, por mera diversão, animais inocentes, indefesos e inofensivos, que são surpreendidos e mortos no seu habitat, assim… sem mais nem menos…
(Origem da foto - «Pai atinge filho com tiro de caçadeira em Ponte de Lima»
A caça justificou-se nos primórdios do mundo, quando a Humanidade dava os seus primeiros passos.
O homem primitivo teve necessidade de caçar, para subsistir, como qualquer dos outros animais que com ele partilhavam (e ainda partilham) o planeta Terra.
Mas à medida que foi evoluindo, e ao tornar-se agricultor, a caça deixou de ser uma actividade básica do homem.
Contudo, depois disso, uma parte dessa Humanidade não conseguiu evoluir, e não evoluindo, os instintos primitivos que obrigavam o homem a matar outros animais (mas a matar sem crueldade, como desde sempre o fizeram todos os animais ditos irracionais e carnívoros) permaneceram quase imutáveis, e ainda hoje vemos tribos caçadoras, muito primitivas, que ainda caçam para subsistirem, na selva, onde a civilização ainda não entrou.
Porém, uma parte, dessa parte da Humanidade não evoluída, desenvolveu esses instintos assassinos, e fez da caça um desporto, matando pelo simples prazer de matar. Algo que sempre esteve ligado à realeza, às classes mais altas, por ser “chique” ir à caça…e que depois se estendeu à plebe.
E a partir daqui é que estas histórias trágicas de assassinatos a tiro de caçadeiras começaram a expandir-se.
Quando o instinto assassino lateja nas entranhas de um indivíduo, qualquer pretexto, qualquer contrariedade leva o caçador a matar. E não lhe interessa qual seja o animal. Será o que estiver mais à mão: humano ou não-humano.
Os mais desesperados suicidam-se depois. Os mais cobardes fogem ou deixam-se apanhar, tendo de arcar com a consequência dos seus actos. Mas nada aprendem.
Ora este instinto assassino teria tendência a dissolver-se, caso não fosse a caça uma modalidade desportiva, disfarçada de “necessária para o ecossistema”. Caso os lobbies dos caçadores e o da venda de armas não fossem poderosos e incentivadores deste instinto assassino. Caso os governantes tivessem a coragem de legislar a favor da evolução, da civilização e da cultura culta.
Enquanto não houver consciência, bom senso, responsabilidade e sensibilidade para as questões da Ética Animal, estes crimes continuarão a acontecer, pelas localidades mais atrasadas civilizacionalmente, onde uma boa fatia do povo ainda vive num estádio ainda muito primitivo. Mas não só.
Nem de propósito, ontem estive a ler uma entrevista de Sophia de Mello Breyner ao Jornal de Letras, nº 468, de 25 de Junho de 1991, e a alturas tantas o José Carlos de Vasconcelos (o entrevistador e director do jornal) afirmou:
- O seu pai estava ligado à alta burguesia do Porto.
Ao que Sophia respondeu:
- Mas era uma pessoa muito original. O que gostava era de caçar, da natureza, dos jardins e dos cães.
Agora entendo por que Miguel Sousa Tavares, filho de Sophia e neto do caçador que fazia parte da alta burguesia do Porto, diz o que diz e é o que é em relação à sua apetência por touradas e pela caça, e à sua aversão pelos animais não-humanos.
Alguém que gosta da caça, mas também da natureza, de jardins e de cães, não pode ser original. Será outra coisa, será tudo, menos original. Que Sophia me perdoe.
Alguém que goste de caçar, não pode gostar da Natureza, da qual os animais caçados fazem parte. Alguém que goste de caçar não tem a noção do ser cósmico. Alguém que goste de caçar está reduzido a uma dimensão meramente terrena, ainda pouco evoluída, pertença à burguesia, à realeza ou à plebe.
Quem não respeita um animal não-humano, não respeitará o animal humano, e muito menos respeitará a si próprio.
E então os títulos de matanças surgem como cogumelos em matas húmidas:
- Homem mata pais e avó a tiro de caçadeira (Montemor-o-Velho)
- Mata ex-militar a tiro de caçadeira (Vinhais)
- Pai atinge filho com tiro de caçadeira (Ponte de Lima)
- Desavença termina com dois tiros de caçadeira (Alcochete)
- Jovem de 18 anos baleado a tiro de caçadeira (Almancil)
- Foi provocado em casa e matou rival com tiro de caçadeira (Santiago do Cacém)
- Jovem morto a tiros de caçadeira (Ferreira do Alentejo)
- Tragédia com morte a tiros de caçadeira (Mafra)
- Mata mãe a tiro de caçadeira (Paderne)
Estes são apenas alguns dos inúmeros títulos que podemos encontrar numa busca, no Google. Reparem nos nomes das localidades onde estes crimes foram cometidos. Não vos dizem nada?
Até quando os caçadores e as suas caçadeiras vão andar por aí a matar animais humanos e não-humanos, apenas porque o instinto de matar, seja quem for (coelho, raposa, perdiz, javali, cão, gato, pai, mãe, filho, irmão, avós, vizinho, mulher) fala mais alto do que qualquer outro instinto mais humano?
Isabel A. Ferreira