É isto o que o governo português e a igreja católica portuguesa apoiam e aplaudem – O que foi feito desde 2003, para acabar com estes crimes?
Os pajens utilizados na corrida à portuguesa – meninos que perderam toda a sua inocência a partir do momento que os atiraram para arena do campo pequeno…
«Pedofilia preocupa Tauromaquia
NAS BARBAS DA POLÍCIA JUDICIÁRIA
Era a empresa "António da Paula Lopes e Herdeiros Ltd" quem trajava e ensaiava os menores da Casa Pia que participavam como figurantes – pajens – nas touradas de gala à antiga portuguesa.
Correio da Manhã - 19 Setembro 2003
Por: Jorge Araújo
De acordo com vários testemunhos, as corridas eram meros pretextos já que no final da festa brava muitas destas crianças eram vítimas de abusos sexuais. Pedro Namora confirma que o Campo Pequeno era palco de recrutamento de menores para práticas pedófilas. "Alguns ex-alunos da Casa Pia disseram-me que logo após as touradas eram distribuídos por diversas casas onde faziam sexo ao mesmo tempo que eram filmados", afirmou Namora ao CM no início desta investigação jornalística. Ao que tudo indica estas cenas eram filmadas com material e técnicos ligados à RTP.
Pedro Namora diz ainda que todos os dias têm surgido "em catadupa" novas pistas relativas às ligações entre os menores da Casa Pia e o mundo da tauromaquia. Depreende-se, das suas palavras que a procissão ainda só vai no adro. Em entrevista concedida, domingo passado, ao Jornal Nacional da TVI, aquele que é um dos principais denunciadores deste escândalo de pedofilia acrescenta, referindo-se a um antigo homem forte da RTP: “Ainda hoje estive numa superfície comercial com ex-alunos que me diziam, olha que fulano de tal quando mudavam as roupas dos pagens também se tentava aproveitar".
DUQUE CONFIRMA
Luís Duque, durante anos vice-presidente da "Campo Pequeno S.A." – a responsável pela gestão da praça de Touros de Lisboa – confirmou ao CM que " a empresa Paula Lopes era quem ensaiava os meninos da Casa Pia que participavam nas touradas à antiga portuguesa". A mesma informação foi também confirmada por Maurício do Vale, antigo responsável pelo sector tauromáquico na RTP. Mas tanto um como outro juram desconhecer qualquer tipo de actividades pedófilas. " Nunca ouvi um rumor sequer sobre este assunto" frisa o antigo dirigente sportinguista, Luís Duque, que no entanto se recusa a colocar as mãos no fogo. Maurício do Vale afina pelo mesmo diapasão.
Mas tanto um como o outro afirmaram ao CM que a presença de crianças da Casa Pia nas touradas à antiga portuguesa lhes parecia algo de perfeitamente normal. Por uma razão muito simples. "A Casa Pia é a proprietária da praça de touros do Campo Pequeno". Fonte da Casa Pia disse ao CM que a presença destes menores nas touradas inseria-se no "âmbito de um acordo entre a Casa Pia e a empresa concessionária".
GRANJA ESPANTADO
Adelino Granja um ex-casapiano que participou como pagem em pelo menos cinco corridas à portuguesa disse ao CM que na passada terça-feira ficou "espantado" quando ao sair da PJ reparou que a Paula Lopes e Herdeiros Ltd ainda continuava em actividade. "Por acaso tive interesse em saber se a casa em que eu em 1980 me tinha deslocado para alugar vestimentas à antiga portuguesa ainda estava aberta ou não. Qual não foi o meu espanto, estava mesmo aberta". Granja entrou no interior do estabelecimento e viu uma cara que lhe era conhecida: “Era a pessoa que nos dava as roupas quando lá íamos experimentar". Durante o diálogo com este velho conhecido Granja perguntou por "um senhor baixinho, de cabelo russo, que tomava conta das roupas no Campo Pequeno”. A resposta não se fez esperar. “Era o Manuel Andrade Lopes. Morreu há cerca de cinco anos” afirmou o empregado.
De acordo com Adelino Granja, o seu interlocutor mostrava-se “bastante abatido” com as alegadas ligações da sua empresa ao escândalo da pedofilia. “Ele disse-me que estavam a denegrir a imagem da empresa”. Um rude golpe para uma casa especializada em “guarda-roupa e adereços” com créditos firmados no meio teatral português.
BÊ-Á-BÁ DE UM PAJEM
TRANSPORTE
Os menores da Casa Pia que participavam nas corridas à antiga portuguesa eram transportados para a praça de touros do Campo Pequeno nas carrinhas da própria instituição.
REMUNERAÇÕES
Os casapianos que faziam de pagens - figurantes - recebiam entre cem a duzentos escudos por cada participação. O trabalho não durava mais de vinte minutos.
TRABALHO
Normalmente o pagem dava uma ou duas voltas à praça antes do início da corrida. Os miúdos, entre os 15 e 16 anos, iam sempre à volta de uma carruagem puxada por cavalos.
CRÓNICA DE UM CONTACTO IMPOSSÍVEL
O CM tentou repetidamente contactar o gerente da firma “António da Paula Lopes e Herdeiros Ltd”. Sem sucesso. A primeira tentativa deu-se na quarta-feira da semana passada. “O gerente está de férias. Só volta na segunda-feira, dia 15” disse um dos empregados. Mesmo assim o jornalista deixou as suas referências e pediu para ser contactado.
Na Segunda-Feira indicada, nova tentativa. Sem sucesso. “O gerente só volta, quarta ou quinta-feira” afirmou o mesmo empregado. Dito isto acrescentou: “Mas pode dizer-me qual é o assunto porque eu também sou da família”.
A conversa decorreu num pequeno escritório nas traseiras da loja. O jornalista explicou o teor da investigação. O empregado – que sempre recusou identificar-se – não parece ter gostado muito do que ouviu: “Isso só o patrão é que pode responder.” O CM tentou nos últimos dois dias chegar à fala com o gerente da “Paula Lopes”. Sem sucesso. Desta vez a empresa tinha as portas encerradas. E ninguém respondia ao telefone.
CURSO DE TOUREIO NA CASA PIA ALIMENTA POLÉMICA
O antigo bandarilheiro e matador de touros, Mário Coelho, foi um do principais impulsionadores do curso de toureiros no interior da Casa Pia. No início dos anos 90, Mário Coelho, um dos co-fundadores da Associação Tauromáquica Nacional (ATN), entretanto extinta, tinha no Provedor Adjunto, Victor Manuel Videira Barreto o seu principal aliado no seio da instituição.
A ATN chegou a celebrar um protocolo com a Casa Pia com vista a ministrar aulas de toureio aos "gansos" – assim são conhecidos os alunos daquela instituição – mas o projecto praticamente não saiu do papel. Ainda chegou a haver umas aulas práticas, uma ou outra palestra, mas oficialmente o curso não chegou a funcionar. "Porque o projecto não tinha contornos bem definidos mas também por falta de verbas", disse ao CM fonte da Casa Pia. Mesmo assim as negociações estenderam-se durante cerca de dois anos.
A edição de ontem do "Farpas" escreve que é ao antigo matador Mário Coelho que o "Expresso" se refere no artigo que estabelece as alegadas ligações perigosas entre o mundo da tauromaquia e o escândalo da pedofilia na Casa Pia." Embora não cite o nome de Mário Coelho, a jornalista dá todas as pistas que levam ao antigo matador" escreve o semanário taurino. A investigação do ‘Expresso’ concluía que " a ligação da rede da Casa Pia ao mundo da tauromaquia (...) era garantida por um toureiro de Vila Franca de Xira que chegou a convencer a anterior Provedoria a abrir um curso de toureio no interior da instituição". Mas o jornal vai mais longe: "Toureiro aliciava sob a promessa de uma carreira brilhante, porque o próprio conheceria muitos actores de Hollywood interessados pela festa brava".
Esta investigação do ‘Expresso’ está a abalar o universo tauromáquico nacional. E as reacções não se fizeram esperar. “Se havia recrutamento de miúdos no Campo Pequeno (...) isso nada tinha a ver connosco. Acontecia no cenário das corridas da corridas de gala como podia acontecer noutro local qualquer (...)”, refere o director do “Farpas”, Miguel Alvarenga.
O CM tentou insistentemente contactar Mário Coelho. Sem sucesso. Em declarações recentes a “O Crime” o toureiro diz estar “convencido a duzentos por cento que a nível taurino não havia absolutamente nada, porque é uma raça de gente que de maneira alguma poderia estar envolvida numa coisa destas”. Já quanto aos pedófilos propõe uma solução radical. “Eu capava-os”.»
http://www.cmjornal.xl.pt/detalhe/noticias/nacional/atualidade/nas-barbas-da-policia-judiciaria
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O Mário Coelho diz que capava os pedófilos, e nós muito gostaríamos de capar todos os que são cúmplices destas práticas imundas que recheiam o mundo imundo da tauromaquia, utilizando crianças tão inocentes como os touros e cavalos que servem de pretexto para um divertimento de bêbados, sádicos e psicopatas.
Tudo, na tauromaquia é do que há de mais baixo na escala das baixezas perpetradas pelo cascalho humano.
Isabel A. Ferreira
Este ritual degradante contará com os habituais covardes, que irão sacrificar 6 magníficos Touros, previamente maltratados, para entrarem na arena já bastante enfraquecidos, sem visão, sem cornos, e estraçalhados por dentro.
Os covardes tauricidas farão tudo, isto é, usarão de todas as armas tauromáquicas sobre seres indefesos, inocentes e fragilizados apenas para mostrarem uma “virilidade” que nem com uma lupa consegue ver-se.
Enfim, não terão casa cheia, porque está mais do que visto que em Portugal só os sádicos, os bêbados, os necrófilos, os destrambelhados mentais (e não serão tantos assim) é que vão assistir e aplaudir um ritual sanguinário, que vem do tempo das bruxarias.
Se a comunicação social cumprisse a sua função, esta “coisa” que se anuncia no jornal Correio da Manhã como um acontecimento social de “elevado nível” seria noticiado como a festa ridícula de marialvas ridículos, que já estão fora de prazo.
Desejo que tudo corra bem para os 6 magníficos Touros e que eles possam enfrentar estes covardes com a dignidade dos seres superiores que são, muito mais do que os seus ridículos carrascos. O seu sacrifício não será em vão. Todas estas mortes serão um dia desagravadas da maneira mais atroz.
Para os carrascos desejo que tudo corra mal.
Porquê?
Porque já estamos todos fartos de tanta ESTUPIDEZ!
Este belo Touro também transporta a centelha de Deus...
Rfof, deixou um comentário ao meu texto UM RECADINHO A D. ANACLETO OLIVEIRA, BISPO DA DIOCESE DE VIANA DO CASTELO às 18:55, 2012-08-27.
«Começo por partilhar consigo que não me escondo atrás de quatro letras, porque nunca esteve em causa o desejo de me esconder. Apenas, por uma questão de prudência, pretendo que aquilo que eu digo seja analisado com imparcialidade e não contra uma pessoa, poupando-se os argumentos falaciosos ad hominem. Assim analisam as minhas palavras e não a minha pessoa.
Como já tive várias vezes a oportunidade de partilhar em vários comentários ao seu blog, eu sou contra as touradas e todas as formas de maus-tratos contra os animais. Apenas, como penso que a Sra. já teve oportunidade de reparar, eu pretendo que se faça uma análise o mais séria possível, sem sobressaltos e sem ofensas, o que a Sra. pelos vistos, não é capaz de fazer, dadas as suas precipitadas acusações, quando chama a todas as pessoas bêbadas pelo simples facto de assistirem a touradas.
É preciso uma serenidade própria de quem quer convencer, e não apenas vencer, porque quando se convence, é porque se reconheceu a seriedade dos argumentos e a verdade da situação; quando se vence, é porque se destruiu alguém que passa a ser um vencido.
Devemos vencer as más práticas, obviamente, e seria muito bom que diante do convencimento de muitas pessoas as touradas saíssem vencidas, mas nunca as pessoas. Assim, minha cara Sra. não se constrói paz.
Quanto às acusações que faz aos padres, denota-se o mesmo erro anterior: precipita-se a generalizar. Acredite ou comprove - não sei se a Sra. vai à missa nem com que frequência - que há muitos padres que ensinam esses valores que a Sra. enuncia. Mas repare que para aprender esses valores não é estritamente necessário ir à missa... são valores, digamos assim, seculares. Na Igreja ensinam-se com uma outra fundamentação - obviamente racional, mas não só.
Na Igreja ensina-se a viver diante de Deus, com Deus, para Deus, em que o próprio Deus é o fundamento da nossa existência e do nosso agir. Não deixo, contudo, de concordar consigo que muitos padres, ainda hoje em dia, se entretêm com discursos infindáveis cheios de clichés e de lugares comuns que pouco dizem a quem os ouve e que são muitas vezes expressão de um ego enorme, dos próprios clérigos. Mas espero que a Sra. tenha confiança de que eu não serei assim!
Quando diz que «ENSINASSEM AO POVO A AMAR AS CRIATURAS DE DEUS, ESTARIAM A DIZER-LHE QUE AMASSEM O PRÓPRIO DEUS, que ESTÁ EM TUDO O QUE CRIOU», bem, certamente compreenderá que o cristianismo não acredita num panteísmo (!), mas ante quando diz que Deus está em todo o lado, está a dizer que acredita que Deus é o fundamento último de tudo o que existe. Espero que seja claro que o Criador é diferente da criatura, e esta diferença ontológica nunca deixará de existir. Espero que tenha compreendido o que eu disse.
Com os melhores cumprimentos,
Rfof»
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Rfof, começo por lhe dizer que já o vi aqui criticar a argumentação “fraquinha”, não só minha como dos outros comentaristas sobre a matéria que nos traz nesta “esgrima”. Mas deixe-me dizer-lhe que a sua argumentação para justificar o facto de se esconder atrás de quatro letrinhas não convence nem uma pedra. Posso então deduzir que, sabendo tudo o que sabe, se é que se deu ao trabalho de ir saber (o meu perfil e currículo são públicos, uma vez que tenho livros à disposição de leitores) está a analisar-me, como pessoa, e não as minhas argumentações acerca de um assunto que é uma das grandes desonras dos legisladores portugueses e da Igreja Católica Portuguesa (que abençoa os torcionários antes de eles irem torturar seres vivos para a arena).
Se o Rfof é CONTRA AS TOURADAS dê a cara e o nome pela causa. E se pertence à Igreja Católica (está em vias de ser clérigo, certo?) ainda mais responsabilidade tem nesta matéria. Não venha para aqui apenas criticar a actuação de quem luta com todas as suas energias positivas, para acabar com este crime contra a VIDA.
Reparo que não interpreta bem aquilo que escrevo. Eu não chamo a todas as pessoas que assistem a touradas, BÊBADAS. O que eu digo E CRITICO (repare bem) é a PRÁTICA DE TORTURAR TOUROS E CAVALOS PARA DIVERTIR SÁDICOS E BÊBADOS. Não coloco em parte alguma a palavra TODOS.
E agora responda-me: as pessoas que SENTEM PRAZER com o sofrimento de um ser vivo (seja ele humano ou não) o que são? E para a palavra “bêbados” deixo-o com este texto, que diz do significado das minhas palavras: http://arcodealmedina.blogs.sapo.pt/123179.html
Como podemos ter serenidade diante de um bando de torcionários, sádicos e bêbados que se divertem a TORTURAR (sabe o que significa TORTURAR?) criaturas inocentes e que sofrem tanto como nós, que também somos animais?
Infelizmente, dada a natureza bélica dos homens predadores, para haver PAZ é necessário a GUERRA, nem que seja de PALAVRAS. E eu utilizo-as como TORPEDOS. Não posso chamar “lúcido” a um sádico. Um sádico é um sádico. Não há outro modo de dizê-lo.
O Rfof cai no mesmo erro de todas a gente: generalizações. Quando se diz «os homens são uma espécie insólita» o que estará implícito na palavra “homens”? Não estão também as mulheres? E serão TODOS os homens e mulheres insólitos? Claro que não.
Não posso dizer que o padre X, o padre Y, o padre Z não cumprem a missão que lhes foi destinada. Os padres (e aqui fica implícito a generalidade, claro que haverá excepções) não ENSINAM a doutrina de Jesus Cristo aos “fiéis”. Limitam-se a “interpretar” os Evangelhos à luz do tempo em que Cristo andava pelo mundo, mas não à luz do que Cristo realmente quis deixar como mensagem que temos de adaptar aos tempos modernos. E o que acontece?
Os padres vão ABENÇOAR os torcionários para as arenas da TORTURA.
E se existem padres CONTRA AS TOURADAS onde estão? Que Não SE PRONUNCIAM ALTO?
O Rfof diz que é contra as touradas. Mas quem é o RFOF? Onde se ESCONDE?
Não frequento a missa desde os meus quinze anos, quando me “confessei” a um padre franciscano e lhe disse que a missa não me dizia nada. Preferia ficar a ouvir os pássaros, nos claustros do Mosteiro, onde me sentia muito mais perto de Deus, do que dentro da Igreja a ouvir um padre a falar de coisas que não me interessavam.
E sabe o que ele me respondeu? Que eu tinha razão. Ao ouvir os pássaros estaria a ouvir o canto de Deus. E partir desse dia, Deus, para mim passou a ser aquele SER que eu podia AMAR através de todas as suas criaturas, e não um SER que CASTIGA por tudo e por nada.
Por isso quando digo que se os padres «ENSINASSEM AO POVO A AMAR AS CRIATURAS DE DEUS, ESTARIAM A DIZER-LHE QUE AMASSEM O PRÓPRIO DEUS, que ESTÁ EM TUDO O QUE CRIOU», estariam mais perto da verdade, do que quando nos dizem para temer um Deus que CASTIGA.
Isto nada tem a ver com panteísmo, e se tivesse, Deus não nos expulsaria do Paraíso, com toda a certeza. Pelo contrário. O grande erro da Igreja Católica é pretender distanciar Deus das suas criaturas. Todas elas transportam a centelha de Deus. Até uma simples borboleta.
E nós, criaturas que transportamos a centelha de Deus, incluindo os Touros e os Cavalos, estamos mais perto Dele, do que a maioria dos que se dizem “representantes” de Deus na Terra.
Espero que tenha compreendido o que eu disse.