O Amor Animal
O vídeo, aqui reprodizido, é apenas uma pequena amostra desse amor entre os animais humanos e os animais não-humanos
A este propósito, aproveito para aqui deixar uma nova teoria sobre a Humanidade, da autoria de Josefina Maller, incluída no seu livro
«A Hora do Lobo»
«Oskar entende a política como um veículo que deve levar de um lugar para o outro, de passagem, e apenas de passagem, aqueles que nela se enfronham, e não um lugar cativo, propício a gerar a mais sórdida e malfazeja corrupção. Por este motivo, Oskar incomodava os corruptos, forçosamente. Era, pois, um homem a abater. Um dia, na impossibilidade de o eliminarem fisicamente, amordaçaram-no, do modo mais infame e covarde.
Como consequência desse acto, começou a interessar-se pelo estudo do que mais tarde viria a designar de Fenómeno do Homo Parvus ou Homo Predador, isto é, de uma criatura com aspecto de homem, porém possuidora de um cérebro primitivo, extraordinariamente mais primitivo do que o dos seus (dele, Oskar) irmãos macacos, conforme ele próprio faz questão de afirmar, e a qual criatura se desenvolveu paralelamente ao chamado Homo Sapiens – aquele que possui saber e o utiliza para o seu próprio bem-estar, e para o bem-estar de toda a Humanidade. Todavia, afiança Oskar, não se sabe muito bem como nem porquê – aliás como muita coisa que diz respeito à ciência, existindo até várias teorias sobre a questão, todas elas obviamente contraditórias, ou não seja a verdade da ciência sempre provisória – o Homo Parvus conseguiu sobrepor-se ao Homo Sapiens e alcançou o poder, se bem que um poder podre, o mais obtuso e destrutivo dos poderes, porque assente numa insipiência grosseira, o que o levou a começar a desgovernar o mundo, e este transformou-se num lugar mais caos do que ordem, onde o Sapiens, sob o desgoverno do Parvus, viveu quase sempre à deriva. Um contra-senso? Talvez, assevera Oskar, e questiona: «A força bruta, assente na ignorância, não foi sempre mais poderosa do que a mais eloquente inteligência? Quantos homens sábios morreram às mãos do Homo Parvus!»
A vida ignara dos homoparvus, norteada pelo seu saber pobre e podre, gira ao redor de tudo o que diz respeito à aniquilação do Planeta e dos seres que nele vivem: guerras, crimes de guerra, genocídios, massacres, torturas, invasões de territórios, armas nucleares, químicas e de destruição massiva, extinção de espécies; massacres de animais, campos de concentração, de reeducação e de extermínio; terrorismo, bombistas suicidas, enfim, um catálogo infinito de atrocidades, digno apenas de constar n’ O Livro Negro do Terror e da Ignorância, livro que, na verdade, já conta muitos milhares de páginas, escritas com o sangue dos inocentes. E sobre estas matérias, é preciso que se diga, Oskar escreveu já vários livros, que enfureceram não só os poderosos do seu país, como também os poderosos de todo o Planeta. É, pois, evidente, que Oskar seja tão desprezado, entre os políticos, entre os desgovernantes (como ele os qualifica) e até entre alguns dos seus pares, devido às suas ideias, estranhas, polémicas e, sobretudo, provocadoras, porque demasiado “simplistas”, na opinião das (des)inteligências buriladas no caos em que se transformou a vida no Planeta, onde proliferam (pre)conceitos abstracto-filosóficos, baseados na exclusividade de um eu sem causas, e em normas de conduta imoral e incívica, rebuscadas, sinistras e insólitas, a todos os níveis, tornando impróprias para consumo as sociedades engendradas em tal desordem.
Todas as épocas e todas as gerações, desde o dia em que o homem descobriu que podia acumular riquezas, e que essas riquezas lhe conferiam um determinado poder, tiveram o seu caos. No entanto, o tempo de Oskar, que, enfim, também é o nosso, é o tempo em que as nações, apesar de todos os progressos e de todas as evoluções, de todas as revoluções e de todas as boas intenções, ainda discutem a questão da guerra e da paz, não conseguindo atinar com qual destas situações será mais vantajosa para a Humanidade, ou mais condizente com mentalidades evoluídas. Direi que não estamos propriamente na era dos trogloditas, pois só pontualmente, um ou outro homem vive em cavernas. Calcula-se ter havido uma evolução de ideias e de comportamentos, desde o já longínquo primeiro amanhecer do australopiteco, contudo, essa evolução não se verificou entre o Homo Parvus que, nascendo pequeno e medíocre, permanece pequeno e medíocre, empancado, autoritário, impiedoso, repressivo, demente, obstinado, ignorante, enfim, constitui um verdadeiro entrave ao progresso dos povos.
Por outro lado, a cultura, o saber, a ciência, a arte, tudo o que valoriza a existência dos seres ditos humanos, é do domínio do Homo Sapiens que, no entanto, e inexplicavelmente, raras vezes teve o poder de mandar no mundo e quando, eventualmente, lá chega, é impiedosamente assassinado. O poder é dos fracos, e o saber dos fortes, sentencia Oskar que, todavia, não consegue explicar por que o poder dos fracos sempre se sobrepôs ao saber dos fortes, distanciando-nos, deste modo, e cada vez mais, do paraíso primordial, que foi o nosso Planeta à época da sua criação.
Quantos livros de poetas foram apreendidos e queimados diante da porta de Adriano, no decorrer dos séculos! Por esta e por outras que tais discrepâncias, Oskar recusa-se a aceitar o conceito de uma Humanidade uniforme, ou seja, rejeita a ideia da existência de uma só espécie humana. Para ele, há o Homo Sapiens, possuidor de uma inteligência construtiva, e o Homo Parvus que, não tendo evoluído ainda, é o resistente de uma raça de destruidores, não completamente extinta, e que, desde sempre, dominou a Humanidade através de políticas despóticas, agressivas e irracionais, e em tempos mais recentes, acrescidas de uma perversão mental conhecida por terrorismo, que se generalizou por todo o mundo.
Vive-se numa época em que já não há governantes nem autoridades, tão-só desgovernantes e desautoridades, sem a mínima capacidade crítica, analítica, ou mesmo reflexiva. Os autodenominados “políticos” e “autoridades”, ao não terem respeito por si próprios, não o têm também em relação aos outros, mas, sobretudo, não têm o respeito desses outros, ao praticarem uma política conforme os seus interesses mesquinhos, e não com base nos interesses dos povos, isto é, não exercem uma política com saber, com prudência e com lucidez, como seria desejável. O importante é acumular riquezas como se fossem viver eternamente e pudessem levá-las com eles para os túmulos, transformando os vermes em seus legítimos herdeiros.
Estamos num tempo em que paira sobre a Humanidade o espectro da pobreza extrema, da fome, da destruição do ambiente, da cada vez mais acentuada escassez de água potável, considerada o ouro de um futuro que, no entanto, é já presente; e de doenças provocadas por vírus e bactérias inteligentes, o novo e mais mortal inimigo do homem, o qual não se combate com armas de fogo comuns. Com as nucleares, talvez! Contudo, neste caso, quem não morresse da doença, morreria da cura. E o círculo fechava-se, nele encurralando a desprotegida Humanidade.
A grande maioria dos povos tenta sobreviver na linha de todos os limites, enquanto uma minoria atira para o lixo os excessos de uma existência farta. Já não se diz que o mundo é governado, mas que o mundo é desgovernado por uma sucessão de uns e de outros, tal o caos em que os cada vez mais poderosos homoparvus mergulham as nações. A vida no planeta começa a ser deprimente e insustentável. As políticas, ditas globalizantes, estão a transformar o mundo no quintal dos desgovernantes que detém um domínio político fortemente acorrentado a um ameaçador e obcecado poder económico, minado pela corrupção e pelo tráfico de influências. Os países, os povos, os cidadãos comuns que não pertencem ao chamado Double G (Grupo dos Grandes) consomem-se num quotidiano carregado de nuvens negras e águas fétidas e agitadas, vivido num permanente e desesperado desassossego, alimentado por um profundo desânimo, enquanto os “políticos” menores, sonhando com um lugar cativo no tal Double G, resvalam para enormes desaires. É o tempo do domínio da besta, que nada tem a ver com o ano da besta das profecias, ou com as bestas das lendas e dos saberes antigos. Esta é uma besta moderna, completamente desavergonhada, e que faz alarde da sua bestialidade, através dos actos que pratica, deixando atrás de si um rasto de destruição e de lixo, nunca visto ou sequer imaginado.
Estamos no tempo em que os fins justificam todos os meios, mesmo os mais inconcebíveis e irracionais. E enquanto o mundo do Homo se desmorona, a aranha continua a construir a sua teia, com engenho e arte, cuidadosamente, uma teia, no entanto, tão frágil que um sopro de vento pode desfazê-la num segundo. Mas esse é o destino da teia da aranha, que intui a sua vida breve, por isso, é tão delicada no fabrico dos fios que enredam a presa com que se alimenta, uma vez que não é da aranha cultivar uma horta ou um pomar. E enquanto essas teias são tecidas, com extrema minúcia, o mundo vai girando, vertiginosamente, enlouquecido e, de volta em volta, o tempo avança. Inexorável».
(Excerto do livro «A Hora do Lobo» © Josefina Maller
«O Papa Francisco lamentou hoje que algumas pessoas sintam compaixão pelos animais, mas depois mostrem indiferença perante as dificuldades de um vizinho, numa reflexão sobre o conceito de "piedade" durante uma audiência geral na Praça de São Pedro.»
Foi profundamente lamentável esta insinuação do Papa Francisco, a quem dedico um afecto especial, e por isso mesmo, fiquei magoada.
Ao ler as palavras atribuídas ao Papa Francisco, nem quis acreditar, pois parecia que estava a ouvi-las da boca de um aficionado ferrenho de tauromaquia, o qual diz exactamente a mesma coisa, quando tenta desacreditar os anti-touradas.
Mas pensem bem: qual de nós sentiria compaixão por um animal não-humano, e desprezaria um animal humano, ainda que fosse um carrasco, se este precisasse de ajuda?
Eu, sendo católica não-praticante, já o fiz. (Sou não-praticante por discordar de muitas posições da Igreja Católica).
É que sendo a piedade uma das mais preciosas faculdades da alma humana, como bem a descreveu Leon Tolstoi, o Sábio, tal como as outras faculdades da alma humana, ou nascemos com elas, ou não as aprendemos em nenhuma escola da vida.
O Papa Francisco falava perante dezenas de milhares de pessoas, numa audiência jubilar, cerimónia que se realiza num sábado por mês, e alertou que não se deve confundir a piedade com a comiseração hipócrita, que consiste apenas numa emoção superficial, que não se preocupa com o outro.
Pois não haverá ninguém mais hipócrita do que a Igreja Católica, no que respeita à prática da piedadezinha e caridadezinha, salvo raras excepções, que as há, e que merecem todo o meu respeito.
E foi então que Francisco, o Papa, fez esta pergunta insólita: «Quantas vezes vemos pessoas que cuidam de gatos e cães e depois deixam sem ajuda o vizinho que passa fome?»
Como disse, Sua Santidade Papa Francisco? Alguma vez alguém que cuida de gatos e cães deixou de dar de comer a quem tem fome, ainda que esse faminto seja um miserável predador de animais não-humanos?
Se um necessitado vizinho, aficionado de touradas, estiver a morrer de fome, por piedade, qualquer defensor de animais matar-lhe-ia a fome, com toda a certeza. Sem pensar duas vezes.
Ou estarei a medir todos os defensores de animais, pela minha medida?
E disse mais o Papa Francisco, que me desiludiu, com este seu pensamento:
«Não se pode confundir compaixão pelos animais, exagerando no interesse para com eles, enquanto se fica indiferente perante o sofrimento do próximo». Isto é exactamente o que dizem os aficionados, quando não têm argumentos para defender a tortura, e querem atacar os anti-touradas.
Quantos de nós, defensores dos animais não-humanos, já não ouvimos isto, da boca de aficionados de touradas?
E na onda de despropósitos em que vagueou, o Papa Francisco disse a quem o ouvia que, para Jesus, «sentir piedade é partilhar a tristeza, mas ao mesmo tempo agir na primeira pessoa para transformá-la em alegria».
Não, Papa Francisco. Para Cristo sentir piedade não é apenas isto. Não foi isto que retirei dos ensinamentos de Cristo.
Para Cristo, «sentir piedade é colocarmo-nos no lugar do outro, e não fazer ao outro o que não gostaríamos que nos fizessem a nós». E esse outro, para Cristo, é qualquer das criaturas de Deus, incluindo os animais não-humanos.
E se o Papa (e todos os Padres da Igreja) em vez de dizer o que disse, repetisse infinitamente este princípio máximo de todas as religiões, o mundo seria um paraíso: «Não faças aos outros, o que não gostarias que te fizessem a ti».
Foi este ensinamento que Cristo nos deixou, e ao qual a Igreja Católica faz ouvidos de mercador.
Eu, que abomino touradas e predadores de animais não-humanos, por piedade, já ajudei aficionados e predadores de animais não-humanos nas suas misérias.
Que moral teria eu, para lutar pelo que luto, se fosse tão desumana como os desumanos predadores de animais não-humanos?
Até um assassino merece um prato de comida. Ou não? Ou deixamos morrer à fome os prisioneiros, os condenados à morte pela justiça dos “homens”?
Ao condenado à morte é-lhe oferecido o maior manjar, como último pedido.
Por que haveria os defensores de animais não-humanos recusar um prato de comida a um vizinho faminto, ainda que fosse um desalmado?
Este mundo, por vezes, não me parece um mundo. Parece-me um buraco negro, onde até um representante de Deus comete os seus erros.
Por fim, o Papa Francisco apelou ao cultivo da piedade, sacudindo de cima de si próprio a indiferença que impede cada um de reconhecer o sofrimento dos outros.
Do que se esqueceu Francisco de dizer foi que nesses outros também estão incluídos os animais não-humanos, também criaturas de Deus, a que a Igreja Católica não dá o mínimo valor, nem defende, como defendia São Francisco de Assis, permitindo as maiores barbaridades, em Portugal, em Espoanha, em França e em mais cinco países sul-americanos, onde se pratica a tortura de Touros, com a bênção da Igreja Católica.
E isso não é nada, nada, mas mesmo nada cristão.
Será apenas católico, apostólico, romano?
Isabel A. Ferreira
Fonte:
É preciso torturar animais não-humanos indefesos, inocentes e inofensivos, para ajudar animais humanos, também indefesos, inocentes e inofensivos?
Isto é um INSULTO ao conceito de BENEFICÊNCIA.
Da minha parte a Liga Portuguesa Contra o Cancro não verá nem mais um cêntimo.
Boicotemos a LPCC, até que aprenda que a tortura não é um modo civilizado de angariar fundos para a Oncologia.
Um cartaz que arrasta na lama a Liga Portuguesa Contra o Cancro
Está marcado para o dia 29 de Maio um episódio de selvajaria tauromáquica para fins beneficentes, a favor do Núcleo Regional dos Açores da Liga Portuguesa Contra o Cancro, que contará com matadores de Touros e montadores de Cavalos, e cobardes forcados amadores, com o intuito de comemorarem os 75 anos da Liga a nível nacional, e os 50 anos que o núcleo completa no arquipélago.
Gonçalo Forjaz, presidente do Núcleo Regional dos Açores da Liga Portuguesa Contra o Cancro salientou que o objectivo é realizar um evento por ilha.
Calhou que na ilha Terceira, a mais atrasada civilizacionalmente, o gosto pela selvajaria tauromáquica falou mais alto, disse o presidente. Se o gosto fosse atirarem-se a um precipício, esse gosto seria cumprido. É que o desafio que têm no Núcleo, é esse mesmo: é organizar um evento por ilha que caracterize essa ilha.
E o que caracteriza a ilha Terceira é a barbárie, apoiada pela Liga.
E Gonçalo Forjaz acrescentou, como uma sentença: «No caso da Terceira temos este gosto pelos touros, daí este espectáculo de beneficência». Gosto pelos touros? Não, não é gosto pelos Touros, é gosto pela tortura. É um sadismo enraizado até à medula. Se fosse gosto pelos Touros, deixavam-nos em paz, nos prados.
E a Liga aliou-se à Tertúlia Tauromáquica Terceirense e ao Grupo de Forcados da TTT, para esta iniciativa selvática, com intuitos beneméritos.
Se tivessem vergonha na cara, se fossem um organismo de raiz humanística nunca angariariam fundos manchados de sangue, para a criação de uma bolsa de investigação na área da oncologia.
Isto é insultar a Ciência e o investigador beneficiado, que se for um ser humano racional não aceitará tal bolsa.
Tenha vergonha, Gonçalo Forjaz, e cancele este evento, que só trará desprestígio à Liga Portuguesa Contra o Cancro, e perderá milhares dos donativos que todos nós, conscientes do trabalho da Liga, vos entregamos todos os anos.
Não desçam tão baixo.
Os doentes oncológicos não merecem este INSULTO.
Para que não digam que não sabiam aqui vos deixo
A Verdade perversa sobre a Tortura de Touros e Cavalos, antes, durante e depois da lide
http://arcodealmedina.blogs.sapo.pt/484004.html
Ouçam a notícia que envergonha o arquipélago dos Açores, arrasta na lama a Liga Portuguesa Contra o Cancro e INSULTA os doentes oncológicos
[O vídeo foi desactivado, para que o mundo não possa ver e ouvir o que é a barbárie das touradas nos Açores]
Isabel A. Ferreira
Petição ao novo Governo de Portugal
Considerando que:
1- Os mais recentes estudos científicos comprovam, inequívoca e cabalmente, que os animais de várias espécies, incluindo Touros e Cavalos são seres sencientes capazes de sentir prazer, dor e sofrimento, físicos e psicológicos, e experimentar sentimentos de alegria, medo e angústia;
2 - Os Touros e os Cavalos experimentam um sofrimento atroz, físico e psicológico, antes, durante e depois das touradas, como atestam estudos da Universidade Complutense de Madrid e vários médicos veterinários subscrevem;
3 - A legislação portuguesa reconhece a necessidade de protecção dos animais («São proibidas todas as violências injustificadas contra animais, considerando-se como tais os actos consistentes em, sem necessidade, se infligir a morte, o sofrimento cruel e prolongado ou graves lesões a um animal»), mantendo uma inexplicável excepção para a tauromaquia;
4 - A tauromaquia é uma prática cruel e obsoleta que tem suscitado enorme repúdio e indignação na sociedade civil portuguesa e mundial. Massacrar animais gratuitamente para entretenimento não é próprio de sociedades evoluídas e envergonha muitos portugueses face a uma Europa que se distancia cada vez mais de práticas bárbaras e que causam sofrimento a seres sencientes;
5 - A tauromaquia é ainda uma prática perigosa para os animais humanos, a comprová-lo estão os incontáveis casos de lesões graves e muitos danos fatais entre os seus intervenientes;
6 - Estudos comprovam que a violência para com animais predispõe à violência para com humanos, sendo que no historial de muitos criminosos constam inicialmente episódios de maus-tratos persistentes a animais;
7 - A tauromaquia está em franco declínio e só subsiste nos dias de hoje graças a apoios mais ou menos explícitos por parte do Estado, quer através do poder central, quer através das autarquias, algumas endividadas e com populações em situação de carências várias em áreas vitais como a saúde, a educação, os apoios sociais;
8 - As autarquias, por se encontrarem numa situação vantajosa de proximidade das populações, têm um papel fundamental na construção de uma sociedade mais civilizada, evoluída e distante de práticas que deveriam ter ficado no passado e os executivos municipais têm por obrigação associar-se a eventos que promovam a evolução das pessoas e das regiões, ligando o seu nome a práticas positivas e construtivas de avanço civilizacional que o século XXI impõe;
Considerando que a ignomínia não pode ser exemplo para as crianças e os jovens portugueses, em nome do mundo humanizado, civilizado, culto e evoluído venho solicitar ao Governo de Portugal a ABOLIÇÃO, em todo o território português, de todas as práticas tauromáquicas, que causam sofrimentos indizíveis e desnecessários a animais sencientes como nós.
Isabel A. Ferreira
***
(Texto da petição inspirado no conteúdo desta outra petição que todos devem assinar:)
http://peticaopublica.com/pview.aspx?pi=PT79975
Ainda que pareça óbvio mencionar, os animais sofrem de dor igual às pessoas. Mas, como não podem comunicar isso de uma maneira directa, às vezes, para nós é difícil detectar.
Talvez por isso, até ao final do século passado, não se tinha muita consciência do sofrimento dos animais. Até então, justificaram-se experiências e outras crueldades, amparados na teoria de que não os animais não sentiam dor.
Só tinham reflexos musculares incontrolados e respostas nervosas. Vê-se que essa gente nunca teve um gato para pisar acidentalmente no rabo…
Às vezes, a ignorância e a insensibilidade se escondem por detrás de dogmas científicos que dão como verdades absolutas e inquestionáveis questões que nunca deveriam ser dadas como certas.
Felizmente, as coisas estão a mudar e, hoje, considera-se que os animais têm um repertório de dor similar ao nosso.
Como a dor se manifesta nos animais
Uma vez que o seu animal não pode colocar em palavras humanas a sua dor, você deve prestar atenção à linguagem de seu corpo e às mudanças do seu comportamento.
A reacção mais básica, sobretudo se a dor for aguda, costuma ser a agressão. Um animal nesta situação sente-se ameaçado por todos e por isso reage de forma violenta.
Na verdade, você conhece o seu animal melhor do que ninguém, assim será bem fácil para você dar-se conta de que algo não anda bem. A questão é que nem todas as espécies manifestam a dor da mesma maneira. Por exemplo:
– Alguns cães uivam e gemem;
– Os gatos apresentam uma tendência para se esconderem em lugares fechados ou deixarão de se lamber;
– Em roedores e coelhos, ocorrerá uma diminuição de apetite ou falta de mobilidade.
Outros sinais em gatos e cães podem ser:
– Mudança de posturas (dorso arqueado, cauda para baixo, etc.);
– Olhar parado;
– Alterações no sono;
– Dificuldade para ficar em pé;
– Expressões faciais distintas;
– Diminuição da actividade;
– Menor consumo de água e de alimento;
– Tremores;
– Chiados;
– Podem vir a mancar.
Tenhamos presente que, na Natureza, muitos animais tratam de não se mostrar vulneráveis para evitarem tornar-se presas fáceis ou, para não perderem autoridade dentro do grupo.
Tratamento da dor nos animais domésticos e em outros animais (incluindo bovinos)
Além disso, cada vez mais se fabricam analgésicos e fármacos específicos, que podem ser utilizados para dores pontuais ou para cuidados paliativos.
Em todo caso, o tratamento da dor nestes seres torna-se fundamental para evitar efeitos prejudiciais sobre os seus organismos, dentre os quais se destacam:
– Predisposição a infecções;
– Complicações pós-cirúrgicas;
– Lentidão na cicatrização de feridas;
– Perda de peso.
Os avanços e mudanças na matéria têm sido notáveis se considerarmos que, até algum tempo atrás, nas faculdades de medicina veterinária, se ensinava a não administrar analgésicos depois de operações, uma vez que desta forma o animal se mantinha quieto e era evitada assim, muitas complicações.
E, inclusive, pensava-se que nos primeiros meses de vida, os filhotes não sentiam dor devido ao escasso desenvolvimento do sistema nervoso.
Passou-se muito tempo até que foi, finalmente, possível demonstrar que o reconhecimento neurológico da dor e as vias de propagação são iguais em animais humanos e não humanos, também foi provado que elas encontram-se maduras desde o nascimento. (Independentemente da espécie).
Mas enquanto a medicina veterinária tem tido grandes avanços nos tratamentos para cães e gatos, ainda são quase nulas as opções farmacológicas para animais exóticos, como camaleões, iguanas e cobras.
Da sua parte, preste sempre muita atenção ao seu animal de estimação e, ante o mínimo indício de que algo não anda bem, leve-o ao veterinário e explique detalhadamente todos os sinais que detectou.
Isso facilitará a tarefa do profissional, uma vez que no âmbito do consultório, às vezes, torna-se difícil determinar a magnitude da dor, porque os animais se vêem intimidados pelo meio estranho.
E lembre-se de que você não deve nunca dar, ao seu animal de estimação, analgésicos de uso humano sem a devida prescrição médica, uma vez que, querendo aliviar a dor dele, você poderia provocar um problema ainda maior.
Uma forma de você demonstrar-lhe o quanto o ama, é agir com responsabilidade. O seu amigo saberá agradecer.
Fonte:
(Este texto foi transcrito para Língua Portuguesa)
Se fosse cá em Portugal os patinhos eram atropelados e levados para fazer arroz…
As autoridades policiais na Noruega protegem não só os animais humanos como também os animais não humanos.
Uma atitude a louvar e a seguir pelas autoridades portuguesas, na sua maioria, INSENSÍVEIS ao que se passa ao redor do mundo dos animais ditos não humanos…
Lisboa, 29 de Abril de 2015 – O PAN – Pessoas-Animais-Natureza acaba de apresentar uma queixa ao provedor de justiça no âmbito da aprovação da Proposta de Lei n.º 209/XII (3ª), expondo as suas preocupações com a compatibilidade daquele diploma com os direitos fundamentais intrínsecos das crianças.
Segundo aquele diploma, as actividades de artista tauromáquico e auxiliar podem ser exercidas por menores de 18 anos e por crianças menores de 16 anos mediante autorização da Comissão Nacional de Protecção de Crianças e Jovens em Risco. Comissão, essa que, a par de outras entidades, reconheceu que a actividade tauromáquica “pode colocar em perigo crianças e jovens” (in Circular n.º 4/2009).
A Amnistia Internacional emitiu parecer no mesmo sentido. Mais expressivo ainda, é o parecer da Comissão de Regulação do Acesso a Profissões, que recomendou que, tendo a legislação fixado a escolaridade obrigatória até aos 18 anos, então também só deveriam participar neste tipo de actividades indivíduos cuja escolaridade obrigatória esteja já cumprida. Para além disso, a idade mínima de 16 anos corresponde à idade mínima de admissão ao trabalho subordinado (n.º 2 do art. 68.º do Código do Trabalho).
«A tourada é uma actividade violenta e, como tal, deve estar sujeita às mesmas restrições etárias que outras actividades de natureza artística e outros divertimentos públicos considerados violentos. Nomeadamente, não faz sentido proibir um menor de 18 anos de assistir a um filme de ficção no cinema, mas depois permitir que uma criança de 12 anos esteja envolvida na morte de um animal, seja por frequentar a escola de toureio, seja por assistir à morte de um animal para mero entretenimento de quem assiste», defende André Silva, porta-voz do PAN.
Diversos estudos a que o PAN recorreu para elaborar a queixa ao provedor confirmam que a exposição das crianças a violência explícita provoca efeitos significativos no seu desenvolvimento, donde resulta a necessidade de proteger os menores de tais impactos, como manda a Constituição.
No que diz respeito especificamente ao trabalho infantil, o Comité de Direitos da Criança, já expressou a sua preocupação ao referir que «O Comité (…) continua profundamente preocupado com o envolvimento persistente de crianças em trabalhos perigosos e/ou degradantes como o trabalho agrícola em culturas ilegais, tráfico de drogas, mineração ilegal e touradas».
Face ao exposto, o PAN conclui que o diploma em causa enfrenta uma série de constrangimentos legais nacionais e internacionais mas, mais importante que isso, efectivamente revela uma desconsideração pelos direitos fundamentais das crianças a um desenvolvimento saudável.
Importa ainda referir que, no âmbito do supra mencionado processo legislativo, foram ouvidas as seguintes entidades: Associação Portuguesa de Criadores de Toiros de Lide; Associação Nacional dos Grupos de Forcados; Associação Nacional de Toureiros Portugueses; Associação Nacional de Empresários Taurinos; Secretário de Estado da Cultura e Presidente da Comissão Nacional de Protecção de Dados.
Não foi ouvido um único representante dos direitos das crianças, o Comité dos Direitos da Criança da ONU, assim como não foi ouvida nenhuma ONG que defenda os direitos de animais humanos e não humanos.
Fonte:
http://www.pan.com.pt/comunicacao/noticias/item/573-provedor.html
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Apenas umas dúvidas:
Associação Portuguesa de Criadores de Toiros de Lide; Associação Nacional dos Grupos de Forcados; Associação Nacional de Toureiros Portugueses; Associação Nacional de Empresários Taurinos são ENTIDADES de quê?
O secretário de estado da cultura acima mencionado é secretário de estado de que CULTURA?
Não foi ouvido um único representante dos Direitos das Crianças, o Comité dos Direitos da Criança da ONU, assim como não foi ouvida nenhuma ONG que defenda os direitos de animais humanos e não humanos, porquê?
Pelas tradições locais livres de selvajaria tauromáquica
Presidente da Câmara Municipal de Vila Franca do Campo,
Presidente da Assembleia Municipal de Vila Franca do Campo,
Presidente da Junta de Freguesia de Ponta Garça,
Presidente da Assembleia de Freguesia de Ponta Garça,
C/c: Bispo da Diocese dos Açores,
Padre da Paróquia de Ponta Garça,
Presidente da AVIPAA
Exmos. Senhores,
Tomei conhecimento de que está prevista a realização de uma tourada à corda na freguesia de Ponta Garça, no próximo dia 24 de Maio, promovida pela Irmandade do Espírito Santo dos Aflitos (Boavista), e venho manifestar o meu mais veemente repúdio por esta iniciativa que, além de conspurcar as tradições do concelho de Vila Franca, que se manteve até ao momento livre de eventos degradantes, como são as touradas, conspurca também a acção de uma Irmandade que deveria seguir os preceitos cristãos, e opta por introduzir numa localidade limpa, costumes pagãos primitivos e de má memória.
No caso presente a situação é bem mais grave, pois o evento é organizado por uma instituição que irá desviar dinheiro dos ponta-garcenses, que devia ser utilizado em acções de solidariedade social e no são convívio, para alimentar um negócio obscuro, que em nada contribui para educar o povo local para o respeito que todos devemos aos animais não humanos, tanto como aos animais humanos, além de causar sofrimento inútil aos primeiros, e colocar em risco a vida dos que vão assistir a esta diversão completamente irracional e incivilizada.
Num concelho que quer ser respeitado pela sua modernidade, pelo seu apego e proximidade aos valores naturais, pelo desenvolvimento do turismo de Natureza e pelo seu cuidado e bem-estar dos animais, não deve existir lugar para este tipo de iniciativas degradantes para animais não humanos e também para os animais humanos, pelo que venho solicitar um acto de contrição por parte dos organizadores de tão indigna iniciativa, e a tomada de medidas para dar cumprimento ao estipulado no Código de Posturas da Câmara Municipal de Vila Franca do Campo que menciona ser proibido “utilizar animais em touradas”.
Com a minha mais veemente indignação,
Isabel A. Ferreira
***
Enviem os vossos protestos para:
rcouto@cmvfc.pt, cmartins@cmvfc.pt, jfpontagarca@gmail.com, avipaa.associacao@gmail.com, info@igrejaacores.pt, diocese.angra@iol.pt, amigosdosanimaisvilafranca@gmail.com
Sei que posso chocar-vos, mas isto acontece no Nepal: sacrifício brutal de animais.
Em nome de quê?
Foto: Roberto Schmidt/AFP
in: http://noticias.band.uol.com.br/mundo/noticia/?id=100000722641&
Então ocorre-me pensar algo terrível, que não devia pensar.
Mas é preciso saber ler os sinais que as forças do Universo nos enviam, todos os dias.
Um cismo de grande magnitude dizimou milhares de nepalenses
O mundo anda de olhos vendados e não sabe interpretar estes avisos da Mãe Natureza. É que somos todos (animais humanos e animais não-humanos) filhos dessa mesma Mãe.
Diz quem sabe (não sou eu que o digo, porque nada sei) que o tempo do ajuste de contas já chegou, e pelo que está a acontecer por todo o mundo, acredito nisso plenamente.
Fonte:
https://www.facebook.com/UNFFT/photos/pcb.10152951203419825/10152951201509825/?type=1&theater
Sejamos então humildes, e reduzamo-nos à nossa insignificância.
É que nada mais somos do que simples grãos de poeira cósmica...
Isabel A. Ferreira
Texto de Josefina Maller
«Todos sabem (os meus leitores, claro!) que eu sou uma defensora acérrima dos animais (de qualquer animal, seja doméstico ou selvagem, do cão, do gato, da formiga ao hipopótamo, dos seus direitos, e de como os considero meus irmãos, porque somos seres da mesma Criação, com quem partilho o mesmo Planeta e a mesma Vida: respiramos o mesmo ar; bebemos da mesma água; alimentamo-nos do que a Natureza nos dá; temos as mesmas necessidades vitais, fome, sede, sono; sofremos as mesmas dores; somos fustigados pelo mesmo Vento; ilumina-nos o mesmo Sol; vela-nos a mesma Lua; abrasa-nos o mesmo Fogo; somos atingidos pelos mesmos flagelos da Natureza, pelas mesmas doenças, pelos mesmos martírios que nos infligem os animais humanos.
Porém, nem todos saberão porquê.
in «A Hora do Lobo», livro de Josefina Maller
Gosto dos animais não-humanos porque:
- São-nos fiéis em qualquer circunstância: nos bons e nos maus momentos; na fartura e na miséria; na saúde e na doença.
- Não têm vícios, não se embebedam, não se drogam...
- Não são rancorosos.
- Não usam da violência para maltratar os da sua espécie, a não ser em legítima defesa ou por uma questão de sobrevivência...
- Não matam por prazer.
- Não são cruéis.
- Não sentem ódio, nem escárnio.
- Não massacram.
- Não são terroristas.
- Não desprezam os seus.
- Não poluem as águas, o ar, o solo, o ambiente...
- Não fazem guerras.
- Não são bombistas-suicidas.
- Não destroem o seu meio ambiente.
- Não inventam armas mortíferas.
- Não sequestram os seus.
- Não violam os seus.
- Não torturam os seus.
- Não impingem o seu modo de vida a ninguém.
- Não são intolerantes.
- Não mentem nunca.
- São afectuosos.
- São pacifistas.
- Não são hipócritas, nem cínicos.
- São amorosos, perspicazes, laboriosos, inteligentes.
- Não agridem, se não os agredirem.
- Não são ladrões.
- Não são corruptos.
- Não são vigaristas.
- Não são traficantes de droga, nem de armas, nem dos seus.
- Respeitam as leis da Natureza e da Sobrevivência.
- Não andam no mundo só por ver andar os outros: intuem o verdadeiro sentido da vida, porque a vivem de acordo com a Lei Natural... que é forma mais inteligente de a viver...
Que motivos terei eu para não respeitar ou não gostar dos animais não-humanos ou de considerá-los inferiores a mim?»
Josefina Maller