Sábado, 2 de Março de 2019

«CONVITE AO RECONHECIMENTO DO SENSO COMUM, DO CONHECIMENTO CIENTÍFICO, AO RESPEITO PELOS ANIMAIS E À EVOLUÇÃO CIVILIZACIONAL»

 

Pela abolição da tourada!

Um texto assinado pelo Médico Veterinário, Dr. Vasco Reis.

Um texto que endereço aos políticos, aos deputados da Nação, ao governo português, e aos membros da igreja católica portuguesa.

 

Se depois de o lerem (esperamos que o leiam) continuarem a apoiar “isto”, devemos concluir que a uns e a outros falta sensibilidade e bom senso, além de sentido crítico e senso comum.

 

E o melhor a fazer é afastarem-se da política e da igreja.

Não servem nem para servir o País, nem Deus.

 

BARRANCOS-1.jpg

Origem da imagem: Internet

 

Texto assinado pelo Dr. Vasco Reis (Médico Veterinário)

 

«PROPÓSITO

 

Espero que este seja um contributo, embora modesto, para melhor se compreender, porque são cada vez mais os indivíduos, que anseiam pelo avanço civilizacional, que seria obtido pela abolição da tourada.

 

A investigação e a informação científica progridem acerca da natureza, da senciência, da consciência dos animais não humanos (DECLARAÇÃO DE CAMBRIDGE DE 7 DE JULHO DE 2012). O respeito, a justiça e a ética em relação a eles impõem-se. A comunicação por escrito e em som e em imagem é frequente e está muito divulgada. O acesso à informação aumenta e está facilitado. Petições, manifestações, cartas abertas, blogues, intervenções na comunicação social, palestras, etc, informam, chamam a atenção, denunciam e exigem a solução deste grave problema, que vitima animais, prejudica valores da sociedade e indigna pessoas conscientes. 

 

O percurso do touro escolhido para ser toureado é pleno de sofrimento emocional, psicológico, físico, já antes da tourada (transporte em violência e claustrofobia, corte dos cornos e mais), durante a tourada (provocação, engano, esgotamento, espetar de bandarilhas/arpões e a sua retirada violenta e ...), após a tourada até ser abatido, fica sofrendo ferimentos dolorosos e infectados e padecendo de mal estar, de acidose sanguínea, de esgotamento, de depressão. 

 

O cavalo de toureio tem um treino duro para se tornar transportador e protector do cavaleiro, que o incita a enfrentar o touro com a acção de esporas (que o magoam e, frequentemente, o ferem no ventre) e que o comanda com rédeas e ferros na boca (que sempre o magoam e frequentemente o ferem - língua e gengivas), com barbela (magoa a mandíbula) ou se for com hackamore/serrilha, o magoa no chanfro. O cavalo é um animal que, naturalmente, foge veloz do perigo. Na tourada é stressado ao ser obrigado a enfrentá-lo (sucedem síncopes), extenuado e arrisca ferimentos mais ou menos graves e até mortais.

 

Note-se, que não é fácil acreditar no proclamado amor dos tauromáquicos pelos touros e cavalos, não só porque o vínculo se nota mais na tourada, que mais parece uma manifestação de ódio, um exemplo de castigo brutal. Mas durante toda a vida dos touros, eles são sempre mantidos longe do carinho dos humanos.. Os pastores mostram-se sempre munidos de assustadores e castigadores varapaus com alguns bons metros de comprimento. Assim se cultiva a desconfiança e antipatia do touro pelo homem, essencial para o ataque do touro na praça, a fúria do qual cresce ao ser espetado. Embora isso não suceda nas corridas com VELCRO, elas são detestadas pelos artistas e aficionados, porque os touros sem a dor provocada pelas farpas, ficam mais mansos. Mas pode acontecer que algum artista falhe o velcro e crave a bandarilha no touro. Também já meteram picos debaixo do velcro para magoar e irritar o touro picado indirectamente com a pressão da farpa sobre o velcro. Mas foram multados por fiscais nos Estados Unidos. Em Portugal talvez não se descobrisse porque a fiscalização é fraca....

 

Se olharmos, em contraste, para imagens disponíveis no YOUTUBE do relacionamento entre o touro FADJEN e o seu amigo, salvador, cuidador CHRISTOPHE THOMAS (Rennes, Bretanha, França), notamos que confiança, amizade, espírito e prática de brincadeira e gosto por carícias são constantes. Os touros são herbívoros de comportamento pacífico, desde que não sejam provocados, invadidos no seu território ou agredidos.

 

A FAVOR E CONTRA

 

São dois os grupos em números mais ou menos flutuantes, que se opõem: o dos aficionados e interessados  na tauromaquia e o dos abolicionistas da tourada. À margem destes, existe uma multidão de pessoas pouco interessadas ou pouco sensibilizadas para o assunto. 

 

Não basta afirmar-se simplesmente a pertença a um grupo ou ao outro. Interessa avançar repetida/educadamente com argumentos claros na defesa das posições próprias e na contestação das adversárias. Se isso não vai fazer abandonar/mudar de posição aos mais obstinados, certamente, vai ser captado por indecisos e vai fazê-los reagir e optar. Vale a pena, como ESTRATÉGIA fundamental, deste modo informar, insistir, repetir e nunca desistir! 

 

A Internet pode ajudar a compreender a matéria complicada e interessante que segue, ou seja COMO SE FORMA CONHECIMENTO E SE ADQUIREM CONVICÇÕES, etc. Acompanhemos teoricamente:

 

- O cérebro, órgão muito complexo, cujo funcionamento vem sendo estudado por neuro cientistas tem uma enorme capacidade e não suporta o vazio, a inactividade. Desde a mais tenra idade capta e armazena estímulos vindos do exterior ou do próprio corpo através de circuitos nervosos. Estes são constituídos por células nervosas (neurónios), em parte alongadas, que comunicam entre si através de prolongamentos (dendrites). Os pontos onde as dendrites de neurónios contactam são as sinapses. Estímulos nervosos, experiências, mensagens, comunicação de conceitos que se repitam, como que vão "treinando" as sinapses que passam a permitir a passagem destes estímulos mais rapidamente em direcção aos centros nervosos. Devido à repetição, vão sendo armazenados nos locais de registo da memória progressivamente com maior intensidade e como que os "impregnam" mais fortemente. De uma maneira geral, quanto mais jovem for o cérebro atingido, mais forte e perene é a ideia ou a convicção formatada. Por isso, a sabedoria popular e o educador  reconheceram, que "de pequenino se torce o pepino". 

 

A PROPÓSITO

 

- Também por isso, os transmissores da coisa tauromáquica tratam de levar as crianças, apesar da proibição legal, às touradas e de os impressionar com o elogio e o aplauso da tourada, aproveitando a falta infantil de espírito crítico.

 

É de enorme importância contrariar esta "endoutrinação" e INFORMAR E SENSIBILIZAR OS JOVENS, nomeadamente nas escolas,  para a senciência e consciência dos animais e para os seus direitos e o respeito que lhes é devido.

 

E, quanto mais tarde se tentar substituir a ideia ou a convicção por outro conceito, mais difícil isso se torna.  

 

Mas a evolução é possível, como o demonstram os casos de ex-aficionados (que foram desde criança influenciados e "formatados" para serem admiradores da tourada) mas que passaram a abolicionistas convictos, como vai acontecendo com imensas pessoas, eu incluído.

 

ANIMAIS HUMANOS E NÃO - HUMANOS

 

- Sumaria e simplesmente, pode tentar abordar-se o assunto muito complexo que é o mundo dos animais, do seu organismo, da sua vida e dos seus comportamentos. 

 

Touros, cavalos, cães, por exemplo, possuem grandes semelhanças na forma como os seus organnismos funcionam. 

 

Emoções e sentimentos como a) desconfiança, temor, aflição, irritação, fúria, ódio, por um lado e b) confiança, satisfação, amizade, amor, por outro, fazem parte da vivência de seres vivos animais humanos e não humanos  e são comuns às várias espécies.

 

Sensações como prazer e dor e outras, são-no igualmente.

 

Tudo isto faz parte da vida e tudo isto é indispensável para que os animais consigam viver e sobreviver, nomeadamente, para que evitem e se afastem do que é estranho, ameaçador, que possa magoar, que possa ferir. 

 

A percepção de sensações, emoções e sentimentos e a actividade dos animais acontece em corpos vivos formados por aparelhos e sistemas, órgãos, glândulas, que funcionam de maneira desejavelmente harmoniosa, cujo estudo é feito na anatomia e na fisiologia. O sistema nervoso é fundamental para receber, transmitir, trabalhar, interpretar, guardar nos registos da memória e reagir com resposta aos estímulos vindos do exterior ou do próprio corpo. Ele comanda, condiciona e permite o comportamento dos animais/espécies .

 

Hormonas ("emissárias") segregadas são essenciais  e algumas são de grande importância na actividade do sistema nervoso, na resposta a estímulos e na qualidade de sensações, sentimentos e emoções.

 

Neste sentido, há quatro substâncias químicas naturais nos organismos, geralmente definidas como o "quarteto da felicidade": endorfina, serotonina, dopamina e oxitocina. A pesquisadora Loretta Breuning, autora do livro Habits of a happy brain ("Hábitos de um cérebro feliz", em tradução livre), explica que "quando o cérebro emite uma dessas substâncias, o indivíduo sente-se bem". As endorfinas são consideradas a morfina do corpo, uma espécie de analgésico natural. Descobertas há 40 anos, as endorfinas são uma "breve euforia que mascara a dor física", classifica Breuning. Elas são segregadas na hipófise, situada na base do cérebro.

 

Cortisol é uma hormona corticosteróide da família dos esteróides, produzido pela parte superior da glândula supra-renal directamente envolvido na resposta ao stress. Tem três acções primárias: estimula a digestão de 1) proteínas, 2) gorduras e 3) providencia a utilização da glicose (açucar) pelo fígado. Considerado a hormona do stress, activa respostas do corpo ante situações de emergência para ajudar a resposta física aos problemas, aumentando a pressão arterial e o açúcar no sangue, propiciando energia muscular. Ao mesmo tempo todas as funções de recuperação, renovação e criação de tecidos  são paralisadas e o organismo concentra-se na sua função de obtenção de energia . Uma vez que o stress é pontual, superada a questão, os níveis hormonais e o processo fisiológico volta a normalidade, mas quando este se prolonga, os níveis de cortisol no organismo disparam (Enciclopédia Médica Ferato).

 

A PROPÓSITO

 

- A tauromaquia não se livra, obviamente, da fama de ser eivada de crueldade e a tourada de ser um espectáculo de tortura. Na tentativa de se mascararem de menos famigeradas e de branquear a escura realidade, argumenta-se e avança-se com fantasias, falácias, ficções científicas, mentiras.

 

Nesse sentido, são muito invocadas por aficionados, como bóia de salvação da reputação da tourada, afirmações feitas por um professor da Faculdade de Medicina Veterinária de Madrid como resultado de uma série de investigações (?) feitas a partir de material colhido de touros antes (em vida) e depois da corrida (dos respectivos cadáveres). Pretende o professor 1. que o touro é o animal fora de série seleccionado/criado pelo homem, que na lide reage com secreção de uma quantidade tão grande de endorfinas, que pouca DOR sente pelos terríveis ferimentos causados.

 

Afirma, também, 2. que a concentração da hormona do stress, o cortisol, é maior durante o transporte (amostra retirada em vida) do touro, do que após a lide (retirada do cadáver). Esquece-se o dito senhor, que 1. o cortisol é alterado pelo processo da morte deixando de estar presente, e 2. a sua produção pode ser esgotada antes de a lide terminar.

 

Magistralmente contra argumentado e corrigido tudo isto, tem o Dr. José Enrique Zaldivar Laguia, presidente da AVATMA espanhola (ASOCIACIÓN DE VETERINARIOS ABOLICIONISTAS DE LA TAUROMAQUIA Y MALTRATO ANIMAL), certamente, o mais competente, activo e reputado médico veterinário conhecedor de tauromaquia, tourada, touros e cavalos.  

 

Apesar da grande pressão exercida pela muita aficion e pelos poderosos representantes da indústria tauromáquica espanhola, tais afirmações e investigações do professor Carlos Illera, nunca foram referenciadas em qualquer publicação científica, pois não se aceita a metodologia utilizada e não se aceita a veracidade das afirmações, mesmo por muito que o ganadeiro Joaquim Grade, que estudou medicina veterinária, se esforce por fantasiar alegorias estranhas, que alguma comunicação social, ainda publica. 

 

O que estes protagonistas aparentam pretender é encobrir a cruel realidade da tourada!

 

PAÍSES ONDE A TOURADA É LEGAL são: Espanha, Portugal e França (sul), na Europa; México, Colômbia, Venezuela, Equador, Costa Rica e Peru, na América Latina; Filipinas e Estados Unidos e Canadá (por influência de emigrantes). Espanha foi a inspiradora!

 

Consta que são 44 os concelhos que defendem a tourada, ou seja 1/7  do número total dos concelhos do país.

 

Portugal tem 308 concelhos, 278 no continente, 11 na Madeira e 19 nos Açores.

Não se pode afirmar que seja uma tradição geral do país, ao contrário do que aficionados pretendem!

Em Portugal existem mais de 70 Praças de Touros fixas, a grande maioria delas pertencem às Santas Casas da Misericórdia, a principal instituição de solidariedade social em Portugal, ou outras IPSS (Instituições Públicas de Solidariedade Social), destinando-se a maior parte das rendas dessas praças a financiar a actividade dessas instituições.  Não têm misericórdia para os animais vitimados nas touradas!

 

A praça de toiros que mais espectáculos taurinos realizou em 2016 foi Albufeira, no Algarve, com 27 espectáculos, seguida de Lisboa com 14 e Vila Franca de Xira com 11. 

Em ALBUFEIRA, ALGARVE, PORTUGAL vamos actuando com manifestações e com mensagens do teor como segue:

Em Albufeira fazemos apelo à manifestação contra as touradas por causa do maltrato exercido sobre touros e cavalos, animais sencientes, conscientes, inteligentes, que experimentam sensações, emoções e sentimentos semelhantes às dos seres humanos. 

 

Qualquer pessoa relativamente bem informada, consciente e sensível, sabe que tourada implica enorme sofrimento para touros e cavalos (eu presenciei isso como médico veterinário municipal de serviço em touradas durante três anos na Praia da Vitória, Ilha Terceira, Açores). 

 

Indigna pessoas conscientes e compassivas, tem impactos sociais negativos e também na reputação de portugueses e de Portugal.

Por isso, a tourada deve ser abolida!


Trata-se de se decidir pela ciência e pela ética e de repudiar uma tradição cruel.


A praça de touros de Albufeira é a que organiza o maior número de touradas em Portugal, espectáculos de tortura para atrair turistas usando, sem escrúpulos, de PUBLICIDADE ENGANOSA (mentindo: "que se trata de uma brincadeira com  animais, que não são mortos e que é uma tradição cultural famosa dos portugueses, etc"). São bastantes as empresas ligadas ao turismo que são cúmplices do lobby tauromáquico na atracção de espectadores, na venda de bilhetes e na obtenção de lucros à custa de sofrimento psicológico e físico, de ferimento, de sangue, de exaustão seguidos da morte de animais inocentes. Constitui isto um péssimo cartaz publicitário e uma vergonha para Albufeira, para o Algarve e para Portugal.

Admiramos a solidariedade das pessoas que actuam em manifestações contra a tauromaquia. Oxalá que sejam muitas as que podendo fazê-lo, realmente o façam.


É que o protesto público, manifestação, demonstração ou como se deva designar é muito eficaz para despertar consciências, informar, provocar reflexão e ajudar à evolução.


Serve para demonstrar que muitas pessoas abominam o sofrimento de pessoas e de animais não
-humanos. Ajudam, ainda e assim também, a salvar a honra do "convento português".


Serve para lembrar a políticos que é preciso actuar e fazer evoluir o país no sentido do respeito pelas pessoas e pelos animais não
-humanos e pela cultura verdadeira.


O voto deverá premiar as atitudes políticas positivas.


Esperamos também a presença de políticos capazes de demonstrar a sua posição.


E, muito salutar para a nossa consciência, é a recompensa de uma missão generosa, cumprida na companhia de grandes seres humanos a favor de seres não
-humanos, que devem ser deixados em paz.


Esses grandes seres humanos abolicionistas têm sido também muitos estrangeiros que residem ou visitam Portugal e que demonstram o seu repúdio pela tortura tauromáquica.


Não temos dúvidas que imensos portugueses são contra a tauromaquia.

 

Um BRAVO SOLIDÁRIO a quem tem a possibilidade de se manifestar contra a exploração e massacre de animais e o faz. Comprova possuir consciência, compaixão, sentido de ética, convicção, coragem, frontalidade, espírito de missão, disponibilidade. 

 

Se não conseguir convencer de imediato ignorantes ou empedernidos, aficionados e outros, talvez os faça pensar e demonstra ali a quem passa e aos MEDIA, ao país e ao mundo, que se está contra esta tortura.


Manifestações são ponto de encontro de gente solidária e generosa e fortalecem e elevam o espírito de missão. 


Contribuem e muito para o despertar de consciências e para a evolução de mentalidades.


Vamos a Albufeira protestar contra o espectáculo vergonhoso para Portugal de tortura de touros e de cavalos. 

 Não queremos mais a tortura de animais nesta praça, não queremos mais a tortura de animais em Portugal!

Ponto de encontro: Rotunda da Corcovada.

Tragam cartazes, apitos, megafones.


Observação: Não são toleradas ofensas, pelo que este protesto é uma manifestação contra práticas e não contra pessoas.

A tourada não é a causa mais poderosa do sofrimento animal, mas o sofrimento que provoca torna-se mais ostensivo e impressionante, porque é ESPECTÁCULO e acontece antes, durante e depois de um espectáculo anunciado, divulgado, presenciado, retransmitido e é, por isso, mais notado. É vergonhoso que seja legal um espectáculo de tortura, como é o caso! 

 

REFERÊNCIAS 

Em todo este texto apresento opiniões apoiadas em estudos e experiências pessoais, não apenas profissionais, e ainda a partir de outras fontes de informação na Internet, Wikipédia, que considero fidedignas.  

 

ADMIRAÇÃO

Tenho grande admiração e amizade por quem luta pelos direitos dos animais. São uma parte boa da humanidade, Mas é tremenda a admiração que tenho por este blogue, que recomendo a toda a gente, que deseja estar a par do que se vai passando e que gosta de uma opinião oportuna, crítica, certeira e sem cerimónias. Obrigado PRÓTOURO. Boa continuidade!

 

Prótouro | Pelos touros em liberdade - WordPress.com

 

APOIANDO O ATRASO E EVITANDO A EVOLUÇÃO ESTÃO:

 

A maioria dos deputados da AR que vota favoravelmente para o lobby tauromáquico questões que lhe digam respeito. Quão lastimável. Quão retrógrado! Quão medíocre!

 A RTP, transmitindo algumas touradas, espectáculos violentos onde animais são submetidos a grande sofrimento emocional e físico e até organizando, pelo menos, 1 tourada anual. Que péssima prestação de serviço público. Que mediocridade de mentalidade.

Indigna e revolta a permissividade, o laxismo, a indiferença com que se deixa acontecer a presença de crianças (em desrespeito da lei) no espectáculo violento e sanguinário da tourada, o que não pode ser considerado educativo, mas antes prejudicial para a formação saudável da personalidade. A explicação que foi dada pelo organismo estatal competente, a GNR de Albufeira foi que se autorize, se estiverem acompanhados. 

Dá para compreender qual é o efeito protector ou acontece aqui uma cumplicidade para a formação de novos aficionados?

 

Entidades que pouco alcançam ou que não são respeitadas

Instituto de Apoio à Criança (IAC) é uma Instituição Particular de Solidariedade ... da infância em Portugal, assim como colabora com instituições congéneres.

Comissão de Protecção de Crianças e Jovens - CPCJ - é (nos termos do disposto na Lei 147/99, de 01 de Setembro) uma Instituição Oficial não Judiciária com Autonomia Funcional.

Esta entidade visa promover os direitos da criança e do jovem e prevenir ou pôr termo a situações susceptíveis de afectar a sua segurança, saúde, formação, educação e/ou desenvolvimento integral.

 

A Declaração dos Direitos da Criança foi proclamada pela Resolução da Assembleia Geral 1386 (XIV), de 20 de Novembro de 1959.

Tem como base e fundamento os direitos à liberdade, brincar e convívio social das crianças que devem ser respeitadas e preconizadas em dez princípios.

É a Declaração que defende os direitos das crianças, que não devem ser desrespeitados por nós.



APELO FINAL AOS AINDA AFICIONADOS::

Vocês estão do lado errado no respeito pelos nossos companheiros não- humanos mas que são, também, sencientes e conscientes. Deixem de os provocar e de lhes causar sofrimento. Há outras maneiras de actividade e de diversão não causadoras de sofrimento. É mais saudável e mais agradável.

Imensas pessoas que foram aficionadas já passaram a abolicionistas. Eu também, há pouco mais de 33 anos e sinto-me melhor. Até me tornei vegano há já 13 anos. Sinto-me bem física e moralmente.

Com certeza que serão bem vindos, se a vossa mudança for sincera. Os aficionados estão a ficar isolados, pois o fim da tourada está para breve. Não vale a pena estrebuchar. Até breve!

Espero ser insultado, gozado, ameaçado e tal. Mas, paciência! E que "tudo vale a pena, se a alma não é pequena"!

Acredito, que as pessoas possam sempre evoluir. Oxalá!

Vasco Reis

Médico veterinário aposentado,

Aljezur 

membro de

AVATMA (ASOCIACIÓN DE VETERINARIOS ABOLICIONISTAS DE LA TAUROMAQUIA Y MALTRATO ANIMAL) de Espanha

COVAC (Collectif des Vétérinaires pour l'Abolition de la Corrida) de França

AVAT - Portugal (Associação de Veterinários Abolicionistas da Tauromaquia).

 

publicado por Isabel A. Ferreira às 19:09

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Sexta-feira, 7 de Setembro de 2018

CARNIFICINA EM MONSARAZ

 

Monsaraz: vista geral com a praça de touros no castelo e uma imagem da praça. Em nome do Nosso Senhor Jesus dos Passos, com BÊNÇÃO da Igreja Católica, começou hoje a tortura de animais...vão ser quatro dias de carnificina, em honra a Deus!!!

 

Perto do local da crueldade, a igreja...

Isto é PORTUGAL!

 

Publicado por Fernanda Almeida no Facebook

 

MONZARAZ1.jpg

MONSARAZ2.jpg

 E é deste modo medievalesco, obscuro, grosseiro que se diverte um povo alienado, com um atraso de mentalidade e civilizacional considerável. O Touro será morto ilegalmente, para que os sádicos e psicopatas se babem como vampiros.

E isto, por mais incrível que pareça, é PORTUGAL!

 

 

publicado por Isabel A. Ferreira às 16:23

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Segunda-feira, 27 de Agosto de 2018

«A festa de Barrancos em "honra de Nª. SR.ª da Conceição"...»

 

Um texto de Rui M. Palmela, que nos dá um panorama trágico da "festa" diabólica, em Barrancos, em honra de Nossa Senhora da Conceição.

 

Chamo a atenção para os depoimentos absolutamente aberrantes de personalidades que, apesar de todos os estudos, não evoluíram minimamente, e mantêm-se com os pés e mentes bem fincados num tempo das maiores ignorâncias e obscurantismos.

 

 

BARRANCOS.jpg

O que se passa em Barrancos, graças a Jorge Sampaio, ex-presidente da República Portuguesa,  é do mais desqualificado, do mais grosseiro, do mais bárbaro que possamos imaginar: crueldade, violência, bebedeiras, boçalidade, tudo elevado ao máximo… em nome da Santa… E é esta vergonhosa ignomínia que a igreja católica sustenta.

 

Texto de

Rui M. Palmela

 

«Barrancos é uma vila alentejana onde existe uma tradição centenária sanguinária de matar toiros numa festa religiosa que se realiza ali todos os anos no fim de Agosto "em honra de Nª Srª da Conceição", numa arena improvisada frente à Capela onde se reza e donde sai a procissão, tudo terminando numa diabólica diversão. E a Igreja Católica não se pronuncia cometendo também seu “pecado de omissão” ...

 

No entanto existe uma bula papal que condena estes espectáculos sangrentos onde se lê o seguinte:

 

(...) "Considerando que estes espectáculos que incluem touros e feras no circo ou na praça pública não têm nada a ver com a piedade e a caridade cristã, e querendo abolir estes vergonhosos e sangrentos espectáculos, não de homens, mas do demónio, e tendo em conta a salvação das almas na medida das nossas possibilidades com a ajuda de Deus, proibimos terminantemente por esta nossa constituição a celebração destes espectáculos"... (in "Bullarum Diplomatum et Privilegiorum Sanctorum Romanorum Pontificum Taurinensis editio", tomo VII, Augustae Taurinorum, 1862, pág. 630-631.)

 

Portugal já foi um país sem touradas no Reinado de D. Maria II, quando pelo um Decreto nº 229 de 1836 se lia o seguinte:

 

“Considerando que as corridas de touros são um divertimento bárbaro e impróprio de Nações civilizadas, bem assim que semelhantes espectáculos servem unicamente para habituar os homens ao crime e à ferocidade, e desejando eu remover todas as causas que possam impedir ou retardar o aperfeiçoamento moral da Nação Portuguesa, hei por bem decretar que de hora em diante fiquem proibidas em todo o Reino as corridas de touros"...

 

Porém, as touradas voltaram com a República e se mantêm até hoje com a "Democracia" com partidos de direita à esquerda a apoiarem a sua realização e a chumbarem propostas de sua abolição. Há mesmo figuras públicas bem conhecidas que defendem a tradição barranquenha dos toiros de morte e passo a citar algumas de suas frases que merecem repulsa ou reprovação. Aqui ficam:

 

Nuno da Câmara Pereira (fadista): "eu estou aqui em Barrancos com os cornos para o ar a apoiar a causa barranquenha, dos touros de morte, tradição que dura há séculos".

 

Moita Flores (investigador, criminologista), dizia sobre uma certa providência cautelar da Associação ANIMAL que visava travar o espectáculo dos toiros de morte, e se pronunciou assim: "O juiz que decretou a providência não sabe o que escreve, não sabe o que diz, pela simples razão que não conhece o que se passa em Barrancos, possivelmente nem sabe onde fica". Diário de Notícias 23/8/99.

 

Mafalda Ganhão (jornalista): "Na corrida de morte por exemplo, o touro não é picado para ser destroçado ou humilhado. É sangrado para que descongestione e possa vir ao de cima a sua bravura, corrigindo-lhe alguns defeitos, como a sua forma de investida". Expresso 28/8/99

 

Miguel Sousa Tavares (jornalista e comentador tv): "O que eu defendo em Barrancos é a sobrevivência de uma cultura própria e enraizada localmente e que tenta resistir em face de investidas do pensamento "moderno", "jovem" e "civilizado", de uma elite urbana e arrogantemente convencida da sua suposta superioridade civilizacional". Público 3/9/99.

 

Por fim, o padre Vítor Melícias, é um pseudo 'franciscano' que devia envergonhar-se pela sua obsessão por touradas que nada têm a ver com a doutrina de Francisco de Assis que tratava todos os animais como irmãos e condenava qualquer acto de violência e maus tratos aos seres da Criação.

 

Enfim, a minha opinião de cidadão é de que as touradas em Barrancos deviam ser proibidas com os toiros de morte e se penalizasse criminalmente todos os responsáveis por aquela famigerada 'tradição' que persiste a coberto de uma famigerada "lei de excepção" aprovada em 2002 pelos mesmos partidos políticos que chumbaram recentemente uma proposta do PAN pela sua completa ABOLIÇÃO

 

Rui M. Palmela

 

Fonte:

https://www.facebook.com/photo.php?fbid=10214938431085761&set=a.1309687193754&type=3&theater

 

publicado por Isabel A. Ferreira às 17:58

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Quinta-feira, 24 de Maio de 2018

ENTRE O CAOS, A QUIETUDE...

 

Copyright © Isabel A. Ferreira 2008
 
 
 
 
           
Aguardo com ansiedade a visita do ser exótico, o meu misterioso amigo. Prometeu-me vir hoje, logo que no antiquíssimo relógio da torre da Igreja do Senhor do Bom-Fim soe a primeira das 27 badaladas de um tempo que só nós sabemos. Contudo, inesperadamente, o relógio veio instalar-se entre a folhagem do velho embondeiro que vejo agora flutuar no meu jardim, como uma nuvem.
 
Não é tarde, nem será cedo, talvez! Não sei exactamente da hora. Ouço apenas os estranhos uivos das pedras, aqueles de que enigmaticamente me falara o ser exótico, da última vez que me visitou. Lá nas alturas vejo a lua rasgar os seus véus prateados e despudoradamente desnudar-se diante do mundo, enquanto as estrelas se lançam no espaço, numa atitude aparentemente suicida. Terão o propósito de assustar os anjos? As trevas afundam-se agora nas nuvens, e eu confundo-me com toda esta grotesca cena apocalíptica.
 
Os uivos das pedras tornam-se cada vez mais lancinantes. O Sol, que a esta hora costuma iluminar o outro lado do mundo, completamente endoidecido, acaba de despedaçar todos os seus raios e deixa-se afundar no Pacífico, queimando as águas deste oceano, que se torna da cor do sangue.
 
E o meu amigo que não vem...!
 
Mas ainda não é tarde. Nem será cedo, talvez! Continuo a não saber da hora. Ouço passos. Dlão! A primeira badalada. É ele que chega. A janela! Esqueci-me de abrir a janela.
 
— Que aconteceu à porta da sua casa?
 
— Não sei, meu amigo. Simplesmente sumiu. Enquanto eu olhava a Lua rasgando os seus véus prateados, a porta saiu numa desenfreada correria. Pareceu-me ouvi-la dizer qualquer coisa como abrirei a minha mente e não mais a encerrarei...
 
— O que me diz?!
        
— Exactamente o que acabou de ouvir, meu amigo.
        
Na verdade, esta era a chave que abriria a porta do caos. Disse-me o ser exótico. Estava tudo escrito naqueles farrapos que encontrara pendurados nos fios de ovos que as velhas galinhas do galinheiro de ninguém expeliram para dentro de um lindíssimo cálice de ouro.
 
O meu amigo não tinha qualquer dúvida.
 
— Um australopiteco nunca se engana – disse – Um australopiteco escreve sempre torto por linhas direitas e ziguezagueando segue o rasto dos cometas que o levam a lugar nenhum. Mas ele não se importa. Afinal, ele é um australopiteco. Nasceu das asas de uma vespa e alimenta-se de estrelas cadentes. É um governante, e os governantes governam sentados, para não se cansarem demasiado, enquanto o povo dorme tranquilamente o sono dos injustos, pois que injustiça maior senão aquela que exorta os governantes a governarem?
 
O ser exótico vai-me dizendo tudo isto, enquanto que, com algum esforço, entra pela janela, uma vez que a porta da minha casa decidiu simplesmente abandonar-me, para que o caos se instalasse no universo. É isto, meu amigo, é isto que devo deduzir das suas palavras?
        
O ser exótico não me respondeu imediatamente, porque, entretanto, o Sol que havia despedaçado todos os seus raios, parece arrependido, e, através da nesga de mar que se vislumbra da minha janela, podemos vê-lo juntando, desesperadamente, os estilhaços do seu ser, espalhados pelas águas avermelhadas.
 
— Observe bem, minha amiga, jamais terá outra visão igual. O Sol reconstrói-se no mar, e a Lua, repare bem, a Lua, envergonhada da sua nudez diante do mundo, pede ajuda aos bichos-da-seda para que refaçam os seus véus prateados. E as estrelas, que apenas fingiram um suicídio colectivo, voltam aos seus lugares. E mais, o relógio que se instalou entre a folhagem do velho embondeiro que, repare, já não flutua no seu jardim, voltou à antiquíssima torre da Igreja do Senhor do Bom-Fim. E a porta da sua casa, veja como tenta encaixar-se novamente nesta parede! Mas foi preciso que as galinhas expelissem aqueles fios de ovos no lindíssimo cálice de ouro, para que o caos se instalasse.
 
Eis a resposta que, ansiosamente, eu esperava! Afinal, não fora a minha porta a causadora de toda esta anarquia, embora ela tivesse proferido a frase-chave que daria início ao caos: «Abrirei a minha mente e não mais a encerrarei...». Agora sabia, foram os vómitos das velhas galinhas do galinheiro de ninguém, que desencadearam todo este desequilíbrio da Natureza.
 
— Não se esqueça, minha amiga, é preciso que os australopitecos se alimentem de estrelas cadentes para que o mundo volte ao seu normal. Por isso os luzeiros do céu apenas fingiram suicidar-se.
 
— Então, e o Sol e a Lua fingiram também? – Pergunto, um tanto incomodada com a minha ignorância.
 
— Não, esses entraram apenas em colapso. Temporariamente, como pôde observar. São eles os baluartes do tempo. A seu cargo têm os dias e as noites. Porém, mal ouviram os uivos das pedras (o sinal de Deus para que entrassem em autodestruição) nada mais fizeram do que obedecer ao Criador.
 
Neste momento já não ouvimos os uivos das pedras. Os sons agora são outros. É o vento que passa, sem pressa, serenamente...
 
— Minha amiga, aproveito esta acalmia para a deixar. Voltarei outro dia. Mas antes de partir quero que atente no que vou dizer-lhe: os australopitecos alimentam-se de estrelas cadentes e o caos humano, em linguagem eterna, escreve-se k ooooos...
 
Que tarde esta! Sinto que algo escapou aos meus sentidos. Fui protagonista de um estranho fenómeno, e o meu amigo partiu sem me explicar o que realmente se passou. Não endoideci, com certeza. Visionaria, na verdade, o k ooooos descrito naqueles farrapos pendurados nos fios de ovos que as velhas galinhas do galinheiro de ninguém verteram no cálice de ouro?...

Isabel A. Ferreira

 
publicado por Isabel A. Ferreira às 16:05

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Terça-feira, 17 de Abril de 2018

Penas têm-nas as galinhas...

 

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 (Origem da imagem: Internet)

 

As notícias que ultimamente têm vindo a público sobre crimes hediondos praticados no nosso país (que já não é o de brandos costumes e ainda menos o de duras leis) e os perpetrados nos E.U.A., por exemplo, e as penas aplicadas aos respectivos criminosos, suscitaram-me uma reflexão acerca do abismo existente entre a justiça que se administra num e noutro país.

 

Sei que não vou modificar coisa nenhuma, se disser o que penso sobre o Código Penal Português, porém, ficará o testemunho de alguém que, decididamente, não acredita na justiça do seu país.

 

Bem sei que em Portugal, apesar de tudo, os crimes mais horripilantes não acontecem todos os dias, e que nos E.U.A. (o modelo do que se faz do bom e do pior), eles (os crimes) são o pão nosso de cada dia, e há que existir penas elevadas para tentar travar essa criminalidade (se bem que não resultem, nem sequer a pena de morte, com a qual não concordo, em absoluto).

 

Contudo, tem-se verificado que, no nosso país, de há alguns anos a esta parte, crimes que nem ao diabo lembra, aumentaram assustadoramente. E o que acontece? Os criminosos são punidos com peninhas de galinha. Ficam meia dúzia de anos na prisão, e depois, porque até são boas pessoas, comportaram-se muito bem, durante a estadia entre as grades, com um conforto que muitas vezes não têm cá fora, e principalmente porque a TV os transforma em heróis muito coitadinhos, com entrevistas que até fazem as pedras chorar, e depois há que soltá-los. E se uns poucos até se reabilitam, outros, mal se apanham cá fora, retomam a vida criminosa, com maior vigor ainda, cheios de raivas acumuladas.

 

Em Portugal, o violador de um bebé (que não tem como se defender) leva uns oito anos no máximo de prisão (quando não o deixam à solta, apenas com a obrigação de se apresentar de X em X dias na esquadra da PSP). Uma vergonha! Nos E.U.A., aqui há uns anos, aquele pugilista que violou uma jovem de 18 anos (que já tinha muito tino para saber que não se vai para um hotel, com um matulão daqueles, para tomar chá com torradas) podia ter apanhado uma pena até 60 anos de prisão.

 

Estou a recordar-me também do hediondo “crime da mala” (de Braga) cujos criminosos apanharam uma pena conjunta (45 anos) menos do que a do violador americano.

 

Enfim, no nosso país, um violador, um esquartejador, um matador que mate com requintes de malvadez, se for considerado debilzinho, coitadinho, não pode ir para a cadeia, e a nossa justiça, nesses casos, age como Cristo na hora da agonia: perdoe-se-lhes os crimes, porque não sabiam o que estavam a fazer!

 

Hoje em dia, não podemos dar um estalo (para não ir mais longe) a um ladrão que nos entre em casa. Deus nos livre! Vamos nós para a cadeia, por agressão, e o ladrão não sofre nada, porque não teve tempo de roubar nada.

 

A propósito, não resisto a contar uma peripécia passada comigo, já há algum tempo. Estava eu num determinado sítio a tentar levantar dinheiro de uma máquina automática, em pleno dia, quando sinto uma pressão nas costas, e uma voz grave, de homem, a dizer: «Isto é um assalto».

 

Instintivamente, olhei para o chão para ver onde estavam colocadas as pernas do assaltante, ao mesmo tempo que levantava o calcanhar para lhe aplicar um “golpe baixo” que o neutralizasse. Um golpe, entre outros, que aprendi, no Brasil, para defesa pessoal.

 

Nisto ouvi um “espera lá” gritado, e depois uma gargalhada. Era uma partida de um amigo brincalhão. Não aconteceu nada de grave. O “assaltante” não era um assaltante. Mas se fosse? E se o golpe resultasse? Talvez eu fosse parar à prisão, e ainda teria de pagar uma indemnização ao assaltante, por danos físicos, morais, pedir-lhe muita desculpa, etc., etc., etc,.

 

São as leis que temos. E não vale a pena recorrer à justiça, pois esta fica por aplicar.

 

Lembro-me de um crime que envolveu dois idosos, barbaramente assassinados, com um martelo de picar carne, há uns anos. A PJ deixou-me entrar no local do crime (a casa onde viviam), estavam ainda os corpos no sítio exacto onde foram mortos. Eu, naquele momento, era a única jornalista na casa. Sem mexer em nada, verifiquei tudo o que me interessava para a reportagem e mais alguns pormenores para a investigação que me propus fazer para ajudar a polícia a encontrar o assassino, uma vez que me revoltei com o que vi e até porque conhecia os velhinhos.

 

Consegui, por mero acaso, descobrir quem foi o assassino, homem influente, no meio, que andou à solta até morrer de um cancro, passados uns anos. Nunca foi preso, as autoridades “nada conseguiram apurar” e o caso foi arquivado. Nos entretantos, o Inspector, que andava a investigar o caso, foi, inesperadamente, mandado para casa com uma boa reforma. Eu fui contar à polícia o que descobri. Que guardasse para mim as minhas descobertas. Foi uma luta que travei sem glória. Ainda cheguei a ser ameaçada. Não foi feita justiça. E eu que descobri todo o enredo, pormenorizadamente! Revoltei-me, como é óbvio. De vez em quando lá passava eu pelo assassino. Ele sabia que eu sabia, porque o interroguei. Olhava para mim com uns olhos, que se matassem, já estaria morta. E eu tive de engolir aquela afronta, anos a fio. Não me deixaram outra opção.

 

Este duplo assassinato (sem culpado) e os dois processos, aos quais estive kafkianamente ligada durante dois anos, abusivamente enredada nas malhas da justiça, deixaram-me completamente descrente da justiça portuguesa.

 

E uma vez que fui aconselhada por um amigo Delegado do Ministério Público a “mergulhar” nesses meandros para ficar a conhecer por dentro e por fora o que é um tribunal português, e ainda porque nunca perdi uma história dos inspectores Maigret, Poirot e Holmes, decidi dedicar-me ao estudo desses assuntos judiciais e policiais.

 

Aquilo que hoje sei poderá valer-me um dia, quem sabe, para escrever histórias verídicas do arco-da-velha.

 

E enquanto, no meu país, os bandidos forem mais protegidos por leis, do que os cumpridores dos seus deveres cívicos, sociais e morais, não me cansarei de dizer que penas têm-nas as galinhas!...

 

Isabel A. Ferreira

 

publicado por Isabel A. Ferreira às 12:12

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Quarta-feira, 31 de Janeiro de 2018

IGREJA CATÓLICA E ESTADO PORTUGUÊS IMPEDEM E A EVOLUÇÃO DE PORTUGAL

 

Já sabíamos, mas nunca é demais recordar… porque esta vergonha, esta nódoa negra, esta praga chamada tauromaquia já poderia estar extinta, se assim o quisessem os que se dizem representantes de Deus na Terra, e os que deveriam ser representantes do Povo Português, mas são apenas os representantes deles mesmos…

Muito terão estes representantes de prestar contas por esta ignomínia, uns a Deus, outros, à História…

 

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No principal site da máfia tauricida, Touradas, lê-se:

 

"A responsabilidade social da tauromaquia tem muitos séculos, estando ligada às grandes causas sociais desde a sua origem. Por exemplo, a maioria das praças de toiros em Portugal são propriedade de Misericórdias ou IPSS, a quem foram doadas as praças (...)"

 

Responsabilidade social da tauromaquia”? Tauromaquia ligada às grandes causas sociais?????

 

Isto é algo que raia a demência.

 

Isto faz-me lembrar aquelas pessoas que cometem todos os pecados que há para cometer, e depois vão a correr muito confessar-se aos padres, pedem perdão, rezam um pai-nosso, duas ave-marias, assistem à missa, tomam a hóstia e, deste modo, aliviam a culpa. E saem da igreja prontinhos para tornarem a cometer todos os pecados, e regressarem novamente à igreja, confessarem-se, rezarem pais-nossos e ave-marias, assistirem à missa e comungarem… per omnia saecula saeculorum… E assim vão vivendo na ilusão de que podem pecar à vontade, e isto basta para entrarem no Reino do Céu.

 

Nada sabem de Deus, nem do Reino do Céu.

 

Vejamos então o que se passa:

Cinco das oito maiores Praças de Tortura do País são geridas por cinco Misericórdias, sendo que na Praça de Coruche se acrescenta a Irmandade de Nossa Senhora do Castelo e o Lar de São José. O campo pequeno é detido pela Casa Pia (Estado Português), a Praça de Setúbal pela sua Câmara Municipal, e a Praça da Moita por uma associação tauromáquica. Assim sendo, sete entidades religiosas + duas entidades públicas + uma entidade associativa.

 

Agora entendem por que a igreja católica portuguesa e o estado português não ouvem os apelos da Racionalidade, e continuam a patrocinar a barbárie, como se a barbárie fosse algo intrínseco à verdadeira Igreja Católica ou ao verdadeiro Estado Português!

 

Enquanto a igreja e o estado não tomarem consciência da própria maleficência, e estes antros de tortura não forem demolidos ou transformados em centros de Cultura Culta, Portugal continuará na senda do maior e vergonhoso atraso civilizacional.

 

Isabel A. Ferreira

Fonte:

https://www.facebook.com/umactivismopordia/photos/a.1822478214678340.1073741828.1822468628012632/1994556587470501/?type=3&theater&ifg=1

 

publicado por Isabel A. Ferreira às 16:00

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Sexta-feira, 12 de Janeiro de 2018

Os últimos minutos agonizantes na vida de um Touro

 

É assim que o touro passa os seus últimos segundos de vida: em terrível agonia. Tudo isto enquanto o assassino se orgulha do seu crime.

 

 

As imagens são tão HORRÍVEIS que o vídeo ficou indisponível. Os tauricidas não querem que se veja como eles, cruelmente, matam ao Touro. 


Estas criaturas medíocres, que se vangloriam do acto exterminador cometido, não podem ser julgadas, porque não se encaixam em nenhum adjectivo qualificativo, são criaturas absolutamente desprezíveis que ofendem a espécie humana com tamanha demonstração de crueldade para com este animal inofensivo, inocente e indefeso, que eles torturam até à morte, neste hipotético “espectáculo”, onde a única coisa que sobressai é o pérfido instinto que essas criaturas das trevas exibem, o instinto assassino que nidifica nessas mentes cruéis, maléficas, irracionais.

 

Parem de matar por pura diversão, não vêem que estão a condenar-se? Um dia terão de prestar contas por estes cruéis assassinatos. Respeitem e amem os animais, que também são uma criação de Deus. Devemos aprender a conviver com eles harmoniosamente, num mundo de paz, sem violência e onde a igualdade seja posta em prática.

Isabel A. Ferreira

 

publicado por Isabel A. Ferreira às 11:01

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Domingo, 12 de Novembro de 2017

«A CULTURA E A LÍNGUA SÃO A ESSÊNCIA DE UM POVO»

 

 

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Excerto do precioso livro «A Historia da Lingua Galega» onde podemos comprovar a ligação do Português e do Galego, duas línguas irmãs, que nada têm a ver com o linguajar sul-americano de expressão portuguesa ou de expressão castelhana. Um livro que recomendo aos acordistas para que vejam e sintam o absurdo que é a imposição da ortografia brasileira a Portugal. Não faz o mínimo sentido. É algo que foge ao domínio da sensatez.

 

Há dois anos, numa daquelas tertúlias que costumo frequentar, quando vou à Galiza, conheci Juan Manuel Castro, um galego interessado pela Cultura Portuguesa.

 

Trocámos ideias e saberes, e dizendo-lhe da minha ascendência galega e do meu interesse pela Cultura, Língua e Literatura galegas, logo ali combinámos iniciar um intercâmbio cultural, que se tem mostrado bastante frutuoso, para os dois: eu envio-lhe livros que falam da Cultura Portuguesa, escritos em boa Língua Portuguesa, e ele envia-me livros sobre Literatura e Cultura galegas, escritos em boa Língua Galega.

 

Os últimos que recebi foram “Historia da Lingua Galega», um precioso livro que conta as aventuras e desventuras desta Língua irmã do Português (e sobre o qual ainda hei-de falar) e, há uns poucos dias, “Literatura Galego-Portuguesa Medieval”, onde as duas línguas, cultas e belas, se fundem.

 

Na nossa troca de correspondência foi inevitável falar da imposição a Portugal da ortografia brasileira, que dá pelo nome de Acordo Ortográfico de 1990, apenas para disfarçar, porque na realidade não existe acordo algum, e à qual me oponho visceralmente, pelos motivos mais óbvios. Portugal é um país europeu, cuja língua deriva do ramo indo-europeu, que nada tem a ver com a América do Sul e com um povo mesclado de muitos outros povos, e muito menos tem a ver com o que esse povo fez com a língua que adoptou, depois de se tornar independente.

 

A este propósito, o meu amigo Juan Manuel Castro escreveu o que passo a citar, já traduzido:

 

«Por Deus, estou impressionado com a vontade de se mudar a ortografia portuguesa para a ortografia brasileira.

 

Isabel, isso não se pode permitir. Quem é o louco que pretende cometer semelhante barbaridade?»

 

(Pois… quem será o louco ou os loucos?).

 

E o Juan diz mais:

«No tempo dos Descobrimentos, os nossos antepassados levaram a meio mundo (América, África, Ásia, etc.), a nossa Cultura, a nossa Língua, e eles não o fizeram tão mal assim, porque essa Cultura e essa Língua sobrevivem até hoje. E agora o governo quer impor a norma brasileira a Portugal?

 

Consegues imaginar, em Espanha, a Real Academia da Língua, constituída pelos melhores linguistas espanhóis, dizer que se iria impor, por exemplo, a normativa argentina do Castelhano? Isso é impensável e impossível, isso não passa pela imaginação de ninguém.

 

O Português e o Castelhano são de origem Latina, sem dúvida, basta ver o mapa antes e depois da romanização e estudar a raiz das palavras, e a origem comum é claríssima. De resto, isso é de gente inculta. Perdoa-me falar assim, mas há coisas que são inalienáveis, e esta, Isabel, é uma delas. A nossa Língua e a nossa Cultura são a nossa essência. Seria uma falta de respeito pelos nossos antepassados e por nós próprios, não as respeitar e honrar. Espero que a sanidade mental ponha as coisas no seu lugar e se respeite a História».

 

Trouxe à baila este episódio, apenas para partilhar o pensamento de um Galego (que é o pensamento de milhares de pessoas) com todos os que combatem a imposição a Portugal da ortografia que o Brasil utiliza desde 1943, e que, entretanto, para não dizerem que não se mexeu nesse modo de escrever, já com barbas brancas, de tão velho (não “nasceu” em 1990) disfarçou-se com a supressão de alguns acentos gráficos e hífens, que é apenas o que os Brasileiros têm de mudar, SE utilizarem este pseudo-acordo ortográfico de 1990.

 

Penso que qualquer pessoa lúcida dirá o que o Juan disse. E claro, só posso concordar com ele, e fazer minhas todas as palavras dele.

 

Ainda se nos impusessem a normativa angolana ou moçambicana, países que não mutilaram a Língua Portuguesa, outro galo cantaria

 

Estes argumentos são mais do que válidos e óbvios para que continuemos a exigir, junto do governo português e do presidente da República, que devolvam a Portugal, a Ortografia Portuguesa.

 

Isabel A. Ferreira

 

publicado por Isabel A. Ferreira às 14:58

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Quarta-feira, 4 de Outubro de 2017

Hoje celebra-se o Dia dos Animais Não-Humanos em honra de são Francisco de Assis

 

São Francisco de Assis morreu em 03 de Outubro de 1226, e foi a enterrar em 04 de Outubro, e a partir de então, este passou a ser o dia em que se celebra o Santo que celebrou a Criação.

 

A igreja católica deveria seguir o exemplo de São Francisco de Assis, que considerava seus irmãos os animais não-humanos, que com ele partilhavam o Planeta.

 

Mas, infelizmente, os padres católicos julgam-se acima de Deus.

 

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 (Imagem: Internet)

 

Todos os animais são também meus irmãos. Todos os seres animados (com alma) e não animados (sem alma) são o resultado da mesma Criação.

 

Todos os dias, para mim, são dias de celebrar a Vida.

 

Mas hoje, especialmente hoje, dedicarei este texto, de Josefina Maller, aos meus irmãos animais…

 

«Por que gosto dos Animais Não-Humanos?

 

Todos sabem (os meus leitores, claro!) que eu sou uma defensora acérrima dos animais (de qualquer animal, seja doméstico ou selvagem, do cão, do gato, da formiga ao hipopótamo), sou defensora dos seus direitos, e de como os considero meus irmãos, porque somos seres da mesma Criação, com quem partilho o mesmo Planeta e a mesma vida: respiramos o mesmo ar; bebemos da mesma água; alimentamo-nos do que a Natureza nos dá; temos as mesmas necessidades vitais, fome, sede, sono; sofremos as mesmas dores; somos fustigados pelo mesmo vento; ilumina-nos o mesmo Sol; vela-nos a mesma Lua; abrasa-nos o mesmo Fogo; somos atingidos pelos mesmos flagelos da Natureza, pelas mesmas doenças, pelos mesmos martírios, que nos infligem os animais-humanos.

Porém, nem todos saberão porquê.»

 

in «A Hora do Lobo» © Josefina Maller

 

***

Gosto dos animais não-humanos porque:

 

- São-nos fiéis em qualquer circunstância: nos bons e nos maus momentos; na fartura e na miséria; na saúde e na doença.

- Não têm vícios, não se embebedam, não se drogam...

- Não são rancorosos.

- Não usam da violência para maltratar os da sua espécie, a não ser em legítima defesa ou por uma questão de sobrevivência...

- Não matam por prazer.

- Não são cruéis.

- Não sentem ódio, nem escárnio.

- Não massacram.

- Não são terroristas.

- Não desprezam os seus.

- Não poluem as águas, o ar, o solo, o ambiente...

- Não fazem guerras.

- Não são bombistas suicidas.

- Não destroem o seu habitat.

- Não inventam armas mortíferas.

- Não sequestram os seus.

- Não violam os seus.

- Não torturam os seus.

- Não impingem o seu modo de vida a ninguém.

- Não são intolerantes.

- Não mentem nunca.

- São afectuosos.

- São pacifistas.

- Não são hipócritas, nem cínicos.

- São amorosos, perspicazes, laboriosos, inteligentes, sensíveis.

- Não agridem, se não os agredirem.

- Não são ladrões.

- Não são corruptos.

- Não são traficantes de droga, nem de armas, nem dos seus.

- Respeitam as leis da Natureza e da Sobrevivência.

- Não andam no mundo só por ver andar os outros: intuem o verdadeiro sentido da Vida, porque a vivem de acordo com a Lei Natural... que é forma mais inteligente de viver...

 

Que motivos terei eu para não respeitar ou não gostar dos Animais Não-Humanos ou de considerá-los inferiores a mim? » 

 

Josefina Maller»

 

Fonte:

http://arcodealmedina.blogs.sapo.pt/por-que-gosto-dos-animais-nao-524277

 

publicado por Isabel A. Ferreira às 15:18

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Sexta-feira, 1 de Setembro de 2017

FESTAS EM HONRA DE SANTOS DESACREDITAM A IGREJA CATÓLICA E A HUMANIDADE

 

É inconcebível que a igreja católica portuguesa seja cúmplice de tanta barbárie para celebrar os seus Santos!

 

Não é desse modo que angariam “crentes” para sustentarem as paróquias. Cada vez mais, os que nasceram católicos afastam-se da Igreja, por não se reverem nestes rituais bárbaros, medievalescos, grotescos, cruéis, violentos, nada condizentes com os ensinamentos de Jesus Cristo.

 

Repudio a hipocrisia dessa igreja que não segue os preceitos cristãos.

 

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Os da Barosa chamam-lhe FESTA RELIGIOSA… em honra de São Mateus, e sacrificam garraios.

 

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Em Seia, mata-se um galo à paulada, nas festas consagradas a Deus…

 

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 Na Ilha Terceira (Açores) praticam-se barbaridades em honra de São João

 

SENHORA DO MONTE.png

 Em São João da Pesqueira sacrificam-se Touros em nome de Nossa Senhora do Monte

 

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 Em Ponte de Lima o Corpo de Deus é celebrado com a abominável “vaca das cordas”…

 

Bem… isto é apenas uma amostra da monstruosidade que a igreja católica portuguesa consente em nome de Santos católicos, como se os Santos católicos alguma vez aplaudissem a tortura de uma ser vivo, que também é de Deus.

 

O decreto de proibição das touradas mais antigo de que se tem conhecimento é a bula do Papa Pio V, “De Salute Gregis Dominici”, datada de 1 de Novembro de 1567, mas ainda em vigor, e que dizia o seguinte:

 

«(…) Nós, considerando que estes espectáculos que incluem touros e feras no circo ou na praça pública não têm nada a ver com a piedade e a caridade cristã, e querendo abolir estes vergonhosos e sangrentos espectáculos, não de homens, mas do demónio, e tendo em conta a salvação das almas, na medida das nossas possibilidades, com a ajuda de Deus, proibimos terminantemente por esta nossa constituição (…) a celebração destes espectáculos (…)».

 

Tanto quanto sabemos, esta bula só foi acatada em Itália.

 

Isto foi o que disse o Papa Pio V, mas não é o que a Igreja segue. E a Igreja não seguindo, cala-se, num consentimento que, de tão silencioso, nos agride, como se gritasse: DOU-VOS A LIBERDADE DE SEREM IMPIEDOSOS PARA COM OS ANIMAIS!

 

A tortura de Touros e Cavalos tem-se realizado sob a égide de uma igreja que não respeita minimamente os preceitos de Deus.

 

A ideia de que o Touro era um ser diabólico, e como tal devia ser torturado, pertence a mitos antigos, quando imperava uma ignorância da mais profunda, e queimavam-se bruxas…

 

Hoje sabemos que o Touro é apenas um bovino, e as bruxas não existem. Em pleno século XXI da era cristã, já não se justifica queimar bruxas e torturar Touros para exorcizar demónios, que, a existirem, estão personificados nos carrascos das criaturas de Deus.

 

Está mais do que na hora de enterrar esta mentalidade medievalesca e dar o salto para o século XXI da era cristã.

 

Isabel A. Ferreira

 

Sugiro a leitura deste texto onde se aborda este tema mais esmiuçadamente.

A IGREJA CATÓLICA E A TOURADA

http://arcodealmedina.blogs.sapo.pt/201627.html

 

publicado por Isabel A. Ferreira às 10:32

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