Diz quem sabe e viu: o Médico-Veterinário Dr. Vasco Reis, o único que, em Portugal, dá a cara e luta pela Abolição das Touradas.
O que se segue é a descrição nua e crua da selvajaria tauromáquica que o governo português legitima numa lei parva e inconstitucional.
Brutalmente, tal como foram cravados, os ferros são agora retirados sem anestesia, arrancados ou por corte do couro
(O que talvez os governantes não saibam e é urgente saberem, para que possam legislar conforme a racionalidade)
Texto do Dr. Vasco Reis (Médico-Veterinário dos sérios, e que honra a profissão)
«O touro vive uns 4 anos na campina na boa companhia de outros da mesma espécie em espaço largo e com razoáveis condições.
Passará por momentos difíceis. Desenvolve-se.
Um dia é escolhido para a lide numa tourada.
Apartam-no violentamente, com ou sem medicação, com ou sem uso do bastão eléctrico, para uma manga e enfiam-no numa caixa apertada onde mal se pode mexer.
O stress da claustrofobia é tremendo, ao passar da liberdade e tranquilidade da campina para o caixote onde fica confinado, brutalmente afastado da companhia importante dos outros bovinos a que o ligam laços emotivos fortes.
A seguir acresce a ansiedade/pânico provocados pelo transporte.
Depois a espera, provavelmente, com pouco ou nenhum alimento e bebida.
Talvez sendo injectado, a ponta dos cornos será cortada até ao extremo vivo e muito enervado, ficando extrema e dolorosamente sensível ao contacto.
Para não sangrar cauterizam a sangue frio. Há touros que não resistem a esta operação. Sofre outras acções destinadas a fatigá-lo, debilitá-lo, retirar-lhe capacidade para a lide.
Mais tarde, a condução ao curro da praça de touros. Empurrado depois para a arena = beco cruel sem saída, suportando logo o enorme alarido, que ainda o assusta mais.
Depois a provocação, o engano, o cravar dos ferros, que o ferem e magoam terrivelmente, através da pele, de aponevroses, de mais ou menos músculos, atingindo tendões e, por vezes até pleura e pulmão (meu testemunho) e o fazem sangrar e sofrer.
Tudo isto o enfurece, magoa, deprime e esgota. Depois é retirado com as “chocas”. Brutalmente, tal como foram cravados, os ferros são agora retirados sem anestesia, arrancados ou por corte do couro.
Depois o sofrimento cresce pela dor provocada pelos ferimentos, infectando e provocando-lhe febre, ficando animicamente derrotado, até que o abate o liberte de tamanho sofrer.
Desgraçada vítima dos chamados humanos, “corrida” e torturada unicamente para diversão de aficionados, alimentar de vaidades, de negócios de tauromáquicos e no prosseguimento de uma cruel tradição.
É, portanto, uma aberração, comprovativa da maior hipocrisia, quando tauromáquicos e ganadeiros afirmam serem as pessoas que mais gostam dos touros.
Deixam-nos viver eventualmente bem durante cerca de 4 anos, para que então sejam torturados na tourada e abatidos em sofrimento uns dias a seguir, em vez de viverem no seu meio natural os 20 anos em média da sua expectativa de vida.
Revoltante e vergonhoso é que tal crueldade seja permitida legalmente, feita "espectáculo" e publicitada.
Percurso do Cavalo usado para toureio
O cavalo é um animal de fuga, que procura a segurança e que a atinge pondo-se à distância daquilo que desconfia ou que considera ser perigoso.
Defende-se do agressor próximo com o coice e por vezes com a sapatada do membro anterior, se for mais afoito ou considerar o perigo menor.
No treino e na lide montada, ele é dominado pelo cavaleiro com os ferros na boca, mais ou menos serrilhados, puxados pelas rédeas e actuando sobre as gengivas (freio ou bridão – este com acção de alavanca, ambos apertados contra as gengivas e língua por uma corrente de metal à volta do maxilar inferior– barbela), elementos castigadores.
Em alternativa pode ser usado o “hackamore”/serrilha exterior à boca actuando contra o chanfro e também submetido à acção de alavanca.
O cavalo é incitado pela voz e por outras acções, chamadas de “ajudas”, como sejam de esporas que são cravadas provocando muita dor e até feridas sangrentas.
Calcule-se o sofrimento físico e psicológico do cavalo, que por vezes provoca a morte em plena tourada por síncope cardíaca.
Ele é impelindo para a frente para fugir à acção das esporas, devido à dor que elas lhe provocam e a voltar-se ou travar pela dor na boca e pelo inclinar do corpo do cavaleiro.
Resumindo: o cavalo é obrigado a enfrentar o touro pelo respeito/receio que tem do cavaleiro, que o domina e o castiga, até cravando-lhe esporas no ventre e provocando-lhe dor e desequilíbrio na boca. Isso transtorna-o de tal maneira, que o desconcentra do perigo que o touro para ele representa de ferimento e de morte e quase o faz abstrair disso.
É, portanto, uma aberração, comprovativa da maior hipocrisia, quando cavaleiros tauromáquicos afirmam gostarem muito dos seus cavalos e lhes quererem proporcionar o bem-estar.
Revoltante e vergonhoso é que tal crueldade seja permitida legalmente, feita espectáculo e publicitada.»
Vasco Reis (Médico-Veterinário)
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Agora que os governantes já sabem, só têm uma opção: abolir esta verdadeira selvajaria exercida sobre dois magníficos animais sensientes, e que envergonha até as pedras da calçada portuguesa.
Como é possível que "gente" que se diz "civilizada" e exige respeito, pode praticar, apoiar e aplaudir tamanha barbárie?
Não, não merecem o mínimo respeito, a mínima consideração, e o perdão, poderá até acontecer, mas é preciso que se arrependam de actos tão vis e pugnem pela abolição de tais práticas desumanas, boçais e imensamente cruéis.
Isabel A. Ferreira
Esta publicação mostra toda a monstruosidade das touradas. Foi escrito por quem sabe da matéria por experiência in loco, além de ser Médico-Veterinário, e, portanto, e sabe o que é um animal, coisa que a maioria dos governantes portugueses não sabe, e muito menos a minoria inculta que essa maioria protege desavergonhadamente.
A tourada, património? Só se for património da mais monumental estupidez!
Um ser vivo no maior sofrimento
Por Dr. Vasco Reis (Médico-Veterinário)
Um exemplo:
Vive uns 4 anos na campina na boa companhia de outros da mesma espécie em espaço largo e com boas condições.
Desenvolve-se.
Um dia é escolhido para a lide numa tourada. Enxotam-no, com ou sem medicação, para uma manga e enfiam-no numa caixa apertada onde mal se pode mexer.
O stress da claustrofobia é tremendo, ao passar da liberdade e tranquilidade da campina para o caixote onde fica confinado, brutalmente afastado da companhia importante dos outros bovinos.
A seguir cresce a ansiedade/pânico provocados pelo transporte. Depois a espera, provavelmente, com pouco ou nenhum alimento e bebida. Talvez sendo injectado, a ponta dos cornos será cortada até ao extremo vivo e muito enervado, ficando extrema e dolorosamente sensível ao contacto.
Consta que sofre outras acções destinadas a fatigá-lo, debilitá-lo, retirar-lhe capacidade para a lide. Mais tarde, a condução ao curro da praça de touros. Empurrado depois para a arena = beco cruel sem saída, suportando logo o enorme alarido, que ainda o assusta mais.
Depois a provocação, o engano, o cravar dos ferros, que o ferem e magoam terrivelmente, através da pele, de aponevroses, de mais ou menos músculos, atingindo tendões e, por vezes até pleura e pulmão (meu testemunho) e o fazem sangrar e sofrer.
Tudo isto o enfurece, magoa, deprime e esgota. Depois é retirado com as “chocas”. Brutalmente, tal como foram cravados, os ferros são agora retirados sem anestesia, arrancados ou por corte do couro. Depois o sofrimento cresce pela dor provocadas pelos ferimentos, infectando e provocando-lhe febre, ficando animicamente derrotado, até que o abate o liberte de tamanho sofrer.
Desgraçada vítima dos chamados humanos, “corrido” e torturado unicamente para diversão de aficionados, alimentar de vaidades, de negócios de tauromáquicos e no prosseguimento de uma cruel tradição.
É, portanto, uma aberração, comprovativa da maior hipocrisia, quando tauromáquicos e ganadeiros afirmam serem as pessoas que mais gostam dos touros.
Deixam-nos viver eventualmente bastante bem durante cerca de 4 anos, para que então sejam torturados na tourada e abatidos em sofrimento uns dias a seguir, em vez de viverem no seu meio natural os 20 anos em média da sua expectativa de vida.
Revoltante e vergonhoso é que tal crueldade seja permitida legalmente, feita espectáculo e publicitada.
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Desconfiança, medo e dor são essenciais e condição de sobrevivência para o indivíduo e para a espécie
Repare-se na extrema violência desta imagem
Plantas não têm sistema nervoso, não têm sensibilidade à dor, não têm consciência.
Animais são seres dotados de sistema nervoso mais ou menos desenvolvido, que lhes permitem uma herança genética instintiva e sentir e tomar consciência do que se passa em seu redor e do que é perigoso e agressivo e doloroso. Este facto leva-os a utilizar mecanismos de defesa e de fuga para poderem sobreviver.
Sem essas capacidades não poderiam sobreviver individualmente e enquanto espécie.
Portanto, desconfiança, medo e dor são essenciais e condição de sobrevivência para o indivíduo e para a espécie.
A ciência revela que a constituição anatómica, a fisiologia e a neurologia do touro, do cavalo e do homem e de outros mamíferos são extremamente semelhantes.
As reacções destas espécies são análogas perante a ameaça, o susto, o ferimento.
O senso comum apreende isto e a ciência confirma.
Mas nesta “arte” não são somente touros e cavalos que sofrem.
São muitas as pessoas conscientes e compassivas, que por esta prática de violência e de crueldade se sentem extremamente preocupadas e indignadas e sofrem solidariamente e a consideram anti educativa, fonte de enorme vergonha para o país, atentório de reputação internacional, obstáculo de dissuasão do turismo de pessoas conscientes, que se negam a visitar um país onde tais práticas, que consideram "bárbaras", acontecem!
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Resumindo o percurso do Cavalo usado no toureio à portuguesa
O cavalo Xelim estripado numa tourada à portuguesa, acabou por morrer
Como animal veloz que é, procuraria a segurança pondo-se à distância daquilo que lhe pareça estranho ou que considere ser perigoso.
Mas, no treino e na lide montada, ele é dominado pelo cavaleiro, seja pelo “Hackamore”/ serreta / serrilha, “jaquima” em espanhol, actuando contra o chanfro e provocando maior ou menor incómodo, seja pelos ferros na boca, puxados pelas rédeas e actuando sobre a língua e as gengivas (bridão - com acção de alavanca - e freio, ambos apertados contra as gengivas por uma corrente de metal à volta do maxilar inferior, a barbela), artefactos susceptíveis de se tornarem muito castigadores.
É incitado pela voz do cavaleiro e por outras acções, chamadas de “ajudas”, como sejam as esporas que são cravadas no ventre, provocando dor e, frequentemente, feridas sangrentas.
É impelido para a frente pela acção das esporas, devido à dor que elas lhe provocam, e a voltar-se ou parar pela tracção das rédeas, devido ao incómodo ou dor que provocam, seja no chanfro, ou na boca e, também, pelo inclinar do corpo do cavaleiro.
Ao ser utilizado pelo cavaleiro como veículo para combater e vencer o touro, o cavalo é submetido a enorme ansiedade e esforço, o que até lhe pode causar a morte por colapso dos aparelhos respiratório e circulatório.
Resumindo: o cavalo é obrigado a enfrentar o touro pelo respeito/receio que tem do cavaleiro, que o domina e o castiga, até cravando-lhe esporas no ventre e provocando-lhe dor e desequilíbrio na boca. Isso transtorna-o de tal maneira, que o desconcentra do perigo que o touro para ele representa de ferimento e de morte e quase o faz abstrair disso.
Portanto, a afirmação de cavaleiros tauromáquicos de que gostam dos seus cavalos e que lhes querem proporcionar bem-estar, soa estranha e hipócrita.
A lei é omissa quanto ao controlo de dopagem, o que permite manipulações e abusos para serem mascaradas situações dolorosas e problemas de saúde, especialmente dos membros do cavalo.
Revoltante e vergonhoso é que tal crueldade seja permitida legalmente, feita espectáculo e publicitada.
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"Espectáculos" com Touros
Retirada das bandarilhas a sangue frio e com o auxílio de uma faca que corta as carnes, já maceradas, do bovino.
Meias soluções não servem, porque, todos os espectáculos com touros (incluindo as touradas com velcro e com "bandarilhas" sem arpão, mas com ventosas) exigem a captura violenta do touro ao ser retirado do campo e da companhia dos bovinos, passando a sofrer ansiedade, claustrofobia, pânico, fúria, risco de contusão e esgotamento em luta por se libertar, metido e apertado em caixa de transporte e assim transportado, posto em curro, depois na tourada ou outro espectáculo.
Tudo isso representa agressão, risco e sofrimento intenso emotivo, psicológico, físico para o touro. O cavalo continua obrigado a sofrer e a arriscar, se for obrigado a intervir.
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(Pormenor importante)
«O touro perde 15% do seu peso durante o transporte para a praça.
Chegado à praça, é brutalizado, física e psicologicamente, durante 24 horas, com o propósito de o enfraquecer, para facilitar a sua lide na arena.
E entre os actos brutais de que o touro é vítima durante os dois dias anteriores à corrida, está o corte dos seus chifres. O corte dos chifres do touro retira-lhe 80% da sua visão periférica. E essa é a razão pela qual cortam os chifres do touro.
O touro quando, ao fim de mais de 2 dias, em que foi vítima de cruéis actos para o desgastar, física e psicologicamente, quando entra na arena, entra 80% diminuído, física e psicologicamente »
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Ler mais aqui:
Percurso do Touro usado para toureio (II)
Reparem no “instrumento” que esta CRIANÇA (quantos anos terá?) tem nas mãos…
Será uma flor, para com ela acariciar o pobre bezerrinho?
Reparem no corno que está à vista…
Foto: D.R.
A notícia é esta:
«Depois de ter frequentado a escola de Alter do Chão, o jovem bezerrista "El Juanito", filho do popular bandarilheiro Hugo Silva, ingressou na Escola de Toureio José Falcão, em Vila Franca.
Agora, nas mãos do maestro Vítor Mendes, a ilusão do pequeno Juanito em tornar-se figura do toureio aumentou!»
Fonte:
http://diariotaurino.blogspot.pt/2011/12/el-juanito-na-escola-de-toureio-de-vila.html
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Quem não concorda com este tipo de "ensino" a crianças, tem o DEVER de assinar esta petição:
PETIÇÃO
http://peticaopublica.com/pview.aspx?pi=PT71746
Nem com artes mágicas… Nem com a ajuda de todos os deuses e deusas, bruxas e profetas… Nem com pozinhos de perlimpimpim…
A tauromaquia está morta. É coisa de um passado de má memória.
Esmiucemos os ditos cujos colóquios:
1 - «O espectáculo em Portugal: diagnóstico e cura»
Primeiro: a tortura nunca foi nem nunca será um “espectáculo” em parte nenhuma do Universo, é apenas um conjunto de actos cruéis e desumanos.
Segundo: o diagnóstico está feito: morte matada.
Terceiro: cura, nenhuma. Ninguém neste mundo tem o poder de ressuscitar mortos, ainda mais, mortos que ninguém quer ver vivos.
2 - «O toureio: aspectos evolutivos de uma arte»
Arte? A tortura será um “dom” de criaturas que têm baixos instintos, baixa moral, baixa cultura, baixa educação, algo execrável, que não tem a mínima condição para se encaixar na categoria de Arte.
O toureio é uma psicopatia, passível de tratamento psiquiátrico, e internamento vitalício num hospício.
3 - «A pega: critérios de avaliação»
A pega é um acto cobarde de criaturas rudes contra um ser moribundo.
A avaliação não pode ser mais baixa: milhares de zeros abaixo de zero.
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Se querem reunir-se para falarem de algo que desaparecerá brevemente, reúnam-se.
Se é para tentar ressuscitar um morto… DESISTAM.
«A página facebook “Portugal pro touros de morte” publicou o seguinte texto e foto:
“O momento da verdade e da pureza do toureio: um homem arriscando a sua vida.”
Onde eles vêem um homem arriscando a sua vida, nós vemos um tipo com uma fantasia carnavalesca, a espetar uma espada num animal moribundo que já nem forças tem para enfrentar esse cobarde.
Um touro que antes de ser cobardemente morto, foi picado, humilhado e bandarilhado. Um touro que como a foto demonstra nem força tem para erguer a cabeça devido à pica.
E quando os tauricidas e aficionados afirmam que isto é cultura, a nós só nos apetece obrigá-los a engolir livros, óperas, pinturas e etc, para perceberem de uma vez por todas o que é arte e cultura e o que é tortura.
Prótouro
Pelos touros em liberdade»
http://protouro.wordpress.com/2013/03/07/a-imagem-de-um-cobarde/
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Se isto não fosse trágico, até dava vontade de rir: «O momento da verdade e da pureza do toureio: um homem arriscando a sua vida.”
Para já não vejo ali um HOMEM. Vejo uma figurinha predadora com forma humana, de collantzinho cor-de-rosa a MATAR um ser, que já está quase morto e não pode mais defender-se de coisa nenhuma.
Que “vida” é que está a ser ARRISCADA?
Depois não gostam que lhes chamem COVARDES E IGNORANTES.
Realmente, a ESTUPIDEZ desta gente não tem limites.
Este é o indivíduo que deu a definição mais verdadeira de tourear: Dom Bernardo da Costa (o Mesquitella)
Disse ele:
«Tourear é dar a lide a um toiro, é dar-lhe toureio, é dominá-lo, impor-lhe a nossa vontade, dar cabo dele, reduzi-lo a nada. O verdadeiro toureio, por conseguinte, é aquele em que o toureiro toureia o touro. Toureá-lo não é enfeitá-lo, repito: é dominá-lo, vencê-lo.» Dom Bernardo da Costa (Mesquitella)
E têm os tauricidas o ridículo atrevimento de chamar a isto que o Mesquitella descreveu, ARTE e CULTURA.
Talvez! É possível! Mas só se for debaixo da terra, no mundo subterrâneo das mentes vazias dos amesquitellados.
Fonte: http://vfxantitouradas.blogspot.pt/2012/07/tourear-e-reduzi-lo-nada.html