Com a esperança de que os governantes e dirigentes portugueses sintam o apelo do Bem, do Bom e do Belo
Depois de um interregno que me levou a lugares imaginários, longe do rebuliço mundano, onde não encontro alimento para o espírito, sempre desassossegado, sempre ávido do Bem, do Belo e do Bom, regresso a este meu lugar de passagem para a inquietude do verde, para dar continuidade à minha luta contra as ignomínias que me esmagam a existência.
Certo dia, um sábio ancião, que sabia da vida e das coisas da vida, lançando-me um olhar que entrevia para além de mim, disse-me que eu era um ser do futuro e nunca encontraria a paz e a felicidade tão desejadas, uma vez que nascera precocemente num tempo que não era o meu.
Esta sentença, proferida na penumbra do átrio de um hotel, onde havia marcado um encontro com aquele desconhecido, que desejava conhecer-me pessoalmente, pois apenas me intuía através das crónicas e contos que então escrevia para um jornal (estava eu ainda no início de uma carreira sobre a qual não sabia se tinha futuro) desconcertou-me, perturbou-me, amedrontou-me, porque na realidade, aquele ancião que eu nem sabia que existia e que, em princípio, nada devia saber de mim, conhecia-me melhor do que eu jamais poderia imaginar, através apenas daquilo que eu escrevia.
Este episódio mudou, por completo, a minha vida.
Até então eu desconhecia o poder das palavras.
É certo que, desde muito jovem, habituara-me a escrever contos em Inglês, para o jornal de parede da Escola Inglesa que frequentava, e o meu professor considerava amazing aquelas minhas digressões pelo imaginário. Contudo, nunca projectei fazer da escrita uma profissão. Escrevia aqueles contos apenas para exercitar a Língua de Shakespeare.
Bem… tudo isto para dizer que aquele encontro com o ancião que sabia da vida e das coisas da vida, levou-me a compreender o poder das palavras, colocando-as ao serviço de causas justas, uma vez que aqueles que se consideram superiores aos outros seres vivos que connosco partilham o mesmo Planeta e que a ele chegaram muito antes dos hominídeos que vieram dar origem ao presunçoso Homo Sapiens Sapiens, demonstram uma descomunal incapacidade, como mais nenhum outro ser demonstra, para gerir o normal fluir da existência dentro de parâmetros racionais e lógicos, obrigando os que vêem para além do visível a uma permanente luta para fazer valer os direitos mais óbvios e naturais de tudo e de todos os que se movem debaixo do Sol.
E naquele fim-de tarde, na penumbra do átrio de um hotel, depois de ouvir o ancião falar da força das palavras e de um futuro ao qual pertenço, decidi fazer delas a minha arma e colocá-las ao serviço dos menos privilegiados, dos que não têm voz para se defenderem, dos que são esmagados pela ignorância dos que deveriam ser sábios, dos indefesos que caem nas mãos de cobardes, pertençam à espécie humana ou a qualquer outra espécie.
No dia 31 de Dezembro de 2014 ficou concluída (com enorme sucesso) a primeira etapa da luta contra os algozes que mantém Touros e Cavalos fora do Reino Animal, para que duas dezenas de famílias portuguesas usufruam de privilégios que ninguém mais usufrui em Portugal.
Bem-vindos ao ano de 2105, ano em que terá início a segunda etapa do plano que conduzirá à Abolição da Tauromaquia.
A fonte de inspiração será Voltaire, um Homem que com uma só frase podia aniquilar um político, um Homem que transformou a sua época na Era da Razão.
QUE O PARLAMENTO EUROPEU PROÍBA A CRUEL E SANGUINÁRIA SELVAJARIA TAUROMÁQUICA
Toda a política da União Europeia no que respeita ao bem-estar animal cai por terra quando permite que se cometam semelhantes atrocidades em países europeus.
E isto é possível porque ao elaborar o Tratado da União, o lobby tauromáquico (uma minoria inculta) pressionou a Europa para que se introduzisse uma excepção à política de protecção animal, excluindo Touros e Bezerros, ao mencionar “o respeito pelas tradições e costumes dos Estados…”
Quanta hipocrisia! Quanta ignorância optativa!
Javier Elorza (com o título nobiliárquico de marquês de Nerva), representante de Espanha na União Europeia de então, em entrevista publicada no La Vanguardia, a 2 de Junho de 1999, diz a seguinte parvoíce:
«Queriam proibir os touros. E eu sou taurino até ao tutano. Desse modo (custou-me um par de festins) maquinei um estratagema com um grande jurista comunitário, no qual onde se dizia “zelará pelo bem-estar dos animais” acrescentámos “respeitando as tradições culturais”, e assim acautelámos os touros».
(Aqui fica provado toda a estupidez desta manigância, uma vez que a tortura de seres vivos nunca foi, em parte alguma e tempo algum, uma “tradição cultural”, e a União Europeia mostrou toda a sua ignorância no que respeita a esata matéria, ao ceder ao tacanho estratagema do marquês).
Concretamente, o artigo 13 do Tratado de Funcionamento da União Europeia, ficou redigido do seguinte modo: «ao formular e aplicar as políticas da União em matéria de agricultura, pesca, transporte, mercado interior, investigação e desenvolvimento tecnológico e do espaço europeu, a União e os Estados membros terão plenamente em conta as exigências no que respeita ao bem-estar dos animais como seres sensíveis, respeitando ao mesmo tempo as disposições legais ou administrativas e aos costumes dos Estados membros relativas, em particular a ritos religiosos, tradições culturais e património regional»
(Isto é descaradamente uma política vergonhosa do género «all animals are equal, but some animals are more equal than others», ou seja, todos os animais são iguais, mas alguns animais são mais iguais do que outros - in «Animal Farm», de George Orwell, facto que deveria envergonhar os deputados europeus, se eles tivessem um pingo de sensibilidade e bom senso).
***
A política de bem-estar animal da União Europeia, pode ser consultada neste link:
http://ec.europa.eu/food/animal/welfare/index_es.htm
O obsceno Sr. marquês Elorza na entrevista ao La Vanguardia, vangloriando-se da sua desavergonhada “façanha”, pode ser visto aqui:
http://hemeroteca.lavanguardia.com/preview/1999/06/02/pagina-84/34488133/pdf.html
Assinem esta petição ao Parlamento Europeu para que este reveja a sua política de bem-estar animal, e na qual passe a incluir os bezerros e os touros, que também fazem parte do Reino Animal.
Fonte:
Isto é inconcebível! Horrendo!
E por mais incrível que pareça, isto é permitido por uma lei portuguesa, aprovada por deputados portugueses que se vergam ao lobby da tortura, a qual exclui os bovinos e cavalos do Reino Animal.
Que vergonha! Que irracionalidade!
Cães de tipo Alano espanhol atacam bovino em ganadaria.O cão da imagem, coitado, também ele, uma vítima, tem os ossos de fora. Está a desfazer o pobre do bovino vivo. Repare-se no desespero do novilho.
«Muita gente não sabe ! mas para divertir os aficionados, a indústria tauromáquica não se limita a torturar bovinos e atormenta e tortura muitos outros animais.
Cavalos, búfalos, cães, burros, mulas, póneis, leões, tigres, elefantes, galos, javalis e até seres humanos já foram ou são explorados e torturados pela macabra indústria tauromáquica.
Cães explorados usados em divertimentos tauromáquicos (Bullbaiting)
O Bull-Baiting é uma prática inenarrável que consiste em atiçar cães para esfacelarem bovinos vivos. Era uma actividade habitual na Inglaterra no século XV e foi abolida em 1835, com uma lei que proibiu a crueldade sobre os animais (Cruelty to Animals Act).
Nos países onde a tauromaquia ainda sobrevive, como em Portugal ou em Espanha, subsiste esta prática da Inglaterra da idade das trevas.
Em Junho de 2013, a polémica do bullbaiting ganha destaque quando foram divulgadas as fotos no Facebook do toureiro João Moura Júnior em que uma matilha de cães ataca um pobre bovino.
Até à presente data, o toureiro mantém-se impune e desfila como um herói pelas praças da tortura de Portugal e Espanha.»
in
https://www.facebook.com/photo.php?fbid=297362637113179&set=pcb.297362997113143&type=1&theater
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Abram este link e vejam a selvajaria do Moura JR
https://www.facebook.com/media/set/?set=a.448225395272803.1073741829.305023079593036&type=3
Que vergonha Amarantinos! Não permitam que conspurquem a vossa bela cidade de Amarante com algo tão macabro e sangrento, indigno de seres humanos, como é a tortura de bovinos.
Como é possível a Junta de Freguesia de Frejim, presidida por uma "senhora", consentir que se realize uma tourada, dentro dos seus domínios?
Num tempo em que existem mil e um divertimentos civilizados, Amarante irá sujar o seu nome com algo que não dignifica o ser humano e é um divertimento inculto, de carniceiros para carniceiros.
Exma. Senhora Presidente da Junta de Freguesia de Fregim, Senhora Dona Sandra Fraga:
Não sei como uma “senhora” permite tal barbaridade dentro dos seus domínios…!
Sim, existe uma lei (uma lei bacoca, bastarda, ilegal e irracional, que exclui Touros e Cavalos do Reino Animal) que permite que se torture animais para divertir sádicos, violando todas as normas da Declaração Universal dos Direitos dos Animais, que Portugal aceitou, mas apenas no papel, pois é um país que pratica a carnificina mais abominável contra os animais não- humanos que, enfim, são portugueses também.
Mas isso não significa que tenha de a seguir. Pode e deve embargar todas as iniciativas de tortura, dentro da sua área de acção.
Pode e deve.
É que andam por aí, pelo norte do País, uns incultos a aliciar os autarcas mais aliciáveis (porque os há com personalidade forte, que se recusam a colaborar com tal indigência), e pelo que vemos, a senhora de Fragim, deixou-se levar na conversa, ou então é aficionada deste costume bárbaro.
E só lhe fica mal.
Senhora Presidente, farei minhas as palavras de uma cidadã espanhola, Pepi Vegas (uma activista da causa da Abolição das Touradas em Espanha) e direi que «uma sociedade civilizada é aquela que avança atendendo à consciência ética dos cidadãos».
E todos nós sabemos que a maioria dos Amarantinos rejeita a tourada em Portugal.
Enquanto no mundo inteiro, uma esmagadora maioria de cidadãos está a manifestar-se contra este acto selvagem, que em Portugal é permitido pela tal lei irracional, em Amarante, regressa-se a um passado onde imperava a ignorância, a incultura e a incivilização.
«O comportamento atroz praticado sobre um bovino, por diversão, não pode ser justificado, nem como tradição (que não o é) nem como interesse turístico», pois os turistas cultos não assistem a eventos incultos. É a ralé da sociedade, felizmente uma minoria, que ainda vai aplaudir uma tal selvajaria.
Como cidadã, que repudia a tortura (seja de que ser vivo for, humano ou não-humano) e a crueldade cobarde que caracteriza as touradas, é meu dever cívico manifestar a V. Excelência esse meu repúdio e sugerir-lhe que proporcione ao povo amarantino, uma alternativa de diversão mais condizente com os Valores Humanos e com a Ética que predominam nas sociedades modernas contemporâneas.
Estaremos de olhos postos em Amarante, esperando que a Senhora Presidente tenha em conta estas linhas, que dizem do sentimento da esmagadora maioria dos Portugueses e dos cidadãos do mundo civilizado, que rejeita veementemente esta prática selvagem.
Isabel A. Ferreira
Quando se esperava que a Senhora Bastonária enviasse ao governo (ou mais precisamente à Inspecção-Geral das Actividades Culturais) um parecer assente nos estudos biológicos que, naturalmente, teriam de ter feito para receberem o título de “médicos”, no sentido da abolição das touradas, não, enviou uma recomendação que deixa muito a desejar quanto ao profissionalismo dos “veterinários”…
ooo
Isto não dói nada num animal morfologicamente semelhante ao homem e que possui um sistema nervoso central?
Podemos experimentar estas ferramentas num homem, para tirar as dúvidas?
Deixo-vos com o depoimento de um verdadeiro médico veterinário:
BEM PREGA FREI TOMÁS…
Por Dr. Vasco Reis
«Dá para pensar quando se conhecem profissionais com responsabilidades e actividades na tauromaquia, na caça, etc….
O percurso violento de extrema tortura que a tauromaquia provoca ao touro de lide vai ser encurtado com o abate libertador breve, a seguir a todo o sofrimento infligido.
Segundo o recentemente aprovado Regulamento, vão ser médicos veterinários que irão fazer o disparo que deverá atordoar e paralisar relativamente a vítima. Este acto é algo de grande violência para o animal e para o executante.
Na minha opinião, o Regulamento correcto seria o que proibisse todas as actividades tauromáquicas em público e em privado!
Código Deontológico do Médico-Veterinário
CAPÍTULO I
DISPOSIÇÕES GERAIS
Artigo 1.º
O presente Código integra um conjunto de regras de natureza ética e deontológica que, com carácter de permanência e a necessária adequação aos princípios universais contemporâneos, o Médico Veterinário deve observar no exercício da sua actividade profissional.
Artigo 2.º
1. O presente Código prossegue a salvaguarda da honestidade, dignidade e consciência profissionais, como garantia do serviço a prestar.
2. Os princípios afirmados no número anterior impõem aos Médicos Veterinários, o dever de exercer a sua actividade com os adequados conhecimentos científicos e técnicos, o respeito pela vida e bem-estar animal, a prossecução da sanidade animal, a conservação, o melhoramento, e a gestão do património animal, incluindo o da fauna selvagem, a salvaguarda da saúde pública e a protecção do meio ambiente.
3. No exercício da sua actividade profissional, o Médico Veterinário deve escrupuloso respeito às normas legais, éticas e deontológicas a ela aplicáveis, e técnica e deontologicamente independente, e responsável pelos seus actos, devendo agir com competência, consciência e probidade.»
***
Sinto vergonha de no meu País existir uma ordem de “médicos” veterinários que não zela pelo bem-estar dos Touros e dos Cavalos, que uma lei parva, ilegal e bastarda exclui do Reino Animal.
Será que esses “veterinários” que apoiam a tauromaquia também não consideram os Touros e os Cavalos animais como nós?
Gostaria de ver respondida esta pergunta, Senhora Bastonária.
Aqui, neste lugar (a Assembleia da República Portuguesa) onde um grupo de cidadãos portugueses, eleito pelo povo, decide da “vida” ou da “morte” da nossa sociedade, irá discutir-se, no próximo dia 25 de Outubro, algo que pode elevá-lo ou rebaixá-lo, dependendo da decisão que tomar quanto a uma nova Lei de Protecção dos Animais, que não seja bastarda, irracional, antiética e desumana, como o é a actual.
«Assunto: APELO
Exmas. Senhoras,
Exmos. Senhores:
Perante a Lei nº 92/95, de 12 de Setembro, que deixa os touros e os cavalos à mercê da tortura, não posso deixar de solicitar a melhor atenção de V. Exas, para o seguinte:
Esta lei é desumana e imoral, porque estes animais são dotados de sistema nervoso e de cérebro, logo, seres sencientes, que são submetidos a toda a espécie de torturas, por gente escudada na "tradição" e num distorcido conceito de "arte", visto que esta transmite uma mensagem, tem um papel humanizante e civilizador, pelo que não pode, de modo algum, ser compatível com a tortura. A arte tem um carácter único e irrepetível, nasce das mãos de um Artista, e nunca de mãos sujas de sangue. Torturar é um acto cruel, pelo que jamais poderá ser ético. E ética e estética são indissociáveis.
Por conseguinte, é urgente que os legisladores repensem o seu conceito de arte e reflictam também sobre o preconceito do especismo, que leva o homem a pensar que é um animal "superior", e que, por isso, os outros animais são, apenas, objectos que estão ao serviço dos seus interesses, sofram o que sofrerem com isso, como se eles não tivessem, tal como nós, o direito de não sofrer.
A ausência de compaixão provoca sofrimentos indizíveis a estes seres indefesos, cujos direitos continuam a ser atrozmente violados, nas arenas portuguesas, à sombra de uma lei que os exclui do reino animal. Cada vez mais, é urgente a interiorização do sofrimento destes animais e o respeito que lhes é devido.
Apesar de tudo, sonho ainda que Portugal será, em breve, um país civilizado, sem cartazes nas ruas a anunciar a tortura, nem estações de serviço público a transmiti-la em directo. Apesar de tudo, ouso acreditar que V. Exas. não ficarão indiferentes ao sofrimento atroz de um animal crivado de farpas, exausto, ensanguentado, a urrar de dor, para gáudio do lobby taurino e de todos aqueles que aplaudem tão desumano "espectáculo".
Com razão, Mahatma Gandhi disse que "a grandeza de uma nação pode ser avaliada pelo modo com que os animais são tratados".
Convicta de que não solto um grito no deserto, mas sim um apelo bem ouvido e compreendido, peço encarecidamente, a V. Exas, o favor de envidarem os melhores esforços, no sentido de ser considerada sem efeito a Lei nº 92/95, de 12 de Setembro, com a implementação de uma Nova Lei de Protecção dos Animais, e a consequente abolição da tauromaquia.
Desde já, agradeço toda a atenção que V. Exas. possam dispensar a este apelo.
Com os melhores cumprimentos,
Maria João Lopes Gaspar de Oliveira
COIMBRA»
***
FAÇO MINHAS ESTAS SÁBIAS PALAVRAS, QUE TAMBÉM AS ENVIAREI AOS SENHORES DEPUTADOS, ESPERANDO QUE TENHAM A AMABILIDADE DE AS TER EM CONTA, NA HORA DE TOMAREM UMA DECISÃO, QUE FARÁ TODA A DIFERENÇA ENTRE UM PORTUGAL CIVILIZADO, E UM PORTUGAL TERCEIRO-MUNDISTA.
É chegada a hora de colocarmos um BASTA naquilo que todos consideramos uma ignomínia, uma desumanidade, uma aberração protegida por uma lei irracional, que não temos a obrigação de aceitar.
E não aceitamos.
Em Portugal existe uma infinidade de associações que se dizem defensoras dos animais e que, unidas, chegam a milhares de nomes.
Pois o momento certo para agir é este, com estes milhares de pessoas.
Como todos já sabem, a Assembleia da República agendou para o próximo dia 25 de Outubro, a discussão de uma Nova Lei de Protecção dos Animais, proposta pela Associação ANIMAL, cujo projecto-lei implica não só o fim da tauromaquia, como também uma protecção mais eficaz para os animais e mais gravosa para os prevaricadores.
O sucesso desta discussão e a aprovação desta nova lei depende de todos nós.
Não vamos mais permitir que o lobby tauromáquico (e a sua minoria insciente) continue a mandar na Assembleia da República, porque já estamos fartos da política de subserviência dos “deputados” que se candidatam apenas para servir este lobby, e nós sabemos bem porquê.
Não vamos mais permitir que os dinheiros públicos (o dinheiro dos nossos impostos), continuem a ser gastos a apoiar a tortura institucionalizada de seres vivos.
Não vamos mais permitir que uma minoria de tauricidas imponha algo que raia a debilidade mental a uma maioria idónea.
Não vamos mais permitir que os legisladores continuem, a prestar um mau serviço ao país, com leis bastardas, irracionais, anti-ética e desumanas.
Não vamos mais permitir que este abuso de poder continue a agredir e a insultar a nossa sociedade, que é constituída por seres humanos, que têm o dever de zelar pelo bem-estar dos seres não humanos, que connosco partilham o Planeta.
Não vamos mais permitir que quem pratica biocídio permaneça impune.
Não vamos mais permitir que o nosso País seja conspurcado por uma prática primitiva que envergonha as sociedades humanas contemporâneas.
Por isso vamos todos exigir aos deputados da Assembleia da República, que no próximo dia 25 de Outubro discutirão algo que nem sequer devia ser discutido, por ser demasiado óbvio e fazer parte da essência humana, aprove o projecto-lei apresentado pela Associação ANIMAL, e, desse modo, fazê-los entrar para o rol dos políticos civilizados.
É que já estamos fartos de tanta mediocridade, em todas as áreas governamentais.
Chegou o momento de os deputados da nação darem um salto para o Século XXI depois de Cristo, e saírem da Idade das Trevas, onde a maioria ainda vive.
Rejeitaremos qualquer solução que não passe pela abolição das touradas e da dignificação dos Direitos de TODOS os Animais, incluindo Touros e Cavalos, excluídos do Reino Animal, por legisladores completamente desatinados.
A hora é de agir.
(Texto enviado para todas as autoridades governamentais)
Dr. Luís Diamantino (vereador do Pelouro da Cultura da Câmara Municipal da Póvoa de Varzim,) congratulo-me com esta iniciativa, só faltou brindar-nos com a boa notícia do fim das touradas (agora que está prometida a cobertura da arena), do fim do tiro aos pombos (existe a alternativa dos pratos), do fim da batida às raposas (actividade primitiva), que não dignificam os poveiros.
Esperamos que a nova gestão autárquica traga uma nova vida para TODOS os animais.
Um comunicado do Pelouro da Cultura da Câmara Municipal da Póvoa de Varzim
BIBLIOTECA ASSINALA DIA MUNDIAL DO ANIMAL
«Para assinalar o Dia Mundial do Animal, a 4 de Outubro, a Biblioteca Municipal Rocha Peixoto, em colaboração com o CROAC - Centro de Recolha Oficial de Animais de Companhia, vai promover uma iniciativa que visa sensibilizar as crianças para a importância dos animais em geral e dos cães em particular. *
Serão dinamizadas duas sessões, uma de manhã, às 10h30 e outra à tarde, às 14h30, para o público escolar, do 1º e 2º ciclo.
O Veterinário Municipal, José Carlos Guimarães vai dar a conhecer ao público infantil o serviço municipal prestado pelo CROAC: as medidas de adopção de um animal de estimação, os cuidados básicos a ter com os animais, a alimentação, a higiene, a vacinação, a desparasitação, o controle da reprodução e o uso do microchip.
Tânia Oliveira, colaboradora em acções de Terapias Assistidas com Animais, nomeadamente com cães seus, falará da importância dos cães e do modo como podem ajudar as crianças no seu pleno desenvolvimento, demonstrando num pequeno vídeo algumas actividades assistidas com animais, no Pólo de Terroso do MAPADI.
Essa acção tem o objectivo de promover os benefícios a nível motivacional, educacional, recreativo que estes animais devidamente treinados proporcionam a pessoas que tenham algum tipo de limitações físicas.
O Dia Mundial do Animal celebra-se desde 1930 em vários países e tem o objectivo de lembrar que os animais são seres vivos com direitos.
Esta efeméride coincide com o dia da morte de Francisco de Assis, por ter sido um acérrimo defensor dos animais. **
Os direitos dos animais estão consagrados em 1978 através da aprovação da Declaração Universal dos Direitos do Animal pela UNESCO.
***
* Esperamos que entre estes animais em geral, estejam incluídos os Bovinos e os Cavalos (que os legisladores portugueses, falaciosamente, excluíram do Reino Animal), e os Pombos e as Raposas, tão maltratados neste município.
** São Francisco de Assis era um acérrimo defensor de TODOS os animais, e não só de cães. Ele não excluía nenhum do Reino ao qual todos nós pertencemos. Esperemos que a mensagem que se quer passar nesta iniciativa, dê os frutos desejados, e que os animais, TODOS os animais sejam respeitados, porque na verdade, são TODOS SERES VIVOS COM DIREITOS.
A lei que regulamenta a protecção dos animais (Lei nº 92/95 de 12 Setembro) exclui dessa protecção os animais utilizados na “arte” (?) equestre e nas touradas “autorizadas” por “lei”, excluindo deste modo falacioso, os Touros e os Cavalos do Reino Animal.
Sendo uma lei que não corresponde à realidade das ciências biológicas, é inaceitável, à luz da razão, da lógica e da ciência, e qualquer cidadão idóneo tem o dever de rejeitá-la, por imprecisão do seu enunciado.
As leis devem ser claras e de acordo com a realidade. Não devem servir os interesses obscuros de um lobby.
Esta é uma das bases argumentativas (entre outras que a seu tempo virão) que servirá de apoio aos defensores dos Direitos dos Animais, para requererem a Abolição da Tauromaquia
O QUE OS NOSSOS LEGISLADORES TALVEZ NÃO SAIBAM, POR ISSO, VAMOS INFORMÁ-LOS
«As sensações como a dor ou a agonia, ou as emoções, como o medo ou a ansiedade, são estados subjectivos próximos do pensamento e estão presentes na maior parte das espécies animais.
Um animal é um ser senciente porque tem a capacidade de sentir – sensações e sentimentos. A senciência é a capacidade que um ser tem de sentir conscientemente algo, ou seja, de ter percepções conscientes do que lhe acontece e do que o rodeia.
Não se questiona que os humanos são seres sencientes – experienciamos, de forma consciente, sentimentos de muitos tipos diferentes. A questão que tem vindo a ser colocada é sobre se essa mesma capacidade de possuir percepções conscientes dos acontecimentos e da realidade em que estão envolvidos poderá ou não acontecer de igual forma com os outros animais.
Enquanto a mente de um humano é, como se pressupõe, mais complexa do que as mentes dos outros animais, a verdade é que estas diferenças são apenas de grau e não de género, como defendeu Charles Darwin, o precursor da biologia moderna.
Do ponto de vista biológico, a função mais importante do cérebro é a de gerador de comportamentos que promovam o bem-estar de um animal. Nem todos os comportamentos precisam de um cérebro. No entanto, o controle sofisticado do comportamento, baseado num sistema sensorial complexo requer a capacidade de integração de informações de um cérebro centralizado.
Como nós, humanos, os outros animais são também detentores de uma mente complexa, apesar de diferirem como é evidente, da mente humana, apenas pelo fato de que são menos complexas (do mesmo modo que a mente de uma criança é menos complexa do que a mente de um adulto humano), e não diferindo de género ou tipo de mente, considerando somente que é mais ou menos complexa.
Tem-se vindo a descobrir cada vez mais acerca da senciência e das características sencientes de um número cada vez maior de espécies animais. Com evidências fortes de que muitos animais são sencientes, é razoável e prudente, além de ser moralmente importante, assumir que todos os animais têm algum grau – pelo menos, um grau mínimo – de senciência.»
A circunstância de assumir que um animal não é senciente, sem quaisquer provas que sustentem essa presunção, condicionará inevitavelmente um problema a enfrentar sofre a questão moral e ética individual. Portanto, assumir que todos os animais são sencientes é o raciocínio mais coerente a considerar.
Tem-se descoberto cada vez mais que, seres que se pensava não serem sencientes ou serem apenas basicamente sencientes, são mais complexamente sencientes e mesmo inteligentes do que alguma vez se podia imaginar. Tem vindo a crescer cada vez mais o número de provas que sustentam a ideia de que as capacidades cognitivas dos animais são muito maiores, mais complexas e profundas do que tradicionalmente se tem acreditado.
Diz-se de organismos vivos que não apenas apresentam reacções orgânicas ou físico-químicas aos processos que afectam o seu corpo (sensibilidade), mas além dessas reacções, possuem um acompanhamento no sentido em que essas mesmas reacções são percebidas como estados mentais positivos ou negativos. É, portanto, um indício de que existe um "eu" que vivência e experimenta as sensações. É o que diferencia indivíduos vivos de meras coisas vivas.
O modo como as pessoas vêem os outros animais é influenciado pela educação que tiveram e pelas tendências do seu tempo. O filósofo francês René Descartes (1596-1650) deixou uma duradoura influência com a sua opinião de que os animais eram "máquinas" sem alma.
A senciência é uma característica que está presente apenas em seres do reino animal. O sinal exterior mais amplamente reconhecido de senciência é a dor e, dessa forma, este conceito – ou a sua ideia – tem sido usado, há algum tempo, como fundamento para a defesa da protecção dos animais não-humanos contra o sofrimento, ou para a atribuição de direitos morais aos mesmos.
Por exemplo, Jeremy Bentham (15 de Fevereiro de 1748 – 6 de Junho de 1832), já dizia que o que deveria ser considerado no debate sobre o dever de compaixão dos seres humanos perante animais não-humanos não era se estes eram dotados de razão ou linguagem, mas se eram capazes de sofrer.
Como ele, Charles Darwin (1809-1882) acreditava que a "actividade mental" dos animais era semelhante à dos humanos.
A senciência é amplamente reconhecida em todos os animais vertebrados – portadores de sistema nervoso central -, o que inclui quase todos os animais utilizados comumente pelo ser humano nas suas actividades (o que está em muito relacionado com a exploração animal). Esta definição, porém, enfatiza apenas um critério para a existência de senciência: a manifestação (a nós, perceptível) da dor.
Existem, porém, outros sinais exteriores que evidenciam que outras espécies de animais experimentam o mundo de forma individual, como a existência de órgãos sensoriais que evidenciam uma necessidade de interpretar imagens, sons ou odores captados a partir dos respectivos sentidos. Esse conceito abrange não apenas animais vertebrados, mas também animais invertebrados como os insectos, moluscos e aracnídeos e, portanto, corresponde a todos os animais que são tradicionalmente usados pelo ser humano. Por esta definição, apenas esponjas seriam animais não-sencientes.
Pode ainda usar-se o conceito como uma forma de definir todos os seres do reino animal: é também provável que o conceito de senciência esteja vinculado à própria condição de ser um animal – seres que se separam da sua fonte de provimento ao nascer e precisam buscar o alimento por movimento próprio.
Não deve confundir-se senciência com autoconsciência, que é o conceito que define a consciência que o "eu" tem de ser um indivíduo pensante, separado dos demais seres.
Este conceito de origem kantiana é enfatizado principalmente por Peter Singer, que o emprega para estabelecer um critério hierárquico entre os seres sencientes cujos interesses entrem em conflito.
Por outro lado, a escola behaviorista da psicologia do século XX considerava que apenas o comportamento devia ser estudado, em vez de qualquer emoção ou raciocínio que possa estar na base deste, acerca dos animais. Isto deixou também uma duradoura influência no estudo sobre o comportamento animal.»
Fonte:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Senci%C3%AAncia
BIBLIOGRAFIA:
- Ética & Animais – um guia de argumentação filosófica, de Carlos M. Naconecy (edição EDIPUCRS)
http://books.google.pt/books?id=V67kRddn06UC&printsec=frontcover&hl=pt-
- Escritos Sobre Uma Vida Ética, de Peter Singer (Edição Dom Quixote)
http://criticanarede.com/filproibido.html
Freguesia de Rabo de Peixe, na ilha de São Miguel, é uma das entidades apoiantes de uma tourada à corda a realizar no próximo dia 3 de Setembro.
Carta aberta aos autarcas de Rabo de Peixe
Exmo. Senhor Presidente da Câmara Municipal da Ribeira Grande
Exmo. Senhor Presidente da Assembleia Municipal da Ribeira Grande
Exmo. Senhor Presidente da Junta de Freguesia de Rabo de Peixe
Exmos. Senhores,
Tive conhecimento da realização de uma tourada à corda em Rabo de Peixe, a qual, segundo um cartaz publicitário, conta com o apoio da Câmara Municipal da Ribeira Grande e da Junta de Freguesia de Rabo de Peixe.
A tauromaquia é uma prática obsoleta, um costume bárbaro, herdado de bárbaros, que se apoia numa lei bastarda, na qual os Touros e Cavalos são incompreensivelmente banidos do Reino Animal, gozando de um inexplicável regime de excepção na legislação portuguesa, dado que permite, em contradição com a restante legislação que regula o bem-estar animal, o sofrimento INÚTIL de animais sencientes.
A tauromaquia não tem lugar numa sociedade que se quer evoluída e civilizada e só subsiste ainda à custa de múltiplas formas de subsídios públicos, o que, sobretudo, em tempos de crise económica, é particularmente revoltante.
O percurso evolutivo da humanidade mostra-nos que costumes que trazem consigo sofrimento inútil devem ser abolidos, enquanto se mantêm e enaltecem costumes positivos que enobrecem e orgulham um povo. Foi assim que ficaram enterrados nas páginas mais negras da História da Humanidade costumes e actividades como os circos romanos, as execuções públicas, as fogueiras da Inquisição e a escravatura, entre outros.
Existem inúmeras formas de entretenimento saudável que poderiam e deveriam ser disponibilizados a jovens e a adultos de Rabo de Peixe, freguesia em que parte não desprezável da população, para além de carências económicas, apresenta dificuldades a nível de analfabetismo, alcoolismo, entre outros.
Rabo de Peixe e o Concelho da Ribeira Grande não podem figurar entre as localidades onde se desrespeita os animais e Vossas Excelências não devem ter o Vosso nome associado a vítimas causadas pelas touradas, algumas delas mortais como aconteceu recentemente com um homem, na ilha Graciosa.
Acreditando que V. Exas, como educadores que foram e supomos que ainda são, estarão empenhadas no desenvolvimento saudável da Vossa terra, vimos solicitar a retirada do Vosso apoio e a tomada de medidas que demovam os promotores de levar avante uma actividade que não é condizente com a evolução e o progresso de seres humanos.
Com os meus cumprimentos,
Isabel A. Ferreira
(Carta adaptada da original)