As pessoas que convivem com animais não-humanos têm algo em comum: um amor profundo por eles. Um sentimento que não pode ser explicado e que, infelizmente, (ainda) muitas pessoas não podem entender, porque nunca o experimentaram.
E quem não gosta de animais não-humanos, também não gosta de animais humanos. Mas quem gosta de animais não-humanos, inevitavelmente, gostará dos animais humanos.
Os nossos amigos e companheiros do dia-a-dia sentem um amor incondicional pelos seus donos, sem esperar nada em troca, e não há como resistir a tanto amor.
Origem da imagem: Internet
São Francisco de Assis, bem como a Madre Teresa de Calcutá também sentiam esse amor profundo pelos animais. São Francisco considerava-os seus irmãos. Madre Teresa deixou-nos uma declaração de amor a eles.
«Por que amar os animais?
Porque dão tudo sem pedir nada. Porque frente ao poder do homem que conta com armas, eles são indefesos.
Porque são eternas crianças, não sabem nem de ódios, nem de guerras. Porque não conhecem o dinheiro e contentam-se apenas com um tecto onde se refugiar do frio.
Porque se fazem entender sem palavras, porque o seu olhar é tão puro como a sua alma.
Porque não sabem nem de invejas, nem de rancores, porque o perdão é algo natural neles. Porque sabem amar com lealdade e fidelidade. Porque dão a vida sem ter de ir a uma luxuosa clínica. Porque não compram amor, simplesmente o esperam e porque são nossos companheiros, eternos amigos que nunca traem. Porque estão vivos.
Por isso e mil coisas mais, eles merecem o nosso amor. Se aprendermos a amá-los como eles merecem, vamos estar mais perto de Deus”.
Madre Teresa de Calcutá
***
Os Pais devem ensinar os filhos a respeitar os animais
Ser bons pais implica mil e uma pequenas coisas, mas sobretudo implica incutir nas crianças valores humanos e bons princípios. E como é que isso se consegue sem neles (nos princípios) incluir o respeito por todos os animais que connosco partilham o mesmo Planeta?
Desta forma evitará que o seu filho se torne um adulto vazio de sentimentos como a empatia, a compaixão, a solidariedade, necessárias a uma vida mental e emocionalmente saudável.
Pense que, para o seu filho, você é um modelo a seguir. Na etapa de crescimento das crianças, elas tendem a imitar os pais. É por isso que você deve aproveitar esse período para ensinar aos seus filhos que é fundamental não fazer aos outros o que não gostaria que fizessem a si, sejam esses outros humanos ou não-humanos. Todos somos Vida, e a Vida é tão importante para nós como é para os restantes animais, tão animais como nós, em todos os sentidos: biológico, emocional, sentimental. Só quem nunca conviveu com animais é que não sabe disto. E a Ciência, aqui, nem sequer é necessária.
Desta forma, os seus filhos crescerão mentalmente saudáveis e serão adultos responsáveis, educados nos valores humanos e respeito pela Vida, logo, seres humanos válidos para a sociedade.
É que como dizia Mahatma Gandhi… «A grandeza de um país e do seu povo pode ser medida pela maneira como trata os seus animais».
E Portugal é um país sem grandeza alguma, pois mantém práticas desumanas, cruéis e violentas contra todas as espécies de animais, apesar da existência de uma Lei que pouco significado tem na prática, porque uns animais são mais animais do que outros.
E isso diz da pequenez dos políticos que nos governam.
Reflictam nisto.
Texto adaptado de:
https://meusanimais.com.br/conheca-mensagem-madre-teresa-calcuta-amor-pelos-animais/
Chegou-nos a notícia de que deu entrada na Câmara Municipal de Viana do Castelo, um pedido da associação “vianenses pela liberdade” de instalação de uma praça de touros amovível para realização de uma tourada a 20 de Agosto, último dia da Romaria da Senhora d’Agonia.
O que esses falsos vianenses não sabem é que os verdadeiros Vianenses querem Touros sem agonia, na Senhora d’Agonia.
E é o que teremos.
TODOS A VIANA DO CASTELO PARA VARRER O LIXO TAUROMÁQUICO
Fonte da imagem.
https://www.facebook.com/photo.php?fbid=10155686295764106&set=gm.269419406890074&type=3&theater
O requerimento já se encontra na autarquia para “apreciação”.
José Maria Costa, o seu presidente, dirá de sua justiça.
Bem, já se sabe que Viana do Castelo declarou-se Cidade Anti-Tourada, em 2009, a partir de uma proposta do então presidente da Câmara Municipal, Defensor Moura, dando um passo gigantesco para a modernidade, catapultando Viana para o rol dos municípios civilizacionalmente evoluídos, e que rejeitam esta barbárie, ainda mais para celebrar Senhoras d’Agonia ou outras.
No ano passado, os bárbaros fizeram uma tentativa de invadir Viana com a sua “tropa” medievalesca, mas foram corridos pelo bom senso da autarquia e pela vontade dos Vianenses, e não por terem desistido da tortura, como pretendem, alegando que «não encontraram enquadramento no programa das festas». Como poderiam encontrar tal enquadramento, se a tortura não se enquadra em nada que diga respeito a festas, muito menos de Santas, e ainda menos numa cidade luminosa e iluminada pela luz da civilização?
Pois este ano, irão ser corridos novamente, até porque a Senhora d’Agonia merece ser celebrada com alegria e sem agonia de Touros, e não se conspurca um município anti-tourada, apenas para uns poucos e sempre os mesmos sádicos forasteiros, provenientes de municípios civilizacionalmente atrasados, ali transportados em camionetas pagas com dinheiros públicos, irem dar aso à sua mórbida sede de sangue.
Haja racionalidade.
Mahatma Gandhi encorajava: «Quando uma lei é injusta, o correcto é desobedecer". E não há lei mais injusta e estúpida do que aquela que permite a tortura de um ser vivo, para diversão de sádicos.
Os verdadeiros Vianenses e todos os seus apoiantes estão mobilizados, e em Viana, touradas, nunca mais.
Fonte da imagem
https://www.facebook.com/photo.php?fbid=10155674989849106&set=gm.267961777035837&type=3&theater
No Parlamento português aprovam-se leis e decretos a fingir que se está muito preocupado com o bem-estar dos animais não humanos, mas na prática eles continuam a ser maltratados a todos os níveis, incluindo os “protegidos” e considerados mais animais do que outros: os Cães e os Gatos.
Só que as Cinco Liberdades, para que possamos considerar que existe bem-estar animal, não são minimamente cumpridas, nem quem as faça cumprir em Portugal.
Isto vem a propósito de uma notícia que anda a circular no Facebook, mas já tem umas barbinhas brancas: «Marcelo impede abate de animais».
A notícia informa que Marcelo Rebelo de Sousa promulgou um diploma que estabelece medidas para a criação de uma rede de centros de recolha oficial de animais que, por maldade humana ou descuido, vivem abandonados nas ruas das cidades, vilas e aldeias de Portugal, proibindo deste modo o abate como forma de controlo da população, privilegiando a esterilização.
Este diploma, aprovado por unanimidade em votação final global a 9 de Junho de 2016, é um texto de substituição apresentado pela Comissão de Ambiente, mas tem por base um projecto de lei do PCP e uma iniciativa de cidadãos.
Sobre isto, e como Defensora dos Direitos de Todos os Animais (Humanos e Não Humanos) tenho a dizer o seguinte:
Espero que o senhor presidente da República Portuguesa, em sintonia com a Assembleia da República e com o PCP, promulgue, muito brevemente, o diploma da Abolição das Touradas, demonstrando que já não é aficionado dessa prática bárbara, até porque não condiz nada com o “presidente dos afectos” que diz ser, e que é coerente com a sua postura, pois, como todos sabemos, nenhum animal é mais animal ou menos animal do que o outro.
Também espero que as leis e decretos sobre o bem-estar animal englobe todos os animais, e não só os Cães e os Gatos, até porque, por unanimidade, os deputados da Nação reconheceram há pouco tempo que os animais não humanos já não são “coisas”.
Também espero que o PCP não funcione com dois pesos e duas medidas quanto a esta matéria, e considere os Touros e os Cavalos animais sencientes e não “coisas” para divertimento dos sádicos. É que é o único partido que se diz de esquerda, (e mais uns tantos socialistas) que vota com a direita esta matéria.
Portugal precisa de EVOLUIR em relação ao modo como trata todos os seus animais não- humanos, porque o grau de civilização de um povo mede-se por esta bitola, e quem o diz não sou eu: é Mahatma Gandhi, aquele que era um ser cósmico e, por o ser, tinha uma Alma Grande.
Isabel A. Ferreira
Fonte da notícia:
http://www.tuga.press/marcelo-impede-abate-animais/
Vaquejada
Apelo de uma cidadã que vive inserida num mundo que pertence ao século XXI D.C.
Excelentíssimo Senhor Presidente da República Federativa do Brasil, Doutor Michel Temer
Excelência:
Tendo conhecimento de que está nas mãos de Vossa Excelência o poder de vetar o Projecto de Lei 24/2016, que visa proteger a violenta e cruel vaquejada como património cultural, que o Congresso Nacional, inacreditavelmente, aprovou, atrevo-me a apelar a Vossa Excelência que apoie a decisão do Supremo Tribunal Federal, que considerou inconstitucional esta prática bárbara.
Motivos básicos para o meu apelo:
1 – A vaquejada é uma actividade violenta, cruel e ofensiva aos mansos e herbívoros Bovinos, que, numa situação indefesa, são atacados cobardemente, por seres que dizem pertencer à espécie humana.
2 – A vaquejada é uma prática irracional, que está completamente ultrapassada e que não se justifica nos tempos modernos, nem se harmoniza com a evolução da Humanidade.
3 - Estas práticas são de uma violência extrema e demonstram uma enorme falta de respeito para com os Bovinos, seres sencientes e profundamente sensíveis (pois se até uma mosca os incomoda) provocando-lhes um sofrimento inenarrável e inútil, tanto físico como psicológico.
4 – A vaquejada é uma actividade bárbara e primitiva, que em nada dignifica a essência do ser humano, tortura animais inofensivos e indefesos, e envergonha o Brasil, um país que tem tudo para ser grande, mas nunca o será, enquanto apoiar estas práticas terceiro-mundistas, uma vez que, segundo Mahatma Gandhi, «a grandeza de um país mede-se pelo modo como ele trata os seus animais não-humanos».
5 - Num país que se quer civilizado e desenvolvido não se admite que animais não-humanos sejam perseguidos, torturados e mutilados em nome do entretenimento.
6 - Não pode considerar-se entretenimento a violência e a crueldade exercida sobre um ser vivo indefeso.
7 - A maioria da sociedade brasileira afirma-se hoje contra a obscena cultura de violência que a vaquejada representa.
8 – Os Brasileiros, como o restante mundo civilizado, apelam para que o Brasil seja um país evoluído e progressista onde os animais não-humanos sejam bem tratados, protegidos e respeitados.
9 – A prática da vaquejada além de integrar comportamentos brutos sobre um animal não-humano, constitui também um perigo para os praticantes.
10 – A nossa liberdade termina onde começa a liberdade de outro ser senciente, neste caso, a liberdade de Bovinos indefesos. O mundo evoluiu. Foram-se dando direitos aos seres humanos considerados, durante muitos séculos, seres sem alma: escravos, mulheres, crianças e animais não-humanos. A evolução tem passado ao lado de países onde ainda se mantém estas práticas bárbaras contra animais não-humanos. Porém, actualmente, os Direitos Universais dos Animais Não-Humanos são uma questão fundamental. Tal como foi em tempos a abolição da escravatura, que também teve os seus opositores, mas a racionalidade acabou por vencer, em nome da evolução da inteligência e consciência humanas, que nunca aconteceu em simultâneo a todos os seres humano: os mais conscientes lutam, e as leis vão mudando; os outros, menos evoluídos, acabam por ter de aceitar e ir a reboque... Sempre foi assim, e assim sempre será.
Por isso, se o Brasil não quiser ficar para trás na escala da evolução, tem de começar a olhar para os animais não-humanos, com olhos compassivos, e tentar sentir e compreender que apesar de eles terem uma fisionomia e algumas características diferentes das nossas, têm tanto direito a viver uma vida em liberdade, com saúde e bem-estar, quanto nós. Afinal, são nossos companheiros na aventura da Vida no Planeta Terra.
11 – A vaquejada não tem mais lugar numa sociedade civilizada. O ser humano tem evoluído no sentido de cada vez mais respeitar o sofrimento e vida dos animais e, por esse motivo, as vaquejadas têm vindo a ser repudiadas por todo o mundo civilizado. Trata-se de uma actividade bárbara que não serve absolutamente nenhum interesse do ser humano, mas apenas o interesse económico de alguns, e o de uma minoria que insiste em alimentar e perpetuar este “gosto” mórbido, leviano e sádico de se entreter à custa do sofrimento de um animal herbívoro, que mais não quer do que, pacificamente, pastar e conviver com os da sua espécie.
12 – As vaquejadas promovem a violência gratuita, deseducam as crianças que a elas assistem, inclusive provocam-lhes traumas (estudos provaram-no), representam uma afronta à Ciência que já demonstrou e provou sobejamente que os Bovinos são animais sencientes e conscientes, tal como nós, animais humanos.
Motivos científicos comprovados:
1 - Em Março de 2012, um grupo de neurocientistas de renome internacional, declarou pela Universidade de Cambridge que todos os mamíferos, aves, répteis e outros animais de várias espécies, além de serem sencientes têm também consciência. Quer isto dizer, que têm plena noção do que se passa à sua volta e que, tal como o animal humano, têm a capacidade de experimentar sofrimento físico e emocional, como dor, tristeza, medo, stress, pânico, mas também alegria, amor e emoção. Não há de facto, aos olhos da ciência e de qualquer pessoa civilizada e compassiva, diferenças fundamentais entre nós humanos e os restantes animais não-humanos.
2 - Segundo o Médico Veterinário Dr. Vasco Reis, as vaquejadas «contribuem para insensibilizar, habituar e até viciar crianças e adultos no abuso cruel exercido sobre animais, o que pode propiciar mais violência futura sobre animais humanos e não-humanos. No que respeita ao sofrimento e desenvolvimento de afectos eles estão ao nível dos seres humanos».
2 - A utilização de animais não-humanos, submetidos à violência e à brutalidade, não pode ser branqueada como «espectáculo que não tem sangue e é só para divertir o povo». Será para um povo sedento de violência.
3 – Ainda que não haja sangue (como por exemplo nas touradas), «a vaquejada provoca grande sofrimento aos animais, e contribuem para a perda de sensibilidade das pessoas, e para o gosto pela crueldade e violência».
4 – A vaquejada é uma prática fútil, sádica e cobarde, que revela um grande atraso civilizacional, por parte de quem a pratica, a aplaude e a apoia.
Posto isto, apelo ao raciocínio humano e à sensibilidade de Vossa Excelência, para que reflicta sobre este assunto e tome a decisão mais civilizada: a de vetar o Projecto de Lei 24/2016.
Esta é, sem dúvida, uma oportunidade única para Vossa Excelência ficar na História, como o Presidente que conduziu o Brasil para a Civilização e Modernidade, banindo do país uma prática terceiro-mundista.
Com os meus mais cordiais cumprimentos,
Isabel A. Ferreira
É o que vamos esmiuçar
Penso que serão poucos, aqueles que não se sentirão orgulhosos da nomeação de António Guterres, ocorrida no passado dia 6 de Outubro, para Secretário-geral da ONU (Organização das Nações Unidas).
Da direita à esquerda, a unanimidade, perante esta aclamação, parece-nos inequívoca.
António Guterres é dos poucos portugueses que passaram pela política sem nódoas negras a manchar-lhe o nome e a reputação.
Como Alto-comissário das Nações Unidas para os Refugiados reuniu consensos e prestigiou Portugal nas suas atitudes serenas e sensatas, ao contrário de outros portugueses que nos envergonham e arrastam o nome de Portugal pela lama…
A sua candidatura a Secretário-geral da ONU foi transparente e, apesar da pouca cristalina entrada de Kristalina Georgieva, já no final da “corrida” ao cargo, com pretensões menos claras, a aclamação de António Guterres foi absolutamente cristalina. Disso ninguém tem dúvidas.
Portugal intumesceu de tanto orgulho. Nunca um português chegou tão alto em cargos da governação do mundo.
Então, no mundo, quem não sabia, ficou a saber que António Guterres é oriundo de Portugal, um pequeno país europeu, situado na ponta mais ocidental da Península Ibérica.
Portugal é agora falado no mundo inteiro. Parece estar na berlinda. Na mó de cima.
Mas estará, de facto?
Os mais curiosos pretenderão saber que país é este, de onde é oriundo o novo Secretário-geral da ONU, uma organização que integra 193 estados-membros.
Que país será o país de Guterres?
É um país com um bom clima. Muito sol. É Lisboa. É o Porto. É o Algarve. É a Ilha da Madeira. As boas praias. Os passeios pelo Douro. Os bons vinhos. A boa gastronomia. Os excelentes e premiados hotéis. É a Arquitectura. O rio Tejo, onde aportam os maiores cruzeiros do mundo…
Mas isto é o Portugal dos turistas, que aqui vêm trazidos pela propaganda, pelo sol e pelo clima de tranquilidade que, por cá e por enquanto, ainda se vive, longe da mira dos terroristas.
E deste Portugal todos nós nos orgulhamos. Mas este Portugal representa apenas uma pequena parcela dos 92.090 km² do total do seu território.
Existe um outro Portugal. O Portugal das mentes mirradas, que se esconde dos turistas, para não parecer mal. Mas isto acontece em quase todos os países do mundo. Mesmo naqueles mais civilizados. Um turista é levado a ver apenas o que a propaganda quer que vejamos. Já me aconteceu a mim, em vários países. Sei como é. Mas como sou curiosa, não me fico pelo que me querem mostrar. Vou sempre muito mais além, nem que vá às escondidas.
Deste Portugal das mentes mirradas, aposto que nem António Guterres, nem nenhum português que se preze de o ser, sente qualquer orgulho. Eu não sinto.
Vejamos:
Portugal é um país fragmentado. Venderam-no aos Brasileiros, aos Angolanos, aos Chineses, aos Espanhóis… e são estes povos que praticamente “mandam” no país.
Há ainda cerca de meio milhão de analfabetos em Portugal, segundo dados do Instituto Nacional de Estatística (INE), com base no Censos de 2011. Não se aposta na Educação (e quando o Ministro desta tutela pede aos professores para não chumbarem os alunos, estará tudo dito), no Ensino, na Cultura Culta. Aos políticos convém manter o povo no banho-maria da ignorância, para que ele seja mais facilmente manobrado.
Ainda um destes dias ouvi falar na geração Nem, Nem, aquela que nem estuda, nem trabalha, e só atrapalha a evolução do país. Mas interessará aos políticos fazer evoluir o País, acabando com esta geração Nem, Nem? Não interessa.
A desigualdade e a pobreza em Portugal são alarmantes. Portugal é dos países mais pobres e desiguais da OCDE. A pobreza aumentou para níveis do início do século. Existem ainda muitas crianças a passar fome em Portugal. A pobreza alastra-se como uma lepra. No entanto, a gastronomia portuguesa faz o deleite dos turistas.
O Sistema Nacional de Saúde (SNS) é um caos. Faltam médicos. Faltam enfermeiros. Faltam condições nos hospitais públicos. Existem listas de espera para tudo. Ainda se morre sem a assistência adequada e atempada. 52,3% da população tem colesterol elevado; 36% sofre de hipertensão arterial; a obesidade atinge 28,7%; e a diabetes afecta cerca de 13% da população.
E agora pretendem taxar os produtos nocivos à saúde pública, para se angariar mais proventos para o Estado. Sim, porque em Portugal estão à venda, para consumo, produtos nocivos à saúde pública, e em vez de se suprimir esses produtos nocivos, taxam-se, porque há sempre alguém que os adquire e contribui para o aumento do colesterol, da hipertensão, da obesidade, da diabetes… e entope os hospitais públicos.
Da União Europeia, os Portugueses são dos cidadãos com menores taxas de participação em actividades culturais (cultas), segundo o relatório do Eurobarómetro. Esta miséria cultural em que Portugal está mergulhado deve-se à falta de investimento no sector, à débil aposta na Educação e ao baixo poder de compra dos portugueses, dizem vários especialistas e responsáveis por estas matérias.
Portugal é um país onde a corrupção existe ao mais alto nível e é generalizada entre os mais ricos e poderosos. Não existe corrupção entre os pobres e os não poderosos.
Legisla-se para se protegerem uns aos outros, e uma boa parte das leis não é cumprida, nem existe quem as faça cumprir. Impera uma camuflada ilegalidade em várias frentes. E a Justiça tem duas caras.
Não se cumpre a Constituição da República Portuguesa, em vários aspectos.
Não há uma política ambiental que proteja as florestas, os rios, os recursos e parques naturais, a fauna e a flora portuguesas.
A inexistência de políticas que elevem a Cultura, a Educação, a Moral e a Ética é gritante.
O que existe é uma política que promove, apoia e premeia, também ao mais alto nível, a mediocridade, a imbecilidade, a ignorância, a estupidez, a crueldade e a violência (que até estão legisladas).
Não existe uma política eficaz de protecção às crianças.
Existem doze "escolas" de toureio, financiadas com dinheiros públicos, onde se ensinam crianças a desenvolver instintos sádicos e psicopatas.
Um terço dos municípios portugueses vive ainda num patamar civilizacionalmente muito atrasado, medieval, primitivo, cujos governantes aprovam as mais hediondas crueldades contra animais não-humanos, nos matadouros, na tauromaquia (em todas as suas impiedosas modalidades, e na qual se esbanjam milhares de euros do erário público), nas corridas de galgos e de cavalos, na luta de cães e de galos, no tiro aos pombos, nos circos que usam animais, em jardins zoológicos e zoo marines, na caça e pesca desportivas, nas batidas à raposa, na caça furtiva aos animais selvagens, nos festivais de matança de porcos ao vivo, na inacreditável queima de gatos, enfim… apenas alguns cães e alguns gatos gozam do estatuto de animais em Portugal. Todos os outros são apenas “coisas”.
E já dizia Mahatma Gandhi que o grau de civilização de um povo mede-se pelo modo como ele trata os seus animais. E neste aspecto Portugal está no grau Zero.
Nestas actividades cruéis está envolvida uma população inculta, encruada, bastante ignorante, desinstruída, analfabeta, mas também letrados mal formados e sem carácter, porque a boa formação e o bom carácter não se aprendem nas universidades.
E para culminar, Portugal, que é um dos mais antigos países da Europa, e que até há bem pouco tempo podia gabar-se de ter uma Língua culta e europeia, bem estruturada e das mais belas e ricas, lexicalmente falando, hoje, devido a uma desmedida e incompreensível cegueira mental, à incultura, à ignorância e a interesses económicos (entre outros) obscuros, anda por aí vulgarizada uma ortografia terceiro-mundista, cientificamente desestruturada, inútil, funesta, grotesca, inconstitucional, ilegal e inculta rejeitada por milhares de portugueses, cultos e menos cultos, a que continuam a chamar inadequadamente Português, que os políticos estão a tentar impingir aos Portugueses e ao mundo.
Ainda agora na China, António Costa, primeiro-ministro de Portugal, referiu a necessidade de difundir a nossa Língua, a 5ª mais falada no mundo e que até está difundida na Internet… esquecendo-se António Costa de que o que está difundida na Internet é a versão brasileira da grafia do Português, desenraizada, acordizada, amixordizada, uma ortografia que envergonha Portugal, e nada tem a ver com o verdadeiro símbolo da Identidade Cultural Portuguesa.
A Língua Portuguesa não é um símbolo da Identidade do Brasil. O Brasil adoptou-a como língua oficial, mas não se identifica com ela, por isso, desenraizou-a, afastando-a das suas origens europeias. Mas os Portugueses não são obrigados a ceder a esta proposta indecente que é substituir a grafia portuguesa pela grafia preconizada pelo AO90.
É com esta ortografia terceiro-mundista, (mal) engendrada no outro lado do Atlântico e que nada tem a ver com as raízes cultas das línguas europeias, que o novo Secretário-geral das Nações Unidas começará a comunicar-se com o mundo?
O Engenheiro António Guterres teria duas opções: rejeitar liminarmente esta ortografia parva, que os governantes portugueses escrevem e querem impingir ao povo, e preserva a Identidade Cultural Portuguesa, a dignidade e a verticalidade com que até hoje regeu as suas atitudes, como figura pública, ou entra no jogo inquinado dos políticos, e mancha o seu nome e a sua reputação, arrastando o nome de Portugal pelo chão.
Mas o que fez António Guterres? Optou pela grafia amixordizada.
Pesando os prós e os contras, que aqui foram expostos, penso que o Engenheiro António Guterres não tem motivo algum para se orgulhar de Portugal, enquanto este panorama terceiro-mundista se mantiver. E nós, não temos motivos para nos orgulharmos de António Guterres, que não soube defender Portugal e a sua Identidade Cultural através da Língua Portuguesa.
E se quiser que Portugal mantenha o orgulho que nos deu a sua nomeação para Secretário-geral da ONU, António Guterres terá de fazer a opção certa, e talvez recomendar aos governantes portugueses que se dignem entrar no século XXI d.C. e abandonem o primitivismo em que ainda se encontram, e façam Portugal crescer como nação integrada numa Europa evoluída, que mantém as suas Línguas cultas e intactas, e que há muito deixou as práticas medievais que envergonharam um passado que já passou, avançando para o futuro.
Isabel A. Ferreira
Os professores do Conservatório Regional de Portalegre estão com salários em atraso e “alguns já nem sequer têm dinheiro para ir trabalhar».
Em 2014, o Conservatório esteve em risco de fechar, pelo mesmo motivo.
Mas para o clube taurino e escola de toureio de Alter do Chão, para as galas taurinas que aí vêem, há verbas que chegam e sobram…
Em Portalegre, não há verbas para a aprendizagem de música…
… mas para a aprendizagem da selvajaria tauromáquica as verbas surgem de todos os lados…
Que governantes serão os que privilegiam a formação de sádicos torturadores de seres vivos, em detrimento da elevada arte musical?
Para Aristóteles, assim como para qualquer ser humano que se preze, «a música é celeste, de natureza divina e de tal beleza que encanta a alma e a eleva acima da sua condição.»
Para Mahatma Gandhi, e para todos nós, que amamos os animais, «os que os torturam deveriam recusar-se a viver, se o preço dessa vida é a tortura de seres sensíveis»…
Haja racionalidade, senhores governantes!
Este novo governo, dito de esquerda, liderado por António Costa, ou é novo e realmente de esquerda, e muda tudo o que é desprezível, que é urgente mudar, ou não se arvore em salvador de uma Pátria, que está a ajudar a afundar-se…
(Origem das imagens: Internet)
John Lennon nasceu a 9 de Outubro de 1940, em Liverpool, no Reino Unido
Foi assassinado na noite de 8 de Dezembro de 1980, em Nova Iorque, nos Estados Unidos da América.
Entre uma e outra data ficou uma vida vivida intensamente, plenamente, uma vida com vida dentro…
(Origem da imagem: Internet)
Não me interessa o que os outros pensam de John Lennon.
Para mim, foi alguém que me transmitiu um estilo de vida para ser vivido e não para ser fingido.
John Lennon era ele e as suas causas, o seu caminho, que ele percorreu cantando, não o efémero, mas o fundamental.
Era um ser tocado pelo divino, ainda que não o consentisse.
Não era nem mais popular nem menos popular do que Jesus Cristo.
Mas ambos foram anarquistas pacifistas, e mudaram o rumo do mundo, no tempo em que cada um viveu.
John Lennon atravessou muros, com as suas canções. Não os derrubou. E ao atravessá-los, mostrou toda a força das palavras que cantava, incomodando os poderosos, sabendo que tudo o que fizesse, tudo o que dissesse teria repercussões gigantescas num mundo onde imperava (e passados 35 anos sobre a sua morte, ainda impera) uma hipocrisia mórbida e cada vez mais mafiosa.
Por isso (ainda) é urgente cantar John Lennon:
Poderosos do mundo, dêem à Paz uma oportunidade!
Nada mais foi igual depois do aparecimento dos «Beatles».
Nada mais foi igual depois das palavras que John Lennon lançou ao mundo como âncoras.
John Lennon (a par de Jesus Cristo, Mahatma Gandhi e Martin Luther King) marcou o modo como eu vejo, sinto e estou no mundo: desassossegada, desassossegando...
Sim, podem dizer que somos sonhadores…
Não somos os únicos…
Mas temos esperança de que num dia todos se juntarão a nós e o mundo será como um só…
Mark Chapman assassinou o Homem, naquela noite de 8 de Dezembro de 1980. Mas não conseguiu matar os sonhos de John Lennon…
Esses, continuam entre nós… connosco...
Isabel A. Ferreira
(Aproveito para recomendar a leitura deste livro na Língua Portuguesa original, ou na Língua Inglesa de origem)
O que mudou desde 1945? O nosso idealismo não estará, nos dias que correm, a ser traído pelo poder, pela corrupção e pelas mentiras que os políticos pretendem impingir-nos?
António, deixou um comentário ao post OS PORCOS SÃO MUITO MAIS DIGNOS… DO QUE ALGUNS “JORNALISTAS”… às 02:11, 2015-10-14.
Comentário:
É óbvio que o programa eleitoral do PAN é um total disparate, porque enquanto elenca um conjunto de valores éticos que visam a protecçao dos animais e do ecossistema, não passa dum conjunto de medidas completamente descabidas sem exequibilidade nenhuma. As propostas do PAN para a política social são uma coisa de fugir - não fazem o menor sentido nenhum. O plano de economia e finanças do PAN é de doidos e impossível de implementar. De resto, a única coisa que sobra são as medidas sem sentido e sem utilidade tipo incluir os animais no agregado familiar, e coisas do género. É um partido cheio de medidas e alternativas sobre como tratar os animais, e como proteger a natureza, mas no que toca a governar um país, não fazem a menor ideia do que estão a fazer. Percebe-se o artigo jornalístico.
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(Antes de responder a este comentário devo lembrar que sou militantemente apartidária, mas não apolítica).
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António, é óbvio que o programa eleitoral do PAN, um programa projectado para o futuro, não é entendível por mentalidades estagnadas.
É óbvio que o PAN sabe, tal como Mahtama Gandhi sabia e dizia, que a nobreza de um povo, a grandeza de uma nação e o seu progresso moral, o grau de civilização de uma determinada sociedade podem ser avaliados pela forma como são tratados os seus membros mais vulneráveis, crianças, deficientes, velhos, pobres e naturalmente os animais não-humanos, que fazem parte integrante de uma sociedade constituída pelos Reinos Animal, Vegetal e Mineral.
Não é verdade?
Pois os governantes portugueses que até agora se sentaram nas bancadas do poder não fizeram nada, absolutamente nada, pelas crianças, pelos deficientes, pelos velhos, pelos pobres e pelos animais não-humanos, até porque as crianças, os deficientes, a maioria dos velhos e pobres e os animais não humanos NÃO VOTAM. Então para quê perder tempo com eles?
Não é o que pensam os políticos vulgares?
O plano de economia e finanças do PAN não é de doidos nem difícil de implementar, António.
Simplesmente é impossível os doidos implementá-lo, por uma razão absolutamente óbvia: incompetência.
Só um indivíduo desprovido de sensibilidade e bom senso dirá que o PAN tem medidas sem sentido e sem utilidade «tipo incluir os animais no agregado familiar, e coisas do género»…
Pois fique sabendo, António, que em Portugal, para as mentalidadezinhas mesquinhas, estas medidas podem parecer sem sentido, mas nos países evoluídos e civilizados elas já estão implementadas.
Dizer que o PAN é um partido cheio de medidas e alternativas sobre como tratar os animais, e como proteger a natureza, mas no que toca a governar um país, não fazem a menor ideia do que estão a fazer, é não saber absolutamente nada da política vigente e dos políticos fixados no poder com supercola.
Pois diga-me lá, António, no que toca a governar o país, o que é que os governantes, que até agora governaram, fizeram pelas camadas mais frágeis da sociedade portuguesa? O que é que eles têm feito para proteger a sua fauna humana e não-humana, a sua flora, o seu meio ambiente, as suas florestas, os seus rios? Ou será que isto não tem a menor importância para o País?
O António acha que o PAN deveria ter políticas de como encher os bolsos à custa dos impostos dos Portugueses? De como esbanjar dinheiros públicos em coisas absolutamente inúteis, insignificantes e indignas do ser humano?
É isso que pretende do PAN?
Não, não se percebe o artigo “jornalístico” que deu origem a este comentário.
Primeiro porque o artigo não é “jornalístico”. Se fosse jornalístico deveria obedecer à Ética Jornalística, e não obedece.
Segundo, porque criticar, apenas por criticar uma filosofia, um modo de estar no mundo global, com olhos postos no futuro, e que as mentezinhas estagnadinhas não compreendem, é altamente pernicioso, contraproducente e não dignifica o jornalismo de opinião.
Quem pretende ousar o jornalismo de opinião (e não foi o caso) deve, no mínimo, ter algum conhecimento sobre a matéria que vai opinar, de outro modo corre o risco de fazer triunfar os porcos errados.
E atenção! Ao contrário do que os mais “distraídos” acham, os Porcos, são animais bastante inteligentes, por isso, merecem toda a minha consideração e respeito, ao contrário de muitos indivíduos, que andam por aí a armar-se em chico-espertos.
Ler artigo completo neste link:
https://vista-se.com.br/porcos-os-animais-domesticados-mais-inteligentes-do-mundo/
… no passado domingo, na véspera de um indivíduo morrer em nome de um costume bárbaro, para celebrar a Nossa Senhora da Boa Viagem, que as autoridades da Moita teimam em manter, morra quem morrer…
E que final de dia fantástico tivemos ontem na Moita! #Portugalemfesta — com João Baião e Rita Ferro Rodrigues.
Fonte da imagem:
… eu, que tenho o privilégio de ter alternativas ao lixo televisivo,que algumas estações de TV portuguesas têm para oferecer a um povo já de si tão inculto, revia o filme que uma semana antes havia gravado no Canal TvCine2, “Mahatma Gandhi” (1982), do realizador Richard Attenborough, com a extraordinária interpretação de Ben Kingsley, que mereceu o Óscar de Melhor Actor, pelo seu papel de Gandhi.
Uma GRANDE ALMA (Mahatma). Um SER HUMANO único. Um grande exemplo de Vida.
Um excelente filme, de Richard Attenborough, obrigatório ver por todos os que pretendem ascender a ser um Ser Humano completo.
Excelentes interpretações.
Muito pode fazer pelo mundo a excelência da arte cinematográfica ao serviço da Humanidade.
Bem-haja Richard Attenborough, que partiu deste mundo a 24 de Agosto de 2014, mas deixou-nos uma obra civilizada, que enriquece o saber humano.
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O filme acaba com o lançamento das cinzas de Gandhi às águas do Mar… enquanto se ouve a sua voz a ecoar uma poderosa mensagem, a que todos os dias me agarro, com muita esperança, porque a História da Humanidade sempre se escreveu assim:
«Quando desespero, lembro-me que ao longo da História, o caminho da verdade e do amor venceu sempre. Tem havido tiranos e assassinos que, por algum tempo, podem parecer invencíveis, mas no final, são sempre derrubados.
Pensem nisso. Sempre. Todos os dias…».
Símbolo da liberdade e uma extraordinária consciência moral, Mahatma Gandhi é o meu maior Mestre, o guia que me mostra o caminho a seguir para alcançar os meus ideais…
Um excelente texto que diz tudo o que hoje me apetece dizer sobre a imbecil iniciativa da Vaca das Cordas que se vê na imagem...
Fotografia de Luís Rodrigues ©
Vinho, crueldade, estupidez e ignorância eis os ingredientes da Vaca das Cordas.
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«Touradas e outras parvoíces»
Por antoniopprocha
«Chegaram as festas populares, chegaram (infelizmente) também os mais diversos eventos de desrespeito aos animais em prol da “diversão”. Entre música pimba e bebedeiras há sempre espaço para pegar em seres indefesos e usar e abusar dos mesmos. Estamos em 2014, quantos mais anos terão de passar para começarmos a realmente respeitar os animais?
Artigo 10º
1.Nenhum animal deve de ser explorado para divertimento do homem.
2.As exibições de animais e os espectáculos que utilizem animais são incompatíveis com a dignidade do animal.
Este é um dos artigos que consta na Declaração Universal dos Direitos dos Animais proclamada pela UNESCO em 1978. 36 anos depois, continuam em Portugal a haver mil e uma situações em que esta declaração não é respeitada.
Triste, não é?
Entristece-me, principalmente, ver uma geração que esteve ou ainda está há anos a estudar, que tem acesso a tudo e mais alguma coisa, não conseguir perceber que eventos em que se maltratam animais não são dignos de um país e de uma sociedade dita desenvolvida.
Há sempre aqueles que dizem: “Isto? Isto não é maltratar, ninguém mata o animal”. Vamos a ver uma coisa, puxar pelo rabo, dar pontapés e palmadas, agarrar de forma bruta, entre muitos outros, não é maltratar? Já para não falar de meter o animal numa situação de desvantagem, em que não se pode claramente defender.
Qual é o objectivo? Subirmos um bocadinho o nosso ego porque nos estamos, supostamente, por momentos a sentir superiores? Superioridade de merda.
Depois há também os iluminados que dizem àqueles que criticam a “bendita” tradição: “Vocês devem ser todos vegetarianos”.
Vamos a ver outra coisa, usar e abusar de um animal para entretenimento e matar um animal para comer são coisas distintas. Sim, também pode existir abuso dos animais no matadouro, e isso está completamente errado, mas uma coisa errada não leva a que possamos fazer outra igualmente errada.
O ideal seria não termos de matar animais para comer (eu não tenho prazer na morte de outro ser e ninguém deveria ter), mas isso é algo praticamente impossível de acontecer. Desde pequenos que a nossa dieta consiste em comer animais, contrariar isso na idade adulta é extremamente difícil. Ainda assim, reforço a ideia de que matar para comer nunca pode ser posto ao mesmo nível de usar um animal para entreter, são simplesmente coisas incomparáveis.
Também existem os Afonsos e as Tétés que, com o melhor polo Sacoor e calça bege, se revoltam contra aqueles que não tiveram o prazer de ter uma educação tão requintada e com tanto nível, nem tiveram sorte de viver numa herdade. Estes geralmente são aqueles que defendem que “o animal é criado para isso mesmo” e que acham que os defensores dos animais são hippies de rastas que cheiram mal dos sovacos. Acho que nem preciso de gastar palavras para este tipo de gente. (Achei importante referir esta “espécie” porque, apesar de tudo, dão sempre para rir).
Há ainda aqueles que falam dos pássaros nas gaiolas, dos cães em apartamentos, e tantas mais coisas absurdas como forma ridícula de tentar defender tradições que não têm defesa, principalmente com tais argumentos.
Meus caros, volto a repetir uma ideia anterior de outra maneira, para ver se vos entra na cabeça: não é por haver muitas coisas más a acontecer no mundo que podemos fazer uma que na nossa cabecinha é “menos má”.
Existem cães que não devem estar em apartamentos? Sim, mas isso é por acaso motivo para então se poderem cometer atrocidades com outros animais para gáudio popular? Não faz sentido.
O caminho a percorrer parece longo, ainda há muitas mentalidades que precisam de mudar. Se este texto não servir para mudar nenhuma ao menos que sirva para alimentar (ainda mais) a vontade de mudança dos que são contra todas as práticas em que não haja respeito pelos animais e pelos seus direitos.»
«A grandeza de uma nação e seu progresso moral podem ser medidos pela maneira como trata os seus animais» (Mahatma Gandhi)
Fonte:
http://maumariamag.wordpress.com/2014/06/21/touradas-e-outras-parvoices/