A propósito do despropósito tauromáquico do deputado AFICIONADO João Almeida
NÃO PRECISAMOS DE INSCIENTES NA ASSEMBLEIA DA REPÚBLICA
EXIGIMOS A ABOLIÇÃO DA TAUROMAQUIA JÁ!
Deputado João Almeida: «Hãããããa? Mas puseram-me aqui para dizer o que disse!!!!!»
***
«Exmo. Senhor Deputado Nuno Magalhães
Dgmo. Presidente do Grupo Parlamentar CDS/PP
A intervenção veemente do Senhor Deputado João Almeida em favor da tauromaquia revelou um profundo desconhecimento científico ou uma total indiferença pelo terrível sofrimento de touros e de cavalos; uma atroz ausência de compaixão e de sentido de ética; uma forte faceta oportunista e uma falta de vergonha e de respeito pelas muitas pessoas conscientes, que por justas razões abominam tal actividade, que só existe para gáudio de pessoas viciadas em violência e crueldade, para exibicionismo, para negócio em nome da tradição e até em vários sítios para inovação.
O acompanhamento por 25 pessoas que se retrataram como aficionados e elementos influentes da tauromaquia, feito nas galerias da AR durante a respectiva alocução, ilustra o papel do deputado como emissário deste grupo, pelos vistos, por ele bem avisado e com ele bem concertado.
O senso comum induz e a ciência confirma que os animais utilizados, touros e cavalos, sofrem muito psicológica e fisicamente antes, durante e depois das corridas. E muitos mais sofrerão em lides privadas para "treino e diversão tauromáquicos" por este país fora.
São estes seres dotados de fisiologia e de sistema nervoso semelhante aos do Senhor Deputado e, pelo menos, tanto como ele, sensíveis a claustrofobia, susto, medo, fúria, dor, esgotamento, infecção, doença, etc., mas que os aficionados pretendem ignorar e que deixa muita gente indiferente.
Muito mais haveria a argumentar, mas que até aborrece repetir, de tão óbvio.
Tratou-se, portanto, na minha opinião, de um acontecimento vergonhoso para o Senhor Deputado, para o seu Grupo Parlamentar, para o seu Partido, para o nosso Parlamento, para a reputação do nosso país, quiçá em nome de uma liberdade democrática que tem permitido a crueldade como espectáculo e que aceita agora esta sua apaixonada defesa na sede da nossa democracia, a Assembleia da República, sem que vozes da indignação se tenham feito ouvir.
Assino-me como um dos muitos portugueses que se envergonham deste acontecimento e que lastimam também a repercussão que isso vai ter no mundo evoluído.
Vasco Reis, médico veterinário
Aljezur»
***
Faço minhas as palavras do Dr. Vasco Reis.
Eu também me envergonho de haver “deputados” como João Almeida a dizer disparates na Assembleia da República, o órgão máximo dos representantes do povo português, cuja maioria esmagadora REPUDIA a imbecilidade da tauromaquia.
Ou não será?
Será o órgão máximo de um lobby ignorante e obscuro que pretende SUJAR o nome de Portugal, e a maioria parlamentar CONSENTE?
SHAME ON YOU!
O que o povo português espera desta discussão?
Que se faça LUZ e, finalmente, TODOS os animais não humanos possam ser protegidos por uma lei maternal, racional, pró-ética e humana, que leve também à abolição da abominável tauromaquia, que eliminou do Reino Animal os Touros e os Cavalos.
(Origem da imagem: Internet)
A actual lei que regulamenta a protecção dos animais (Lei nº 92/95 de 12 Setembro) exclui dessa protecção os animais utilizados na “arte” (?) equestre e nas touradas “autorizadas” por “lei”, excluindo deste modo falacioso, os Touros e os Cavalos do Reino Animal.
Sendo uma lei que não corresponde à realidade das ciências biológicas, é inaceitável, à luz da razão, da lógica e da ciência, e qualquer cidadão idóneo tem o dever de rejeitá-la, por imprecisão do seu enunciado.
As leis devem ser claras e de acordo com a realidade. Não devem servir os interesses obscuros de um lobby.
Esta é uma das bases argumentativas (entre outras que a seu tempo virão) que servirá de apoio aos defensores dos Direitos dos Animais, para exigirem a abolição da tauromaquia.
Para isso temos de dar a estocada final nesta vergonha.
O que fazer, então?
Portugal, que ainda mantem o costume bárbaro de torturar Bovinos e Cavalos, para divertimento, considera-se um “estado democrático”.
Ora os regimes democráticos são baseados na dignidade da pessoa humana e na vontade popular, isto é, quem tem a palavra é o povo que, tendo o direito de votar, vota nos candidatos que se apresentam às eleições legislativas para SERVIR esse mesmo povo, e LEGISLAR conforme os interesses reais do povo e não segundo as conveniências de lobbies infiltrados nas candidaturas aos cargos da governação, apenas para assegurar os interesses económicos deles, e consequentemente encher os bolsos a quem se deixa vender.
E o que temos neste momento, quanto a este facto, no nosso país que se diz viver em “democracia”?
Temos um grupo de “governantes” dominados pelos interesses desses lobbies económicos, os quais (governantes) desrespeitam não só as Leis do país, a Constituição, o povo português e o juramento que fizeram ao tomar posse dos cargos.
Em Portugal, como todos sabem, existe uma Constituição da República Portuguesa. Pois dei-me ao trabalho de a ler, e verifiquei que o Governo Português NÃO CUMPRE a grande maioria dos artigos consignados no documento maior da República.
Quando isto acontece, não podemos falar em “democracia”, mas numa ditadura económica, que impõe a um povo aquilo que ele não quer, e o defrauda no que respeita ao direito à integridade moral desse mesmo povo, a qual é inviolável perante a Lei, e ao direito de ver os seus impostos serem aplicados construtivamente, e não destrutivamente.
Em tais circunstâncias, e estando em vigor uma Constituição que devia assegurar a decisão do povo; devia garantir os direitos fundamentais dos cidadãos; e devia estabelecer os princípios basilares da Democracia, com vista a uma sociedade moderna, dentro dos padrões do que se entende por “civilização”, mas que não assegura, não garante, não estabelece coisa nenhuma, o que deve fazer o povo? (estou a falar de maiorias, o nosso caso).
RESISTIR, LUTAR, REAGIR. É um direito que nos assiste.
Como podemos ter qualidade de vida, ou um ambiente de vida humano sadio e ecologicamente equilibrado, quando vivemos cercados de arenas de morte, agredidos por cartazes anunciando a TORTURA nas ruas, uma estação de televisão de serviço público a passar em directo actos de uma violência atroz, contra um ser vivo (aqui só vê quer, mas o nosso dinheiro está lá metido) e os governantes a apoiarem tudo isto e a darem primazia a uma minoria (os que praticam, aplaudem e apoiam a tauromaquia), e a esbanjarem dinheiros públicos nesta aberração?
Já reflectiram de onde virá tanta VIOLÊNCIA DOMÉSTICA?
Ora temos o DEVER DE DEFENDER o nosso DIREITO de não sermos agredidos pelas anormalidades que o governo quer impor-nos.
Temos o DEVER de EXIGIR que os nossos IMPOSTOS sejam aplicados nas necessidades prementes do povo, e não para encher os bolsos de ganadeiros e destruir cruelmente a vida de animais sencientes, como divertimento, o que vai contra todas as normas de uma vivência saudável, no seio de uma sociedade que se quer HUMANA.
O que temos em relação à tauromaquia, em primeiro lugar, é um desvio comportamental de uma MINORIA de portugueses que não tem representatividade alguma no que respeita à imposição dos seus vícios, da sua anomalia mental e dos seus defeitos, à esmagadora maioria da população portuguesa, que não se revê nestes actos bárbaros.
Em segundo lugar, temos uns “governantes” que, não passando de SERVIDORES DE UM POVO LIVRE (se quiséssemos continuar a ser vassalos, não teríamos derrubado a monarquia), têm o DEVER, de acordo com a Constituição da República Portuguesa, de SERVIR o POVO, e manter uma soberania, una e indivisível, que reside nesse mesmo povo, NÃO TENDO O DIREITO de se vergar a nenhum interesse económico que não seja o do povo (continuo a falar de maiorias).
Isto de servir lobbies obscuros não combina com soberania e muito menos com legalidade.
E a quem está muito preocupado com o que vão fazer os POUCOS que gravitam ao redor da tauromaquia, quando a tauromaquia for abolida, eu direi que vão fazer o mesmo que os MILHARES de trabalhadores das incontáveis empresas que fecharam no nosso país, devido à má política económica (se bem que para a tauromaquia sempre houve APOIO ECONÓMICO comunitário, governamental e autárquico, uma imoralidade e ilegalidade), e ninguém ficou preocupado.
Posto isto, é nosso DEVER EXIGIR a ABOLIÇÃO DA TAUROMAQUIA, à luz do que acabei de expor, e a anulação da lei bastarda (Lei nº 92/95 de 12 Setembro) que regulamenta a protecção dos animais, substituindo-a pela que vai ser proposta, mais inteligente e condizente com os valores humanos e com os Direitos dos Animais, e sem omissões.
E que omissões são essas?
São as que irracionalmente mantém um costume bárbaro que não dignifica o ser humano, nem Portugal, nem dois magníficos mamíferos banidos do Reino Animal, e o DEVER de os governantes governarem segundo o “evangelho” do povo, e não segundo o “evangelho” dos lobbies.
E claro, vamos USAR O VOTO COMO ARMA, nas próximas eleições legislativas.
Nestas últimas eleições autárquicas, já se mostrou um cartão amarelo ao governo, e aos que se candidataram para servir exclusivamente o lobby tauromáquico, conforme podemos verificar neste link:
http://protouro.wordpress.com/2013/10/02/rescaldo-das-autarquicas-candidatos-aficionados/
Na próxima vez, mostraremos o CARTÃO VERMELHO.
Não somos muitos? Não queremos ver os Bovinos e os Cavalos livres da tortura? E todos os animais protegidos dos seus predadores?
Se a tauromaquia ainda existe é porque NÓS DEIXAMOS que ela exista.
Portanto, há que reverter esta situação e COMEÇAR A AGIR.
E a acção começará no dia 25 de Outubro, pelas 10 horas, quando na Assembleia da República se discutir uma proposta para uma NOVA LEI DE PROTECÇÃO ANIMAL
E é bom lembrar que
O PODER É DO POVO, NÃO DE QUEM O SERVE.
Se tudo na tourada à corda fosse límpido como as águas de uma nascente, o lobby do lixo tauromáquico não proibiria imagens do que dizem ser um “bom divertir”…
Se ao menos soubessem o que é um bom divertir…!!!!
E ainda têm o descaramento de dizer que «só criaturas mais inferiores e invejosas… podem chamar os nomes que quiserem…» Esta imagem diz das criaturas SUPERIORES que têm um BOM DIVERTIR… O que vale as imagens falam por si… e correm mundo e mostram quão broncos são os que praticam, aplaudem e apoiam esta imbecilidade.
São ou não são BRONCOS, estes aficionados?
«Os aficionados da tourada à corda dos Açores estão proibidos de divulgar fotos dos maus tratos aos touros.
Então não são eles que dizem que a tourada à corda é uma brincadeira inofensiva?
Pelos vistos não é uma brincadeira recomendável e por isso têm de esconder as imagens.»
Com a ajudinha do ex-presidente da República, Jorge Sampaio que, apesar de ser uma pessoa estudada, desiludiu a civilização…
Esta é a dita “festa” dos broncos.
Uma demonstração do baixo nível cultural de uma população que se recusa a evoluir.
Os culpados?
Os de sempre.
Autarcas e governantes submissos ao lobby obscuro da tauromaquia.
Que vergonha!
O que vemos no vídeo passa-se na Europa?
Esta gente é europeia?
Tenho as minhas dúvidas.
Isto tem “cara” de se passar numa terra que não saiu do tempo das cavernas.
A SIC para mim, já foi...
Rendeu-se à estupidez.
Por motivos óbvios VENDEU-SE ao lobby terceiromundista tauromáquico.
Passou a ser uma estação de broncos.
É profundamente lamentável que tal tenha acontecido.
E este é o Portugal dos pequeninos...
Senhores deputados, conseguem ENTENDER esta imagem?... Sabem o que está a pensar o bezerrinho? «Que má sorte a minha, ter nascido em Portugal!»
Vou aproveitar um excelente e lúcido comentário que a Cláudia Vantacich fez ao texto de uma aficionada, chamada Nazaré Maurício, neste link
http://arcodealmedina.blogs.sapo.pt/129098.html
e adaptá-lo aos senhores deputados da Assembleia da República Portuguesa, porque fiquei envergonhada de o meu País estar a ser “governado” por pessoas que NÃO EVOLUÍRAM e estão quase ao mesmo nível dessa Nazaré Maurício, ao APOIAREM a TORTURA DE TOUROS E CAVALOS.
Senhores deputados, a vossa liberdade termina onde começa a liberdade de outro ser senciente, ou seja, neste caso, do Touro e também do Cavalo (que é barbaramente maltratado na corrida de touros à portuguesa).
Talvez ainda não se tenham apercebido de que o mundo evoluiu. Foram-se dando direitos aos seres humanos considerados de 2ª categoria, vulgo escravos, às mulheres, às crianças e agora chegou a vez dos animais não humanos. Porque animais somos todos nós.
A evolução tem passado ao vosso lado, mas de facto é a questão fundamental da acctualidade mundial: os direitos dos animais. Tal como foi em tempos a abolição da escravatura.
E tal como os senhores deputados se opõem à abolição da tortura dos Touros, muitos se lhe opuseram no passado. À escravatura, bem entendido. É uma consequência da EVOLUÇÃO DA NOSSA INTELIGÊNCIA e consciência, que como sabemos nunca aconteceu em simultâneo a todo o ser humano: os mais conscientes lutam, as leis vão mudando e os outros humanos menos evoluídos acabam por ter de aceitar e ir a reboque...
Sempre foi assim.
Por isso, senhores deputados, se não quiserem ficar para trás na escala da EVOLUÇÃO, comecem a OLHAR para os animais e a tentar sentir e compreender que apesar de terem uma fisionomia e algumas características diferentes das nossas, são também DIGNOS de viver neste Planeta com o máximo de liberdade, saúde e bem-estar possível. No que respeita ao sofrimento e desenvolvimento de afectos eles são como nós. A ciência já o provou.
Mas os senhores deputados da Assembleia da República Portuguesa ainda não se deram conta disso.
Tão “distraídos” que são!
Não se REBAIXEM ao LOBBY SANGUINÁRIO.
Sejam superiores. LIBERTEM-SE desse JUGO.
SEJAM LIVRES.
E podem ter a certeza de que o FIM DESTE RITUAL SANGUINÁRIO é uma questão de tempo...
Isabel A. Ferreira