As imagens são chocantes. Cruéis. Desumanas.
O PACMA publica um vídeo gravado durante uma aula prática de uma Escola de Toureio de Madrid, na qual se mostra a extrema crueldade e selvajaria com que se tortura animais jovens, por jovens tauricidas.
(E PASMEM!)
O Ministério da Cultura espanhol acaba de conceder à escola de toureio Marcial Lalanda de Madrid, o Prémio Nacional de Tauromaquia, no valor de 30.000 €.
É isto que transmitem a crianças e jovens os que sofrem de uma doença incurável: crueldade, da qual apenas os Homens sofrem.
Com o aval das autoridades governamentais e da igreja católica (assim com letras minúsculas, porque mais não merecem).
Isto pertencerá à Moral, à Ética, à Civilização, à Evolução, à Cultura Culta, à Essência Humana?
É nesta barbárie destrutiva, cruel e violenta, e não em actividades construtivas, humanitárias e pacíficas que se esbanjam os dinheiros públicos.
Pobre humanidade desumana!
Isabel A. Ferreira
"O Comando Metropolitano de Lisboa da PSP, no âmbito da criminalização dos maus tratos a animais de companhia, lançou hoje a campanha da PSP, "Maus tratos a animais são crime", na Casa dos Animais de Lisboa em Monsanto.
A campanha tem como objectivo alertar os cidadãos para a alteração legislativa que decorre da lei 69/2014 de 29 de Agosto e sensibilizar para o correcto tratamento dos animais de companhia com o respeito e dignidade que a vida animal exige.
Por sua vez, existem neste momento duas formas céleres de esclarecer eventuais questões ou denunciar ilícitos criminais:
- Através do número 21Policia (217654242) - disponível 24h por dia para um contacto menos moroso com a PSP.
- Através do e-mail dedicado "defesanimal@psp.pt" - criado especificamente para a matéria criminal e contra-ordenacional relacionada com os animais de companhia.
Ajude-nos. Denuncie. Apadrinhe. Adopte.
Os animais precisam de nós. E nós, contamos consigo!"
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ENSINAR A CRIANÇAS A TERRÍVEL E VENAL ARTE DE TORTURAR ANIMAIS EM PÚBLICO NÃO SERÁ UMA FORMA DE MAUS TRATOS?
E se é maus tratos não será crime?
Coloco esta questão aos psicólogos que possam eventualmente ler este texto, e queiram dar uma opinião…
O que será “isto” que se vê na imagem?
«A psicóloga Maria María Vicenta Vaquer Martí, representante da Asociación de Profesionales para la Defensa de los Animales (PRODA), advertiu, na última quarta-feira, durante a Comissão de Cultura do Congresso, que “o sadismo como espectáculo é uma das sementes de violência” para os menores, em referência às touradas.
Vaquer Martí, uma das palestrantes que participaram das conferências para dar opinião sobre a proposta de lei para a regulação das touradas como bem de interesse cultural, fez referência a vários estudos que demonstram os efeitos negativos que tem o maltrato animal como espectáculo para menores.
Um deles indica que as crianças com problemas emocionais que são expostas à violência têm uma “maior probabilidade de cometer actos cruéis”, e, por isso, vê que é necessário evitar que os menores compareçam a espectáculos em que os adultos maltratem os animais.
Outras das consequências a que fez referência são os “conflitos de lealdade, ocultar a compaixão pelo animal e o debilitamento do sentido moral ao descobrir que o sofrimento é permitido”, já que neste espectáculo é cometido “um acto de crueldade a um animal sem eleição”.
“Se tentamos protegê-los da violência real que já existe, então por que colocamos a etiqueta de cultura em acções que podem prejudicar as crianças? Isso seria uma irresponsabilidade”, critica.
Por tudo isso, manifestou ser contra as touradas serem declaradas bens de interesse cultural, já que, tal e como indica a Lei sobre Património Cultural, sua aprovação traria consigo “o fomento” das touradas.»
Origem da foto e do texto:
http://www.anda.jor.br/13/07/2013/touradas-podem-ser-uma-semente-de-violencia-para-criancas-e-jovens
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As crianças não merecerão o mesmo cuidado que se dá aos animais não humanos nesta campanha da PSP?
E os animais chamados bezerros? Não merecerão o mesmo tratamento do dos outros animais?
Ou os bezerros não serão animais?
A violência começa precisamente aqui.
Que exemplo de paz será este?
Depois admiram-se que jovens assassinem outros jovens…
É que a crueldade e a violência estão nas ruas de Salvaterra de Magos, e animais, somos todos nós...
Isabel A. Ferreira
Origem da foto: https://www.facebook.com/messages/abel.pacheco.125
Lisboa, 29 de Abril de 2015 – O PAN – Pessoas-Animais-Natureza acaba de apresentar uma queixa ao provedor de justiça no âmbito da aprovação da Proposta de Lei n.º 209/XII (3ª), expondo as suas preocupações com a compatibilidade daquele diploma com os direitos fundamentais intrínsecos das crianças.
Segundo aquele diploma, as actividades de artista tauromáquico e auxiliar podem ser exercidas por menores de 18 anos e por crianças menores de 16 anos mediante autorização da Comissão Nacional de Protecção de Crianças e Jovens em Risco. Comissão, essa que, a par de outras entidades, reconheceu que a actividade tauromáquica “pode colocar em perigo crianças e jovens” (in Circular n.º 4/2009).
A Amnistia Internacional emitiu parecer no mesmo sentido. Mais expressivo ainda, é o parecer da Comissão de Regulação do Acesso a Profissões, que recomendou que, tendo a legislação fixado a escolaridade obrigatória até aos 18 anos, então também só deveriam participar neste tipo de actividades indivíduos cuja escolaridade obrigatória esteja já cumprida. Para além disso, a idade mínima de 16 anos corresponde à idade mínima de admissão ao trabalho subordinado (n.º 2 do art. 68.º do Código do Trabalho).
«A tourada é uma actividade violenta e, como tal, deve estar sujeita às mesmas restrições etárias que outras actividades de natureza artística e outros divertimentos públicos considerados violentos. Nomeadamente, não faz sentido proibir um menor de 18 anos de assistir a um filme de ficção no cinema, mas depois permitir que uma criança de 12 anos esteja envolvida na morte de um animal, seja por frequentar a escola de toureio, seja por assistir à morte de um animal para mero entretenimento de quem assiste», defende André Silva, porta-voz do PAN.
Diversos estudos a que o PAN recorreu para elaborar a queixa ao provedor confirmam que a exposição das crianças a violência explícita provoca efeitos significativos no seu desenvolvimento, donde resulta a necessidade de proteger os menores de tais impactos, como manda a Constituição.
No que diz respeito especificamente ao trabalho infantil, o Comité de Direitos da Criança, já expressou a sua preocupação ao referir que «O Comité (…) continua profundamente preocupado com o envolvimento persistente de crianças em trabalhos perigosos e/ou degradantes como o trabalho agrícola em culturas ilegais, tráfico de drogas, mineração ilegal e touradas».
Face ao exposto, o PAN conclui que o diploma em causa enfrenta uma série de constrangimentos legais nacionais e internacionais mas, mais importante que isso, efectivamente revela uma desconsideração pelos direitos fundamentais das crianças a um desenvolvimento saudável.
Importa ainda referir que, no âmbito do supra mencionado processo legislativo, foram ouvidas as seguintes entidades: Associação Portuguesa de Criadores de Toiros de Lide; Associação Nacional dos Grupos de Forcados; Associação Nacional de Toureiros Portugueses; Associação Nacional de Empresários Taurinos; Secretário de Estado da Cultura e Presidente da Comissão Nacional de Protecção de Dados.
Não foi ouvido um único representante dos direitos das crianças, o Comité dos Direitos da Criança da ONU, assim como não foi ouvida nenhuma ONG que defenda os direitos de animais humanos e não humanos.
Fonte:
http://www.pan.com.pt/comunicacao/noticias/item/573-provedor.html
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Apenas umas dúvidas:
Associação Portuguesa de Criadores de Toiros de Lide; Associação Nacional dos Grupos de Forcados; Associação Nacional de Toureiros Portugueses; Associação Nacional de Empresários Taurinos são ENTIDADES de quê?
O secretário de estado da cultura acima mencionado é secretário de estado de que CULTURA?
Não foi ouvido um único representante dos Direitos das Crianças, o Comité dos Direitos da Criança da ONU, assim como não foi ouvida nenhuma ONG que defenda os direitos de animais humanos e não humanos, porquê?
ISTO É A VERDADEIRA CULTURA. É ARTE. É A SUBLIMAÇÃO DA EXISTÊNCIA HUMANA
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Ao contrário deste cisqueiro para onde lançam crianças, arrancando-lhes a inocência da infância.
campo pequeno (Lisboa): numa das mais cruéis modalidades tauromáquicas – a chamada “corrida de touros à portuguesa”
Atente-se nas expressões tristes, contrariadas e acabrunhadas destas crianças, forçadas a fantasiarem-se de paspalhinhos e a entrarem numa arena de tortura de bovinos, e fazerem uma figurinha de meter dó, de tão triste e anormal que é.
E depois não querem que se diga que isto é um crime.
O que as universidades ensinarão aos jovens? A serem cobardes? Um comportamento para ser verdadeiramente ético (convém não esquecer que vivemos em sociedade…) terá de responder a estas três perguntas: 1- Quero fazer isto? 2- Devo fazer isto? 3- Posso fazer isto?
Vejamos o que diz Isabel Godinho, uma jovem portuguesa (com a lucidez que falta aos governantes portugueses) a propósito da afirmação de um tauricida, que a confrontou com o “estilo de vida” dos que torturam e matam bovinos para diversão.
«O que chamam “tradição” e querem defender a todo o custo, consiste na tortura e morte de animais sencientes, para divertir uma minoria perversa.
É impossível compreender que tipo de mentes se entretêm a ver animais vivos a serem torturados.
Pergunta-se: e se fosse um maluco, pela rua fora, a espetar um cão? E se fosse um psicopata que gostasse de espetar pessoas até à morte, com uma lança? Não iríamos querer que a polícia os encontrasse e prendesse? Ou será que iria aparecer alguém a dizer que o estilo de vida do psicopata era matar pessoas e que, por isso, ninguém podia interferir? Parece sensato? Pois a mim não...
Estar ou ser contra touradas não é apenas não gostar e querer estragar a vidinha dos que gostam, é perceber que torturar um animal é contra princípios de respeito, não maus-tratos e protecção e querer defender esses princípios porque são comuns a todos e não apenas “à vida dos outros”».
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Um outro aspecto.
Coloquei a um defensor convicto dos direitos dos animais esta questão:
«Arsénio, será que a liberdade de... e o direito de... vão no mesmo sentido? Ou serão conceitos diferentes?»
O cidadão Arsénio Pires, também com a lucidez que falta aos governantes portugueses respondeu-me:
«Isabel,penso que você toca no grande problema: o que é Ética?
Penso que ter liberdade para fazer uma coisa não pode querer dizer que eu tenho o direito de a fazer. Ex: Posso ter liberdade para fazer uma coisa que vai contra a autêntica liberdade de alguém. Logo, não tenho o direito de executar essa coisa (acção, palavra, atitude, gesto, etc.). Aqui, a minha liberdade tem um limite.
Em meu entender, um comportamento para ser verdadeiramente ético (convém não esquecer que vivemos em sociedade…) terá que responder a estas três perguntas:
1- Quero fazer isto?
2- Devo fazer isto?
3- Posso fazer isto?
Disse Kant: Devemos agir de tal forma que a nossa ação possa ser transformada em lei universal de comportamento.
Isabel, haveria muito a dizer sobre o Homem verdadeiramente livre!»
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Exactamente., Arsénio
Mas para isso seria preciso que o povo fosse culto e que os governantes fossem cultos também e tivessem lido, pelo menos, a Fundamentação da Metafísica dos Costumes e a Crítica da Razão Prática, para compreenderem o que querem, ou devem ou podem fazer. Para quem não sabe, Immanuel Kant foi o último grande filósofo dos princípios da era moderna.
O que é um homem verdadeiramente livre?
Eis o busílis da questão.
O homem verdadeiramente livre será aquele que, apenas porque gosta, porque lhe dá prazer, porque lhe convém, porque até ganha dinheiro com isso, e em nome de uma coisa a que chama “tradição” sai por aí a torturar e a matar e a estropiar seres vivos (sejam humanos ou não humanos) com a crueldade própria dos esvaziados de uma alma humana?
Ou será aquele que com lucidez conhece os limites da sua liberdade?
Fórmulas da lei moral em Kant:
«Age apenas segundo uma máxima tal que possas ao mesmo tempo querer que ela se torne lei universal».
«Age como se os princípios da tua acção devessem ser erigidos pela tua vontade em lei universal da natureza».
«Age de tal modo que trates a humanidade, tanto na tua pessoa como na do outro, sempre como um fim e nunca como um meio.»
«O reino dos fins une os seres racionais, sob uma legislação comum. A pessoa tem um valor e uma dignidade sem preço.
«O dever é uma necessidade interna de realizar uma determinada acção apenas por respeito à lei moral (lei prática). O dever liberta o homem das determinações a que está submetido, substitui a necessidade natural. O dever impõe ao homem a limitação dos seus desejos e obriga-o a respeitar as leis morais da razão.»
Bertrand Russel um dos mais influentes matemáticos, filósofos e lógicos que viveram no século XX, respeitado por inúmeras pessoas como uma espécie de profeta da vida racional e da criatividade, resume assim o pensamento de Kant:
"A moral só existe quando o homem actua segundo o dever. Não basta que o acto seja tal como o dever pode prescrever. O negociante honesto por interesse ou o homem bondoso por impulso não são virtuosos. A essência da moralidade deriva do conceito de lei; porque embora tudo na natureza actue segundo leis, só um ser racional pode actuar segundo a ideia de lei, isto é, por vontade. A ideia de um princípio objectivo, que impele a vontade, chama-se uma ordem da razão e a fórmula é o imperativo".
in, «História da Filosofia».
Como diz Arsénio Pires: «Haveria muito a dizer sobre o Homem verdadeiramente livre!»
Na verdade, o que faz falta é a Cultura Culta.
O que faz falta é ler os grandes filósofos da humanidade.
O que faz falta é um sistema de ensino que conduza os jovens à plenitude da sua própria essência humana.
O que faz falta é educar o povo para uma cidadania responsável.
O que faz falta são governantes cultos que possam transmitir Cultura Culta e não se verguem à “cultura” e á identidade “cultural” dos broncos e lhes dêem primazia sobre a cultura dos verdadeiros homens livres.
Devia ser OBRIGATÓRIO um Certificado de Lucidez e Cultura Culta para os candidatos a governantes.
Fonte para as citações de Kant, cuja leitura recomendo aos senhores governantes e não só...
http://afilosofia.no.sapo.pt/12KantIntrod.htm
(Ao cuidado das autoridades portuguesas responsáveis pelo bem-estar físico e pela saúde mental das nossas crianças)
Por motivos óbvios, por mim era um rotundo NÃO ao acesso a menores de 90 anos, e para cima dessa idade, apenas aos que perderam a vista.
A selvajaria tauromáquica não é coisa para olhos humanos verem.
«Os franceses estão preocupados com os problemas que a juventude enfrenta, e num lugar destacado encontra-se com frequência o problema da violência: a violência sofrida, a violência observada ou a violência exercida.
Nos últimos anos tem-se assistido a um especial interesse pela questão da violência observada pelas crianças e pelos adolescentes. Distinguem-se neste caso dois tipos de situação:
- Por um lado, a criança como testemunha de violências reais, seja fora da família, seja mais frequentemente dentro da família;
- Por outro lado, a criança como espectadora de violências virtuais, e entra aqui o debate sobre o efeito dos filmes, da televisão e dos jogos de vídeo.
Sobre o segundo tipo de situação, nomeadamente os filmes, dois relatórios ministeriais foram elaborados em 2002: o «Relatório Brisset» (As crianças face às imagens e às mensagens violentas difundidas pelos diferentes meios de comunicação – Relatório de Claire Brisset, Defensora das crianças, para Dominique Perben, Ministro de Justiça, Dezembro de 2002) e o «Relatório Kriegel» (A violência na televisão – Relatório de Blandine Kriegel, para Jean-Jacques Aillagon, Ministro da Cultura e Comunicação, Novembro de 2002).
(AQUI RESSALTE-SE A EXIBIÇÃO DA SELVAJARIA TAUROMÁQUICA NO PEQUENO ECRÃ, ACESSÍVEL ÀS CRIANÇAS ENTREGUES A TAURICIDAS)
Há também um capítulo dedicado ao “Impacto dos Media” no relatório colectivo de peritos, publicado pelo Inserm em Setembro de 2005, intitulado “Problemas de conduta nas crianças e nos adolescentes”, no âmbito mais específico dos comportamentos agressivos».
Os espectáculos de violência humana que eles analisam referem-se implícita ou explicitamente a uma violência exercida sobre outros humanos, e as suas conclusões devem ser tomadas dentro desse enquadramento. No entanto, fica aberta a questão de saber se certas conclusões destes relatórios podem ser alargadas à violência do espectáculo das touradas.
É notório que as touradas escapam à distinção antes referida, devido a que a violência é ao mesmo tempo real e constituída em espectáculo.
Fogem também às análises habituais pelo facto de se referirem não a violências contra seres humanos, mas contra animais. Colocam desde este ponto de vista duas questões, por um lado a questão em si da violência contra os animais, por outro lado a questão da relação entre a violência contra os animais e a violência contra os seres humanos.
A literatura médica sobre o impacto dos espectáculos violentos nas crianças e adolescentes incide geralmente sobre dois tipos de efeito:
- O efeito traumático;
- A incitação e/ou a habituação à violência.
Outras reflexões referem-se à fragilização do sentido moral e à perturbação da escala de valores, e são mais difíceis de definir, analisar e validar.
Fonte: Texto original disponível na página:
NON À L'ACCÈS DES MOINS DE 16 ANS AUX CORRIDAS
Argumentaire présenté lors des Rencontres Animal et Société
Não ao acesso de menores de 16 anos às touradas. Argumentos apresentados nos Encontros “Animais e Sociedade”.
Estes argumentos foram apresentados em 2008, para o atelier «Touradas e jogos taurinos» dos «Encontros Animal e Sociedade». Estes Encontros foram organizados na altura pelo governo, com o objectivo de reflectir sobre o lugar dos animais na nossa sociedade.
Nota: a única correcção a fazer diz respeito às "escolas taurinas" que formam para a tourada à espanhola: a de Hagetmau desapareceu em 2009, no entanto, outra surgiu em Cauna, nas Landes.
Fonte:
Dr. Armando Leandro
(Foto Global Imagens/Arquivo – Internet)
Isto será verdade?
GRANDE CORRIDA LUX
TAUROMAQUIA
Classificação: M/12 anos
Duração: 2h30
Notas
Entrada interdita a menores de 3 anos
Entrada grátis para crianças dos 3 aos 5 anos desde que acompanhadas de um adulto portador de bilhete válido e sentados ao colo do mesmo.
Bilhete pago a partir dos 6 anos
***
Acontece que a SELVAJARIA TAUROMÁQUICA está INTERDITA a MENORES de 12 anos (o que já é sujeitar crianças até aos 18 anos a uma violência criminosa) não é isso que diz a Lei?
A barbaridade é menor, estando o MENOR ao colo de adultos ou procriadores que deviam ser chamados à justiça por este tipo de maltratos às crianças?
Sim, porque o maltrato PSICOLÓGICO também é MALTRATO.
O que vai passar-se nesta iniciativa grosseira da LUX é ILEGAL!
Quem em Portugal tem o DEVER DE PROTEGER AS CRIANÇAS destes PREDADORES, Dr. Armando Leandro?
Já não é chegado o momento de PARAR com esta violação ao DIREITO das crianças CRESCEREM LONGE DA VIOLÊNCIA?
É que a VIOLÊNCIA não é só ESPANCÁ-LAS E ESFOLÁ-LAS VIVAS DENTRO DE ÁGUA A FERVER.
A violência é também expor a criança à violência contra seres vivos, é mostrar-lhes a violência, ao vivo, como uma normalidade.
Depois admiram-se dos “meets”!
Que VALORES HUMANOS passam às crianças e jovens?
Dr. Armando Leandro, V. Exa, como presidente da CNPCJR, tem a faca e o queijo na mão.
Por favor, em nome da INOCÊNCIA de todas as crianças VÍTIMAS da sociedade, de autoridades inoperantes e dos próprios procriadores, eu apelo para o fim deste que é um verdadeiro CRIME em todo o mundo CIVILIZADO, excepto em Portugal.
Isabel A. Ferreira
O que é um bruto?
É aquele que continua numa condição primitiva.
É um indivíduo vulgar, grosseiro, tosco, violento, selvagem (no mau sentido da palavra), cruel, agressivo, desumano, atroz, bárbaro, bravio, brutal, feroz, ríspido, severo, truculento…
DEDICADO AOS “ PAULOS” DO MUNDO TAUROMÁQUICO
Não queremos que as crianças e jovens portugueses sejam adjectivados deste modo tão indelicado, como o são todos os que actualmente praticam, aplaudem e apoiam a tauromaquia, em todas as suas vertentes.
Não queremos que eles se transformem nos monstros do futuro.
Por isso, uma vez mais, chamamos aqui a atenção das autoridades portuguesas para o facto de serem urgentes medidas que protejam as crianças e jovens da barbárie, da violência e da tortura que fazem parte da actividade tauromáquica, e para a qual eles são aliciados através de lavagens ao cérebro, uns, e à força de bofetadas, outros.
Deixo-vos com dois excelentes textos de José Dores (técnico de saúde, cidadão lúcido que sabe o que diz), os quais poderão ajudar ao tal “estudo profundo”, que o Senhor Presidente da CNPCJR pretende encetar.
***
José Dores deixou um comentário ao post É POR EXISTIREM “PRODUTORES” COMO O PAULO E LEIS QUE NÃO PASSAM DE LETRAS MORTAS E AUTORIDADES PERMISSIVAS QUE PORTUGAL É UM PAÍS EMBRUTECIDO às 13:26, 2013-12-27.
Comentário:
«O Sr. Paulo diz-se um pai preocupado com o bem-estar do seu filho e ao mesmo tempo diz que a lei é mal feita.
A existência de pais como este é que levou à criação de CPCJ's, porque ser pai não confere conhecimentos acerca de desenvolvimento infantil e juvenil, nem torna a pessoa numa autoridade acerca de bem-estar do seu filho.
Sr. Paulo, você não manda na vida do seu filho, aliás deixe-me reformular, você manda porque vive em Portugal, um país sem talho nem maravalho, caso não vivesse você perceberia qual o papel do pai (que eu também sou), somos apenas e só os tutores de uma pessoa que não tem idade ou capacidade para decidir sobre determinados assuntos na sua vida.
Estamos aqui para zelar pela existência de todas as oportunidades para o seu desenvolvimento saudável.
O que é um desenvolvimento saudável não cabe ao Paulo decidir, cabe a quem entende de desenvolvimento. Como técnico de saúde posso afirmar que os 6 anos são desadequados, deveria ser aumentada a idade interdita a estes espectáculos, porque assistir a uma tourada reduz a capacidade de uma criança em gerar empatia pelo sofrimento alheio, seja ele de um animal não humano ou humano, coisas que ultrapassam o Paulo, julgando pelas suas afirmações.
Quanto ao aspecto da tradição, como alentejano orgulhoso, digo-lhe que a tourada faz parte das tradições da minha terra, da minha família, mas existem tradições culturais que pela força da evolução dos conhecimentos científicos e das características sociais das populações são para estar num museu e em mais lado nenhum.
A tourada é uma representação cultural de outros tempos, tempos em que a vida tinha um significado e um valor diferente, hoje a vida é respeitada e preservada, rituais que envolvem a morte e o sofrimento estão condenados à incompreensão da generalidade da população, uma vez que se educa para respeitar esse precioso bem que é a vida.
Paulo, enquanto o seu filho é educado a rir, bater palmas e dar vivas perante o sofrimento e a morte, as minhas filhas serão educadas a chorar e a revoltarem-se perante o mesmo...
Veremos quem estará enquadrado na sociedade do futuro. Cpts e Bom Ano 2014...
Algum ano será o ano do fim da tourada!»
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José Dores deixou um comentário ao post A JUVENTUDE TAURINA PORTUGUESA NÃO SABE QUE “CRESCER SÃO E MUITO FELIZ” NÃO É O MESMO QUE CRESCER PSIQUICAMENTE EQUILIBRADO às 12:43, 2014-02-21.
Comentário:
«O que se poderá dizer a pessoas/jovens/crianças que foram educadas a pensar assim?!
Acho que nem tem assunto possível, é um pouco como explicar a um indivíduo de etnia cigana que a sua filha de 14 anos tem direito a escolher com quem quer casar e é muito nova para o fazer, ele foi educado para pensar assim.
Nós poderemos achar a comparação desproporcional, mas isso deve-se ao facto de apenas nestes últimos 10/15 anos a cultura de respeito pelos demais animais tenha surgido na nossa sociedade de forma generalizada.
Assim sendo a única coisa que tenho a dizer a estes jovens é que vocês são os últimos a terem sido educados a desrespeitar os demais animais, que isso poderia ser uma expressão cultural portuguesa, mas a cultura é mutável e está constantemente a alterar-se, é uma mudança continua, logo isso não justifica nada, quando apareceu a tourada, nem havia direitos humanos, direitos da criança, direitos dos animais, a vida humana e não humana valia muito pouco nessa sociedade medieval, qualquer problema ou conflito era resolvido através da força física e da morte.
Hoje é aceite universalmente que a vida humana deve sempre ser preservada, que o desenvolvimento são da criança deve ser preservado, ainda que ela não tenha noção do que lhe estão a fazer ou os seus pais discordem, dai haverem instituições que retiram a tutela das crianças aos pais e finalmente hoje também se sabe que os touros têm sentimentos, sofrem, sentem dor e merecem respeito por tudo isso... nenhuma destas coisas é incontornável, não haverá cultura, tradição, pessoa, grupo, entidade, politico, grupo partidário, etc., que poderá adiar a abolição da tourada para sempre...
Não sabemos a data, mas sabemos que o fim chegará. Juventude Taurina Portuguesa, dizermos que somos sãos e muito felizes é muito fácil e lacónico tendo em conta o contexto, isso é algo que se avalia como diz a Isabel, nós veremos se serão pessoas sãs e felizes.»
Origem da foto: http://www.pinchbeckcomics.com/Il_Mostro_Bruto.aspx
Hoje, estou revoltada.
Hoje, vou dedicar este textos às crianças a quem o homem-predador não deu oportunidade para celebrarem o Dia dos Namorados, com felicidade, num futuro que não existirá para elas...
Isto é absolutamente inadmissível num mundo habitado pelo HOMO SAPIENS SAPIENS
Onde é que esses “SAPIENS” estão que nada fazem para banir do Planeta Terra tamanha maldição, que ataca crianças indefesas e mulheres, oprimidas por leis retrógradas e machistas?
***
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Ler notícias aqui:
http://expresso.sapo.pt/violacao-coletiva-de-jovem-ordenada-por-conselho-local-na-india=f852147
(origem da foto)