São os aficionados que o dizem: poderia ter sido um sucesso. Mas não foi.
E Vila Viçosa perdeu o viço. É uma localidade que está no rol das terrinhas atrasadas.
Este ano, todas as actividades tauromáquicas, tanto em Portugal como nos pobres países estrangeiros, que ainda não se viram livres desta peste negra, foram um autêntico fracasso.
E continuarão a ser, per omnia saecula saeculorum…
Aconteceu no passado sábado. Passeia-se a Santa pela arena da morte, aos ombros de torcionários. Faz-se uma espécie de procissão profana, com os cobardes atrás. E as poucas pessoas que vemos na imagem a assistir… assistem…
Simplesmente assistem…
Uma imagem que constará no Livro Negro da Tauromaquia. Quando esta estiver na prateleira do circo romano, os descendentes desta gente envergonhar-se-ão dos seus antepassados tão primitivos!
Foto: http://farpasblogue.blogspot.pt/2014/03/moura-marcou-diferenca-esta-tarde-em.html
Aqui outra imagem, que o Papa Francisco irá gostar de ver… Um padre católico (entre o cordão vermelho) alinha nesta fantochada pagã, onde vão ser torturados seres vivos, usando a imagem de uma Santa Católica, como se não tivesse (o padre) de prestar contas a Deus, por esta profanação… Mas também os torcionários, que terão de pagar a maldade que cometeram contra seres vivos indefesos e inocentes..
Este padre está a violar as normas da Igreja, nomeadamente a Bula do Papa Pio V, que ainda está em vigor.
Nesta Bula “De Salute Gregis Dominici “ o Papa proibe as corridas de touros, assim como nega uma sepultura católica e excomunga todos aqueles que participem em festivais taurinos em todos os territórios administrados pela Igreja Católica.
Mais tarde essa mesma Bula foi rectificada sendo excomungados apenas os clérigos que participem em espectáculos taurinos ou onde sejam lidados outro tipo de animais.
Ora, este padre pode considerar-se, desde já, excomungado.
***
A igreja católica, em cada acto destes, afasta do seu rebanho os verdadeiros cristãos, que conhecem o valor da Vida e o Respeito a ter por todas as criaturas de Deus.
Ao ser cúmplice desta tortura, a igreja católica não cumpre os ensinamentos deixados por Jesus Cristo.
Que legitimidade terá para actuar como representante de Deus na Terra?
Para ver mais imagens desta blasfémia é só abrir este link:
http://www.solesombra.net/festival-radio-campanario-em-imagens/
É isto que os aficionados pretendem que o mundo aplauda? Vamos a isso!
Só agora tive tempo para me debruçar sobre este comentário do Francisco Reis que diz de alguém que rejeita a realidade, e vive no passado, aliás como um bom aficionado que é, com a pretensão de vir ensinar o padre-nosso ao vigário, com dados ultrapassados, antigos e a cheirar a mofo.
***
Francisco disse sobre DIAS CONTADOS: TOURADAS CONTINUAM A PERDER ESPECTADORES na Terça-feira, 30 de Julho de 2013 às 23:38:
«Dr.ª Isabel A. Ferreira
Se Portugal pertence ou não à tauromaquia, ou a tauromaquia pertence a Portugal, esse é dos pontos em que cada um tem a sua opinião! Respeito a sua, apesar de não concordar!
- A tauromaquia não é uma opinião, Francisco, para cada um ficar coma sua. A tauromaquia é um COSTUME BÁRBARO que os portuguesinhos bárbaros herdaram de ESPANHA. Ponto final. E vai ser ABOLIDA. Ponto final.
Permita-me corrigi-la mas o registro mais antigo de algo semelhante às touradas actuais aparece em 1135, e não aquando das invasões Filipinas. Nessa época, porém, o toureiro era um nobre que enfrentava o touro montado a cavalo e armado de uma lança.
- Leia mais abaixo o que digo na PRIMEIRA NOTA. É o que faz a ILITERACIA!
Permita-lhe que lhe acrescente que os forcados, presentes numa corrida de toiros, são algo tipicamente português que remonta de 1836, no reinado de D. Maria II.
- Leia a SEGUNDA NOTA MAIS ABAIXO, Mas antes espreite este Link:
http://arcodealmedina.blogs.sapo.pt/300690.html
Concordo quando diz que os toiros e os cavalos têm direito ao seu bem-estar e isso acontece! Os toiros vivem 4 a 5 anos no campo onde não lhes falta nada. No pleno paraíso! Ao fim desse tempo está criado, e tem que ser abatido para formar carne, assim como quase todos os animais. Se as corridas de toiros acabassem, o toiro bravo acabava também, porque essa raça é criada unicamente para as touradas e isso tem que ser aceite!
Não dá lucro para um ganadeiro utilizar um toiro apenas para fazer carne porque não é uma carne muito apreciada pela maioria da população como deve saber.
- Francisco, Francisco, tenho de repetir-me: os touros vivem 4/5 anos a serem “preparados” ou seja, MASSACRADOS para depois irem para a arena serem TORTURADOS. De vida boa nada levam, NUNCA. Desde que nascem.
Um touro não é uma RAÇA. Um touro é um BOVINO NÃO CASTRADO. Um bovino MANSO. QUE É VILIPENDIADO ATÉ AO ENRAIVECIMENTO, para que uns maricas possam “lidá-lo” com COVARDIA, na arena. Essa é que é a verdade.
O Jornal i apresenta estudos que NINGUÉM comprovou!
Faz parte das regras da boa educação, e permita que lhe diga pedindo desculpa, que não será de certeza boa educação insultar assim a PRÓTOIRO. Não concordamos? Certo, tudo bem, mas temos que respeitar.
- O Jornal i, é um jornal sério, e não publica dados sem os ter confirmado. Por isso, engula esses números, porque são absolutamente fidedignos.
Quanto à boa educação que devo ter com o bandinho da prótoiro, POUPE-ME. Temos de RESPEITAR O QUÊ? Quem vive à custa da TORTURA PARA DIVERTIR SÁDICOS? Não sou Jesus Cristo, Joaquim. E mesmo esse, também deu umas boas CHICOTADAS aos vendilhões do templo, acompanhadas (talvez) de umas palavrinhas menos divinas. É que nenhum defensor de seres vivos é de pedra. Sabia?
Gostam de aparecer na TV? Por amor de deus mas para aparecer na TV basta ir a um desses programas da tarde ou da manhã e ainda se ganha dinheiro.
- Ó Francisco, Francisco. Outra como esta não! Quem vai assistir a programas na TV não vai a touradas. Às touradas só vão os sádicos, os marialvas, os psicopatas, os broncos.
Permita-me que reedifique mas 400mil pessoas a assistir em casa.
- Que número é este? Quis dizer QUATRO MIL e já é muito. Cada vez a RTP tem menos gente a ver touradas e os programas parolos que apresenta. Está a bater no fundo.
Permita-me recordá-la de uma situação que se passou a mais de 2 anos em Santarém! A monumental de Santarém encheu, e repito, encheu para ver 4 corridas de toiros em 2 dias. Por 1 euro. De relembrar que a mesma consegue levar mais de 12 mil pessoas.
E não pode dar o argumento de que as corridas são baratas e todos vão, porque quem é contra, não vai, nem que seja “de borla”.
- Não interessa para nada o que se passou há dois anos em Santarém. O que interessa é o que se passa em 2013. As touradas nem às moscas estão, porque nem as moscas lá põem os pés. Cada vez vai menos gente. Apenas os familiares (FORÇADOS) dos intervenientes da TORTURA. E só eles.
Por ultimo convido-a a ver esta imagem (clicar no link) http://farpasblogue.blogspot.pt/2012/02/ana-batista-estreia-se-amanha-na-plaza.html onde demostra, no México, uma praça de toiros “à cunha” que tem lugar para 46.815 espectadores (sentados).
- Esta imagem é de um passado que já passou e não retornará JAMAIS. Não venha para aqui tentar enganar o ceguinho. A notícia é de 3 de Fevereiro de 2012, mas a imagem não é desse tempo. A Ana Baptista iria estrear-se “amanhã”, isto é, no dia 4 de Fevereiro de 2012. E a imagem não é desse dia, nem do ano anterior… nem sequer do dia seguinte…
Lamento mas creio que a tauromaquia não está com os dias contados! Ainda não é desta. Tenho pena.
Com todo o respeito
Francisco Reis
- A tauromaquia está suspensa por um fio de aranha, Francisco Reis. Brevemente levará a estocada final. Eu NÃO LAMENTO NADA dar-lhe esta bela notícia.
Dados de suporte:
http://super.abril.com.br/alimentacao/como-surgiu-tourada-443551.shtml
PRIMEIRA NOTA: Em Espanha, Francisco. Em ESPANHA! Leia o que lá está: «Mas o registro mais antigo de algo semelhante às touradas atuais só aparece em 1135, como parte dos festejos da coroação de Afonso VII, rei de Leão e Castela».
Que eu saiba, Leão e Castela não eram territórios portugueses. Além disso, a tourada nunca foi um COSTUME BÁRBARO Português. Foi introduzida em Portugal na época dos Filipes, e veio de ESPANHA, e os BRONCOS portugueses acolheram-na como algo esplendoroso, o que só vem demonstrar a pateguice do povo inculto daquela época.
Mas já estamos em 2013 DEPOIS de Cristo. Nada mais justifica esta PAROLICE.
***
http://pt.wikipedia.org/wiki/Forcado
SEGUNDA NOTA: Este artigo não cita nenhuma fonte ou referência, o que compromete a sua credibilidade (é a primeira frase que se lê no texto)… A ORIGEM DOS FORCADOS É ESPANHOLA, Francisco. Já coloquei neste Blog um texto a abordar este assunto. Vocês não sabem nada, e depois vêm para aqui dizer disparates. NADA, NADA NA TOURADA É PORTUGUÊS. NADA. Esta é uma PAROLICE IMPORTADA DE ESPANHA. (Tenho de andar sempre a repetir-me!)
***
http://pt.wikipedia.org/wiki/Pra%C3%A7a_de_touros_M%C3%A9xico
- E o que tem a ver a Praça de Touros do México com Portugal? Tem lugar para 46.815 espectadores (sentados), chegando a levar mais de 100.000 durante eventos musicais. E isso era antigamente.
OS NÚMEROS DE 2013 são muito, mas muito menores, por todo o mundo.
Tanto quis provar que as touradas estão bem, que DESPROVOU.
Passe bem, Francisco Reis.
Um aficionado publicou um texto na página da prótoiro, no Facebook, com a seguinte legenda: «Porque tauromaquia é cultura. Um excelente artigo que enquadra a festa brava nas festividades pascais» …
Escreveu isto como se estivesse a falar da Última Ceia de Cristo realizada numa arena, ao redor de uma mesa, onde pedaços do corpo de um touro a sangrar faziam parte do ritual desta ceia.
O texto é algo inacreditável. Devastador!
Coisa saída de uma mente completamente doentia. Anormal. De um alguém que ficou parado no tempo dos rituais mais antigos em que os machos humanos tinham de provar a sua macheza através de rituais primitivos e sangrentos, onde se sacrificavam animais, porque, na verdade, desconheciam tudo sobre a vida.
Ou seja, este texto apresenta os tauricidas do século XXI como autênticos australopitecos. A mentalidade deles não evoluiu absolutamente nada.
Mas é melhor ler. Por favor.
É um texto que deslumbra pela irracionalidade nele entranhada.
(Os sublinhados são meus).
***
Por Ignasi Corresa
«Durante a primeira Lua Cheia da Primavera celebra-se, em toda a Cristandade, a Semana Santa e a Páscoa, uma festa que se vive com o maior fervor popular em Espanha, e um exemplo disso é a quantidade de confrarias, irmandades e iconografia religiosa que durante esta época se reúnem em todos os centros urbanos de praticamente todas as localidades do país.
Sem desvalorizar nenhuma das celebrações próprias de cada localidade, únicas e originais, no passado domingo, na minha cidade, Sagunto, depois da procissão e da eucaristia na diocese de Santa Maria, realizou-se o sermão da Semana Santa no santuário do Sangue de Sagunto. Além de fantástico, breve, artístico, cadenciado, sereno e muito bem feito – tal como se tratasse de uma faena taurina – o orador, o matador de touros Vicente Barrera, falou de sangue, de tradição ancestral, costume, estética, de representação, simbolismo e culto…
Gostaria de acrescentar e relacionar estes conceitos de morte e vida, arte e estética, culto e paixão, tradição e identidade, em suma, esses valores que unem estas grandes festas de costumes ancestrais e que todavia ainda persistem na nossa sociedade - hoje em dia mais enraizada está a Semana Santa – graças à transmissão de pais para filhos de um sentimento de herança e de fervor que cala e entranha no nosso ser mais profundo.
Não é minha intenção fazer um sermão, mas tão só uma analogia entre duas práticas culturais, que, ao fim e ao cabo, representam paixão, morte e ressurreição, e isto em tauromaquia é vida, e no cristianismo é salvação - a vida eterna.
Porque a tauromaquia representa esse simbolismo milenário da vida através do derramamento de sangue que fertiliza a terra por onde se espalha, pois este líquido precioso em si, é a própria vida.
Ao fim e ao cabo a tauromaquia simboliza, desde os primeiros tempos, a própria vida através da subsistência e vigor, numa luta de morte, onde não vence o mais forte, mas o mais hábil e inteligente, uma forma de demonstrar que o ser humano é, sem dúvida alguma, o mais importante ser da criação, aquele que foi criado à imagem e semelhança do seu criador.
Na iconografia antiga, a espada erguida e manchada de sangue representava a pujança do homem, a sua fertilidade e a sua realização, através dessa espada ensanguentada que, ao fim e ao cabo, simbolizava o homem em si, a sua força.
As primeiras sociedades guerreiras lutavam nua, para impressionar o inimigo ou quem observava a batalha, com o tamanho do seu pénis, músculo onde acreditavam que residia a força e a fertilidade do homem, ou seja, a sua virilidade, uma vez que o homem se diferencia anatomicamente da mulher, entre outras coisas, pelo seu aparelho reprodutor.
De facto, no Museu de Belas artes de Valência, uma predela de um retábulo do século XV do pintor Joan Reixach, com o fim de representar a encarnação (Deus feito homem), para aprofundar a essência humana de Cristo numa das cenas da paixão -concretamente a da sua prisão - um soldado coloca a mão no pénis de Jesus, forma que o excelente pintor valenciano encontrou para testemunhar a humanidade de Cristo.
O vigor do homem e a fertilidade, ou seja, a paixão, morte e ressurreição – o ciclo da vida – na tauromaquia não só é representado na praça e no derramamento de sangue no chão, mas também em campo aberto – relembro que tanto na pintura gótica como barroca, o sangue derramado na crucificação de Cristo, geralmente inunda a terra, cujo significado corresponde ao símbolo da salvação do mundo (a Terra) através do sangue.
O “toro de la Veja” derrama o seu sangue a partir desse conceito de regenerar a terra (ressurreição) e o valente lanceador pendurará os testículos do touro bravo na sua lança para que se lhe reconheça o seu mérito de homem, ou seja, o seu valor como tal e a sua dignidade, que é reforçada pelos testículos espetados no mais alto da sua lança.
A tauromaquia conserva, na sua essência, todos os rituais culturais e tão ancestrais como o nascimento da religião nos alvores da nossa sociedade humana, que passaram de geração em geração, modificando-se e reinterpretando-se na história, mas que em si configura a essência que enriquece o toureio, o culto e a própria vida que envolveu o sacrifício entendido como paixão, do mesmo modo que paixão entendida como afición ou enamoramento; como morte, porque não se concebe a vida sem ela, e por sua vez a morte dá vida, se tivermos em conta que esse sacrifício nos dá força se comermos a sua carne e se acreditarmos – como se fazia nos tempos antigos – que o sangue , que é vida, fertiliza a terra e dá vigor ao homem (regenera).
Espero que estas poucas linhas tenham podido esclarecer o simbolismo cultural subjacente à tauromaquia de procedência pré-histórica, e que ao fim e ao cabo, de um modo ou de outro e salvaguardando as distâncias, com total respeito pelas minhas crenças e sem intenção de ofender ninguém, pois sou católico e confrade de uma das confrarias mais antigas de Espanha, a Confraria do Puríssimo Sangue de Nosso Senhor Jesus Cristo de Sagunto (século XV), queria unir as celebrações mais importantes da Cristandade (paixão, morte e ressurreição de Jesus Cristo) com as tradições tão antigas como as das primeiras civilizações que, ao fim e ao cabo, explicam mitologicamente o que nós fazemos através da ciência e da religião.
E é curioso que o avanço científico e o avanço da tauromaquia coincidem plenamente na concepção e simbolismo, uma vez que em ciência falamos do avanço do mito ao logos (à razão) – analogicamente seria a força versus a razão – e na tauromaquia no século das Luzes (século XVIII) começa-se a ter um conceito, uma percepção do toureio, onde o elemento estético, começa a interessar, para chegar a converter-se, na actualidade, na componente primordial de uma faena.
Por isso, podemos afirmar que ao homem moderno, ao homem da ciência, ao homem do logos, já não o define tanto o valor, mas a inteligência.
Queria terminar com estas palavras do Angelus: «Et Verbum caro factum est et habitavit in nobis» (e o Verbo se fez carne e habitou entre nós).
Conservemo-lo nos nossos corações e conservemos as nossas tradições.»
26 de Março de 2013
http://www.burladero.com/140124/muerte-pasion-resurreccion-santa-semana-tauromaquia#.UVMISxip2mx
***
Confesso, que fiquei com náuseas, quando cheguei ao fim da tradução deste texto, demasiado sangrento e cruel, que merece ser analisado e aprofundado numa outra ocasião.
Como ainda podem existir seres tão primitivos, que não deram nem um pequenino passinho à frente da pré-história?
Como pode a igreja católica permitir tal analogia?
«Uma pergunta natural: por que os de Tordesilhas e todos os que estão a favor do «Toro de la Vega” não canalizam a violência, por exemplo, contra o senhor, senhor catedrático? É só uma ideia. Que lhe parece?
Seria um mártir muito recordado no mundo tauromáquico.
S. G. S.»
Estou completamente de acordo com esta “pergunta natural”.
Que raça de catedrático será este, que tirou uma fotografia que tem como pano de fundo a imagem crucificada de Jesus Cristo, para dizer uma tal barbaridade?
Quererá significar que se Jesus Cristo foi açoitado e espetado com lanças pelos furibundos romanos (vejam lá o tempo que isto tem...) os “furibundos espanhóis” podem fazer o mesmo aos Touros, canalizando para eles toda a raiva, todo o fel, todo o ódio que lhes corrói as entranhas...?
Este mundo da tauromaquia é absolutamente diabólico!
UMA PROCISSÃO REALIZADA DENTRO DE UMA ARENA, MEIO VAZIA (DO MAL O MENOS), ONDE A SEGUIR SE TORTUROU SERES VIVOS...
ISTO É INCONCEBÍVEL!
ESTE PADRE NÃO PODE SER UM REPRESENTANTE DE DEUS NA TERRA.
ISTO ULTRAPASSA TODOS OS LIMITES DO RAZOÁVEL. A IGREJA CATÓLICA PORTUGUESA ESTÁ COMPLETAMENTE DESFASADA DOS PRINCÍPIOS CRISTÃOS.
ESTÁ AO SERVIÇO DE SATANÁS, E DIZ-SE AO SERVIÇO DE DEUS.
PROCISSÃO ANTECEDEU CORRIDA DE TOUROS
Se não visse as imagens, não acreditaria.
Aconteceu em Moura. Em “HONRA” de Nossa Senhora do Carmo, que deve estar em prantos, com tanta FALTA DE RESPEITO...
«Uma procissão à luz de velas, participada por todos os artistas, cavaleiros, bandarilheiros e forcados (que transportaram o andor com a imagem da Virgem) antecedeu a emotiva corrida que ontem se realizou na praça de toiros de Moura com mais de metade das bancadas preenchidas. Um êxito promovido pela empresa "Gestoiro", a pedir repetição no próximo ano».
Sem comentários...
O QUE TERÁ A DIZER O PAPA BENTO XVI?
O QUE TERÁ A DIZER D. JANUÁRIO TORGAL FERREIRA?
O QUE TERÁ A DIZER O EX-BISPO DE SETÚBAL, D. MANUEL MARTINS?
O QUE TERÁ A DIZER O PADRE MÁRIO DA LIXA?
Vou perguntar-lhes.
Isto é absolutamente PERNICIOSO.
Um exemplo DIABÓLICO que a Igreja Católica dá aos já tão IGNORANTES aficionados.
Que papel é o da IGREJA CATÓLICA na SOCIEDADE PORTUGUESA?
Não se admirem, pois ,que cada vez mais haja menos católicos, e cada vez mais haja menos padres.
Para quê?
Para serem CÚMPLICES DA VIOLÊNCIA, DA TORTURA, DA CRUELDADE, de tudo o que É CONTRA OS ENSINAMENTOS DE JESUS CRISTO?
ISTO É SIMPLESMENTE REVOLTANTE!
Fonte: http://farpasblogue.blogspot.pt/2012/09/ontem-em-moura-procissao-antecedeu.html
O endemoninhado de Gerasa e a questão dos porcos...
Rfof, deixou um novo comentário ao meu post A PROPÓSITO DE A IGREJA CATÓLICA SER CÚMPLICE DAS CELEBRAÇÕES DE SANTOS E SANTAS COM TORTURA DE TOUROS E CAVALOS às 19:03, 2012-08-21.
Uma vez mais “estiquei-me na resposta”, porque gosto de “esgrimir”, e coloco aqui os dois textos para MEMÓRIA FUTURA.
«Estimada Isabel A. Ferreira,
Valeu a pena o meu excesso propositado nas palavras que empreguei. Peço desculpa por as ter utilizado, mas era exactamente para chegar a um post tal como a senhora publicou que eu fiz aquela entrada. Já notou que os animais não fazem estes raciocínios? Já notou que há uma racionalidade própria do ser humano que não é partilhada pelos seres humanos.
O que a senhora diz sobre aquilo que os animais demonstram como sendo a sua justificação da «sua» alma, dá conta, primeiro que tudo, de um processo de hipostaseação da sua parte, algo que os animais desconhecem por completo. Eles têm uma vida, um ímpeto-sopro-anima vital, mas que é intrínsecamente da alma racional humana, e o seu post prova exactamente isso.
Quanto ao direito a torturar os animais, penso que dos meus posts anteriores, ficou mais que demonstrado que sou contra, totalmente contra. Mas aceito e defendo que os animais estão «ao serviço» do ser humano, e portanto podem ser mortos para daí termos alimentação, tosqueados para daí termos roupa, tidos em cativeiro para termos ovos, etc.; mas claro que nisto deve sempre ser procurado o mínimo de sofrimento possível.
O animal é diferente do humano, ainda que haja um mínimo partilhado, na medida em que ambos são seres vivos. Quando me referi ao desprezo que tem pelo ser humano na sua igualação aos animais - e daí ter atalhado para temas como o aborto e a eutanásia - note que a base intelectual para legitimar um aborto é a mesma: os que o defendem, dizem que aquele ser vivo que está no ventre da mãe, pelo seu estado de evolução, ainda não é humano. Mas não deixa de ser um ser vivo, na medida em que está a evoluir, a desenvolver as suas capacidades, a capacitar-se para a vida fora do útero. Os que defendem o aborto afirmam que na medida em que não é humano, então pode ser morto. Basicamente, reduzem o embrião a um animal não-humano. Foi por isso que disse o que disse. Mas fico muito contente por defender as crianças não nascidas.
Quanto à questão da eutanásia, encontra-se na mesma linha de justificação.
Saltando algumas das suas afirmações que penso que ficam esclarecidas pelo que fica dito, gostava de abordar brevemente a questão bíblica. Fala do Novo testamento, em contraposição ao direito de cidadania do Antigo testamento. Então convido-a a ler a passagem do endemoninhado de Gerasa: Jesus não hesitou em enviar os espíritos malignos para os porcos - que acabaram por morrer - para salvar um único ser humano. Notemos a base: a infinita superioridade da dignidade humana sobre a do animal justifica ter de matar os animais para salvar um único ser humano.
É de dignidade do ser humano que se trata, e essa é infinitamente superior à dos animais. Sem que isso justifique que se podem torturar. Apenas podemos, com respeito pelo dom de Deus que são os seres vivos, tratá-los da melhor forma, mas nunca subjogados por eles ou igualados a eles. Estou a gostar muito desta discussão! Cumprimentos, Rfof»
***
Caro Rfof:
Está a dar-me um certo trabalho convencê-lo de que hoje em dia, a ideia que se tem de ANIMAL é diferente daquela que se tinha nos tempos do obscurantismo.
No meu último texto, eu realmente fiz um raciocínio, que um símio talvez também fizesse se pudesse falar. Eu não sei. O Rfof TEM A CERTEZA? Pode provar cientificamente que um símio não faz raciocínios? Talvez não com tanta elaboração quanto o meu. Mas também um analfabeto humano, uma criança humana, um tauricida, um torcionário, um assassino, um governante corrupto, não farão o mesmo raciocínio que eu, por motivos óbvios. Não é verdade? E pertencem à espécie humana.
A minha racionalidade não é igual à sua, por exemplo. A racionalidade feminina, não tem a mesma intensidade da masculina. E isto não é ser sexista, é constatar uma realidade. Pode também não ser igual à dos meus cães, que fazem eficazes raciocínios em determinadas situações. Raciocínios que um animal humano predador não faria nunca, por ser IRRACIONAL.
Mas o que é a RACIONALIDADE?
O que é que o Rfof sabe do que um animal não humano SABE OU DEIXA DE SABER? Eles sabem muito mais do que aquilo que possamos imaginar. Não costuma ver os documentários da BBC VIDA SELVAGEM?
Eles têm uma VIDA, diz muito bem. Ímpeto-sopro-animal vital? Eu também tenho ímpeto-sopro-animal vital, algo que não é exclusividade nem dos humanos, nem dos não humanos. É dos SERES VIVOS.
Vejo que o Rfof atém-se a filosofias antigas e já ultrapassadas.
Fala em alma racional humana. O que é isso? Acha que o Bin Laden tinha uma alma racional humana? O Pol Pot, Hitler, Stalin, Mao Tsé-Tung (considerado o maior sanguinário da História) e todos os que cometeram crimes contra a Humanidade, teriam almas RACIONAIS HUMANAS?
Os meus cães e gatos são muito mais RACIONAIS e HUMANOS do que qualquer um desses TIRANOS.
Houve tempos, negros tempos, em que para os “homens racionais e evoluídos” as mulheres, os escravos (brancos e negros) e as crianças não tinham alma.
Por exemplo, todos sabemos como eram tratadas as crianças nesses tempos negros, basta recordar que a Declaração Universal dos Direitos das Crianças foi proclamada apenas em 1959, até aí os mais pequenos eram tratados como os animais não humanos. Se até das crianças o grande filósofo Aristóteles dizia que elas «careciam de todas aquelas qualidades que elevavam o homem acima das bestas, uma vez que lhe faltava a capacidade de pensar racionalmente», o que me dá liberdade de questionar: quando era criança, Aristóteles teria sido, então, uma pequena grande besta? (isto escrevi no meu livro «Contestação»).
Felizmente, o “homem” foi evoluindo e lentamente lá foi considerando que afinal as mulheres, os negros e as crianças, e também os animais não humanos tinham alma.
Fico perplexa, quando diz: «... mas aceito e defendo que os animais estão «ao serviço» do ser humano, e portanto podem ser mortos para daí termos alimentação, tosquiados para daí termos roupa, tidos em cativeiro para termos ovos, etc.; mas claro que nisto deve sempre ser procurado o mínimo de sofrimento possível. O animal é diferente do humano, ainda que haja um mínimo partilhado, na medida em que ambos são seres vivos»
«Os animais estão o serviço do homem»? A que propósito?
E porque não os homens estarem ao serviço dos animais? Eu sempre estive ao serviço dos meus amigos não humanos, que apanho na rua, abandonados, maltratados por esses “seres racionais humanos” com que tanto enche a boca.
E não faço férias há 17 anos (da minha casa, neste momento, estão todos a passar férias no Algarve, e eu fiquei para cuidar do meu gato diabético, que já vai fazer 17 anos, e de um passarinho velhinho, que ainda resiste (um bengalin do Japão, que me veio ter ás mãos na boca da minha cadelinha, uma ave que INFELIZMENTE tem de estar em cativeiro, graças a criadores japoneses, algo que considero HORRÍVEL).
Sabe, este seu parágrafo chocou-me. Não sei quem é o Rfof (que está a “gostar de esgrimir” comigo, mas esconde-se atrás de umas letras), por isso tenho toda a legitimidade de pensar que possa ser um homem (o seu “raciocínio” é masculino) frio, calculista, e desumano no seu trato com os não humanos.
Quanto ao aborto, sendo eu uma defensora da VIDA não seria coerente da minha parte ser a favor de MATAR seres humanos em formação. São embriões iguais aos embriões não humanos, mas que desenvolvidos, nunca iriam transformar-se num rato.
Saltando outras considerações que poderia aqui, discutir, vamos ao ENDEMONINHADO de Gerasa e a questão dos porcos. Não foi Jesus que enviou os espíritos malignos para os porcos. Foi QUEM ESCREVEU ESSA PASSAGEM BÍBLICA, porque se Jesus Cristo pôde RESSUSCITAR LÁZARO, também poderia mandar para as malvas os espíritos malignos do tal endemoinhado. Ou não teria esse poder?
Não podemos LER A BÍBLIA com olhos HUMANOS, mas sim com a ALMA HUMANA para PODER SABER DISCERNIR o que na BÍBLIA é ESPIRITUAL e o que é simplesmente DO HUMANO PRIMITIVO.
E o que vem a seguir deixou-me COMPLETAMENTE SEM SANGUE.
Diz o Rfof: «É de dignidade do ser humano que se trata, e essa é infinitamente superior à dos animais. Sem que isso justifique que se podem torturar. Apenas podemos, com respeito pelo dom de Deus que são os seres vivos, tratá-los da melhor forma, mas nunca subjugados por eles ou igualados a eles.»
PASSEI-ME, com esta.
Então o Rfof acha que APENAS O SER HUMANO tem DIGNIDADE?
Tem DIGNIDADE apenas aqueles que SABEM que os animais não humanos também TÊM DIGNIDADE. E quanta mais dignidade têm do que o LIXO HUMANO que anda no mundo a escravizar e a violar crianças, a torturar humanos e não humanos, a assassinar em nome de nada... e... CHEGA! Penso que entendeu o meu ponto de vista.
E para terminar deixo-lhe aqui um link (suponho que saiba ler inglês) sobre algo que já há muito os sábios antigos SABIAM, mas os “sábios modernos” puseram de parte, por conveniência, para simplesmente se “servirem” dos animais: cientistas finalmente concluíram que os animais não humanos são SERES COM CONSCIÊNCIA.
Eu sei disto desde criança.
Bastou-me VIVER (não apenas conviver) VIVER com animais de muitas espécies. A maior lição de vida veio-me de um rato branco (que escapou de ir parar às mãos dos predadores das experiências médicas), e que durante três anos (o tempo de vida que viveu) deixou-me perplexa com a “humanidade” dele.
Era o meu RATOLINHA.
ATENTEM NESTE “CARTÃO”.
ENCONTREI ESTA PÉROLA QUE DIZ QUASE TUDO SOBRE A MENTALIDADE DOS AFICIONADOS.
ISTO AO TORNAR-SE PÚBLICO A IGREJA CATÓLICA PORTUGUESA DEVIA, ATÉ PORQUE É DA SUA COMPETÊNCIA, (POR MUITO MENOS EU JÁ FUI EXCOMUNGADA EM DUAS HOMÍLIAS) IMPOR A SUA AUTORIDADE E CONSIDERAR ESTES “VOTOS” COMO UMA BLASFÉMIA.
ESTA GENTE PRATICA A TORTURA CONTRA SERES VIVOS PARA SE DIVERTIR, E VEM HIPOCRITAMENTE DESEJAR AOS AMANTES DESSA TORTURA UMA “SANTA” PÁSCOA, A FESTA DA IGREJA COM MAIS SIGNIFICADO, PORQUE CELEBRA A RESSURREIÇÃO DE JESUS CRISTO.
ALÉM DISSO COLOCAM DOIS TOUROS NUMA LUTA QUE O HOMEM PREDADOR LHES IMPÕE, E FAZEM DISSO O “SÍMBOLO” DOS VOTOS DA CELEBRAÇÃO DA RESSURREIÇÃO.
ESTA GENTE SERÁ IDÓNEA?
ESTA GENTE SABERÁ O QUE ESTÁ A FAZER?
ISTO É O CÚMULO DO INSULTO ÁS COISAS SAGRADAS.
E A IGREJA CATÓLICA APOSTÓLICA ROMANA NÃO TEM NADA A DIZER?
Mais um vínculo da Igreja Católica Portuguesa à tortura de seres vivos.
Até quando esta cumplicidade macabra vai durar?
Chamam-lhe “novilhadas das escolas taurinas”.
Não só a Igreja Católica Portuguesa apoia esta ignomínia, como dá cobertura à promiscuidade de crianças, que são atingidas por esta doença mental grave, que é a tauromaquia.
Isto é simplesmente inadmissível.
A Igreja Católica Portuguesa devia ser a primeira a dar o exemplo de compaixão por todas as criaturas de Deus. Mas não, é cúmplice da violência, da tortura, da barbárie que é uma tourada, uma novilhada, ou seja lá o nome que lhe queiram chamar.
Cada vez mais as pessoas se afastam da Igreja, e lá têm a sua razão.
Não foi este o exemplo que Jesus Cristo deixou.
Aqui deixo o meu veemente repúdio por esta iniciativa vergonhosa para a Igreja Católica Portuguesa.
(Origem da foto: Internet)
Copyright © Isabel A. Ferreira 2010
Desde aquele longínquo dia, quando no alto do monte Gólgota, um Homem entrou em agonia, pregado numa cruz, entre dois ladrões, como se fosse o mais comum dos criminosos, os seguidores da doutrina por esse mesmo Homem deixada, celebram o acontecimento para lembrar ao mundo o significado daquela que não foi uma morte qualquer.
Não direi que todos os católicos celebrem a Páscoa tão levianamente como vivem a própria vida, salpicando de hipocrisias os mais insignificantes actos do seu quotidiano: dizendo-se cristãos mas agindo como pagãos.
Contudo, poucos são aqueles que, sendo cristãos, vivem de acordo com os preceitos do Cristianismo, isto é, segundo os ensinamentos deixados por Cristo, os quais têm o dom de fazer os Homens serem mais Homens, e conceitos como igualdade, fraternidade, liberdade e justiça, imprimirem um conteúdo mais humano à nossa vida.
Todos nós, uns mais outros menos, algum dia, damos um rumo à nossa existência, inspirados no exemplo de alguém que nos marcou por algum motivo, e que nos serviu de exemplo. Todos nós temos um ídolo, ainda que secreto.
Eu demorei a descobrir o meu ídolo, e era das que me gabava de não os ter. Hoje, sem ser fanática, tenho o Homem chamado Jesus, como um exemplo de vida, com a sua humildade, a sua simplicidade, mas também com a força para combater os vendilhões do templo, quando necessário.
Um dia, do alto de um Mosteiro sobranceiro à belíssima baía da Guanabara, no Rio de Janeiro, um monge ajudou-me a descobrir, ali mesmo, olhando as águas calmas da baía e o exuberante arvoredo que a rodeava; ouvindo o gorjeio das aves, que interrompiam, de quando em vez, os cânticos gregorianos que alguns monges entoavam no claustro; debaixo daquele magnífico azul de um céu onde não se via sequer uma nuvem – que a vida deve ser vivida de acordo com a nossa consciência, tendo sempre em conta que devemos amar o nosso semelhante como a nós mesmos, tal como o Homem de Nazaré amou o seu povo, por ele lutando e por ele morrendo.
Foi então que cresceu em mim um súbito interesse por conhecer, a fundo, esse Homem chamado Jesus, que tão profundas modificações trouxera ao poder estabelecido de Roma, transformações essas que fizeram tremer os poderosos governadores da Província e até imperadores.
Quem era, afinal, esse Homem?
Era acima de tudo um anarquista pacifista, no sentido político da palavra. Um Homem que, independentemente da sua condição divina, desafiara o poderio romano que escravizava o povo, e introduziu na Palestina conceitos de reformas sociais nunca sonhadas pelos senhores de Roma.
Jesus era também um idealista, considerando o mundo exterior como resultado das ideias, sem qualquer objectividade em si mesmo, tão-somente como a de um trampolim para alcançar um lugar junto do divino Pai.
Era Jesus um humanista, pois realçava, acima de todas as coisas terrenas, as qualidades essenciais do Homem, que o tornam uma criatura peculiar.
Jesus era igualmente um ecologista, porquanto não descurava as coisas relativas aos seres e ao ambiente que os rodeava.
Ele era, sobretudo, um Homem inteligente, um visionário, que conseguia ver muito para além do visível, e sabia usar toda a sua inteligência a favor do Homem, fazendo do amor ao próximo a essência de todo o comportamento das sociedades humanas.
...
A partir daquele dia, comecei a estudar a figura de Jesus e a tê-lo como um exemplo. E, de todos os grandes Homens que já existiram neste nosso Planeta, contribuindo com os seus conhecimentos e ensinamentos para o aperfeiçoamento da vivência humana, foi Jesus aquele que mais contributos nos deixou.
Foi ele quem descobriu a trilogia: Liberdade, Igualdade, Fraternidade (mais tarde utilizada durante a Revolução Francesa), afinal, os princípios que os Homens precisam pôr em prática para viverem a racionalidade que os distingue (ou deveria distinguir) dos outros seres.
Infelizmente a Paixão e Morte de Jesus, que hoje o mundo católico celebra, através de várias cerimónias religiosas, não serviram de exemplo para a grande maioria daqueles que se dizem cristãos.
Pelo que vemos, ouvimos e lemos todos os dias; pelas atitudes torpes perpetradas por aqueles que nos rodeiam; pelo ódio, pela violência e pela injustiça que nos envolvem, verificamos que, na realidade, nada ficou na memória dos Homens, daquele dia em que um Homem agonizou, pregado numa cruz, no Monte Gólgota.
Foram poucos aqueles que entenderam o verdadeiro significado daquela morte.
Como o mundo seria diferente, se todos os Homens recordassem, todos os dias, que aquele Homem chamado Jesus nos deixou a mais bela lição de amor ao próximo, que jamais nenhum outro Homem conseguiu igualar!
A sua morte aconteceu em vão, pois os homens, cegos pelo poder, nada aprenderam até hoje, e continuam a transformar o mundo num campo de extermínio de seres humanos e de seres não humanos, tal como os romanos agiam no tempo de Jesus.
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Nesta Páscoa de 2010, espero que todos aqueles que vão sentar-se ao redor de uma mesa, no próximo domingo, a comer seja lá o que for, para celebrar, com pompa e circunstância, a Ressurreição de Cristo, reflictam bem nos seus actos e descubram quanta hipocrisia se esconde em cada fatia de pão-de-ló, em cada amêndoa, em cada iguaria que ingerem!
Não entenderam nada de nada!
Contudo, se nem Jesus Cristo conseguiu, quem sou eu para pretender que os homens maus se transformem em cordeirinhos da Páscoa?
Tomo, porém, a liberdade de considerar hipócritas todas aquelas pessoas que se dizem cristãs ou católicas, nas ocasiões festivas, e os seus actos do dia a dia mostram que nada sabem dos ensinamentos daquele Homem chamado Jesus, que há mais de dois mil anos nos deixou a mais bela lição de vida.
(Origem da imagem: Internet)
Copyright © Isabel A. Ferreira 2008