Ó Deuses de todas as alturas, iluminai os desiluminados para que o mundo se transforme num lugar de HOMENS de boa vontade, harmoniosos, lúcidos e racionais, para que todas as criaturas viventes possam coexistir em Paz….
(Origem da imagem: Internet)
… é das BESTAS!
Mais um magnífico texto de Teresa Botelho que nos fala da estupidez das chamadas vaquejadas, que estão para o Brasil, como as touradas estão para Portugal: um “divertimento” de e para trogloditas que descontam nestes indefesos seres vivos, de um modo brutal e irracional, a falta de virilidade que lhes retorce e mirra as entranhas…
Eles bem que queriam ser HOMENS… mas falta-lhes o principal… (se é que me entendem…)
Texto de Teresa Botelho
«Apetece-me aqui falar de um país que não é o meu, mas cujas retóricas são comuns.
Perdi o meu tempo assistindo a uma comédia humorística em directo que não me fez sequer sorrir, porque assistir a qualquer discussão acalorada entre os políticos brasileiros, é pior que estar enjoada e não conseguir vomitar.
O tema eram as Vaquejadas, espectáculos degradantes, com bovinos e cavalos, lidados e torturados por gente rude e mal formada que vive nos confins da ignorância.
Contudo, hoje em vez de falar dos bois, prefiro descrever os Deputados, porque esses sim, merecem ser "vaquejados" e depenados dos seus fracos, ou mesmo inexistentes valores mínimos morais e de racionalidade.
O vídeo do debate que pretendeu desautorizar a decisão do Supremo Tribunal que declarou recentemente inconstitucionais estes espectáculos bárbaros, decorria animadamente, com uma coluna lateral para críticas e comentários do povo e como sempre, não resisti à opinião despojada, porque mesmo considerando-me bem educada, dei comigo a escrever por lá umas certas coisas que normalmente só digo em privado, ou entre os amigos mais fiéis e condescendentes a linguagens de palavreado impróprio, por isso, ao cabo de umas 2 horas, decidi sair, até porque o que vi, chegou para me inspirar neste comentário...
A maior parte dos oradores era fazendeiros do Nordeste que não conseguiram desmentir as acusações de que as suas campanhas eleitorais tinham sido financiadas pelos "Coronéis do gado".
O próprio presidente da mesa, manifestou claramente a sua vocação anti- animalista e geriu o tempo dos discursos, conforme as suas próprias preferências, em relação aos previsíveis conteúdos que iriam ser apresentados.
Quando algum orador não agradava, era vaiado e ofendido com palavrões e gritos, interrompendo o discurso, como aconteceu a uma veterinária que teve a ousadia de mencionar as diversas consequências físicas provocadas aos animais durante estas vaquejadas, como a sujeição dos bois pela cauda que muitas vezes acaba por ser arrancada, as fracturas nas patas e coluna, bem como as hemorragias internas que provocam aos animais, mortes lentas, em dolorosa agonia.
Quando a activista vegan e apresentadora da TV Luísa Mell que fora convidada para fazer parte do debate por um deputado animalista e a quem foram "generosamente" concedidos 5 minutos de prosa, se preparou para falar, a indignação da assistência foi de tal forma ruidosa que as sucessivas interrupções, apenas lhe permitiram expressar com dificuldade os seus altos valores compassivos e a emoção de reconhecer o atraso civilizacional do seu pobre país...
De repente, com agressões à vista, os insultos e a barulheira, obrigaram a interromper a sessão por 2 minutos.
Afinal, quem viu um excerto da discussão pelo afastamento da Presidente Dilma, já conhece o ambiente acalorado de Brasília, mas o que mais me entusiasmou, foram os argumentos tirados de letra aos que oiço por cá, das bocas sujas dos defensores da "tradição" tauromáquica...
E não é que as touradas também foram por lá faladas, como pertencendo a países civilizados da Europa?
Só não sei em que escalão de civilidade, colocam eles o Brasil, mas não interessa ...
O problema foi o meu desnorte e o "doce" vernáculo que me foi saindo, lá na coluna dos comentários, ao lado do tal vídeo da discórdia...
Mas após umas explicações cheias de "ética e sabedoria", dadas por uns mercenários, digo, veterinários, bem pagos para a defesa do indefensável, como alguns que conhecemos por cá, eis que subiu à mesa um cowboy de enorme chapéu branco, com abas retorcidas e cuja obesidade mórbida lhe fazia pendurar as flácidas bochechas gordurosas sobre o colarinho branco, encobrindo o nó da gravata de tal forma apertada que lhe deixava a face roxa!
O cowboy, mesmo sem pistola, disparou os seus impropérios a torto e a direito, terminando com aquele argumento tão batido também por cá, sobre a crise laboral que as proibições de torturar bovinos causariam entre os peões mal pagos que lhes engraxam as botas.
Antes disto, tinham havido uns momentos empolgantes, mas que acabaram em paz, após um convite de um animalista a um adepto das "tradições", para um ajuste de contas lá fora, mas que não deu em nada, porque quando o primeiro gritou "seja homem", o segundo encolheu-se e só fingiu que o era...
Esgotados de tanta intelectualidade, os fazendeiros, os corruptos e os leiloeiros de animais, após mais de 4 horas de humor negro e de machismo exacerbado, decidiram o seguinte:
Alguns parlamentares prometeram que vão se empenhar para mudar a Constituição por meio de uma PEC (Proposta de Emenda Constitucional) para que as vaquejadas e os rodeios sejam definitivamente reconhecidos como “patrimônio cultural do país".
Onde é que eu já ouvi esta de "patrimônio cultural", apesar da diferença geográfica e de acentuação?
Aguardemos então que o PEC não chegue a PEC, apesar de neste momento estar já a ser afincadamente preparado por lá, até porque só o nome me lembra outros PECs que não nos sugerem por cá, nada de bom...
Entretanto, hoje mesmo, as manifestações e a luta dos indignados vaqueiros continuavam, transformando os bois em reaccionárias exigências políticas e cujas críticas visam até o vigente Estatuto de Desarmamento que segundo um dos cowboys direitistas, aspirante a presidente e bastante ovacionado, a proibição feita aos "cabras machos" de usarem armas, o que é criar "uma geração de maricas"...
E mais não digo, porque apenas me parece que bovinos e cavalos torturados, são sempre um bom ponto de partida para o atraso, a xenofobia, a escravatura e a porca miséria de países de pantanas...»
Fonte:
E andamos nós a pagar taxas para que a RTP UM (a reles televisão portuguesa) transmita, em directo, e em hoário nobre, esta “coisa” que nem os mais primitivos homens da Idade da Pedra conseguiriam sequer imaginar…
BOICOTEMOS A RTP1
Texto Sandra Barbosa
«Vídeo do episódio da mula na tourada de 5ª feira passada transmitida pela RTP em horário nobre.
Como não gosto de falar do que não sei nem de tomar o todo pela parte, pois que puxei a emissão atrás e fui procurar o episódio da mula a ser espicaçada por várias bestas humanas***, tal como uma foto que circula pelo Facebook ilustra.
Aprendi então que aquilo é mais uma das fantásticas tradições portuguesas e que se chama "a mula das farpas".
A mesma consiste em fazer o animal entrar na arena, amarrado como se vê e a ser puxado por duas bestas humanas***, carregada com dois caixotes de madeira que guardam todas as bandarilhas que vão ser usadas durante a noite. Depois de retirados da pobre mula, foram necessários duas bestas humanas*** para carregar cada um dos caixotes !!!
Depois de descarregada faz-se então o pobre animal sair a correr de forma espalhafatosa e portanto pica-se...
Vejam o pânico da pobre mula aos 34 segundos só por ter entrado na arena.
"Espectáculo" degradante com bárbaros*** na arena e sádicos a rirem e aplaudirem a tortura da pobre mula...
E é com ISTO que a RTP educa o povo!!!
Partilhem o mais possível por favor…»
***
*** Desculpe, Sandra Barbosa, no seu texto, substituí o termo HOMENS (por BESTAS HUMANAS) porque se estas criaturas fossem HOMENS, jamais torturariam COBARDEMENTE uma pobre e indefesa mula para os sádicos se masturbarem mentalmente.
Substituí também o termo GENTE (bárbara) por BÁRBAROS porque GENTE não vai para uma arena torturar cruelmente indefesos seres sencientes. (Isabel A. Ferreira)
«É bem evidente que este cavalo sentiu compaixão pelo touro ensanguentado e já ajoelhado no chão, sem forças para se erguer.
Sim, os animais também podem sentir compaixão. Não é por acaso que eles acolhem e cuidam até de animais de espécie diferente.
Este impressionante momento entre cavalo e touro, é arrepiante, e devia ser um aguilhão na consciência dos homens, que estes dois seres sencientes e sofridos parecem interrogar.» (Maria João Gaspar Oliveira)
Fonte:
Se o mundo fosse feito de HOMENS ASSIM…!
Quando me vi com Tiiti de Gayport – Tributo ao Amor, o livro de Maria Helena Capeto, nas minhas mãos, o meu primeiro gesto foi acariciar o rosto de Tiiti, na capa do livro, numa espécie de ritual de boas vindas. E mal sabia eu o que esperar desta leitura.
Este é um livro que todas as pessoas devem ler, porque aprenderão a viver em harmonia com a Vida, com a Natureza e a compreender melhor o Universo, não o Universo que nos “mostra” a Ciência, mas o outro, aquele que é o verdadeiro Universo, onde toda a Vida está entrelaçada, e que apenas uns poucos alcançam.
Li este livro avidamente.
Trata-se de uma fascinante declaração de amor eterno a um ser que escolheu a autora para com ela partilhar as alegrias e as tristezas da própria existência.
Quando temos um animal, não somos nós que o escolhemos. É ele que nos escolhe. É ele que, de um modo ou de outro, vem ter connosco, ou leva-nos até ele, para que o recebamos e com ele partilhemos a vida e as emoções, com uma cumplicidade única e inevitável.
Mas Tiiti é também um ponto de partida para uma reflexão intimista de uma outra realidade que foge aos nossos sentidos mais terrenos.
Com Tiiti, Maria Helena Capeto compreendeu que «tudo faz parte do mesmo tecido cósmico, tudo nele está entretecido e entrelaçado», e a partir daqui, reescreveu magistralmente os conceitos que temos da Vida, da Natureza, do Cosmos, da Ciência que não nos diz nada, ou quase nada, porque a essência do mistério da Vida não é para dizer, mas para sentir. Para intuir. Para ser, sem ter como ser provado.
Com Tiiti de Gayport confirmei o que sempre havia intuído: os homens não têm a capacidade de compreender a linguagem da Natureza, como têm os animais não-humanos, que o homem tanto nega e menospreza. E no entanto, considera-se uma espécie “superior” a todas as outras espécies. E não tem motivo algum para tanto.
Saberá realmente o Homem quem é o Homem, de onde vem e para onde vai, e qual o seu verdadeiro lugar no Cosmos?
O animal humano vê o mundo à medida da sua estreiteza de espírito.
Fascinei-me com a lucidez com que Maria Helena Capeto nos coloca diante da nossa insignificante “civilização”, que pode ser destruída num segundo, se assim o entender a Mãe Natureza.
E o que é o homem perante a força ingovernável dessa Natureza?
O homem julga-se o dono do mundo, o dominador do mundo.
Como se engana!
Quem domina o Planeta são as poderosas forças da Natureza, que o homem não tem como vencer.
O homem é apenas uma pequena porção daquela poeira cósmica de que todas as coisas terrenas e não-terrenas são feitas. Todas, incluindo os animais, ditos não-humanos, tão desvalorizados pelo homem.
Se a humanidade, e apenas a humanidade fosse exterminada hoje, os restantes animais e as plantas continuariam a viver, agora mais tranquilamente sem a predação humana.
O que dizer mais sobre Tiiti de Gayport?
Ocorre-me declarar que, a partir desta leitura, fiquei com a certeza de que a Natureza é a medida de todas as coisas, e não o homem, como ele julga que é.
Sejamos humildes.
Termos consciência de nós próprios é sabermos que não fazemos qualquer falta a nenhuma outra criatura. Pelo contrário, o homem sem a restante vida planetária não sobreviveria nem um só dia.
Obrigada, Maria Helena Capeto, por esta bela lição de Amor, que tão profundamente me tocou.
Isabel A. Ferreira
O cartaz não terá "de forma clara e inequívoca o propósito de ofender a comunidade católica portuguesa".
Não terá. Não tem, com toda a certeza.
Mas é de um mau gosto atroz, este cartaz. E ainda mais com um "ADOÇÃO" (deve ler-se adUção) que de doce nada tem.
Este cartaz não me ofende. Há coisas que se fazem em nome da Igreja Católica, em celebração de Santos e de Deus que ofendem muito mais, e os católicos CALAM-SE.
Este cartaz deve ser retirado da circulação apenas por ser de muito mau gosto e de induzir em erro os menos esclarecidos nas coisas de Deus e dos Homens.
«Jovens católicos exigem pedido de desculpa por parte do Bloco de Esquerda.
Um grupo de jovens católicos lançou hoje uma petição pública exigindo um pedido de desculpas do Bloco de Esquerda. Em causa está o cartaz divulgado ontem onde se lê que "Jesus também tinha dois pais”, uma forma encontrada pelo partido para celebrar a aprovação da adopção por casais do mesmo sexo.
O texto da petição, disponível no site Petição Pública, diz que o cartaz “tem, de forma clara e inequívoca, o propósito de ofender a comunidade católica portuguesa”.
Lembrando que o BE é um “partido político e não uma publicação de sátira”, os signatários, não identificados exigem “um pedido de desculpas a todos os portugueses que se sentiram ofendidos por este cartaz e a imediata eliminação do mesmo”. A petição contava às 11h20 com seis assinaturas.
O cartaz do Bloco de Esquerda está também a gerar polémica nas redes sociais.»
Fonte:
http://economico.sapo.pt/noticias/cartaz-do-bloco-de-esquerda-da-origem-a-peticao_243715.html
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Uma nota marginal:
Eu conheço um menino que tem três pais: o biológico, que o rejeitou, por ser casado e a mãe solteira; o que lhe deu o nome, por ser amigo da mãe e não querer que a criança fosse registada sem nome de pai; e o pai adoptivo, o que se casou com a mãe, e adoptou-o como filho. E este último foi o único que o deixou chamar de PAI.
Por que não poderia Jesus Cristo ter tido dois pais?
E é como diz alguém num comentário do texto/fonte desta minha publicação:
«Jesus tinha dois pais: a mãe e o pai. Só que não se chamavam Maria e Maria ou José e José».
Foi nessa esperança que Dom Quixote assentou toda a exuberância da sua saga…
Tal como Dom Quixote, há muito que também eu luto contra o Medo, contra a Injustiça e contra a Ignorância… Muitas vezes com êxito, outras, nem por isso...
É com profundo descrédito no bom senso, na inteligência e no poder de discernimento dos homens que entro no ano de 2016.
… No entanto, mantenho a esperança de que a mudança surja na próxima curva da estrada…
Bem gostaria de aqui deixar uma mensagem optimista dos tempos que estão para vir, mas as notícias que nos chegam do mundo não são as mais propícias.
Quanto mais a Humanidade avança no tempo, mais retrocede o poder de raciocínio do homem, mais irracional ele se torna e, por este andar, não tarda, regressaremos ao tempo das trevas, ou talvez ao fim de uma era.
Até há alguns anos, à partida, para mim, todos os homens eram bons, até demonstrarem o contrário. Hoje, o meu pensamento mudou: tantas foram as decepções, tantos foram os desaires!...
Hoje, à partida, para mim, todos os homens são maus, até demonstrarem o contrário. E esta mudança, bastante radical, confesso, começou a operar-se depois que entrei neste mundo imundo que aqui vou denunciando, quando fui penetrando a fundo nos problemas políticos, melhor dizendo, nos desajustes dos políticos que estão na base de todos (ou quase todos) os desequilíbrios sociais, económicos, morais, culturais e até religiosos de toda a sociedade humana.
O avanço tecnológico, mal orientado e mal aproveitado, tem levado a Humanidade ao caos. Os valores humanos estão a diluir-se, e o homem está a transformar-se num ser vazio e irracional.
Já não há respeito pela vida, não há respeito pelos outros animais, mão há respeito pelo Ambiente, não há respeito por absolutamente nada, porque o homem deixou de se respeitar a si próprio, e este é o pior dos desrespeitos, é o começo da desestruturação do ser, que leva à desintegração de toda a sociedade.
E aqueles que, agarrados a um fiozinho da racionalidade que ainda se vislumbra algures, entre as ruínas do mundo, parece que perdem o seu tempo, tentando abrir os olhos e os ouvidos daqueles que há muito deixaram de ver e ouvir, não por motivo de alguma doença súbita, mas levados por um egoísmo desmedido que os lançou na ignorância, ao ponto de se ignorarem a si próprios.
(Origem da imagem)
http://semeadoresdadiscordia.blogspot.pt/2008/01/chico-mendes.html
Recordo, hoje, aqui e agora, Chico Mendes, um seringueiro, sindicalista, activista político e ecologista brasileiro, assassinado nas vésperas do Natal de 1988, apenas porque compreendia as árvores, acarinhava a água e respeitava as flores, ao ponto de não querer flores no seu enterro, pois sabia que as iam arrancar da floresta…
Chico Mendes era um ambientalista, que apenas pretendia defender a Amazónia, pretendia defender a vida do nosso Planeta, e os tais ignorantes assassinaram-no.
Por todo o mundo, em pleno século XXI depois de Cristo, ouvimos falar de guerras, de um terrorismo com consequências incalculáveis, porque os governantes endoideceram, e o povo endoideceu com eles, e não há nada nem ninguém que faça parar esta loucura.
Na Rússia e nos EUA passa-se fome. Em países da dita civilizada Europa vegeta-se e morre-se. Na África, milhares de pessoas estão condenadas. Nos países ricos esbanjam-se bens, esbanja-se dinheiro e esbanjam-se vidas.
Um desequilíbrio cósmico instalou-se no nosso Planeta, e mais perigosamente no íntimo dos homens, e a poluição do meio ambiente aliou-se a uma poluição mental, que está a conduzir o mundo para o abismo.
Num destes dias, em conversa com uns amigos, chamaram-me a atenção para a visão pessimista que eu tenho em relação à sociedade, aos políticos, aos governantes…
É verdade!
Mas que motivos terei eu para ser optimista?
… No entanto, mantenho a esperança de que a mudança surja na próxima curva da estrada…
Podem chamar-me de desatinada, quando me vêem sorrir para as flores, mas é que eu entendo a linguagem das flores…
Podem chamar-me de desatinada quando canto ao desafio com os pássaros, mas eu sei de cor todas as canções que os pássaros cantam, sem pauta, sem métrica, mas com muita harmonia…!
Podem chamar-me de desatinada, quando me encontram a acarinhar um Lobo, mas eu tenho alma de Lobo, sei das emoções dos meus irmãos animais…
Podem chamar-me de desatinada quando me quedo a escutar o silêncio, mas podem crer que o som do silêncio é extasiante, é o mais eloquente som da Natureza.
Não me perguntem como, nem por que tenho a percepção deste meu mundo feito de coisas invisíveis, acantoado por detrás desse outro mundo que todos julgam real, mas que, na realidade, não passa de uma miragem no infinito deserto, que é a vida dos que não conseguem ver o invisível…
Que razões tenho eu para ser optimista quando os que me rodeiam não conseguem ver o mundo das flores; não conseguem acompanhar o canto harmonioso dos pássaros; não conseguem sentir a respiração da alma dos Lobos; ou ouvir o vibrante som do silêncio?
Apenas uma certeza faz com que possa vislumbrar uma luz ao fundo do túnel: é que, tal como Miguel de Cervantes, eu também acredito ferverosamente que «Deus suporta os maus, mas não eternamente» …
Por isso, um a um, aqueles homens maus, cujo único objectivo da existência deles é violar a harmonia cósmica, cairão um dia. Sempre assim foi, desde o princípio dos tempos… Todos os tiranos da Humanidade caíram inevitavelmente… E aos maus, jamais nenhum Homem de bem ergueu uma estátua. E se as ergueram, por equívoco, logo as derrubaram.
E nesta mensagem de Ano Novo que aqui vos deixo, um tanto ou quanto pessimista, continuo a manter a esperança de que a mudança surja na próxima curva da estrada…
Isabel A. Ferreira
01 de Janeiro de 2016
Pitágoras de Siracusa disse um dia aos seus netos:
«Enquanto o homem continuar a ser o destruidor dos seres animados, dos planos inferiores, não conhecerá a saúde nem a paz. Enquanto os homens massacrarem os animais, eles se matarão uns aos outros.
Aquele que semeia a morte e o sofrimento não pode colher a alegria e o amor»
* Pitágoras foi um filósofo e matemático grego
Fonte: