A abolição da barbárie tauromáquica acontecerá, não por via da Assembleia da República, onde o lobby tauromafioso está instalado, para vergonha da Nação.
A abolição da tortura de Touros e Cavalos acontecerá nas arenas, esvaziadas de sádicos, onde nem as moscas ousam entrar, para não se conspurcarem.
Apenas uma minoria, já muito mínima, sempre os mesmos tauricidas e sádicos se dispõem a ir até ao “campo pequeno”, o antro lisboeta da selvajaria tauromáquica, para assistir à prática cruel e cobarde de tortura de Touros e Cavalos, como podemos constatar nesta imagem recentíssima.
Origem da imagem:
https://protouro.wordpress.com/2016/06/19/os-aficionados-entraram-em-depressao/
Claro, já não é chique entrar numa arena para assistir a tal asselvajamento.
Apenas “gente” perversa, sem carácter, inculta e selvática, precisamente por ser perversa, sem carácter, inculta e selvática, não se dando conta da deselegância da atitude, lá vai aquecer um assento aqui, outro ali, nas arenas, onde esta selvajaria ainda é praticada por e para trogloditas.
Desde que a presente temporada da tortura teve início, as arenas portuguesas têm estado (não mais às moscas, como era hábito dizer-se) mas à poalha imunda que atulha os recintos, agora vazios.
E não, não é por causa da crise (que crise? se os verdadeiros espectáculos atraem milhares de pessoas, seja qual for o preço das entradas?), nem do tempo (da chuva, do vento ou do frio)…
O tempo é outro. O tempo é de evolução. Quem entra numa arena, hoje, fica estigmatizado, como o lixo da sociedade.
Os carrascos (vulgo toureiros e forcados) que nunca, em tempo algum foram heróis, mas passavam por isso, hoje sabemos que são uns colossais cobardes que, para mostrarem uma virilidade inexistente, atacam seres sencientes completamente indefesos.
Que mérito terá ir a uma arena ver um bando de cobardes a torturar um animal? Absolutamente nenhum.
O desinteresse por este tipo de prática cruel está a crescer.
E quem o diz não somos nós.
O Miguel Alvarenga, autor do “Farpas Blogue” refere: «Não é a crise nem muito menos a falta de dinheiro que está a deixar as praças de toiros vazias… é, apenas e só, a falta de interesse e a falta de ídolos que está a deixar as pessoas em casa. Não se esqueçam disso, não tapem o sol com uma peneira com falsas justificações…»
Falta de ídolos? Mas que ídolos?
Andou-se quatro centenas de anos (mais precisamente 436 anos, pois foi em 1580, mais dia, menos dia, quando Filipe II de Espanha, I de Portugal, introduziu no nosso país este costume bárbaro espanhol) a achar que na selvajaria tauromáquica havia ídolos e heróis, quando não passavam dos mais autênticos, dos mais verdadeiros, dos mais legítimos cobardes.
Não surpreende que uma mentira repetida durante quatrocentos e tal anos se tenha tornado na verdade dos incultos, dos involuídos.
Mas agora o tempo é de informação, de formação, de evolução.
Chega de mentiras.
A selvajaria tauromáquica já não tem mais lugar nos tempos modernos.
«Quem for humilde o bastante saberá interpretar essa imagem de forma grandiosa e sublime, pela atitude deste animalzinho repudiado por muitos, no entanto seu instinto de sobrevivência é que me toca o coração e me faz rever muitos valores na vida, imagens como esta não podem passar despercebidas e tão pouco ignoradas!!! sinto por quem ignora essas atitudes destes seres indefesos, só pode não ter coração!!!)»
Tal como os ICEs (I)ncompatíveis (C)om (E)volução) que rastejam pelo mundo… muito abaixo de ratos…
Fonte:
Tendo em conta a densidade populacional do Norte do País, onde se encontram os municípios aos quais foi atribuída a Estrela de Ouro da Evolução, é fácil concluir onde está instalado o maior atraso civilizacional de Portugal
Eis os municípios portugueses que envergonham Portugal:
Abiul (Pombal), Alandroal, Albufeira, Alcácer do Sal, Alcochete, Aldeia da Ponte (Sabugal), Alfeizerão (Alcobaça), Almeirim, Alpalhão (Nisa), Alter do Chão, Amarante, Amareleja (Moura), Angra do Heroísmo, Arraiolos, Arronches Arruda dos Vinhos, Azambuja.
Baião, Barrancos, Barreiro, Beja, Benavente, Bencatel (Vila Viçosa), Bombarral, Benedita.
Caldas da Rainha, Calheta (Açores), Campo Maior, Cartaxo, Casével (Santarém) Castelo Branco, Cuba.
Elvas, Estarreja, Estremoz, Évora.
Figueira da Foz, Foz do Sisandro.
Garvão, Golegã.
Idanha-a-Nova, Ilha Terceira.
Leiria, Lisboa.
Messejana (Aljustrel), Moita, Monforte, Montemor-o-Novo, Montemor-o-Velho, Montijo, Moura, Mourão.
Nazaré, Nisa.
Óbidos, Odemira, Oliveira do Bairro.
Palmela, Pinhal Novo (Palmela), Pinhel, Pombal, Ponte de Lima, Portalegre, Portel, Póvoa de Varzim (que, entretanto, se declarou anti-tourada)
Redondo, Reguengos de Monsaraz, Rio Maior.
Sabugal, Salvaterra de Magos, Samora Correia (Benavente), Santana da Serra, Santarém, São João da Pesqueira, São Manços, São Marcos do Campo, Serpa, Setúbal, Sobral de Monte Agraço, Sousel.
Tomar.
Viana do Alentejo, Vila Franca de Xira, Vila Nova da Barquinha, Vila Nova de Mil Fontes (Odemira), Vila Viçosa.
Urros (Mogadouro.)
Estas são as localidades portuguesas às quais foi atribuída a Estrela de Ferro da Involução, do retrocesso, da perda de qualidades benéficas (como força e inteligência), do retorno a um estado primitivo, pela prática bárbara da selvajaria tauromáquica ainda enraizada nos hábitos dessa populações que se recusam a evoluir.
Como pode ver-se, as Estrelas de Ferro concentram-se nos concelhos situados mais a sul do País, a esmagadora maioria portadores de um atraso civilizacional bastante acentuado, os quais, à excepção de Lisboa, uma capital que se diz europeia, mas ainda deve uma boa quantia à evolução (pois aqui estão concentrados os maiores defensores das touradas: os GOVERNANTES), são bastante menos populosos do que os concelhos mais a norte que evoluíram e deram as costas a este costume antigo e bárbaro, herdado dos espanhóis que assentaram arraiais em território português em 1580, com o Rei Filipe I de Portugal (II de Espanha).
Em 1640, porém, a monarquia espanhola foi expulsa do nosso país, mas deixou-nos de herança o lixo tauromáquico que a monarquia portuguesa e mais tarde os republicanos mantiveram por mera ignorância e interesses económicos, e que os actuais ditos governantes de esquerda continuam a manter pelos mesmos motivos.
Nada parece ter mudado em relação à mentalidade retrógrada que caracterizou o tempo da monarquia, e depois o dos republicanos que se diziam melhores do que os anteriores, contudo, continuaram a ser retrógrados, ao impingirem-nos uma ditadura.
Depois de longos anos de escuridão, a esperança surgiu numa manhã de Abril, mas foi sol de pouca dura, porque passado o momento do entusiasmo que a miragem da liberdade, arrastando uma promissora mudança de Poder, proporcionou, o tempo das trevas regressou, fantasiado de democracia, pois se nem um governo, (agora) dito de esquerda, consegue afastar o lixo, não só tauromáquico, mas também outros lixos herdados dos regimes retrógrados anteriores!!!
***
E eis-nos chegados ao ano de 2016, ainda enlaçados na conspurcada herança dos monarcas espanhóis, e na política salazarista de manter o povo ignorante e submisso.
***
No norte do País, à excepção de Ponte de Lima e um ou outro concelho que pontualmente se verga à máfia tauromáquica, os municípios evoluíram e aboliram do seu território a selvajaria tauromáquica, mas apenas Viana do Castelo se declarou anti-tourada.
Por isso, às localidades implantadas nesse território, livre do lixo tauromáquico, foi atribuída a Estrela de Ouro da Evolução.
Isabel A. Ferreira
A Ilha Terceira, na verdade, é um atraso de vida.
A EVOLUÇÃO ficou a milhares de milhas da costa.
Isto é a vergonha dos Açores.
E ainda fazem propaganda desta vergonha, desta nódoa negra, deste primitivismo bacoco.
O que é que a "festa" parva tem a ver com CIÊNCIA?
Até neste tipo de "propaganda" demonstram uma ignorância crassa.
Tenham vergonha! EVOLUAM.
Força Coimbra!
Sigam o exemplo da Academia do Porto, e livrem a bela Cidade do Conhecimento dessa nódoa negra da "garraiada" que não rima com EVOLUÇÃO
Origem da imagem: https://www.facebook.com/Queima.das.Farpas/photos/pb.1568326173409064.-2207520000.1456338262./1586990171542664/?type=3&theater
«Resta-nos, com efeito, a educação (...) para o homem poder realizar o melhor das suas possibilidades pessoais e sociais, e para que a maldade vá deixando de ser uma fatalidade.”»...
(João Boavida, in A Libertação do Mal, Centro de Psicopedagogia da Universidade de Coimbra)
foto SFAAC - Garraiada de 2007
ASSINEM A PETIÇÃO, POR FAVOR:
http://peticaopublica.com/pview.aspx?pi=QueimaDasFarpas
A Academia do Porto decidiu suspender a garraiada da Queima das Fitas, prevista para o dia 8 de Maio, na arena de tortura da Póvoa de Varzim.
Parabéns.
A Academia do Porto deu um grande salto em direcção à evolução e à civilização.
Um salto digno do Ensino Superior.
Agora sim, a cidade do Porto pode ser considerada uma cidade limpa de uma nódoa negra que a desprestigiava.
Origem da foto: Global Imagens (in JN)
De acordo com um comunicado enviado aos órgãos de informação, esta decisão foi tomada pelo Conselho de Veteranos e dada a conhecer à Direcção da Federação Académica do Porto (FAP).
Para tal contribuiu a petição lançada online, por Joana Rocha e Sónia Marques, alunas da Faculdade de Engenharia do Porto, com o objectivo de cancelar esta prática, alegando motivos éticos e morais.
A este propósito, a Academia do Porto esclareceu que «a fraca adesão dos estudantes a esta actividade nos últimos anos e a perda de interesse pela tauromaquia entre os jovens portugueses são alguns dos motivos que levaram a esta decisão, que no entanto, ainda não se decidiu se será mantida nos próximos anos.
Algo que em nome da evolução e da civilização e do prestígio do Ensino Superior deve ser considerado.
Quem ainda não assinou, assine a petição, aqui, por favor.
http://peticaopublica.com/pview.aspx?pi=fimdagarraiadaporto
Esta é uma causa importante, em nome da Ética, da Moral, da Evolução, da Civilização, da Cultura Culta, mas principalmente porque os Touros são animais sencientes, com direitos consignados, tal como nós, e não merecem ser torturados, para divertir uma minoria de estudantes que não evoluiu.
UMA VERDADE QUE FAZ DOS AFICIONADOS UNS SÁDICOS
E era preciso confirmação? Não serão os Touros animais como nós? Não terão eles um sistema nervoso central, tal como nós? Não bastariam estes raciocínios?
Não, para o comum dos mortais estes raciocínios não bastam. É preciso fazer desenhos… e explicar-lhes tim-tim por tim-tim que um Touro é um animal senciente… E mesmo assim…
Todavia, ainda que os bovinos não sofressem, torturar um ser vivo não é diversão para nenhum animal terrestre ou sequer extraterrestre.
Torturar um ser vivo é apenas uma prática de mentes deformadas.
O que hoje proponho para reflexão é um estudo científico de Jaume Camps Rabadá, Médico Veterinário. Académico Honorário da Academia de Ciências Veterinárias da Catalunha (ACVC) e Presidente da Academia Catalã de História da Veterinária.
O título do seu trabalho, publicado em Julho de 2105, na dA web Center é precisamente o seguinte:
«A genética e a evolução confirmam que os Touros de Lide sentem dor»
Trata-se de uma exposição exclusivamente destinada a divulgar resultados reconhecidos pela maioria dos cientistas e agências internacionais sobre este tema.
O objectivo é confirmar que todos os animais sentem dor, de uma forma ou de outra, e o touro de lide, não é nenhuma excepção.
GENÉTICA:
O genoma bovino, a que pertencem os touros, tem 29 pares de cromossomas, com dois sexos e 27.000 genes (com a mesma actividade existente nos seres humanos, inclusive no que diz respeito ao número total de cromossomas…). E três mil milhões de pares básicos, número igualmente coincidente com o dos seres humanos.
(Dados publicados pela prestigiada revista "Science" 2009).
Existem apenas três subespécies de acordo com a Taxonomia (ramo da Biologia e da Botânica que cuida de descrever, identificar e CLASSIFICAR os seres vivos, animais e vegetais): o Bos taurus taurus; o Bos taurus indicus (Zebu), e a ancestral origem de todos: o Bos taurus. Não é possível aceitar cientificamente algumas espécies domésticas separadas por serem fruto de cruzamentos. Não existe, portanto, uma “espécie” diferenciada para ser “touro de lide”.
(Dados da “Mammal Species of the World”, parte 2079, da “Comissão Internacional de Nomenclatura Zoológica” do ano de 2003).
Dentro do grupo Sentidos, e Etologia e Ecologia, há também dados curiosos: eles têm o mesmos sentidos que todos os outros mamíferos. Têm o sentido do tacto muito desenvolvido, e de modo independente o aspecto sensorial, o da dor e do calor. De resto, os bovinos são mais sensíveis são mais sensíveis a descargas eléctricas do que nós.
Expressam com mugidos o seu nível de fome, sede, DOR, e chamamentos familiares ou da boiada. São sociáveis para formar manadas, e como em todas elas, há uma escala social, sendo os machos alfa os maiores e com mais cornadura. Apenas a partir de uma selecção prévia e treinamento se conseguem exemplares mais agressivos, embora não esteja comprovado que tenha alguma relação com a DOR.
EVOLUÇÃO:
Desde as primeiras células eucarióticas, existentes desde há mais de dois mil milhões de anos (2.000,000.000), eles sentiram DOR, e é também a minha opinião de que a sentiam mesmo antes. «Sem nenhum tipo de DOR a vida não existiria!!!» (frase que eu assumo...) , desde os primeiros seres vivos de há 2.700 milhões de anos. O LUCA (Last Universal Common Ancestor – Último Ancestral Comum Universal). Faz já um pouco mais de 600 milhões de anos com os seres multicelulares, e levou 200 milhões de anos para aparecerem os mamíferos.
SENTIR DOR faz parte de toda a evolução. As primeiras células, mesmo antes de tudo, tiveram de reagir para sobreviver, embora longe de ser o que hoje chamamos DOR, mas sentiam um incómodo (e o desconforto é uma forma de dor).
Por exemplo: uma pequena alteração no pH do ambiente onde foram geradas, ou a falta da humidade necessária, ou a presença de oxigénio (que era venenoso e agora é vida…).
Foi um exercício gigantesco para superar e conseguir nesses muitos milhões de anos, a existência de vários milhões de espécies animais e vegetais que hoje temos. Isto não teria acontecido sem uma sensação de DOR ou desconforto !!!
Ao longo da evolução foram-se formando tanto a anatomia como a fisiologia, que inclui as acções e reacções ao ambiente externo.
O aparecimento da Genética Molecular foi fundamental para a compreensão da evolução. O ADN é uma molécula longa composta por uma cadeia dupla, com unidades alternadas de açúcar e fosfato. Cada unidade de açúcar é uma das quatro bases de ADN. A cadeia pode dividir-se em duas partes, e cada metade pode sintetizar o complementar. Entre todo este complexo pode determinar-se a mensagem genética da molécula do ADN, dito assim, muito resumidamente. E para iniciar ou finalizar a mensagem, há um trio que indica um início ou um final.
Com o conjunto das mensagens consegue-se um código genético universal. (O que prova a origem comum de todos os organismos vivos...).
Quando existe uma alteração deste código, ou é anulado se não há condições para sobreviver e superar os outros, ou bem que de um modo caótico pode servir para torná-lo mais adaptável ao ambiente ou que se reproduza melhor, o que, ao longo de milhares de anos, leva ao nascimento de uma nova espécie.
A mudança genética que transformasse um ser, na sua base fisiológica, num animal que não chegasse a sentir dor, esta "vantagem" aparente levaria à sua extinção antes de se transformar numa nova espécie.
Os touros de lide são bovinos, e só os utilizam em touradas há apenas um par de centenas de anos, sendo impossível a existência de uma modificação genética, que requer milhões de anos, e assumindo excepcionalmente de que a ausência de DOR fosse imprescindível para a sobrevivência deles (?).
O título da obra de Charles R. Darwin refere a evolução das espécies por selecção NATURAL, e é ainda acrescentado ao títuoo original em Inglês: «On the origin of Species by Means of Nature Selection, or the Preservation of Favoured Races in the Stuggle for Life» (Sobre a origem das Espécies através da Selecção Natural, ou a Preservação de Raças Favorecidas na Luta pela Vida).
Onde já no título se indica que só evoluem as espécies que resistem às transformações da vida...
Evolução que não teve, nem poderia ter, a raça de touros de lide.
Portanto, eles sentem DOR, como todas as demais espécies existentes, e também as já desaparecidas.
JCR
Fontes:
http://www.derechoanimal.info/images/pdf/Jaume-Camps-Rabada.pdf
Esperemos que esta falta de interesse se prolongue ad æternum para bem dos Bovinos, da evolução de Angra do Heroísmo e da Humanidade, e também para a dignificação do estatuto de estudante
O que se vê nesta imagem não é digno de estudantes evoluídos
«Pela primeira vez, e ao que se sabe, desde 1925, não haverá o habitual espalhafatoso cortejo que antecede a tradicional Tourada dos Estudantes, em Angra do Heroísmo, devido à falta de inscritos — e mormente de interesse — dos estudantes angrenses para tal efeito.
Foi ainda formada uma Comissão, que até incluiu elementos femininos, situação inédita, para tentar levar adiante a tradição. Mas que não conseguiu reunir gente nem apoios.
Reportando a outros anos, alguns já distantes, o cortejo e a tourada costumavam juntar cerca de 70 pessoas. O número de inscritos para aceder a essa tradição ultrapassou muitas vezes os 100. Este ano, havia cerca de 30 interessados.
(…)
Ao que se sabe, e também de forma inédita, não haverá o famoso Cartaz da Tourada, com a sua crítica mordaz e as habituais quadras, habitualmente distribuído em Angra antes do Carnaval.
Nos últimos anos, o evento perdeu muito do seu cariz taurino, com a dita parte séria — cavaleiros, bandarilheiros, forcados — a resumir-se quase exclusivamente às pegas.»
(…)
Fonte:
Colocámos a todos os partidos e coligações candidatos às próximas eleições cinco questões relacionadas com os direitos dos animais, na certeza de que as suas respostas terão um peso decisivo na escolha de muitos cidadãos. Estas foram as respostas dos partidos à terceira questão, apresentadas por ordem de recepção.
3 - Touradas
Sabendo que:
– a tourada provoca intenso sofrimento a touros e cavalos;
– enquanto prática violenta, afecta negativamente a personalidade de quem participa e assiste, promovendo a dessensibilização à violência;
– pela razão acima exposta, a ONU e a Amnistia Internacional recomendam a interdição do acesso de crianças a eventos tauromáquicos;
Comprometem-se a proibir as touradas em todo o país?
PAN – Pessoas-Animais-Natureza
Sim! Para além do apoio tácito a todas as manifestações populares contra esta barbárie e o trabalho constante com associações de protecção animal de modo a condicionar estes actos medievais o PAN continua a defender a abolição de quaisquer eventos tauromáquicos, sejam touradas, garraiadas, pegas, entre outras. Esta medida é também uma das sete prioridades do PAN sendo que o deseja implementar em todo o território nacional (ilhas incluídas).
AG!R
A resposta curta e directa a essas perguntas é que de facto o tema da defesa dos direitos animais não tomou uma área prioritária no nosso programa. Não significa que a nossa posição é de menorização destes problemas. Estaremos abertos a futuras negociações com as associações do sector, as associações para defesa dos animais.
A nossa posição é a defesa dos direitos universalmente promulgados para todos, e a primazia dos direitos adquiridos sobre a finança.
LIVRE / Tempo de Avançar
No que concerne à tauromaquia, a medida do nosso Programa Eleitoral que abrange essa questão é a mesma que foi referida na resposta anterior e que visa “Eliminar os subsídios a espectáculos que promovam maus-tratos aos animais”. Como foi referido é feita referência explícita à tauromaquia.
Adicionalmente, temos previsto o fim de conteúdos na RTP que incitam à violência contra pessoas ou animais.
Nós, Cidadãos!
Nesse plano, mais do que medidas repressivas, defendemos uma via pedagógica – como se pode ler no nosso programa político-eleitoral:
11.5 — Reforçar a aposta no ensino pré-escolar, como embrião de um ensino que não se circunscreve à instrução, mas que assume a tarefa de uma educação integral, veiculando valores – desde logo, cívicos e ecológicos, que promova, nomeadamente, a protecção dos animais.
PCP – Partido Comunista Português
O PCP apresentou, no passado recente, várias iniciativas sobre animais não-humanos. Contra a utilização de animais selvagens em espectáculos. Contra a experimentação científica em animais. Uma lei de bases do ambiente que pela primeira vez coloca o bem-estar de todos os animais como obrigação do Estado e com reforço dos meios das autarquias e do Estado para a fiscalização. PS, PSD e CDS-PP não apoiaram a generalidade dessas iniciativas.
O PCP entende que a protecção dos animais não humanos deve assentar em políticas de prevenção e fiscalização.
O PCP vai continuar a trabalhar em defesa dos não humanos, não como propaganda, mas para resolver efectivamente os problemas. E inclusivamente desenvolveu muitos dos aspectos propostos pela Associação Animal.
O PCP está disponível para defender os animais e assegurar o nosso direito a viver em harmonia com eles.
BE – Bloco de Esquerda
O Bloco de Esquerda tem uma posição crítica sobre as touradas, que resulta do inegável sofrimento animal. No seguimento desta posição, apresentamos em 2012 duas iniciativas legislativas que visavam acabar com todos os apoios públicos às touradas e proibir a exibição de touradas na televisão pública. Apesar de ambas as iniciativas terem sido chumbadas, comprometemo-nos a insistir no fim dos apoios públicos às touradas e da exibição televisiva em canal aberto de programas que envolvam sofrimento animal, tal como consta no nosso programa, porque acreditamos serem as medidas mais eficazes para acabar com as touradas.
Fonte:
http://www.vidanimal.org/blog/legislativas-2015-pelos-animais-touradas/
***
Pelo que aqui se lê, apenas o PAN se compromete a ABOLIR a selvajaria tauromáquica, de uma vez por todas.
Colocar "paninhos quentes" para ir entretendo a "doença" não a erradica, como deve ser erradicada, para que Portugal possa respirar EVOLUÇÃO.
Devemos EXIGIR a todos os partidos a ABOLIÇÃO deste costume bárbaro que envergonha Portugal.
Nada mais do que a Abolição serve o País (I.A.F.)
Um excelente texto de uma magnífica jornalista
Por Filomena Marta
(Dedicado muito especialmente a Eduardo Cintra Torres, à CMTV e ao seu dedicado pivot João Ferreira, que até mencionam sociologia e simbologia, como se soubessem com propriedade do que estão a falar)
Ora vamos lá ser politicamente incorrectos! Queimar gatos, enterrar galos vivos, lançar cristãos aos leões, queimar bruxas na fogueira, chicotear escravos, enterrar farpas em touros, matar elefantes e rinocerontes pelo marfim e chifres, comer gatos e cães (e outros animais), esfolar animais vivos para lhes tirar o pêlo, espancar focas até à morte, chacinar golfinhos e outras atrocidades NÃO É TRADIÇÃO, É ESTUPIDEZ E DESUMANIDADE.
O que na verdade está a tornar-se tradição é usar a palavra tradição como desculpa para as mais variadas barbaridades, próprias de idades medievais, de idades das trevas, quando o Homem era inculto, analfabeto, iletrado, alarve, porco, tinha piolhos e comia com as mãos.
O que teimam em fazer, analfabetamente, é confundir tradição com tradicionalismo, sendo este o “apego às tradições ou aos usos antigos; doutrina que faz da tradição a fonte e o critério da verdade”.
Os tradicionalistas são os partidários do tradicionalismo, não da tradição no que realmente refere o seu conceito. A tradição, na sua génese, evolui pari passu com a evolução dos povos. Foi essa evolução da tradição que terminou com fenómenos bárbaros como a escravatura, a queima das bruxas, a morte dos cristãos na arena e irá inevitavelmente terminar com fenómenos tradicionalistas que perduraram até aos nossos dias e que cada vez mais são renegados pelas sociedades evoluídas, como as touradas e os maus-tratos contra pessoas e animais. Ficam assim pequenas ilhas de tradicionalistas, que recusam a evolução usurpando para isso a palavra “tradição”.
“O gato não morreu” é a frase emblemática que parece coroar a diversão mal disfarçada de criaturas pouco lúcidas e ainda menos racionais que abusam de um meio como a televisão para defender o indefensável. Para mais enganando o público, deliberada e estupidamente, pois apresentam duas imagens totalmente díspares e diferentes daquilo que supostamente seria o mesmo gato: o usado e fotografado dentro do pote de barro com a boca tapada com rede para que o infeliz animal não possa escapar, que é claramente um gato preto e branco, e o gato supostamente sobrevivente incólume da barbárie, filmado numa atitude tranquila e feliz, e que é claramente um colorpoint, ou seja, um gato de pelagem parecida com a raça siamesa. A isto, meus senhores, chama-se aldrabar, atirar areia para os olhos e tapar o sol com a peneira. Apanha-se muito mais depressa um mentiroso do que um coxo, já diz o povo e aí sim, com a sabedoria da tradição.
Mas antes de passar para a discussão sobre a tradição propriamente dita, e a forma como está a ser desavergonhadamente usurpado e deturpado o seu significado, passemos em revista as alarvidades ditas pelos habitantes da já tristemente famosa Vila Flor (ou nas sábias palavras do pivot da CMTV “a indignação das pessoas desta localidade com a reacção de crítica generalizada” (nota prévia: se é uma crítica generalizada serão estes habitantes trogloditas que estão certos e todos os outros milhares de pessoas estão erradas?):
“Emprestei porque é uma tradição e gosto”.
“Nunca ninguém matou um gato, às vezes o gato vinha assim um bocadinho chamuscado, mas quase nada… o meu por acaso nunca “vieram” (atente-se ao “meu” e “vieram”) e eu não tive problemas em emprestar o gato (atente-se ao “emprestar”), porque o gato ninguém lhe faz mal ao gato.”
“A queima do gato que é uma tradição que já vem dos meus pais, dos meus avós, a gente nem sabem quando é isto vem… e nunca tivemos problemas.”
“Para mim é uma tradição, num é? (algo imperceptível) não morre, o gato não “morrem” (mais qualquer coisa imperceptível) é a queima do gato, mas o gato não morre, o pote cai ao chão e escapa-se… ao saltar pó chão… ao cair o… tá metido dentro do barro, num é? Portanto ao chegar ao chão (mais umas coisas atrapalhadas) aquilo parte e o gato raspa-se logo.”
“Atão não morrem… atão se morressem não tinha graça nenhuma, porque o que mete graça é a gente andar ali perto do gato e ele, e ele a a fugir…”
E vai daí diz o sorridente pivot: “(…) e o Eduardo tem aqui uma expressão muito engraçada, ‘as redes sociais em fogo queimaram mais os foliões do que os foliões o gato’…”
Sorrisos, expressões engraçadas e foliões, eis várias coisas que colidem com uma questão grave, por muito politicamente correctos que desejem ser, por muito insensíveis que se queiram assumir, por muito inteligentes que queiram parecer, com assumpções de sabedoria sociológica e simbólica. Estas demagogias caem por terra apenas com a simples frase “atão se morressem não tinha graça nenhuma”, o que explica liminarmente que esta é uma questão de pura diversão. Ninguém sabe por que é feito, é feito porque sim, porque nem se sabe quando começou, porque os diverte. Expliquem os sábios pivots, comentadores e sociólogos onde se encaixa a “tradição” nisto.
Nenhum animal, incluindo o ser humano, reage bem ou prazerosamente a estas quatro coisas, isoladamente e muitos menos simultaneamente: ser enfiado num recipiente encurralado de forma a não poder escapar, sofrer uma queda abrupta de grande altitude, seguida de um estrondo violento e estilhaçar do recipiente onde está encurralado, ter fogo no corpo. É TÃO SIMPLES COMO ISTO! Não existe qualquer ser vivo senciente que retire prazer de uma situação destas, e todo e qualquer ser vivo senciente sente medo, terror e fica traumatizado com uma situação destas.
Se fizessem isto a qualquer um dos habitantes alarves e acéfalos desta localidade, gostaria de ver qualquer pessoa - jornalistas, comentadores, sociólogos e simbologistas incluídos, e até os desafio a fazê-lo - a dizer que essa criatura (mesmo acéfala como demonstra ser) não sofre.
Mas claro que, ainda por cima, se deve juntar a isto a particularidade de a criatura não o fazer por vontade própria, mas sim porque é enfiada à força e obrigada a sofrer o suplício. Ou vão dizer a seguir que o gato entrou sozinho no pote (e a rede presa à boca do pote é só para o aconchegar), e ronronou de prazer antecipado, sabendo perfeitamente o que lhe ia acontecer?
Só uma pessoa totalmente desprovida de cérebro pode defender uma coisa destas, atribuindo-lhe estatuto de tradição.
Que fique bem clara a definição de tradição, que em rigorosamente nada se enquadra em rituais macabros de divertimento colectivo… pois então terão também de considerar a bruxaria e o voodoo como “tradições”.
“Tradição: (do Latim traditione, entrega), s. f. acto de transmitir ou entregar; transmissão oral de lendas, factos, etc., de pais para filhos; transmissão de valores espirituais de geração em geração; conhecimento ou prática que provém da transmissão oral ou de hábitos inveterados; hábito; uso; notícia de um facto transmitido oralmente ou por testemunho que livros, sucessivamente publicados, confirmam; recordação; memória.”
Uma tradição explica-se. Uma tradição é referenciável no tempo. Mesmo que queimar um gato um dia tivesse sido uma tradição, a partir do momento em que a memória se esvai e se perde o sentido e significado essa tradição está morta. A partir daí torna-se apenas e tão só um acto de pura diversão e entretenimento macabro de populações retrógradas e desprovidas de cultura e inteligência.
in
http://animasentiens.com/queridos-defensores-queima-gato