Aconteceu em Madrid (Espanha). No passado sábado, milhares de pessoas (mais de 100 mil) manifestaram-se contra a selvajaria tauromáquica, numa iniciativa do Partido Animalista PACMA (com o qual tenho a honra de colaborar) e que contou com a presença de André Silva, do PAN.
O PACMA agradece a todos os que deram a sua voz aos que não têm voz.
Este vídeo mostra ao mundo o que se passou nessa grandiosa manifestação: os espanhóis, mas também o mundo, estão contra o maltrato animal.
Em Portugal, a esmagadora maioria dos Portugueses também está. Apenas os portuguesinhos, atrasados civilizacionalmente, mantém acesa esta chama medieval.
Contudo, o sucesso de Espanha será também o nosso sucesso, porque no dia em que Espanha se libertar destas trevas que ainda a cobrem, Portugal, que sempre seguiu servilmente os passos (“dobles”) de Espanha, libertar-se-á também.
NOTÍCIA EURONEWS:
http://www.euronews.com/2016/09/11/thousands-rally-in-madrid-against-bullfighting
(Um texto bastante interessante e elucidativo, recebido via e-mail)
Nesta lista de tradições portuguesas, elaborada para publicitar Portugal lá fora, não consta a tourada. Nem podia, pois a tourada não é uma tradição, e muito menos portuguesa. É tão-só um costume bárbaro herdado do povo espanhol, aquando da implantação das dinastias dos três reis Filipes espanhóis, em Portugal.
(Origem da imagem: http://pt.slideshare.net/DuarteScia/portugal-e-a-cplp-geografia)
Texto de José Serrote da Vila
«As tradições, quer sejam boas quer sejam más, exercem uma indiscutível influência sobre as pessoas, de tal modo que, apesar de toda a evolução científica e cultural existente, tolhem os pensamentos e levam por vezes a que sejam mantidas práticas bárbaras e anacrónicas. Sobre este assunto, a seguinte frase de Karl Marx (***) é bastante elucidativa: «A tradição das gerações mortas oprime como um pesadelo o cérebro dos vivos».
Mas se o peso das tradições é plúmbeo, por que razão na nossa terra há tradições que desaparecem e outras que persistem e expandem-se?
Para tentar responder à questão, vamos dar dois exemplos: as batalhas de flores que eram comuns pelo menos em São Miguel, no início do século passado e que caíram no esquecimento e as touradas que estiveram confinadas à ilha Terceira e que se expandiram para outras ilhas.
Tal como outras tradições que foram desaparecendo, as batalhas das flores não tinham a montante nenhuma indústria organizada que necessitava que o seu “consumo” aumentasse para poder viver, daí terem caído no esquecimento sem que houvesse alguém que lutasse pela sua continuidade.
No caso das touradas, vamo-nos restringir às touradas à corda, para além do vício que cria o dito espectáculo, que anda intimamente associado ao consumo de álcool, há a indústria tauromáquica que para sobreviver precisa que a tradição se mantenha e, por causa da concorrência entre ganadarias, necessita que a tradição se expanda. Para exemplificar o exposto, com o apoio indirecto da hipócrita Comunidade Europeia e directa dos Governos Regionais e das autarquias, em quarenta anos o número de touradas à corda quase duplicou na ilha Terceira, passando de 121, em 1975, para 226, em 2015.
Para além do referido, se não se tratasse de um negócio “sujo”, pois envolve maus tratos a animais e ferimentos e mortes a outros animais que se dizem superiores e racionais, que interesse teria o lóbi das touradas na sua expansão para outras ilhas?
Por que razão os aficionados terceirenses das touradas não se esforçam por alargar as famosas danças e bailinhos da sua ilha ao resto do arquipélago? Por que razão não se esforçam por classificar as danças e bailinhos como Património Cultural e Imaterial e andam a pressionar para que sejam as touradas classificadas como tal?
Por último, uma nota de humor. Embora sabendo que há outros critérios para a classificação de uma tourada como tradicional, o que obriga a que a mesma se realize há pelo menos 15 anos leva-me a pensar se deve ser tradicional tudo o que se repete.
Assim, é mais do que provado que desde que foi construído o edifício dos Paços do Concelho de Vila Franca do Campo há a tradição de durante os arraiais das festas religiosas utilizar as traseiras do mesmo como mictório.
Será que por já ocorrer há algumas centenas de anos, o urinar contra as paredes daquele edifício poderá ser considerado tradição e como tal, embora a contragosto dos moradores, uma acção a ser devidamente protegida e acarinhada?»
*** Como se trata de um autor polémico e com muitos críticos sobretudo entre os que nunca o leram, aqui vai uma citação de um autor mais consensual, Albert Einstein: «A tradição é a personalidade dos imbecis». (I.A.F.)
"Empresários" tauromáquicos:
Li este comunicado e pasmei.
Não que me surpreendesse que ele viesse a público, pois num país onde a selvajaria tauromáquica é permitida, e a crueldade e a violência e a maldade, nuas e cruas, têm uma legislação própria, tudo é possível.
Pasmei apenas pelo desplante de se arvorarem em “empresários” e entenderem que podem insultar, assim, despudoradamente, a inteligência dos portugueses.
O PAN (Pessoas – Animais – Natureza) é um partido político com legitimidade para solicitar à Assembleia da República que clarifique por via legislativa e de forma incontestável, as atribuições municipais à proibição de actos de violência contra animais, incluindo touradas, sabem porquê?
Porque os Touros e os Cavalos, utilizados nessa actividade primitiva e bárbara, a que vocês chamam obtusamente “cultura”, são ANIMAIS, não sabiam? E o que fazem a esses animais nas touradas são actos de violência extrema proibidos por lei.
Por isso, todos os portugueses, sejam militantes de partidos ou apartidários, têm toda a legitimidade de não só exigirem que a lei seja cumprida, como de questionar essas leis tortas que são a vergonha dos legisladores, e que existem apenas para que duas dezenas de “empresários” da tortura de seres vivos vivam à tripa forra à custa dos dinheiros públicos. À custa dos nossos impostos.
E isto é ilegítimo. É imoral. É roubar o povo.
E mais. Os fundamentos em que se baseia o PAN para fazer valer os Direitos dos Animais (de todos os Animais) consignados na Declaração Universal dos Direitos dos Animais, ratificada pelo governo português, que descaradamente nunca cumpriu esse compromisso, são a mais incontestável verdade.
E quem é a APET para não consentir “atropelos” à liberdade cultural dos aficionados garantida pela Constituição no seu artigo 78, que consagra a todos o direito à «fruição e criação cultural»?
Por acaso sabem o que é criação cultural? Não sabem. Se soubessem estavam caladinhos, para não fazerem esta má figura.
Aprendam alguma coisa sobre Cultura e Civilização abrindo este link:
http://arcodealmedina.blogs.sapo.pt/22410.html
Os torturadores de bovinos passaram séculos a transmitir ignorância de geração em geração, e a chamar “cultura” à tortura de seres vivos, para divertir sádicos, mas agora, simplesmente CHEGA! Porque a época da ignorância já passou. Agora só é ignorante quem quer. Só se é ignorante por opção.
Hoje, essa ignorância está limitada a um punhado de aficionados que se recusam a ver o óbvio e a evoluir, com o aval de um governo também ele aficionado e culturalmente paupérrimo.
Vocês até poderiam ter razão se estivessem a referir-se à criação cultural propriamente dita.
Mas a tauromaquia não passa disto:
A APET não tem legitimidade nenhuma de relembrar em parte alguma ao Estado Português o que quer que seja.
Os interesses da APET são meramente económicos, e baseados na venal arte de torturar e matar animais em público, para divertir sádicos. Portanto, o que pretendem é ganhar dinheiro á custa do sofrimento de seres vivos indefesos, e a isso não se chama criação cultural. A isso chama-se carnificina.
E se não sabem o que é um sádico, deixo aqui a definição oficial, para que não digam que estou a insultar: «Que ou quem gosta de fazer sofrer ou humilhar = MAU»
in Dicionário Priberam da Língua Portuguesa
http://www.priberam.pt/dlpo/s%C3%A1dico
Ora os aficionados gostam de ver sofrer e de fazer sofrer e humilhar inocentes, inofensivos e indefesos bovinos. Vejam:
E isto não é criação cultural, em parte alguma do Universo.
E por fim, a tauromaquia poderia eventualmente ter sido de norte a sul, parte integrante do “património da cultura popular portuguesa” mas apenas do povo bronco, porém jamais o foi do povo instruído, do povo culto, do povo erudito.
Mas isto FOI em tempos idos. Num tempo coberto pelo negrume da mais cavernosa ignorância.
Hoje, essa “cultura dos broncos” está restringida apenas a um punhado de criaturas que já nasceram velhas, com raízes podres, enterradas num passado tão remoto, tão remoto, que já se perdeu no tempo…
E para que saibam, a tauromaquia não é um “espectáculo cultural”. Nunca foi, nem nunca será. É simplesmente um costume bárbaro herdado de espanhóis bárbaros . E nada mais do que isso. A tauromaquia é uma actividade nauseabunda.
Só têm razão numa coisa: a tauromaquia é uma prática legal, o que não significa que seja moralmente admitida numa sociedade humana e civilizada.
E hoje, mais do que nunca, ela é uma prática inconstitucional.
Quanto à IGAC é uma inspecção que não cumpre a função para a qual foi criada, porque permite que se façam touradas completamente ILEGAIS em Portugal.
Isto é público. Isto é vergonhoso. Isto só acontece porque existe um governo cuja governação é submissa ao lobby tauromáquico.
As denúncias destas ilegalidades caem em saco roto, e todos nós sabemos muito bem porquê.
Por isso, “empresários” tauromáquicos, este vosso comunicado não tem qualquer razão de ser. É simplesmente ridículo.
No entanto, nós sabemos que foi escrito com a única intenção de “avisar” os 226 deputados da Nação, eleitos para darem cobertura à tauromaquia (os restantes 24 rejeitam este costume bárbaro) que estarão “atentos” a qualquer movimentação contrária ao vosso “desejo”.
Mas não pensem que isto vai durar muito mais tempo.
Tudo o que nasce morre. É a lei natural.
E a tauromaquia já resistiu demasiado tempo, está demasiado velha, carcomida, apodrecida, a cheirar mal, e no tempo que corre, está a escorregar lentamente para o abismo onde será para sempre enterrada.
Disso podem ter a mais absoluta certeza.
Isabel A. Ferreira
Mais um avanço vindo de Espanha. Mais um exemplo vindo de Espanha, com o qual Portugal tem a aprender! Município espanhol reconhece cães e gatos com os mesmos direitos dos humanos
Um município na Espanha acaba de tomar uma decisão histórica, que representa uma grande vitória para os animais.
Na pequena cidade de Trigueros del Valle, região de Castela e Leão, o conselho municipal votou unanimemente em favor de definir cães e gatos como “residentes não-humanos”, o que equivale a conferir a essas espécies direitos similares àqueles dos seres humanos que vivem no município. As informações são do site The Independent.
“Cães e gatos vivem entre nós há mais de mil anos. O prefeito precisa representar não só os residentes humanos, também deve auxiliar os outros,” afirma Pedro Pérez Espinosa, actual prefeito da cidade de cerca de 330 habitantes e membro do Partido Socialista Operário Espanhol.
Entidades defensoras de animais comemoraram a decisão, que confere mais protecção a gatos e cães. “Hoje, somos mais próximos, como espécies, e somos mais humanos, graças à sensibilidade e inteligência demonstradas pelas pessoas de Trigueros del Valle. Esse foi um óptimo dia para cidadãos humanos e não-humanos também,” segundo a organização Rescate 1.
Os novos direitos concedidos a essas espécies também alegraram os opositores das touradas, pois a medida inclui um dispositivo que proíbe “qualquer acção que cause a mutilação ou morte de um residente não-humano.”
Muitos municípios e regiões espanhóis já proibiram as touradas e, para activistas, a nova legislação de Trigueros del Valle também tem a proibição como objectivo.
Regiões como a Catalunha já baniram a prática, desafiando o governo federal de Madrid, que, lastimavelmente, estaria considerando incluir as touradas no património nacional espanhol. Essa medida ofereceria isenções fiscais aos organizadores de touradas e, essencialmente, permitiria que as proibições regionais à prática sejam ignoradas.
Esse não é o único caso em que não-humanos passam a ser titulares de direitos similares aos dos seres humanos. Nos Estados Unidos, há um forte movimento de luta pelo reconhecimento dos direitos de chimpanzés. Em Maio, uma corte norte-americana decidiu que quatro chimpanzés prisioneiros em um laboratório de uma universidade não poderiam ser tratados como propriedade, concedendo personalidade jurídica aos primatas. Foi a primeira vez que direitos individuais foram reconhecidos em favor de sujeitos não-humanos nos Estados Unidos, o que indica que há uma tendência positiva nas cortes do país.
Nota da redacção: A ANDA luta para que um dia, todos os animais tenham seus direitos reconhecidos, em todas as cidades de todos os países do mundo.
Fonte: ANDA
Fonte:
O Touro, que Jiménez Fortes cobardemente torturou, e que legitimamente se defendeu ao cornear o matador, que ficou gravemente ferido, teve menos sorte: depois de barbaramente torturado, foi brutalmente matado.
Foto de reforma.com
Ao primeiro Touro, que este matador barbaramente torturou e matou, cortou-lhe a orelha.
Pretendia brilhar na arena.
Mas o feitiço virou-se contra o feiticeiro.
O sexto Touro não esteve para brincadeiras e colheu-o em cheio.
Gravemente, dizem.
Quem semeia ventos, colhe tempestades.
Nem todos os Touros aceitam ser torturados gratuitamente.
Este, que colheu o matador Fortes, antes de morrer cumpriu uma missão.
Esperemos que o matador Fortes tenha aprendido esta lição: se com ferros matas, com ferros poderás morrer.
A Lei do Retorno é infalível e implacável. Não me canso de repetir, por ser uma verdade, que todos, por conveniência, renegam.
Mas esta lei é como as bruxas, para os espanhóis: «yo no creo en las brujas, pero que las hay, hay», ou seja, eu não acredito em bruxas, mas que elas existem, existem…
Isabel A. Ferreira
«Mais tarde vieram os Espanhóis que espalharam pelo mundo o culto das atrocidades contra os bovinos… e chamaram-lhe “corridas de touros”, e os Portugueses, que adoram importar tudo o que de mau se faz lá fora, adoptaram esses bárbaros costumes, chamaram-lhe “tradição” e “identidade cultural” e agora acham – porque não sabem pensar – que torturar touros é “arte” e “cultura”. Depois não gostam que lhes chamem broncos.» (Isabel A. Ferreira)
O mais venerado e o mais célebre dos animais sagrados é, sem nenhuma dúvida, o Touro Ápis (Hep em egípcio). Os antigos egípcios consideravam-no como a expressão mais completa da divindade sob a forma animal e representaram-no muitas vezes como, por exemplo, nesta estatueta (…).
Diferentemente de outras divindades, era sempre representado na forma animal e nunca na forma humana com cabeça animal. Ele encarnava, ao mesmo tempo, os deuses Osíris e Ptah. O culto do touro Ápis, em Mênfis, existia desde a I dinastia pelo menos. Também em Heliópolis e Hermópolis este animal era venerado desde tempos remotos.
Antiga divindade agrária, simbolizava a força vital da natureza e a sua força geradora. Dizia a lenda que Ptah, sob a aparência de fogo celeste, engravidou uma vaca virgem que concebeu um touro preto, o qual se tornou o porta-voz ou o duplo de Ptah. Esse touro negro sagrado de Mênfis deveria ter certos sinais ou manchas: na fronte, uma mancha branca quadrada; no dorso, a figura de um abutre ou duma águia; sob a língua, um nó em forma de escaravelho; os pêlos da cauda numa mescla de branco e preto e, enfim, um crescente branco sobre o lado direito do corpo. Encontrado um bezerro com tais características pelos sacerdotes especiais chamados os Bastões de Ápis, o animal era conduzido a Mênfis em uma barca dourada e em grande pompa, depois de ter sido nutrido unicamente por mulheres durante 40 dias. Uma vez entronizado cerimoniosamente, vivia no seu santuário, ao lado do deus Ptah, a mais importante divindade menfita, da qual era tido como o arauto, a imagem viva. A sua mãe, um animal também reverenciado, era a sua esposa legítima, mas tinha também vacas concubinas cuidadosamente escolhidas.
Distribuía oráculos, recebia oferendas, participava de procissões. Um festival dedicado ao deus estendia-se por sete dias. O povo reunia-se em Mênfis para ver os sacerdotes conduzirem o animal sagrado numa procissão de louvor em meio da acolhedora multidão. Enquanto vivia era alimentado com iguarias, cumulado de honras. A partir do Período Saíta, iniciado em 664 a.C., os oráculos alcançaram grande popularidade. Um dos mais procurados era justamente o do touro Ápis, em Mênfis. Além de se acreditar que qualquer criança que aspirasse a respiração do animal seria capaz de predizer o futuro, também se interrogava o próprio touro. O indivíduo que consultava o oráculo postava-se diante do animal e fazia a sua pergunta. A resposta do deus que o animal encarnava podia vir de várias maneiras. Por exemplo, o bovino podia aceitar ou não a comida que lhe ofereciam; podia, também, entrar ou não em uma determinada sala e cada uma de tais atitudes seria um agouro bom ou mau, conforme estabelecido anteriormente pelos sacerdotes.
Ao morrer, era mumificado, fechado num sarcófago, submetido a ritos funerários que se estendiam por 60 dias, tomava lugar numa tumba, ao lado de seus predecessores, enfim, era enterrado como se fosse um príncipe. Quando um dos animais sagrados morria — diz-nos o historiador grego, Diodoro de Sicília — era envolvido num sudário; e, golpeando-se o peito e lançando gemidos, conduziam-no à casa dos embalsamadores. Logo se preparava o seu corpo com o azeite de cedro e outras substâncias adequadas à conservação; era depositado depois em caixas sagradas.
Nessa ocasião, o povo inteiro ficava de luto, que só cessava quando os sacerdotes encontrassem um touro com as mesmas características daquele que havia falecido. Um templo menfita que abrigava grandes estelas de alabastro era o local no qual os touros eram embalsamados. Após a preparação do corpo e dos órgãos internos, o animal, numa posição agachada, era envolto em intrincadas bandagens. Eram inseridos olhos artificiais, o seu chifre e face ou eram dourados ou cobertos com uma máscara de folhas de ouro e o animal era coberto com uma mortalha. (…)
O túmulo mais antigo dessa divindade encontrado intacto é do reinado do faraó Horemheb (c. 1319 a 1307 a.C.), sendo a múmia bastante atípica. Era constituída apenas pela cabeça do touro, desprovida de carne e de pele, apoiada num grande bloco negro. Ao ser examinado, esse bloco mostrou ser um aglomerado de resina, ossos bovinos quebrados e fragmentos de folhas de ouro, tudo envolto em bandagens de fino linho. Os vasos canopos do touro estavam cheios de um material resinoso de origem não determinada. Escavando sob o piso da câmara mortuária, os arqueólogos encontraram uma dúzia de grandes vasos de barro não cozido contendo cinzas e ossos queimados. Como outros conjuntos similares de vasos também foram encontrados noutras tumbas do boi Ápis, alguns estudiosos afirmam que, pelo menos durante o Império Novo (c. 1550 a 1070 a.C.), o corpo do animal era cozido e comido pelo faraó e sacerdotes antes do enterro. Haveria, talvez, uma conexão entre essa descoberta e o assim chamado Hino Canibal do Texto das Pirâmides, que se refere ao fato de o rei devorar os deuses para assimilar os seus poderes. Seja essa hipótese correcta ou não, nenhum outro animal sagrado parece ter sido devorado pelos seus antigos guardiães. Os touros Ápis subsequentes foram mumificados inteiros, e um papiro da XXVI dinastia descreve o método usado para isso.
Até à XVIII dinastia (c. 1550 a 1307 a.C.) cada um desses touros sagrados tinha sua sepultura particular. Foi Ramsés II (c. 1290 a 1224 a.C.), faraó já da XIX dinastia, quem mandou sepultá-los em uma câmara mortuária comum, conhecida como Serapeum, nome derivado da palavra grega Serápis, uma catacumba precedida por uma avenida de esfinges.
Estrabão, geógrafo grego, deixou na sua obra indicações precisas sobre a localização desse estranho cemitério e baseado em tais informações foi possível encontrar, na necrópole de Saqqara, numerosas múmias de touros sagrados. (…)
A câmara mortuária estava cavada depois de um corredor que penetrava 400 metros no rochedo. Em nichos, os touros repousavam em magníficos sarcófagos de granito escuro ou de quartzo amarelo e vermelho, os quais medem quatro metros de altura e pesam entre 60 e 80 toneladas. (…)
Um total de 24 sarcófagos dessa natureza foram encontrados nessas câmaras laterais que se abrem para o corredor principal cavado na rocha. Havia duas galerias abrigando os animais: a primeira, com comprimento de 68 metros, foi mandada construir por Ramsés II; a segunda, com 198 metros de comprimento, foi construída durante a XXVI dinastia (664 a 525 a.C.), em ângulo recto com a primeira.
O primeiro touro enterrado nessa segunda galeria morreu no ano 52 do reinado de Psamético I (664 a 610 a.C.) e o local continuou a ser utilizado até o período greco-romano. O culto do boi Ápis sobreviveu até que o imperador Honório o baniu e causou a destruição do Serapeum no ano 398 da nossa era. Como só havia um destes animais de cada vez, calcula-se que de 14 em 14 anos, aproximadamente, acontecia o funeral de um touro Ápis. Nenhuma múmia foi encontrada intacta, pois os ladrões de jóias passaram por lá. Escavações realizadas em 1964 trouxeram à luz galerias de vacas mumificadas, denominadas mães de Ápis, bem como de falcões, íbis e babuínos.
O autor da descoberta do Serapeum, realizada em 1851, foi o pesquisador francês Mariette, o qual, ao encontrar um desses túmulos escreveu admirado:
«Fiquei profundamente impressionado quando penetrei na sepultura do touro Ápis, que nenhum ser humano frequentara desde milénios... Mas que sorte! Ao fim de alguns dias, descobri um nicho murado que escapara às pesquisas dos pilhantes. Ramsés II fê-la murar, em 1270 a.C., conforme explica a inscrição. A marca dos dedos do egípcio que pôs a última pedra do muro vê-se ainda, nitidamente, sobre a cal, assim como a dos seus pés sobre um rastro de areia esquecida. Nada faltava nesse retiro fúnebre, onde um touro embalsamado repousava desde 4.700 anos.» (…)
Fonte
http://www.fascinioegito.sh06.com/boiapis.htm
LUMINARIAS
TORO DE LA VEGA
TORO JUBILO
BECERRADA
TOURADA
Mais um...
Desta vez foi amputado um testículo ao torcionário Juan del Moral após grave cornada que sofreu na zona escrotal, enquanto lidava (imagine-se!) um novilho, na localidade madrilena de El Molar.
É o que acontece a quem se deleita a torturar bovinos. Mais tarde ou mais cedo recebe o troco. E não há que dizer que somos mauzinhos. É a infalível Lei do Retorno a funcionar em pleno. Sempre.
O torcionário na ambulância, quando era transportado à Unidade de Cuidados Intensivos do Hospital de la Paz, em Madrid, onde foi operado ao longo de várias horas e onde lhe amputaram o testículo direito, podendo ainda sofrer nas próximas horas uma segunda intervenção cirúrgica devido a ferimentos também no pénis.
Apesar disto (e que não foi pouco, se bem que esses “instrumentos” não sejam de grande utilidade para uma “bailarina de arena”, que sente uma necessidade patológica de torturar touros, neste caso um novilho, para exorcizar a sua invirilidade, daí não lhe fazer grande falta o testículo) este torcionário, amputado, já manifestou a intenção de reaparecer nas corridas que tem agendadas em Aldea de Fresno (Espanha) e em Tarancón (França) em Junho.
Pois que vá, e que outro novilho afoito lhe leve o que lhe restou, para que aprenda que torturar seres indefesos tem o seu preço, segundo as Leis Cósmicas.
Fonte:
https://www.facebook.com/photo.php?fbid=902642786428203&set=gm.724690987569683&type=1&theater
Notícia/Artigo
«É o "ADIOS" para touradas espanholas?... (E portuguesas e francesas também)?
Podemos ver a quantidade crescente de pessoas que estão a opor-se às touradas.
Estamos no meio de uma crise económica e as pessoas começam a questionar-se por que, por exemplo, 129.000.000 € provenientes da Comunidade Europeia vão para as touradas?
Isso significa que os Ingleses e os Franceses (e os Portugueses e os restantes povos europeus também) estão a pagar do seu bolso para as touradas.
Então, o que quero dizer é que será apenas uma questão de tempo até as pessoas ficarem cientes de quanto isto está a custar-lhes, e o quanto isso maltrata os animais». (Sharon Nunez).
LER MAIS AQUI:
www.dw.de/is-it-adios-for-spanish-bullfights/a-16954867
"S.A.D">UNITED AGAINST ANIMAL CRUELTY ~ UNIDOS CONTRA LA CRUELDAD ANIMAL@
Fonte:
«Do not visit the Iberian Peninsula. Do not visit Portugal and Spain!»
Vídeos como este estão a nascer como cogumelos no Youtube.
Os agentes turísticos portugueses e espanhóis que abram os olhos… Apoiar touradas não é o caminho certo…