Hoje, os Portugueses deveriam celebrar, com alegria, o dia 25 de Abril, que agora querem que seja grafado abril, com letra minúscula, como minúscula se revelou a Revolução que nos livrou de uma ditadura, para nos lançar numa autocracia lobista, disfarçada de Democracia…
Os jovens portugueses deveriam poder celebrar o 25 de Abril com a alegria que Agonia Sampaio colocou neste desenho. Mas que caminho para o futuro o 25 de Abril lhes abriu?
Na manhã do dia 25 de Abril de 1974, levantei-me cedo, como habitualmente, para ir dar aulas.
Apanhei a camioneta, e tudo parecia igual. As mesmas pessoas, caladas, indo para os seus empregos, como se carregassem um peso às costas. Era assim que se vivia naquela altura: como se carregássemos um peso às costas. Ninguém falava. Iam absortas, enleadas aos seus pensamentos.
Chegada a Vila do Conde, saí da camioneta, num ponto junto ao Mercado, e andei o habitual cerca de meio quilómetro até chegar à “Frei João”. À porta esperavam-me os meus alunos do primeiro tempo, contentíssimos, porque, disseram, hoje não há aulas setôra. Então porquê, perguntei. Houve uma revolução e não vai haver aulas, esclareceram-me. Uma revolução de quê, onde? Perguntei, pensando que se tratasse de algum problema na Escola. Não sabiam. O que sabiam era que houve uma revolução e não havia aulas.
Passei na Secretaria para saber o que estava a passar-se. Não sabiam muito bem, mas as ordens eram para suspender as aulas e ir toda a gente para casa.
Despedi-me dos alunos, e fiz o caminho de regresso, inquieta, e mal cheguei a casa apressei-me a ligar a televisão-miniatura, que era a minha, para saber notícias, pois na rua ninguém sabia de nada.
A informação era pouca. Passavam música, e de vez em quando lá vinha uma informação solta. Aquela seria uma revolução peculiar. Passei o dia colada ao mini-ecrã, no intuito de saber o que estava a passar-se. Mas foi apenas na manhã seguinte que soltaram a notícia do início de uma Revolução pacífica, a dos Cravos, que derrubou a ditadura, que atormentou os Portugueses durante décadas.
Até chorei! Finalmente iríamos respirar o ar da Libertação e da Democracia, e sentir o sabor da vontade do Povo Livre.
Porém, os dias, as semanas, os meses, os anos foram passando e eu sempre à espera de respirar o tal ar da Libertação e da Democracia, e de sentir o sabor da vontade do Povo Livre.
Que grande ilusão! Descobri que um Povo só é verdadeiramente livre através da Cultura, do Ensino, da Educação, e tudo isto não veio com a Revolução de Abril, muito pelo contrário, degradou-se paulatinamente, e o Povo, esse, confundiu Liberdade com “fazer tudo o que se quer”, e esse foi um erro que lhe está a sair bastante caro.
Os que, sucessivamente, foram ocupando as cadeiras do Poder, subiu-lhes o poder à cabeça e instituíram um sistema a que chamaram Democracia, pois até tivemos direito ao voto, e as mulheres até já podiam viajar sem autorização dos maridos, no entanto, para ser uma verdadeira Democracia faltava-lhe o principal: o poder do povo.
Enganam-se aqueles que pensam que lá por terem direito ao voto e escolherem livremente os que se dizem ser representantes do povo, vivem em Democracia. Erro crasso, no caso de Portugal.
Os que se dizem representantes do povo, durante as campanhas eleitorais, prometendo tudo e mais alguma coisa a esse mesmo Povo, na realidade, não são representantes do povo, porquanto quando chegam ao Poder, esquecem-se de que são representantes do povo, esquecem-se de que estão ao serviço do Povo e que é o povo que lhes paga os salários, apesar de estes serem superiores aos do Povo, e porque necessitam de mais algum, viram-se para os lobbies, e é a esses que os falsos representantes do povo obedecem e servem cegamente. E isto não é Democracia. Isto é uma autocracia lobista.
Livrámo-nos de uma ditadura, para entrarmos noutra. Porque há muitas formas de ditadura. E esta, actualmente em vigor, está a levar Portugal para o abismo social, cultural e linguístico, bem nas barbas de um Povo, que já se esqueceu dos valores preconizados pela Revolução dos Cravos, e que na realidade nunca chegaram a ser postos em prática, porque o povo nunca teve poder.
O povo desuniu-se, partidarizou-se, e a canção Portugal Ressuscitado, cantada por Fernando Tordo, Tonicha e o Grupo InClave, «Agora o povo unido nunca mais será vencido, nunca mais será vencido…», com letra de Ary dos Santos e música de Pedro Osório, fez sentido apenas naqueles tempos de ilusão.
O povo já não está unido, se é que alguma vez esteve. O povo foi completamente vencido pela autocracia que se instalou. Quem manda em Portugal não é o povo. Aliás, o povo nunca mandou em Portugal. Quem manda em Portugal são os estrangeiros, através de um Poder que está a marimbar-se para Portugal.
A Revolução de Abril ainda está por cumprir. Está nas mãos dos Portugueses ressuscitar Abril, utilizando a arma do voto.
Precisamos de uma nova revolução para acabar com esta autocracia lobista.
Por isso, hoje, o que temos para celebrar, se os pobres continuam pobres; os ricos, cada vez mais ricos; reina uma corrupção instalada no Poder, que nos mente descaradamente, servindo os lobbies instalados em Portugal; e com este negócio da venda da Língua Portuguesa ao Brasil estamos a ser colonizados, vilipendiados, e pior do que tudo isso, está-se a enganar as crianças e os jovens, a quem dão um mau exemplo.
O futuro do País está suspenso num abismo, por um fio de aranha...
Mas para um Povo sem Cultura basta ter pão, ainda que pouco, e bastante circo e beijinhos e abraços e selfies. E, deste modo, o Poder vai entretendo um Povo acrítico, amorfo, preocupado apenas com o seu próprio umbigo…
ACORDA PORTUGAL!
«Acordai, acordai homens que dormis a embalar a dor dos silêncios vis…» (***)
O 25 de Abril ainda está por cumprir.
(***) Verso de José Gomes Ferreira
Isabel A. Ferreira
No site da Renascença, sob o título «Acordo Ortográfico: Há marcha-atrás possível?», diz-se que o cineasta António Pedro Vasconcelos, um dos primeiros subscritores de um manifesto de cidadãos contra o acordo ortográfico, e Ana Margarida Oliveira, produtora da RFM e ex-professora de Português, que não é 100% favorável ao acordo, discutiram o tema.
António Pedro Vasconcelos defendeu que “não se aproveita nada neste acordo ortográfico (…) e que «se se admite que alguma coisa está mal, que se corrija o quanto antes».
Totalmente de acordo. Este acordo ortográfico, que está a gerar o mais monumental desacordo de todos os tempos, se fosse bom, não seria tao contestado, nem precisaria de ser discutido e todos andávamos aqui muito felizes com a novidade.
Mas, infelizmente, este acordo é a coisa mais parva de que há memória, e que nos está a ser imposta ditatorialmente, apesar de o actual governo dizer-se de esquerda e pretender ser uma democracia… Pois aqui perdeu-se a força do demo (povo) e ficou apenas a cracia ou a força do poder, transformada em ditadura.
Por sua vez, Ana Margarida Oliveira não acredita que se possa voltar atrás. E deu este triste exemplo: "Isto é como o escudo e o euro. Teria dificuldade em fazer contas em escudos. Já teria dificuldade em voltar à grafia antiga”.
Pois se Ana Margarida Oliveira teria dificuldade em fazer contas em escudos e voltar à grafia portuguesa (nem pouco mais ou menos é antiga), isso seria problema exclusivamente dela. E o mundo não pára (com acento) só por causa das dificuldades desta senhora.
É mais fácil aprender o lógico do que o ilógico
É que as crianças e os jovens têm uma capacidade mental superior à dos adultos, para aprenderem e desaprenderem o que quer que seja, e aqui o que está em causa é o "fabrico" dos analfabetos do futuro, por isso, os erros corrigem-se, e assim como aprenderam a escrever incorreCtamente, mais facilmente aprenderão a escrever correCtamente, porque a Língua Portuguesa é uma língua com lógica, e o AO90 não tem lógica nenhuma, e é mais fácil aprender o lógico do que o ilógico.
Pela enésima vez vou repetir isto: eu, que não serei mais inteligente do que todos os outros, e que aprendi a ler e a escrever no Brasil, aos seis anos, precisamente na ortografia agora imposta às nossas crianças, quando regressei a Portugal, com oito anos, tive de desaprender a grafia brasileira sem os cês e os pês e o modo de dizer (eu "chutava" flores para dentro das jarras, porque no Brasil "chuta-se" tudo, e, à conta disso, levei uns bolos nas mãos, para não "chutar" tanto - e isto não se esquece, mas agora nenhuma criança corre o risco de "levar bolos"), e apreendi a escrever com os cês e os pês, num ápice. E quando tive de regressar novamente ao Brasil, com os meus 12 anos, deixei novamente os cês e os pês para trás, e aqui estou eu, com a bagagem linguística de cá e de lá, e consegui. Por que não conseguirão as nossas crianças? Serão mais estúpidas do que eu? Não são. Com toda a certeza.
Deixemo-nos de tretas: os erros CORRIGEM-SE. Não se PERPETUAM.
Fonte:
http://rr.sapo.pt/noticia/106818/acordo-ortografico-ha-marcha-atras-possivel
25 de Janeiro de 2011. Sete anos a malhar no caos ortográfico. A ignorância instalou-se. O pacto de silêncio é ensurdecedor. O presidente da República alinha com a ilegalidade imposta pela geringonça de António Costa.
E dizem que Portugal é um país europeu… (IAF)
Texto de Francisco João DA SILVA
Faz hoje exactamente 7 anos que um ex-primeiro ministro e igualmente ex-presidiário em Évora violou de forma primitiva e escandalosamente a Constituição da República Portuguesa (CRP).
José Sócrates fê-lo de forma primitiva, grosseira e abusiva.
E porquê?
Porque Tratados Internacionais, como o é o Acordo Ortográfico, dito AO199O, não entram em vigor por meros despachos governamentais.
Os Tratados Internacionais entram em vigor através duma Lei ou dum Decreto-Lei (como o foi a Convenção Luso-Brasileira de 8 de Dezembro de 1945 através do Decreto-Lei Nº 35.228 que continua em vigor pela simples razão de nunca ter sido revogado, até ao dia presente.
Ora a Resolução de Conselho de Ministros (RCM) de 25 de Janeiro de 2011 é um mero despacho normativo, como é sabido e pode ser confirmado por juristas e especialistas em Direito CONSTITUCIONAL ou Administrativo.
De forma prepotente e claramente usurpando poderes que não tinha e que não lhe são reconhecidos pela Constituição José Sócrates mandou aplicar essa resolução, declarando que a RCM tem por base, não uma Lei ou um Decreto-Lei mas sim o disposto na alínea (g) do artigo 199º da Constituição a qual permite ao Governo, no domínio das suas actividades privativas, “praticar todos os actos e tomar as providências à promoção do desenvolvimento económico-social e à satisfação das necessidades colectivas”!!!!
Ora isto é completamente abusivo, visto que incluir o AO199O na alínea (g) do artigo 199º da CRP, nada tem a ver com o desenvolvimento económico e social do País.
Relembro que Tratados Internacionais como o AO19O, só podem entrar em vigor através duma Lei ou de um Decreto-Lei.
Por conseguinte, não se compreende porque é que a Sociedade Civil, a Televisão, a Rádio, a Imprensa em geral (pomposamente chamados de meios de comunicação social em Portugal) e que em grande parte apenas veiculam propaganda tendenciosa, não informam os portugueses de como foram burlados, mais uma vez, por chicos-espertinhos reciclados na política.
A situação de descalabro, inclusive a nível internacional, é tal que urge fazer nesta ocasião (7 anos de ignomínia) um APELO SOLENE ao presidente da República Portuguesa , para que não deixe perdurar este crime de lesa-língua portuguesa e do Património Imaterial de Portugal, que podem ser igualmente qualificados de crime de atentado ao Estado de Direito (artigo 9º da Lei Nº 34/87).
A Língua Oficial da República Portuguesa é o Português culto e europeu, e ela não pode ser substituída por um (novo) crioulo português, ou um dialecto estatal, importados ilegalmente de um país estrangeiro, que tem a sua própria língua, e foi imposto de maneira ditatorial ao povo português, sem este ter sido consultado ou dado o seu assentimento.
O actual Presidente da Republica é garante da Constituição, ora ela foi violada, como acima explicado. Não se compreende porque é que o Presidente da República mantém um mutismo ensurdecedor, nesta matéria constitucional que é do seu foro ...
Apenas em ditaduras se viola assim grosseiramente a Constituição adoptada democraticamente por todo um povo.
O Presidente da República não pode tolerar por mais tempo que a MATRIZ da LÍNGUA PORTUGUESA continue a ser destruída lentamente, mas seguramente por razões financeiras e interesses privados, como já denunciado publicamente por Paulo de Morais, em 2016, durante a campanha para a eleição presidencial, e demonstrado até em tribunal.
Este novo CRIOULO português (AO199O) criado artificialmente, é apenas e vergonhosamente um dialecto estatal, foi inventado por razões financeiras e não pode substituir de maneira fraudulosa a Língua Oficial da República Portuguesa, que é, e só pode ser, aquela em que a sua Constituição foi escrita, incluindo depois do 25 de ARDIL.
Não só os Magistrados do Supremo Tribunal de Justiça e igualmente os do Tribunal Constitucional, podem por cobro a esta infâmia que ridiculiza Portugal a nível internacional, mas sobretudo o Presidente da República tem a autoridade política e igualmente moral e ética suficientes para estar ao lado dos portugueses, que são vítimas de um novo tipo de incêndio provocado criminosamente por um monstro, um verdadeiro FRANKENSTEIN LINGUÍSTICO, que é o pseudo e bastardo Acordo Ortográfico (AO199O).
Se o Presidente da República não o fizer, a História está lá para interrogar quais foram as suas motivações para não o fazer. Falta de Coragem? Falta de Vontade Política? Ou serão outras razões? E quais?
Que 2018 seja o ano da RESTAURAÇÃO da MATRIZ da LÍNGUA PORTUGUESA EM PORTUGAL.
Este são os meus votos e decerto os de todos os portugueses dignos e verticais que não querem “talhar com os seus machados as tábuas do caixão” da Matriz da Língua Portuguesa.
Em defesa da língua portuguesa, que é parte essencial do Património Imaterial de Portugal, segundo a Convenção da UNESCO, o remetente desta mensagem NÃO adoPta o “Des-Acordo Ortográfico” de 1990 (AO9O), ou seja um dialeCto estatal, devido a ser:
1) - ILEGAL e INCONSTITUCIONAL;
2) - Linguisticamente inconsistente;
3) - Estruturalmente incongruente;
4) - Para além de, comprovadamente, ser causa de crescente iliteracia em publicações oficiais e privadas, na imprensa e na população em geral. Este novo CRIOULO português que está a ser ditatorialmente imposto em Portugal, serve interesses financeiros instalados, está a DESTRUIR a Matriz da Língua portuguesa, provocou um caos ortográfico em Portugal, um descalabro a nível internacional sendo um motivo de troça.
Foi REJEITADO por vários outros países (Angola, Moçambique, etc.). E, grande bofetada, CABO-VERDE, adoPtou o crioulo Cabo-Verdiano como Língua Oficial, e considera hoje o Português como uma língua estrangeira.
5)- A MAIORIA (5) dos 8 países de língua oficial portuguesa, rejeitou este NOVO CRIOULO português, e apenas São Tomé, Portugal e Brasil ratificaram um Tratado Internacional ilegal e inconstitucional, que viola também o Direito Internacional, a que chamam Acordo Ortográfico, dito AO199O, ou seja um dialecto estatal. O Presidente da República tem o poder de exigir ao Governo a desvinculação de PORTUGAL deste Tratado Inconstitucional!
QUERER É PODER!
Francisco João DA SILVA - um livre pensador (“NASTIKA”)
Em 107 anos o que não mudou?
(Imagem: Internet)
A Implantação da República explicada ao Povo
Em 5 de Outubro de 1910, fez-se uma revolução para mudar o statu quo instituído pela Monarquia, a saber (assim por alto, e apenas para referir o mais evidente): muito esbanjamento de dinheiros públicos, em benefício dos nobres, muitos pobres, muitos analfabetos, muitos semianalfabetos, uma classe rica e poderosa, em minoria, que dominava e fazia de Portugal o seu quintal.
Então, um grupo de cidadãos, revoltados com esta situação, e porque queriam também mandar e não podiam, em 1 de Fevereiro de 1908, decidiu matar o rei D. Carlos, que então reinava, e o seu filho e herdeiro, o Príncipe Real D. Luís Filipe de Bragança, no então Terreiro do Paço, hoje, Praça do Comércio, durante um cortejo.
A partir deste regicídio, inaugurou-se uma escalada de violência que o impreparado Príncipe D. Manuel II, de apenas 18 anos, filho mais novo do falecido Rei D. Carlos, e que ocupou o trono, não conseguiu travar, culminando essa escalada de violência na implantação de uma República cheia de boas intenções, em 5 de Outubro de 1910.
Pretendia-se uma nova era, liberta do domínio monárquico e da incómoda sucessão do poder, passando de pais para filhos, fossem eles competentes e sensatos ou não. O Povo não era para ali chamado. Tinha de aceitar, com submissão e muitas vénias, esta imposição dinástica.
Foi então que os republicados vieram acabar com esta situação. Agora já se podia escolher os governantes, já não se passava o Poder de pais para filhos. No entanto, a disputa pelo Poder acabou por trazer muitos inconvenientes, partidarismos, lutas, invejas, ódios, muita pancadaria, enfim, o anseio de mandar sempre perturbou as mentes e gerou intermináveis lutas internas, entre os que se dispunham a disputar o trono republicano, lutas essas que nunca beneficiaram o Povo, que continuou pobre, desgraçado, analfabeto e com fome… até aos dias de hoje, porque ainda hoje, tudo isso existe, se bem que em menor escala.
Resumindo (é que não estou aqui propriamente a dar uma aula de História): desde aquele não muito longínquo dia 5 de Outubro de 1910, muita água suja passou por debaixo de todas as pontes de Portugal, indo embocar numa ditadura, que durou 41 anos sem interrupção, período em que Portugal continuou a ser o quintal de António de Oliveira Salazar, até ao dia de outra revolução, ocorrida em 25 de Abril de 1974, denominada “dos cravos” e que pretendeu libertar Portugal dessa ditadura. Contudo, a ditadura tem muitos disfarces.
Então o que aconteceu depois da Revolução dos Cravos?
Aconteceu que uma outra República, disfarçada de Democracia, lá foi cantando e rindo, levada, levada sim… por homens não muito diferentes dos que mandavam durante a monarquia e a ditadura, e que continuaram e continuam a fazer de Portugal o seu quintal, com uma diferença: agora fazem lotes do quintal para vendê-los a quem dá mais.
E o Povo, como fica o Povo português no meio disto tudo?
Bem, o Povo português, hoje, dia 5 de Outubro de 2017, continua a ser maioritariamente o peão, submisso, servil, que se deixa enganar facilmente, acreditando nas falsas promessas que os novos republicanos lhe fazem; uns, continuam pobres, uns mais paupérrimos do que outros; ainda muitos analfabetos, outros semianalfabetos, desdotados de espírito crítico e selados por uma descomunal iliteracia; os nobres, esses, continuam instalados nos Palácios de São Bento e de Belém, quais reis sem coroa, a reinar, a desgovernar, a impor uma ditadura disfarçada de democracia, onde o Povo interfere apenas no acto de os colocar no Poder. Mas logo que, democraticamente, lá chegam (ao Poder) abandonam os interesses do Povo que os elegeu, e abraçam os interesses dos grupos económicos, que são os que verdadeiramente mandam em Portugal.
E há os outros, os livres pensadores, os que têm espírito crítico, os insubmissos, os que não aceitam ditaduras, censuras, imposições absurdas, os que lutam por um Portugal evoluído, civilizado, ético e culto, os que emigram para se tornarem grandes, os que dizem NÃO ao statu quo, não apenas porque sim, mas porque Portugal está a ser descaradamente entregue a interesses estrangeiros.
Em 5 de Outubro de 1910, o Regime Monárquico deu lugar ao Regime Republicano que, apesar das boas intenções, continuou o despique da dualidade de poder até aos dias de hoje, com interregno nos 41 anos da ditadura salazarista. E o ora agora governas tu, ora agora governo eu, lá continua, como na Dança do Vira.
Sim, houve um certo progresso. Mas nem só de pão e circo vive um Povo. Nem só de crescimento económico, nem só de política partidária, nem só de turismo e de Madona, nem só de boas intenções, misturadas com mentiras, vive um País.
É que de boas intenções está o inferno cheio.
E o que aconteceu depois da Revolução dos Cravos?
Bem, depois da Revolução dos Cravos, que também se fez com muito boas intenções, implantou-se uma ditadura disfarçada de democracia, marcada pela corrupção, pelo abuso do poder, pela desonestidade, por interesses obscuros, por imposições absurdas, por uma descomunal falta de senso político, moral, ético, cultural e social.
Que República celebramos hoje?
Sem dúvida nenhuma a República Portuguesa das Bananas, onde se continua a esbanjar dinheiros públicos, em benefício dos nobres, onde existem muitos pobres, muitos analfabetos, muitos semianalfabetos, muitos interesseiros e mercenários, muitos traidores da Pátria, e uma classe rica e poderosa, em minoria, que domina e faz de Portugal o seu quintal, dividido em lotes, que se vendem a quem dá mais…
Isabel A. Ferreira
O dia em que Portugal se libertar desta miséria moral, cultural e social, será um dia glorioso, iluminado, luminoso, tanto quanto foi o dia da abolição da pena de morte, da escravatura, da ditadura, do tribunal da santa inquisição, e de tantas outras barbaridades que mantiveram nas trevas o país.
E a tauromaquia é a nuvem negra que ainda vemos pairar sobre os céus de Portugal, não deixando que o Sol nele penetre plenamente.
Quando as touradas acabarem em Portugal, o país dará um grande passo em direcção à evolução e à civilização.
Para já é um país com um atraso civilizacional considerável, visto ainda permitir práticas selváticas contra bovinos indefesos, para divertir sádicos.
E isto não é coisa da civilização, nem da cultura culta.
(Isabel A. Ferreira)
Recordemos o que Ana Chaves escreveu, aqui há tempos no P3
«Há oito países no mundo onde as touradas são legais. Portugal é um deles. Quem defende a actividade tauromáquica não cogita sobre um hipotético ponto final. Citam-se razões como o fim do “património cultural do país”, o desemprego que se geraria e a extinção da raça taurina brava.
Do outro lado, contra-atacam: “no Médio Oriente, a mutilação genital feminina também é cultura”, o desemprego é residual (há em média três trabalhadores por ganadaria) e a maioria não extrai rendimentos exclusivos desta actividade, e para quê preservar uma raça que terá como único fim o sofrimento?
Vamos a factos: no próximo dia 1 de Junho, o PAN apresenta o projecto de lei n.º 181 que proíbe a utilização de menores de idade em espectáculos tauromáquicos, quer como actores, quer como espectadores. “Não faz sentido que uma criança de 12 anos assista ou participe num espectáculo de violência explícita, que tem repercussões a nível psíquico, social e emocional”. “Há pareceres, nomeadamente os do Comité dos Direitos da Criança, que comparam o espectáculo tauromáquico a trabalho infantil ou ao tráfico de droga, tendo em conta o grau de perigo e degradação”, refere o deputado do partido, André Silva em entrevista ao P3.
O BE (projecto de lei n.º 217) acrescenta outro objectivo: além de proibir menores, pretende eliminar a categoria matadores de touros. “Se os touros de morte são proibidos em Portugal, por que razão havemos de reconhecer essa profissão?” questiona o deputado Pedro Soares. “É uma incongruência”.
Para Hélder Milheiro, porta-voz e activista da Prótoiro, esta já é «mais uma rotina demagógica de alguns partidos extremistas” do que qualquer outra coisa, pelo que não traz nada de novo. A tauromaquia é uma “arte perfomativa” que goza de boa saúde, mesmo sem apoios públicos».
Será assim?
Os subsídios públicos
“Há vários tipos de apoios e benefícios autárquicos (compra de bilhetes, alocamento de transporte, publicidade), institucionais (como o financiamento de livros) e até fiscais/estatais (os toureiros estão isentos de IVA, os bilhetes são taxados a 13% e não a 23%) (...). Não são regulares, embora “tudo isto somado, possa chegar aos 20 milhões de euros anuais”, contrapõe André Silva.
Já a presidente da Animal, Rita Silva, corrobora o valor em causa (a organização tem inclusive uma petição a decorrer neste sentido) e fala em “vergonha” no caso da RTP. Os números parecem dar-lhe razão: em 2015, registaram-se 8280 queixas de telespectadores da RTP a propósito das touradas, mais de metade do total. E as corridas transmitidas mostram quebras de audiência permanentes.
Mas o que aconteceria, afinal, se a tauromaquia fosse extinta?
A resposta de Rita é peremptória: “Rigorosamente nada”. E dá exemplos de outros locais: as praças foram reconvertidas (veja-se o caso da de Barcelona), as pessoas já tinham outra forma de subsistência e os touros bravos em si “não representam especial mais-valia para o ecossistema ou para a biodiversidade”, explica. São bovinos, como os outros, não falamos da extinção da espécie, mas apenas de uma raça em particular.
O cenário de abolição “não está ainda em cima da mesa” diz André Silva. No entanto, acredita que o “tauronegócio” terá o seu fim: “A questão não é se, é quando” e será a “evolução das consciências, que já é a maioria dos portugueses, que o ditará”. Já Pedro Soares, do BE, admite que mais importante do que eliminar a prática em si é erradicar a violência.
Gáudio ou dor?
É precisamente em torno desta questão, a da violência, que giram todos os raciocínios.
Hélder Milheiro considera que falar em dor e violência é “falso” e “básico”: os touros não são maltratados, são “respeitados”. “O animal é acompanhado por um veterinário antes, durante e após a faena” e o embolamento (serrar as pontas dos cornos) é como “cortar as unhas”, esclarece. Além disso, “um toureiro que arrisca a sua vida em frente a um animal, representa o máximo da excelência humana”.
Um estudo da AVATMA (Asociación de Veterinários Abolicionistas de la Tauromaquia y del Maltrato Animal) relaciona a produção de betaendorfinas com os touros de lide. Segundo este, o animal produz estas hormonas em 15 situações concretas (entre as quais, stress, dor, fome, sede, esgotamento físico, acidose metabólica ou hemorragia) e “todas elas estão presentes durante a lide”. Não são, portanto, as hormonas do prazer e da felicidade (não se verificam durante o orgasmo, por exemplo), bem como não neutralizam a dor.
Estudo:
https://drive.google.com/file/d/0B4wndnBWq378cHk3RE84Slo4ZGs/view?pli=1
Fonte:
(Acrescente-se que este projecto de lei, por mais incrível que possa parecer, foi chumbado pela Assembleia da República Portuguesa)
Fixemo-nos agora nesta inacreditável declaração:
Para Helder Milheiro «um toureiro que arrisca a sua vida em frente a um animal (para o torturar até à morte, há que acrescentar), representa o máximo da excelência humana».
Saberá esta personagem da ficção mais mórbida que possa existir por aí, o que é “excelência humana”?
Se torturar um animal até à morte é excelência humana, que expressão devemos usar para o que vemos neste vídeo?
E depois não gostam que digamos que sofrem de doença do foro psiquiátrico.
Ontem pretendeu-se comemorar o “Dia da Liberdade”. Os repórteres televisivos insistiram nesta tónica, como se o “25 de Abril” tivesse sido planeado para dar ao povo português a liberdade de fazer o que quer.
Ontem, ouvi um repórter perguntar a um menino: «O que é para ti a liberdade?» Como a criança hesitou, o repórter apressou-se a “ajudá-lo” a pensar e disse: «É fazer tudo o que tu queres…?». E a criança anuiu.
Pois nada mais pernicioso para se dizer a alguém que ainda é um menino.
Porque ter liberdade não é o povo poder fazer tudo o que quer, nem os governantes pós-25 de Abril poderem agir como se fossem ditadores disfarçados de democratas.
Liberdade é ter consciência de que não se pode fazer tudo o que se quer, quando vivemos numa sociedade em que o todo faz parte de tudo, e que esse tudo é a Vida, no seu significado mais universal.
E isto não foi ainda alcançado pelo 25 de Abril de 1974.
O “25 de Abril” foi planeado para derrubar um regime ditatorial, imposto por António Oliveira Salazar, o qual se arrastou por quase 50 anos e, durante o qual, milhares de pessoas foram perseguidas, encarceradas e assassinadas.
No regime ditatorial, quem mais ordenava era o ditador que, ao menor gesto de desobediência civil ou ousadia de se falar contra o sistema, enviava os cidadãos, à força da violência, para o Tarrafal, um campo de concentração engendrado para “ acolher” os que tinham a consciência de que não se pode fazer tudo o que se quer, ou seja, os cidadãos verdadeiramente livres, aqueles que, mesmo agrilhoados, eram livres, porque a verdadeira liberdade é a da consciência.
Regressada do Brasil em 1968, para continuar o meu curso na Universidade de Coimbra, encontrava-me nessa cidade no 17 de Abril de 1969, quando o então Presidente da República, Américo Thomaz, ali se deslocou para a inauguração do novo edifício das Matemáticas.
Para honrar a palavra dada aos estudantes, Alberto Martins, o então presidente da Associação Académica de Coimbra, hoje deputado da Nação, pelo PS, pediu a palavra para falar em nome da Academia.
Para Américo Thomaz, esta “ousadia” constituiu um insulto, e Alberto Martins foi detido nessa mesma noite, o que desencadeou uma crise académica de grandes proporções.
Todos nós, que participámos no que então se seguiu, éramos jovens e livres, e amávamos a nossa liberdade de ser, de estar e, sobretudo, de pensar, e os grilhões da ditadura não conseguiram nunca cortar a raiz ao nosso pensamento, porque como cantou Manuel Freire (que curiosamente nasceu no dia 25 de Abril de 1942, e é meu primo, ainda que em terceiro grau), no seu canto de intervenção “Livre”: «Não há machado que corte a raiz ao pensamento… porque é livre como o vento… porque é livre…»
E é esta a verdadeira liberdade.
Durante os poucos anos em que vivi a ditadura de Salazar eu era tão livre como sou hoje.
O “25 de Abril” não me restituiu a liberdade (que eu sempre tive).
O “25 de Abril” livrou-me da censura da ditadura, podendo agora escrever nas linhas o que então escrevia nas entrelinhas.
Das cartas que escrevia ao meu Pai, que se encontrava no Brasil, e a quem eu devia justificar o facto de me recusar a fazer exames, enquanto ele, lá, se “sacrificava”, para me manter a estudar em Coimbra, apenas a primeira carta foi interceptada pela PIDE, porque nunca imaginei que pudessem violar correspondência privada. Cheguei a ser “visada” pela PIDE, que “desculpou” a minha liberdade de dizer ao meu Pai o que estava a passar-se em Coimbra, por eu ter vindo de um país estrangeiro e nada saber das “regras” do meu País.
Só ouve uma coisa a fazer: Passei a escrever nas entrelinhas tudo o que se passava em Coimbra, não só para o meu Pai, como para os outros jovens que lutavam contra o Regime, e que esperavam por notícias fora de Coimbra.
E as minhas cartas seguiram, com toda a informação do que estava a passar-se numa Coimbra “fechada” para o mundo.
Durante todo esse período eu mantive a minha liberdade intacta.
Até quando, no ano lectivo de 1973/74, ainda como Bacharel, fui dar aulas na Escola Secundária Frei João de Vila do Conde, e recusei-me a dar uma lição de História, que falava dos grandes feitos de Salazar.
Disse aos alunos que aquilo era mentira e não era para se estudar. Dei-lhes a versão dos factos históricos reais, até porque os vivi, e risquei com um X as páginas dessa matéria, uns quinze dias antes de acontecer o “25 de Abril”.
Um dos meus alunos era filho de um agente da PIDE. Mas ainda assim atrevi-me a não distorcer a História. Eu era uma Professora LIVRE, não um pau-mandado da ditadura.
Por isso, quando ontem ouvi, a torto e a direito, nas televisões, dizerem que se comemorava o “dia da liberdade”, pensei cá comigo: isto não é nada pedagógico.
Não se deve passar às crianças e a um Povo, ainda pouco esclarecido, esta falsa ideia de liberdade. As “definições” que ontem ouvi de “liberdade” deixaram-me na dúvida se viverei num Portugal do ano 2016, ou dos anos 30, 40, 50, 60… Foi um desastre!
O Povo continua confuso. Os jornalistas continuam a servir o regime. O regime continua a enganar o Povo, com uma democracia que ainda não se libertou do atraso de vida do passado, mantendo uma cultura inculta, com a agravante de estarem a vender Portugal ao desbarato.
Quem é verdadeiramente livre nunca deixa de o ser, ainda que agrilhoado.
Por isso, o que ontem se comemorou em Portugal, foi a farsa de um “25 de Abril” ainda por cumprir.
É urgente um verdadeiro “25 de Abril” para que a ditadura desta falsa democracia, que tem um pé preso a um passado que remonta aos tempos da monarquia, seja derrubada, e Portugal possa seguir o caminho da evolução e da verdadeira liberdade, porque liberdade não é fazer tudo o que se quer.
Liberdade, repito, é ter consciência de que não se pode fazer tudo o que se quer, quando vivemos numa sociedade em que o todo faz parte de tudo, e que esse tudo é a Vida, no seu significado mais universal.
E isto não foi ainda alcançado pelo "25 de Abril" de 1974.
Isabel A. Ferreira
O constitucionalista Vital Moreira criticou o PAN (partido das Pessoas, dos Animais e da Natureza) que elegeu um deputado nas últimas eleições legislativas, por este ainda não ter avançado com uma proposta para acabar definitivamente com as touradas em Portugal.
Vital Moreira argumenta ainda que «o PAN também ostenta na sua designação a defesa da Natureza, mas não propõe nada para parar e fazer reverter o maior atentado à Natureza em Portugal, que é a eucaliptização selvagem do país, num ménage a trois entre a indústria de celulose, as associações de produtores florestais e o Ministério da Agricultura».
E Vital Moreira concluiu: «Se é para isso, bem podem mudar de nome».
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Pois penso que o PAN deveria realmente propor a ABOLIÇÃO de todas as vertentes da tauromaquia, mas também de todas as práticas bárbaras que se cometem em Portugal contra animais: circos, festas públicas com matança de porcos, ao vivo, caça, tiro aos pombos, lutas de cães, corrida de galgos, corrida de Cavalos, charretes com tracção animal, queima do gato, enfim, uma infinidade de barbaridades que não se justificam para divertir uma parcela de povo ainda EMBRUTECIDO.
Já chega de medievalismos. Já chega de estupidez. Já chega de atraso de vida.
Em Portugal (dizem) temos um governo que se diz de esquerda, mas no que respeita aos animais, a governação mantém a política da direita, da ditadura, da monarquia. Nada mudou, nesse aspecto.
O PAN introduziu na AR um discurso novo, mas, de facto, ainda não se ouviu, nesse discurso, a palavra ABOLIÇÃO, que é a única que interessa, no que respeita ao (ab)uso de animais não- humanos para entretenimento de trogloditas.
Isabel A. Ferreira
A frase do cartaz é inspirada numa ideia de Capistrano de Abreu, um dos primeiros grandes historiadores do Brasil (1853-1927)
Em tempos idos, os Homens tinham Honra, a Palavra deles era Lei, e claro havia uma dama, que dava pelo nome de Vergonha na Cara, que era companheira inseparável desses Homens.
Mas isto aconteceu em tempos idos…
Hoje, em pleno ano de 2015 da era cristã, os Homens são apenas “omens”, a Honra foi esmagada pela Desonra que se impôs de um modo irracional, a palavra dos “omens” deixou até de ser palavra, e a lei é a que mais lhes convém, e a dama que dava pelo nome de Vergonha na Cara emigrou para parte incerta, deixando esses “omens” completamente desavergonhados.
O pior, é que eles nem sequer se dão conta disso. Continuam a agir e a discursar os despropósitos de sempre, achando que todos os portugueses são idiotas.
Muitos serão, certamente. Aqueles que desejam um lugar ao sol, custe o que custar, e gravitam ao redor de partidos políticos que já deram prova de uma colossal incompetência governativa, que fez cair no lodo o nome de Portugal.
Vivemos numa autêntica choldraboldra.
E ao que parece iremos continuar a fingir que Portugal é um país importante, integrado numa Europa decadente, que depende dos humore€ de uns poucos podero€o€ que, subrepticiamente, estão a ocupar os lugares-chave da economia do país colocado, literalmente, à venda, incluindo a sua própria Língua Materna.
E os cegos mentais que gravitam ao redor desses partidos políticos, não têm capacidade nem sabedoria para compreender que o blá-blá-blá dos candidatos às próximas eleições já está putrefacto de tão velho e carcomido.
Nada mudará em Portugal, enquanto a dama que dá pelo nome de Vergonha na Cara não regressar ao País, e repor a Honra, a Hombridade, a Honestidade, a Palavra e a Arte de Bem Fazer Política, que não sabemos por onde andarão…
Se vivêssemos numa Democracia a sério, quem mandava no governo era o povo. Acontece que vivemos numa ditadura fantasiada de democracia, e quem manda no povo é uma minoria inculta, prepotente e obsoleta.
Abram os olhos e as mentes, Portugueses!
Sabemos que não existem alternativas poderosas, mas temos o dever de dizer NÃO a esta mixórdia política em que se transformou a governação de Portugal.
Isabel A. Ferreira
… com uma ditadura de partidos da direita (PSD/CDS e PS – qual a diferença?) fantasiada de “democracia”…
E o povo português ainda não se deu conta disso?
Mudaram-se os tempos, mas não as vontades…
Como cidadã portuguesa sinto-me defraudada.
Hoje nada tenho para comemorar, porque não foram cumpridos os ideais de Abril de uma Democracia plena.
Explico porquê.
Não só por defenderem, com convicção e garra, medidas que beneficiam o povo português, portanto, os Direitos das Mulheres, dos Homens, das Crianças e dos Idosos, sem se vergarem a lobbies, como por defenderem a Cultura Culta Portuguesa e também os Direitos dos Animais
Lamento o facto de estes deputados estarem ligados a partidos políticos que estão em minoria no Parlamento, devido em parte à cegueira do povo português e do seu comodismo, que incomoda, e que o leva a ir votar irracionalmente, sempre nos mesmos.
Admiro estes deputados pela capacidade de raciocínio, lucidez, inteligência e coragem com que enfrentam uma maioria predadora de direitos e pouco perspicaz, que se verga a todo o tipo de lobbies.
Os deputados da Assembleia da República foram eleitos para servirem as maiorias, e não as minorias. Foram eleitos para servirem os interesses de Portugal e não os interesses de grupos de pressão.
Os deputados da Assembleia da República são servidores do povo, pagos com dinheiros do povo, e os dinheiros do povo não podem ir para bolsos de particulares, nem servem para defender os interesses de minorias.
Nunca tivemos um governo que governasse tão mal. Estamos numa ditadura disfarçada de democracia, onde uma minoria de deputados é esclarecida mas não chega para derrubar a falta de lucidez da maioria.
Portanto, e chegada a hora de dizer BASTA! O povo português tem de acordar, e das duas, uma: ou faz-se uma nova revolução, ou muda-se o seu sentido de voto. Votar sempre nos mesmos é o mesmo que pretender afundar Portugal num abismo.