Domingo, 1 de Fevereiro de 2015

O Culto do Touro (ou Boi) Ápis no Antigo Egipto

 

«Mais tarde vieram os Espanhóis que espalharam pelo mundo o culto das atrocidades contra os bovinos… e chamaram-lhe “corridas de touros”, e os Portugueses, que adoram importar tudo o que de mau se faz lá fora, adoptaram esses bárbaros costumes, chamaram-lhe “tradição” e “identidade cultural” e agora acham – porque não sabem pensar – que torturar touros é “arte” e “cultura”. Depois não gostam que lhes chamem broncos.» (Isabel A. Ferreira)

Boi Ápis.jpeg

 

 O mais venerado e o mais célebre dos animais sagrados é, sem nenhuma dúvida, o Touro Ápis (Hep em egípcio). Os antigos egípcios consideravam-no como a expressão mais completa da divindade sob a forma animal e representaram-no muitas vezes como, por exemplo, nesta estatueta (…).

 

Diferentemente de outras divindades, era sempre representado na forma animal e nunca na forma humana com cabeça animal. Ele encarnava, ao mesmo tempo, os deuses Osíris e Ptah. O culto do touro Ápis, em Mênfis, existia desde a I dinastia pelo menos. Também em Heliópolis e Hermópolis este animal era venerado desde tempos remotos.

 

Antiga divindade agrária, simbolizava a força vital da natureza e a sua força geradora. Dizia a lenda que Ptah, sob a aparência de fogo celeste, engravidou uma vaca virgem que concebeu um touro preto, o qual se tornou o porta-voz ou o duplo de Ptah. Esse touro negro sagrado de Mênfis deveria ter certos sinais ou manchas: na fronte, uma mancha branca quadrada; no dorso, a figura de um abutre ou duma águia; sob a língua, um nó em forma de escaravelho; os pêlos da cauda numa mescla de branco e preto e, enfim, um crescente branco sobre o lado direito do corpo. Encontrado um bezerro com tais características pelos sacerdotes especiais chamados os Bastões de Ápis, o animal era conduzido a Mênfis em uma barca dourada e em grande pompa, depois de ter sido nutrido unicamente por mulheres durante 40 dias. Uma vez entronizado cerimoniosamente, vivia no seu santuário, ao lado do deus Ptah, a mais importante divindade menfita, da qual era tido como o arauto, a imagem viva. A sua mãe, um animal também reverenciado, era a sua esposa legítima, mas tinha também vacas concubinas cuidadosamente escolhidas.

 

Distribuía oráculos, recebia oferendas, participava de procissões. Um festival dedicado ao deus estendia-se por sete dias. O povo reunia-se em Mênfis para ver os sacerdotes conduzirem o animal sagrado numa procissão de louvor em meio da acolhedora multidão. Enquanto vivia era alimentado com iguarias, cumulado de honras. A partir do Período Saíta, iniciado em 664 a.C., os oráculos alcançaram grande popularidade. Um dos mais procurados era justamente o do touro Ápis, em Mênfis. Além de se acreditar que qualquer criança que aspirasse a respiração do animal seria capaz de predizer o futuro, também se interrogava o próprio touro. O indivíduo que consultava o oráculo postava-se diante do animal e fazia a sua pergunta. A resposta do deus que o animal encarnava podia vir de várias maneiras. Por exemplo, o bovino podia aceitar ou não a comida que lhe ofereciam; podia, também, entrar ou não em uma determinada sala e cada uma de tais atitudes seria um agouro bom ou mau, conforme estabelecido anteriormente pelos sacerdotes.

 

Ao morrer, era mumificado, fechado num sarcófago, submetido a ritos funerários que se estendiam por 60 dias, tomava lugar numa tumba, ao lado de seus predecessores, enfim, era enterrado como se fosse um príncipe. Quando um dos animais sagrados morria — diz-nos o historiador grego, Diodoro de Sicília — era envolvido num sudário; e, golpeando-se o peito e lançando gemidos, conduziam-no à casa dos embalsamadores. Logo se preparava o seu corpo com o azeite de cedro e outras substâncias adequadas à conservação; era depositado depois em caixas sagradas.

 

Nessa ocasião, o povo inteiro ficava de luto, que só cessava quando os sacerdotes encontrassem um touro com as mesmas características daquele que havia falecido. Um templo menfita que abrigava grandes estelas de alabastro era o local no qual os touros eram embalsamados. Após a preparação do corpo e dos órgãos internos, o animal, numa posição agachada, era envolto em intrincadas bandagens. Eram inseridos olhos artificiais, o seu chifre e face ou eram dourados ou cobertos com uma máscara de folhas de ouro e o animal era coberto com uma mortalha. (…)

 

O túmulo mais antigo dessa divindade encontrado intacto é do reinado do faraó Horemheb (c. 1319 a 1307 a.C.), sendo a múmia bastante atípica. Era constituída apenas pela cabeça do touro, desprovida de carne e de pele, apoiada num grande bloco negro. Ao ser examinado, esse bloco mostrou ser um aglomerado de resina, ossos bovinos quebrados e fragmentos de folhas de ouro, tudo envolto em bandagens de fino linho. Os vasos canopos do touro estavam cheios de um material resinoso de origem não determinada. Escavando sob o piso da câmara mortuária, os arqueólogos encontraram uma dúzia de grandes vasos de barro não cozido contendo cinzas e ossos queimados. Como outros conjuntos similares de vasos também foram encontrados noutras tumbas do boi Ápis, alguns estudiosos afirmam que, pelo menos durante o Império Novo (c. 1550 a 1070 a.C.), o corpo do animal era cozido e comido pelo faraó e sacerdotes antes do enterro. Haveria, talvez, uma conexão entre essa descoberta e o assim chamado Hino Canibal do Texto das Pirâmides, que se refere ao fato de o rei devorar os deuses para assimilar os seus poderes. Seja essa hipótese correcta ou não, nenhum outro animal sagrado parece ter sido devorado pelos seus antigos guardiães. Os touros Ápis subsequentes foram mumificados inteiros, e um papiro da XXVI dinastia descreve o método usado para isso.

 

Até à XVIII dinastia (c. 1550 a 1307 a.C.) cada um desses touros sagrados tinha sua sepultura particular. Foi Ramsés II (c. 1290 a 1224 a.C.), faraó já da XIX dinastia, quem mandou sepultá-los em uma câmara mortuária comum, conhecida como Serapeum, nome derivado da palavra grega Serápis, uma catacumba precedida por uma avenida de esfinges.

 

Estrabão, geógrafo grego, deixou na sua obra indicações precisas sobre a localização desse estranho cemitério e baseado em tais informações foi possível encontrar, na necrópole de Saqqara, numerosas múmias de touros sagrados. (…)

 

A câmara mortuária estava cavada depois de um corredor que penetrava 400 metros no rochedo. Em nichos, os touros repousavam em magníficos sarcófagos de granito escuro ou de quartzo amarelo e vermelho, os quais medem quatro metros de altura e pesam entre 60 e 80 toneladas. (…)

 

Um total de 24 sarcófagos dessa natureza foram encontrados nessas câmaras laterais que se abrem para o corredor principal cavado na rocha. Havia duas galerias abrigando os animais: a primeira, com comprimento de 68 metros, foi mandada construir por Ramsés II; a segunda, com 198 metros de comprimento, foi construída durante a XXVI dinastia (664 a 525 a.C.), em ângulo recto com a primeira.

 

O primeiro touro enterrado nessa segunda galeria morreu no ano 52 do reinado de Psamético I (664 a 610 a.C.) e o local continuou a ser utilizado até o período greco-romano. O culto do boi Ápis sobreviveu até que o imperador Honório o baniu e causou a destruição do Serapeum no ano 398 da nossa era. Como só havia um destes animais de cada vez, calcula-se que de 14 em 14 anos, aproximadamente, acontecia o funeral de um touro Ápis. Nenhuma múmia foi encontrada intacta, pois os ladrões de jóias passaram por lá. Escavações realizadas em 1964 trouxeram à luz galerias de vacas mumificadas, denominadas mães de Ápis, bem como de falcões, íbis e babuínos.

 

O autor da descoberta do Serapeum, realizada em 1851, foi o pesquisador francês Mariette, o qual, ao encontrar um desses túmulos escreveu admirado:

 

«Fiquei profundamente impressionado quando penetrei na sepultura do touro Ápis, que nenhum ser humano frequentara desde milénios... Mas que sorte! Ao fim de alguns dias, descobri um nicho murado que escapara às pesquisas dos pilhantes. Ramsés II fê-la murar, em 1270 a.C., conforme explica a inscrição. A marca dos dedos do egípcio que pôs a última pedra do muro vê-se ainda, nitidamente, sobre a cal, assim como a dos seus pés sobre um rastro de areia esquecida. Nada faltava nesse retiro fúnebre, onde um touro embalsamado repousava desde 4.700 anos.» (…)

 

Fonte

http://www.fascinioegito.sh06.com/boiapis.htm

 

publicado por Isabel A. Ferreira às 16:01

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Quarta-feira, 26 de Novembro de 2014

O moderno vocabulário da tauromaquia

 

Citando o meu caro amigo, Médico-Veterinário, Dr. Vasco Reis, «devemos elucidar (os que ainda permanecem nas trevas) pois fundamental é educar os jovens e não só! Esclarecer insistentemente e em toda a parte sobre a natureza, a susceptibilidade, a senciência, a consciência dos animais não humanos, não muito diferentes das dos humanos. É fundamental combater a muita ignorância, mitos e falácias que existem sobre tudo isso, até em gente considerada culta. Importante para a evolução de mentalidades. Devemos tentar!»

 

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Concordo plenamente com o Dr. Vasco Reis, se bem que, por muita informação que constantemente disponibilizemos, os que têm comportamentos impróprios de gente culta e civilizada, optam por continuar na ignorância, porque talvez lhes seja mais fácil do que mudar a mentalidade.

 

Porém há que tentar. Abandonar uma luta é cobardia.

 

Por isso, uma vez mais, aqui deixo algumas achegas para que as pessoas mal informadas possam vir “beber” à fonte da modernidade e deixar para trás séculos de falsidades, de falácias, de ambiguidades, de falsos mitos, enfim, de uma ignorância que não tem mais razão de ser.

 

E o que proponho é o novo vocabulário para designar as “coisas” acarunchadas da tauromaquia.

 

Assim temos que, hoje em dia, existe esta nova terminologia:

 

Tauromaquia ou Corrida de Touros passou a chamar-se Selvajaria Tauromáquica, pois o que aqui se pratica é de tal modo selvático e sanguinário que não há outro modo de o designar.

 

Aquilo a que teimam chamar de tradição, na verdade, nada mais é do que um costume bárbaro, pois a tradição implica algo positivo que dignifica a Humanidade e é benéfico para uma convivência saudável entre os seres, o que não é o caso da selvajaria tauromáquica, que é uma forma de psicopatia perigosa e repugnante.

 

A praça de Touros é na verdade uma arena, um lugar de tortura, de morte, de sangue, de suor, de urina, de fezes, de álcool e de uma demência colectiva, própria de um redondel fechado, e não de uma praça, que implica um espaço aberto e arejado.

 

Os chamados toureiros, bandarilheiros, forcados, picadores etc., não passam de cobardes torcionários, uma vez que a função deles é torturar Touros já bastante massacrados nos bastidores, antes de entrarem na arena, para que esses  torcionários possam exercer a sua cobardia sem grandes perigos. Por vezes, o tiro sai-lhes pela culatra e faz-se justiça.

 

Os ditos cavaleiros são simplesmente montadores de cavalos, porque um verdadeiro cavaleiro não maltrata o seu Cavalo, e esses que entram nas arenas montados em Cavalos com serrilhas na boca, para que não relinchem, e esporas perfurantes para mais facilmente serem manobrados, não são dignos sequer de possuírem um Cavalo, muito menos de o “montar”. Quem ama os Cavalos não os monta.

 

E o que dizer do denominado grupo de forcados? Esses são os mais cobardes carrascos, aqueles que quando os Touros já estão moribundos, rasgados por dentro, dilacerados, golpeados, cegos de dor e consumidos por um desmedido sofrimento, atacam o animal em grupo e torturam-no até à exaustão. Por vezes, os Touros mais fortes reúnem derradeiras forças, que vão buscar ao instinto de sobrevivência e mutilam ou matam esses cobardes e então faz-se justiça, logo ali.

 

O que chamam parvamente de “cultura tauromáquica”, na verdade é a cultura dos trogloditas, dos ignorantes, dos que não evoluíram, dos que se orgulham de algo que os catapulta para o domínio dos brutos, pois é da brutalidade e da crueldade torturar seres vivos (seja para se divertirem, seja para se alimentarem).

 

E quando falam em arte? Pois tal não passa da arte da cobardia, praticada com requintes de malvadez, sobre indefesos bovinos que não têm como se defender, porque até os cornos (a defesa deles) lhes serram a sangue frio. Sem dó nem piedade.

 

As chamadas bandarilhas, na verdade são ferros pontiagudos, afiados para serem enterrados nas carnes do bovino e rasgarem-nas, provocando-lhe uma dor indizível, a mesma dor que sentiria um cobarde torcionário se lhe enterrassem nas costas um desses ferros cortantes. A dor seria exactamente a mesma, ou não tivesse o bovino um ADN semelhante aos dos animais humanos.

 

O retirar as bandarilhas deve denominar-se um acto da mais requintada crueldade, pois são arrancadas a sangue frio, de um corpo completamente desfeito por dentro e por fora, sem a mínima comiseração.

 

 Os Curros são cubículos de tortura e de morte, pura e simplesmente. Os ganadeiros não são mais do que negociantes sanguinários e mercenários que fazem da tortura de bovinos uma fonte de riqueza.

 

As escolas de toureio (para crianças) são antros de fabrico de sádicos e monstrinhos, onde psicopatas adultos transmitem a menores de idade a prática da violência e da crueldade gratuitas contra indefesos e inocentes bovinos bebés, violando os direitos mais básicos dessas crianças e desses bovinos.

 

Quando se fala em espectáculo tauromáquico,  fala-se de uma prática violenta e cruel, grosseira e primitiva, que nada tem a ver com espectáculo.

 

Enfim… uma lista que continuará em aberto para que novas palavras possam ser incluídas…

 

Hoje, nada que diga respeito à prática selvática da tauromaquia pertence ao âmbito da civilização. 

 

E quem não compreende isto ou rejeita compreender, pertence ao rol dos chamados homens e mulheres de palha, ou mortos-vivos que erram pelo mundo, sem rumo, sem sentido, sem humanidade e sem espaço para viverem.

 

E com isto termino, por hoje. Espero ter sido útil.

Isabel A. Ferreira

publicado por Isabel A. Ferreira às 18:03

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Quarta-feira, 13 de Agosto de 2014

AS TOURADAS SÃO “ESPECTÁCULOS” IMPRÓPRIOS DE COSTUMES CIVILIZADOS

 

191 anos contra a barbárie.

 

Dizia o chileno Manuel Salas que as corridas de touros eram espectáculos “impróprios de costumes civilizados”.

 

A mesma opinião mantinha sobre o tráfico de seres humanos.

 

 

Fonte:

https://www.facebook.com/liberaong/photos/a.325618204140797.67027.142156245820328/716797841689496/?type=1&theater

 

 

publicado por Isabel A. Ferreira às 15:14

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Domingo, 3 de Agosto de 2014

Se hoje, na praia de Mira, Touros forem torturados, a localidade descerá imediatamente para o nível abaixo de lixo

 

A tortura (não corrida, porque os touros farão tudo menos correr, ainda se lhes dessem essa oportunidade, eles bem que correriam da arena para fora…) está marcada para hoje. Os abolicionistas pediram aos autarcas que não licenciassem e se demarcassem de todas as actividades tauromáquicas.

Ah! Praia de Mira! Nunca mais!

 

 

Pobres bovinos. É no mar e é em terra!

 

Um grupo de cidadãos e associações de defesa dos animais vão protestar, hoje, na Praia de Mira, distrito de Coimbra, contra a anunciada realização de uma tourada promovida por um clube local, que desconhece totalmente diversões civilizadas.


Shame on you! Touring Club da Praia de Mira, que tem um nome inglês e uma acção terceiro-mundista!

 

Esse grupo de cidadãos contestatários, pediu à Câmara Municipal que «não licenciasse e se demarcasse de todas as actividades tauromáquicas no concelho de Mira e, caso existam verbas públicas atribuídas a práticas que infligem sofrimento a animais exigem o fim imediato dessa atribuição de apoios»  

 

«A tauromaquia é uma prática cruel e obsoleta que tem suscitado enorme repúdio e indignação na sociedade civil portuguesa e mundial: massacrar animais gratuitamente para entretenimento não é próprio de sociedades evoluídas e embaraça muitos portugueses face a uma Europa que se distancia cada vez mais de práticas bárbaras", alegam os contestatários.  

 

Asseguram ainda que «a tauromaquia está em franco declínio e que, mesmo nos locais onde esta prática é usual as praças tem cada vez menos espectadores, e que face ao declínio que dizem existir, a indústria tauromáquica tem vindo a tentar implementar estas práticas em locais que não têm qualquer tradição de touradas» como é o caso da Praia de Mira.  

 

Uma vez mais aqui se deixa este alerta: os autarcas não são obrigados a seguir leis parvas, que permitem a violência, a crueldade e a tortura de seres vivos sencientes, dentro de terras pacatas e ordeiras.

 

«De facto, a tauromaquia só subsiste nos dias de hoje graças a apoios mais ou menos explícitos por parte do Estado, quer através do poder central, quer através das autarquias, algumas endividadas e com populações em situações de carências várias, o que causa nos cidadãos, munícipes e contribuintes, a mais veemente indignação», refere ainda este grupo de cidadãos.

 

O conselho local de Coimbra do Partido Pessoas, Animais, Natureza (PAN) declarou que efectuou diligências junto da autarquia de Mira e do Touring Club Praia de Mira no sentido de evitar que a tourada se realizasse.  

 

Em substituição da tourada, que pretendeu ver cancelada, o PAN referiu ter proposto ao Touring Club «a marcação de um novo evento num futuro próximo, de cariz verdadeiramente cultural, como um festival de música ou de teatro, disponibilizando-se para ajudar na organização e promoção e cujas receitas revertessem para o clube da Praia de Mira».

 

No seu comunicado, o PAN classifica a tourada como «uma prática anacrónica e que colhe cada vez mais o desagrado da população, também pelo facto de ser patrocinada com dinheiros públicos em cerca de 16 milhões de euros, todos os anos». 

 

«Relembramos que Mira não tem tradição de touradas e pela recolha de informação efectuada a própria população é manifestamente contra este tipo de eventos», refere o PAN.  

 

Sendo assim, esperamos que, hoje, a tourada prevista ou não se realize ou seja um FIASCO, e ninguém apareça, pelo menos o povo da Praia de Mira.

 

A tourada está agendada para este momento, no campo de futebol do Touring Club, um clube carniceiro, que, definitivamente, não gosta da Praia de Mira.

 

Esta será uma praia a rejeitar.



Isabel A. Ferreira

 

 

publicado por Isabel A. Ferreira às 16:25

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Quarta-feira, 30 de Julho de 2014

“Grandiosa” corrida de Touros em Amarante colocará a cidade abaixo de lixo

 

Que vergonha Amarantinos! Não permitam que conspurquem a vossa bela cidade de Amarante com algo tão macabro e sangrento, indigno de seres humanos, como é a tortura de bovinos.

 

Como é possível a Junta de Freguesia de Frejim, presidida por uma "senhora", consentir que se realize uma tourada, dentro dos seus domínios?

 

Num tempo em que existem mil e um divertimentos civilizados, Amarante irá sujar o seu nome com algo que não dignifica o ser humano e é um divertimento inculto, de carniceiros para carniceiros.

 

 

 Exma. Senhora Presidente da Junta de Freguesia de Fregim, Senhora Dona Sandra Fraga:

 

Não sei como uma “senhora” permite tal barbaridade dentro dos seus domínios…!

 

Sim, existe uma lei (uma lei bacoca, bastarda, ilegal e irracional, que exclui Touros e Cavalos do Reino Animal) que permite que se torture animais para divertir sádicos, violando todas as normas da Declaração Universal dos Direitos dos Animais, que Portugal aceitou, mas apenas no papel, pois é um país que pratica a carnificina mais abominável contra os animais não- humanos que, enfim, são portugueses também.

 

Mas isso não significa que tenha de a seguir. Pode e deve embargar todas as iniciativas de tortura, dentro da sua área de acção.

 

Pode e deve.

 

É que andam por aí, pelo norte do País, uns incultos  a aliciar os autarcas mais aliciáveis (porque os há com personalidade forte, que se recusam a colaborar com tal indigência), e pelo que vemos, a senhora de Fragim, deixou-se levar na conversa, ou então é aficionada deste costume bárbaro.

 

E só lhe fica mal.

 

Senhora Presidente, farei minhas as palavras de uma cidadã espanhola, Pepi Vegas (uma activista da causa da Abolição das Touradas em Espanha) e direi que «uma sociedade civilizada é aquela que avança atendendo à consciência ética dos cidadãos».

 

E todos nós sabemos que a maioria dos Amarantinos rejeita a tourada em Portugal.

 

Enquanto no mundo inteiro, uma esmagadora maioria de cidadãos está a manifestar-se contra este acto selvagem, que em Portugal é permitido pela tal lei irracional, em Amarante, regressa-se a um passado onde imperava a ignorância, a incultura e a incivilização.

 

«O comportamento atroz praticado sobre um bovino, por diversão, não pode ser justificado, nem como tradição (que não o é) nem como interesse turístico», pois os turistas cultos não assistem a eventos incultos. É a ralé da sociedade, felizmente uma minoria, que ainda vai aplaudir uma tal selvajaria.

 

Como cidadã, que repudia a tortura (seja de que ser vivo for, humano ou não-humano) e a crueldade cobarde que caracteriza as touradas, é meu dever cívico manifestar a V. Excelência esse meu repúdio e sugerir-lhe que proporcione ao povo amarantino, uma alternativa de diversão mais condizente com os Valores Humanos e com a Ética que predominam nas sociedades modernas contemporâneas. 

 

Estaremos de olhos postos em Amarante, esperando que a Senhora Presidente tenha em conta estas linhas, que dizem do sentimento da esmagadora maioria dos Portugueses e dos  cidadãos do mundo civilizado, que rejeita veementemente esta prática selvagem.

 

Isabel A. Ferreira

 

publicado por Isabel A. Ferreira às 18:47

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Quarta-feira, 21 de Maio de 2014

FOI HOJE SUSPENSA A CORRIDA DE TOUROS EM LAS VENTAS

 

Festa de San Isidro é suspensa pela primeira vez em 35 anos,

devido à tentativa de suicídio de três torcionários

 

Sim, porque quem vai atacar um touro que vem para arena já desfalecido, está a cometer suicídio, com o aval dos governantes e suas leis permissivas, os quais deviam ser punidos por homicídio.

 

Os Touros não ferem, nem matam. Defendem-se com legitimidade.

 

«Os tauricidas têm a palavra.

 

Depois da violência que Antonio Lorca descreveu na corrida de touros em Las Ventas, onde três toureiros foram gravemente lesionados por touros (que nada mais fizeram do que defender-se dos seus carrascos, acrescente-se), o público tauricida pode reduzir ou aumentar. Eles têm a palavra.

 Se o publico aumentar ou manter-se demonstrar-se-ia a natureza mais miserável deste espectáculo; uma redução seria a esperança de que pelo menos sob a visão antropocentrista há uma nova consciência contra a violência.

 

A Campanha infanciaSINviOLEncia pretende que ao menos as crianças fiquem de fora deste doutrinamento porque como eles próprios reconhecem, não se nasce tauricida, faz-se tauricida.»

 

Fonte:

https://www.facebook.com/LeonardoAnselmiActivista/photos/a.620355151370647.1073741827.116583038414530/649811905091638/?type=1&theater

 

***

Ver mais fotos aqui:

 http://noticias.r7.com/internacional/fotos/revanche-animal-tourada-e-suspensa-na-espanha-apos-toureiros-ficarem-gravemente-feridos-21052014#!/foto/1

 

publicado por Isabel A. Ferreira às 16:25

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Sexta-feira, 9 de Maio de 2014

Prós e Contras – A RTP (ainda) discute se a corrida de Touros é um “património” ou um acto de barbárie?

 

Ao fim de tantos anos, depois de todos os estudos, ainda se tem de "discutir" se a tourada é ou não uma podridão? Uma nódoa negra? Uma praga? Uma vergonha para o País? Uma psicopatia?

 

Têm o desplante de perguntar se a TORTURA é património? Isto tira-me do sério. Isto reflecte a falta de visão do responsável pelos programas da RTP. 

Isto é a tourada, e o resto é o delírio dos loucos. 

Josefina Maller

 

 

(A indisponibilidade do vídeo deve-se à barbaridade que não querem que se mostre).

***

Lê-se na página «Prós e Contras» no Facebook:

https://www.facebook.com/prosecontras?fref=ts

[As minhas obsetrvações estão entre parênteses rectos]

«Festa brava».

 

[Festa dos broncos? Querem dizer.]

 

«O início da temporada reabre a velha polémica».

 

[Velha polémica? Se é velha então já muito se disse e redisse sobre o assunto, e a conclusão foi sempre a mesma: a tourada, sendo uma aberração, deve ser abolida, e a RTP deve deixar de transmitir violência para uma minoria inculta. Ou não chegaram ainda a esta conclusão?]

 

«A corrida de touros é um património ou um acto de barbárie?

A tourada expressa tradição, cultura e valores artísticos, ou é um atentado à civilização e aos direitos dos animais

 

[Estas duas perguntas só podem ter sido elaboradas por quem não vê um palmo adiante do nariz. Não evoluiu. E ainda vive rodeado de trevas. Então a tortura de bovinos lá pode ser “património” de alguma coisa? Então a tortura de bovinos não é claramente, um acto de barbárie, cruel, uma selvajaria imensurável, hoje, assim como ontem e em todas as épocas em que existiu? A tourada lá expressa alguma “tradição”, sendo ela meramente um costume bárbaro e primitivo, herdado de gente primitiva e cruel? A tourada será quando muito a cultura da morte, da ignorância, da imbecilidade. Valores artísticos? Onde? Nas bandarilhas enfeitadas? Nos sapatinhos e nos collants cor-de-rosa das bailarinas? Nas roupas obsoletas e ridículas de torcionários e forcados? Atentado à civilização e aos direitos dos animais é com toda a certeza, até porque a esta conclusão já chegaram os cientistas, os biólogos, os humanistas, os investigadores e todos os sábios do mundo. Apenas o pessoal da RTP não sabe. É preciso vir a público perguntar outra vez… Não aprenderam nada durante os anos em que se tem lutado contra esta praga social. No dia 12 de Maio de 2014 ainda se tem de fazer uma tal pergunta? A isto chama-se falta de cultura, de visão. Ou então querem fazer os portugueses de parvos.]

 

«Diferentes opiniões no maior debate da televisão portuguesa.

Património ou barbaridade

 

[Diferentes opiniões? Isto nada tem a ver com opiniões.Tem a ver com as atitudes reprováveis de uma minoria inculta, que ainda vive na Idade Média, não tendo acompanhado a evolução dos tempos, e tem na tortura de bovinos a ilusão de uma “festa”. Património ou barbaridade? Barbaridade é com toda a certeza, para os povos evoluídos e cultos. Quanto a património, será…. porém, da estupidez e da ignorância entranhada como uma sarna na pele dessa minoria inculta que o governo português apoia, sendo-lhe ridiculamente submissa.]

 

«Prós e Contras 2ª feira à noite em directo da Fundação Champalimaud».

 

[Mais um debate inútil, depois de tudo o que já sabemos da tauromaquia: «a terrível e venal arte de torturar e matar animais em público, segundo determinadas regras, e que traumatiza as crianças e adultos sensíveis. A tourada agrava o estado dos neuróticos atraídos por estes espectáculos. Desnaturaliza a relação entre o homem e o animal, afronta a moral, a educação, a ciência e a cultura.» (Declaração da UNESCO em 1980.) O que é preciso dizer mais? O que é que a RTP ainda não entendeu? Desenho, precisa-se?]

 

publicado por Isabel A. Ferreira às 18:19

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Terça-feira, 6 de Maio de 2014

«Pressão social anula um pacote de férias que incluía corrida de Touros»

 

O civismo, a cultura culta, a ética, o bom senso, o senso comum e a lucidez prevaleceram sobre a estupidez…

 

Que turistas cultos iriam ver torturar seres vivos? 

 

Esta vai à atenção dos abolicionistas portugueses.
Vale a pena insistir na luta.

 

 

O “diestro” Antonio Ferrera na praça de Las Ventas de Madrid na Feria de Outono em  2013. / EFE

 

A agência Nautalia retira ofertas de viagens a Madrid que incluía entradas para assistir à feira taurina de San Isidro.

 

Una campaña de recogida de firmas iniciada por la Asociación Animalista Libera ha surtido el efecto pretendido

 

(Uma campanha de recolha de assinaturas, da iniciativa da  Associação Animalista Libera surtiu o efeito pretendido)

 

Acções como esta «fomentam um negócio em troca da tortura de animais». Subscreveram esta opinião, na Plataforma Change.org, quase 10.000 assinantes, e a companhia do grupo Pullmantur retirou os pacotes de férias que incluíam noites em hotéis e entradas para las Ventas a partir de 58 euros.

 

Mais informação:

 

«Estamos conscientes da polémica que gira em torno da tauromaquia e por esse motivo pedimos desculpa às pessoas que se sentiram ofendidas pela venda deste pacote», assegura a agência numa nota publicada em Change.org (una nota publicada en Change.org).

 

«O que queremos deixar claro é que em nenhum momento a Nautalia Viajes defendeu ou defende o maltrato animal.» 

 

«Espanha já não é sol, paella e touros», afirma taxativo Rubén Pérez, porta-voz da Asociación Animalista Libera, responsável pela petição popular iniciada no passado dia 7 de Abril.

 

«Nautalia fomenta o tema mais infeliz do que a oferta turística das diferentes regiões de Espanha admite. Enquanto a oposição às corridas de toros é uma maioria entre os cidadãos, a empresa de viagens pratica um turismo temático e de sangue», referia o texto patente na Change.org. 

 

«Esta vitória demonstra que a acção de cidadania pode combater as grandes empresas com muitos mais meios e mudar as coisas», conclui Pérez.

 

Não é a primeira vez que uma empresa turística decide enjeitar um produto taurino. Em Março de 2013, Let's Bonus anunciou a retirada de «qualquer produto relacionado com as corridas de touros» graças a outra petição encabeçada pela mesma associação animalista. 

 

«Há vários estudos, como o do Citigroup de 2008, que afirmam que a vinculação das empresas com a tauromaquia gera uma imagem negativa das mesmas», refere Pérez.

 

Uma opinião não partilhada pela presidente do PP de Madrid, Esperanza Aguirre, que defendeu no anúncio taurino da Feira de Abril que os antitaurinos são essencialmente “antiespanhóis”.

 

«O pior são esses anti-touradas, que o são porque sabem muito bem que os touros simbolizam melhor do que qualquer outra coisa a própria essência do nosso ser espanhol, e portanto, na sua azáfama para acabar com Espanha, procuram desprestigiar e, se podem, proibir os touros por decreto», acrescentou.

 

(Esquece-se a senhora Esperanza Aguirre que aquela Espanha carniceira de má fama em todo o mundo velho e novo, está a desaparecer, e muito bem. Os espanhóis modernos já não são os cruéis que foram outrora).

 

Fonte:  http://sociedad.elpais.com/sociedad/2014/04/21/actualidad/1398072349_432464.html

 

***

E, deste modo, o mundo vai se civilizando, e Portugal a ficar para trás.

 

Isabel A. Ferreira

 

publicado por Isabel A. Ferreira às 19:25

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Terça-feira, 1 de Abril de 2014

O QUE É UM TOUREIRO?

 

O toureiro, longe de ser alguém mítico, não é mais do que um infra-homem que representa o mais grotesco, imundo e ridículo que pode chegar a ser o ser humano

 

 

 

Este tipo de infra-homem, felizmente, está em extinção.

 

Já são poucos aqueles que se deslocam a uma arena para ver estas “bailarinas” de collants cor-de-rosa a fazer piruetas ridículas diante de um Bovino previamente torturado, enfraquecido nas suas faculdades físicas e mentais, para que um cobardolas possa “brincar” aos “valentes” sem ser “molestado”, e no fim pedir aplausos aos poucos sádicos (que se babam diante do sangue que golfa das feridas abertas pelas bandarilhas, no dorso do animal), como se tivesse estado a apresentar uma “performance” do bailado “A Bela Adormecida”.

 

E para completar este quadro grotesco de um primitivismo atroz, a que chamam “tourada” ou “corrida de touros”, vêm os forcados de peito inchado e expressões diabólicas atirar-se para cima de um animal já moribundo, num acto de uma cobardia inominável.

 

Em suma, tudo isto é degradante.

 

Tudo isto é aviltante.

 

Tudo isto diz de uma incultura imensa.

 

Tudo isto espremido é de uma cobardia horrenda.

 

E é isto que uma maioria parlamentar promove.

 

E é isto que a igreja católica apoia.

 

E é isto que umas tantas empresas (que precisam de ser boicotadas) patrocinam.

 

E é isto, em síntese, um lixo que conspurca a sociedade humana.

 

Por isso, exigimos a abolição desta miséria moral.

 

publicado por Isabel A. Ferreira às 16:19

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Segunda-feira, 20 de Janeiro de 2014

«O MUNDO TAURINO SEMPRE ME PARECEU REPUGNANTE E FRAUDULENTO» DIZ UMA DAS MENTES MAIS LÚCIDAS DO NOSSO TEMPO

 

O que faz falta em Portugal são HOMENS como Jesús Mosterín, dispostos a dar a cara, o prestígio e o saber por uma causa em está em causa a Ética e a Lógica da Vida.

 

 

«O mundo taurino sempre me pareceu repugnante e fraudulento.

Fui e sou crítico desse mundo tanto por razões morais como intelectuais.

A corrida de touros é uma mera farsa, um simulacro de combate onde não há combate algum.

O touro é um típico ruminante que só deseja que o deixem pastar e ruminar em paz.

Não quer lutar.

Por isso, atiram-no para a arena, uma espécie de inferno de que ele não pode fugir; castigam-no por ser o que é, um ser herbívoro pacífico, e torturam-no com a lança e a “puya” do rojoneador, e as bandarilhas, para que aparente ser o que não é – um animal feroz

Jesús Mosterín

 

***

Jesús Mosterín (Bilbao, 1941) é com toda a probabilidade, uma das mentes mais lúcidas do nosso tempo.

 

Filósofo, Catedrático de Lógica e Filosofia da Ciência, da Universidade de Barcelona, professor de investigação no Instituto de Filosofia da CSIC, membro do Centro de Filosofia e Ciência de Pittsburgh, da Academia Europeia de Londres, do Instituto Internacional de Filosofia de Paris e da Academia Internacional de Filosofia e Ciência, é, além disso, um magnífico conversador, preciso, honesto. Homem do mundo, viajado, pode fazer gala de uma sensatez sem brechas, e tem um grande sentido de humor.

 

***

«ÉTICA, ANIMAIS E DIREITOS»

 

Jesús Mosterín, Hugo van Lawick e Félix Rodríguez de la Fuente em África em 1969.

 

O interesse de Mosterín pela natureza selvagem levou-o já em tempos a colaborar com o famoso naturalista e documentalista Félix Rodríguez de la Fuente, num esforço por estender primeiro a Espanha e depois ao resto do mundo, o conhecimento e o valor da natureza viva e em especial dos animais selvagens, o qual culminou com a publicação da enciclopédia Fauna.

 

Opositor dos espectáculos cruéis, Mosterín tem tomado frequentemente uma posição pública contra as corridas de touros e o maltrato animal.

Contribuiu decisivamente para o debate que conduziu à abolição de corridas de touros na Catalunha em Julho de 2010.

 

Posteriormente publicou um estudo em que critica esta “tradição” argumentando contra quem a justifica.

 

Como presidente honorário do Projecto “Gran Simio” em Espanha, colaborou com Peter Singer na promoção dos direitos legais para os hominídeos não humanos (chimpanzés, bononos, gorilas e orangotangos).

 

Mosterín não aceita a existência de direitos naturais intrínsecos ou metafísicos (nem humanos nem dos animais em geral), contudo, pensa que uma sociedade politicamente organizada pode criar os direitos que considere oportunos através da acção legislativa do Parlamento, e que às vezes fazê-lo é preciso para evitar sofrimentos e desgraças desnecessárias.

 

Seguidor de Hume e Darwin, e levando em conta as deduções de Rizzolatti sobre os neurónios espelho, Mosterín considera que a nossa capacidade congénita para a compaixão, reforçada pelo contacto, pelo conhecimento e pela empatia constituem uma base mais sólida para o respeito moral a ter para com os animais não humanos, do que a mera e abstracta apelação aos direitos inerentes à natureza animal, inverificáveis.

 

Isto encaixa com a relevância que Mosterín atribui às emoções morais (como a compaixão) na Ética, em parte comparável ao papel desempenhado pelas percepções na ciência empírica

(Fonte Wikipédia)

 

publicado por Isabel A. Ferreira às 19:33

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