André Silva, deputado do PAN, reage à Carta Aberta de Manuel Alegre a António Costa
Hoje, Portugal pasmou com a Carta Aberta que Manuel Alegre escreveu a António Costa, pondo-se do lado da incultura e da incivilização, pedindo para os pobrezinhos da tauromaquia, para a continuidade da barbárie, algo que não combina com Liberdade, com Democracia, com Socialismo.
Manuel Alegre, não sabe, mas com a sua atitude anti-civilização, só está a favorecer o PAN e a enterrar o PS. Porque o discurso dele, de Manuel Alegre, é realmente de um conservador monarquista, não de um socialista contemporâneo.
E tal atitude antidemocrática só prejudica o PS. E ainda bem, porque os Portugueses já estão fartos das políticas retrógradas de quem está com os pés fincados no passado, e se recusa a evoluir. Pode ser que tudo isto contribua para uma mudança. PS, PSD, PCP e CDS/PP são todos farinha do mesmo saco, no que respeita ao apoio às práticas medievalescas (touradas e caça) quando o mundo grita por Evolução.
Confrontado com a Carta Aberta de Manuel Alegre, o deputado do PAN (Partido Pessoas-Animais-Natureza) André Silva, referiu que a reacção de Manuel Alegre, que se manifesta contra o que diz ser o "fanatismo do politicamente correcto", é normal num conservador. O deputado do PAN considera ainda que as reacções como as de Manuel Alegre, são normais quando se quer dar passos civilizacionais e se está preso a uma cultura do passado, mas que aos poucos se vai destruindo.
Para André Silva, não estão apenas em causa os gostos das pessoas, mas também implicações na vida de terceiros, ou seja, dos animais envolvidos nessas práticas, seres sencientes, e acrescenta que a sociedade portuguesa do século XXI não aceita mais a utilização de animais para entretenimento.
Para ouvir as declarações de André Silva, clicar neste link:
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Mas afinal, o que tanto traz agitado Manuel Alegre, o caçador?
«Carta aberta a António Costa
É chegada a hora de enfrentar cultural e civicamente o fanatismo do politicamente correcto.
Antes mesmo de ele existir, já eu apoiava este Governo que tem vindo a espantar o diabo tantas vezes anunciado. Portugal, apesar das dificuldades, é hoje uma boa excepção, numa Europa e num Mundo marcados por um processo de desconsolidação da Democracia e pela emergência de várias formas de populismo. Os partidos tradicionais estão em decadência, alguns em vias de desaparecimento. E a revolta popular contra o sistema já não está do lado da esquerda, passou para a direita, estimulada e manipulada pela hegemonia do poder financeiro global.
Devíamos estar atentos. Mas às vezes a euforia conduz à distracção. Eu, por exemplo, vivo uma situação paradoxal. Apoio esta solução governativa, o PS está no poder e, no entanto, por vezes sinto a minha liberdade pessoal ameaçada. Não por causa do que se passa no Mundo. Mas porque o diabo esconde-se nos detalhes. Está no fundamentalismo do politicamente correcto, na tentação de interferir nos gostos e comportamentos das pessoas, no protagonismo de alguns deputados e governantes que ninguém mandatou para reordenarem ou desordenarem a nossa civilização.
(Liberdade pessoal ameaçada, a liberdade de matar animais indefesos, para passar o tempo? Fundamentalismo do politicamente correcto, na tentação de interferir nos gostos, quando o que aqui está em causa não são gostos, mas passos evolutivos, que todos os deputados da Nação deviam dar, para reordenarem a nossa civilização, corrompida por actividades bárbaras, e o que fazem? Vergam-se aos lobbies da barbárie).
O deputado do PAN foi legitimamente eleito. Com pouco votos, mas foi. Tem o direito de defender as suas opiniões. Mas não pode virar o país do avesso, com a cumplicidade dos fundamentalistas de outros partidos (com a honrosa excepção do PCP) e o calculismo dos que pensam que, em certas circunstâncias, o voto dele pode ser útil para a maioria. Uma espécie de um novo deputado “limiano”, salvo o devido respeito. O facto é que um deputado, um só, traz milhares de portugueses inquietos. Isto não é normal nem saudável numa Democracia pluralista. De modo que é chegada a hora de enfrentar cultural e civicamente o fanatismo do politicamente correcto. É uma questão de liberdade. Liberdade para não gostar de touradas. Mas liberdade para gostar. Liberdade para não gostar da caça. Mas liberdade para gostar. Algo que não se pode decidir por decreto nem por decisões impostas por maiorias tácticas e conjunturais, Não é democrático. Para mim, que sou um velho resistente, cheira a totalitarismo. E não aceito.
[Pois Manuel Alegre está redondamente enganado e vê-se que vive na sua bolha de caçador e não vê o que o rodeia. O deputado André Silva não traz milhares de Portugueses inquietos. Traz apenas alvoroçadas umas centenas de caçadores e tauricidas, porque os restantes Portugueses clamam pela abolição dessas práticas trogloditas. E na caça ou na tourada não há liberdade para gostar, porque essas práticas não são uma questão de gosto, mas de Ética Civilizacional, que é um conceito que caçadores e tauricidas desconhecem. E um socialista, que devia ser progressista, segue os valores retrógrados monarquistas e ditatoriais, que o 25 de Abril não foi capaz de banir.]
Por isso, meu caro António Costa, peço-lhe que intervenha a favor de valores essenciais do PS: o pluralismo, a tolerância, o respeito pela opinião do outro. Peço-lhe que interceda pela descida de 6% do IVA para todos os espectáculos, sem discriminar a tauromaquia, já que os prejudicados serão os mais pobres, os trabalhadores que tornam possível este espectáculo. Peço-lhe que se oponha à proposta do PAN para alterar a Lei 92/95, que vem comprometer várias actividades do mundo da caça, como provas de Santo Huberto, largadas cinegéticas e cetraria – Património Mundial da Humanidade. A alteração da referida Lei provocará danos irreversíveis em muitas associações e clubes de caçadores, clubes de tiro desportivo, campos de treino e caça. Estão em causa centenas de postos de trabalho e elevadas perdas económicas para o País, sobretudo para aquelas regiões onde a empregabilidade e a actividade económica estão quase exclusivamente ligadas à caça. Sim, meu caro António Costa, trata-se de uma tradição cultural e social que é parte integrante da nossa civilização. É, também, um problema que diz respeito ao emprego e à vida de milhares de pessoas. E é, sobretudo, uma questão de liberdade, que sempre foi a a essência e a alma do Partido Socialista. Militante histórico do PS; escritor
[Que discurso mais minguado, rogar ao caro António que mantenha o IVA para os pobrezinhos torturadores de Touros, que recebem milhares de Euros, provenientes dos impostos dos portugueses, para comprar Ferraris e Porches, e torturar seres sencientes. Este último parágrafo desta Carta Aberta, mostra a mesquinhez de espírito de um indivíduo que perdeu a noção da realidade do século XXI D.C., e do que é o verdadeiro Socialismo. Não, isto não é sobretudo uma questão de liberdade, que sempre foi a essência e a alma do Partido Socialista, porque essa essência e alma do Partido Socialista perdeu-se ao negarem o progresso, a evolução da nossa descarrilada sociedade. Além disso, ser militante histórico do PS e escritor não são habilitações suficientes para levar o diploma de Progressista. Não vou repetir-me. Deixo aqui o que já escrevi sobre esta posição retrógrada de alguém que se diz socialista, mas perdeu a noção do que ser socialista requer] :
Isabel A. Ferreira
Fonte da Carta Aberta:
Ontem, decidi ouvir, no Jornal da Noite da TVI, o que Miguel Sousa Tavares tinha a dizer sobre o IVA das touradas e sobre a corajosa atitude da actual Ministra da Cultura, que considera que evoluir faz parte da Civilização (este é um recado para a Manuela Moura Guedes).
Os trogloditas acham que existe uma perseguição à tauromaquia.
O termo não é perseguição, é acção, acção em prol da evolução.
E já não é sem tempo! Basta de tanta incultura!
Na sua intervenção, Miguel Sousa Tavares começou por dizer: «Se calhar aquilo que a Ministra entende por civilização e civismo não é o mesmo que eu entendo».
Não é com toda a certeza. Nem pouco mais ou menos.
Sugiro a leitura deste texto, bastante actual, escrito em 2009, embora não seja acessível a mentes fechadas, para que se possa aferir o conceito hodierno de Cultura e Civilização:
Na sua intervenção, no Jornal da Noite na TVI, a alturas tantas, Miguel Sousa Tavares disse que «o PAN mete mais medo do que um Touro selvagem, na arena», disse que «o PAN aterroriza a Assembleia da República. Ah! Grande André Silva!
Bem, que o PAN (sempre o disse eu) é a mosca que incomoda o elefante, na Assembleia da República, é uma verdade incontestável.
Meterá medo, sim, porque as ideias inovadoras, que conduzem à evolução das sociedades, sempre assustaram as mentes medíocres.
Porém, que meta mais medo do que um Touro selvagem na arena!!!
Selvagem???
Como se os Touros fossem animais selvagens, por natureza! Como se os Touros não fossem bovinos, animais ruminantes, pacíficos, que gostam de pastar tranquilamente nos prados. E que, por ventura, se tornarão “selvagens”, em situação de legítima defesa, quando atacados por animais-humanos selváticos, tal como acontece a qualquer um de nós. Quem já não foi de meigo a selvagem diante do ataque de um animal-homem selvático? Eu já fui.
Estarreceu-me ouvir o Miguel dizer que nós, que pugnamos pela abolição das touradas, temos medo de que as crianças ao verem torturar touros na RTP, fiquem a gostar de touradas, como se as crianças fossem muito parvas, elas, que gostam de animais e ainda não têm as mentes deformadas, ficam horrorizadas com tais cenas sangrentas e brutais. E dizer que elas vêem coisas muito mais horríveis, por exemplo, nos videojogos, absolutamente impróprios para crianças, (e esta parte é verdade), comparando bonecos animados, que são esborrachados e mortos sem dó nem piedade, com touros vivos, que são torturados e sangrados ao vivo, é de uma falta de clarividência descomunal.
Mas o que não dizem os aficionados de selvajaria tauromáquica para defender o indefensável!
Para concluir, recomendo também a consulta do seguinte texto, para aferir o conceito de incultura, aquela da qual faz parte a tauromaquia:
Toda a verdade sobre as touradas
Isabel A. Ferreira
Pois é! É que a caça está no mesmo patamar das touradas, ou seja, ambas são práticas bárbaras, onde se tortura e mata animais indefesos, por mero divertimento.
Os caçadores matam animais e dizem que fazem muito por eles (pelos animais) e pela Natureza, como se nós fôssemos muito estúpidos.
A etapa de caçador, no percurso evolutivo do homem, é a etapa mais primitiva. De caçador passou a colector, de colector a agricultor, e hoje o Homem vai à Lua.
Manuel Alegre é caçador. Não seria preciso dizer mais nada.
Mas vou dizer, porque me repugna os poetas que gostam de matar ou ver matar e torturar animais indefesos, algo que não faz parte da Cultura e da Civilização do Homem Contemporâneo.
Origem da imagem: Internet
O ex-candidato presidencial Manuel Alegre manifestou-se esta quinta-feira muito incomodado com as declarações da ministra da Cultura, Graça Fonseca, sobre as touradas no Parlamento. "É este tipo de intolerâncias que cria os Bolsonaros", disse Manuel Alegre ao jornal PÚBLICO.
Contudo, de acordo com Leonardo Boff, com o qual estou completamente de acordo, «tudo tem limites, também a tolerância, pois nem tudo vale neste mundo. Os profetas de ontem e de hoje sacrificaram as suas vidas porque ergueram a sua voz e tiveram a coragem de dizer: "não te é permitido fazer o que fazes". Há situações em que a tolerância significa cumplicidade com o crime, omissão culposa, insensibilidade ética ou comodismo. Não devemos ter tolerância com aqueles que têm poder de erradicar a vida do Planeta e de destruir grande parte da biosfera.»
Não devemos ter tolerância com aqueles que se divertem a matar e a torturar animais indefesos, porque tal não faz parte da Ética, da Civilização, da Evolução Humana.
Não podemos ser tolerantes com gente que não respeita a Vida. A vida de qualquer ser vivo é tão importante para ele, como a nossa vida é importante para nós. Daí que não possamos ser tolerantes com gente que mata e tortura animais apenas para se divertir ou passar o tempo.
Não podemos ser tolerantes com os trogloditas, sejam eles caçadores/poetas, ou escritores, ou pintores, ou presidentes da República, ou tauricidas.
Incomodado com a posição defendida pela ministra da Cultura relativamente às touradas, Manuel Alegre assume que "atitudes como" a de Graça Fonseca "colocam a democracia em causa".
Mas qual democracia? Torturar e matar animais não-humanos é uma atitude antidemocrática, porque não farás aos outros (sejam esses outros animais humanos ou não-humanos) o que não gostas que te façam a ti. E este é um princípio democrático, que remonta quase ao início dos tempos. Um preceito universal já conhecido entre os povos muito antigos.
Ao explicar que o Governo não pretende recuar no fim da isenção do IVA para toureiros, Graça Fonseca disse: "Quanto à tauromaquia não é uma questão de gosto, é de civilização e manteremos como está". O CDS logo se indignou, no hemiciclo e fora dele, mas agora também os socialistas estão a mostrar o seu desagrado.
Eu direi: estão a mostrar o seu IMO. Não estão a demonstrar o seu desagrado. Os socialistas (não serão todos, mas como não se manifestam, são medidos pelo mesmo alqueire) estão de conluio com as máfias da tauromaquia e da caça. Os socialistas apoiam estas políticas carniceiras da monarquia e da direita republicana.
E Manuel Alegre diz ao PÚBLICO, esta coisa espantosa: «O que está aqui em causa com as suas [da Ministra da Cultura] declarações é a liberdade de uma grande tradição ibérica reflectida por muitos escritores e artistas de todas as áreas. […] Agora são as touradas, depois há-de ser a caça e depois o livro que podemos ou não ler ou o filme que podemos ou não ver".
Pois. O problema aqui é que a caça pode vir a ser atingida pela flecha certeira da Civilização. O que vale é que os caçadores são uma espécie em extinção. A nova geração é feita de outro barro. Jamais a Cultura Culta, da qual fazem parte os livros e os filmes, estará no mesmo saco da caça e das touradas.
Como é possível aliar um costume bárbaro, introduzido em Portugal pelo rei espanhol Filipe I (II de Espanha, e que não regulava lá muito bem da cabeça) a uma tradição ibérica, reflectida por muitos escritores e artistas de todas as áreas, como se os tais escritores e artistas, que os trogloditas tanto gostam de citar, fossem deuses intocáveis ou gente de boa índole, e não tivessem grandes pancas, ou não fossem cruéis como Picasso, ou com graves problemas psicológicos, como Hemingway (que se suicidou) e Garcia Lorca. Além disso, na época dessa gente não se sabia o que hoje se sabe sobre a senciência animal. Mas a dúvida persistirá: uma vez bárbaro, bárbaro para sempre? Os contemporâneos têm toda a informação, e continuam aficionados, porque pau que nasce torto nunca se endireita (são raríssimos os que se endireitam), e o facto de serem artistas ou escritores ou frequentarem universidades não implica que tenham boa índole. Os maiores assassinos da História da Humanidade foram (e são) gente com cursos e cargos dos mais superiores. Porque isto da boa índole, do carácter, do IMO forma-se no berço.
Manuel Alegre diz que a introdução do IVA agora decidida "é uma perseguição aos toureiros e a uma actividade que mexe com milhares de pessoas". Mas que milhares de pessoas? Talvez umas centenas. Contudo, uma actividade sangrenta, brutal, irracional, inculta, estúpida, cruel e desumana, ainda que mexa com centenas de pessoas, não pode justificar a sua existência. Essas pessoas que vão plantar batatas, porque plantar batatas também alimenta bocas, e é uma profissão digna. Ser toureiro nem profissão é. Plantar batatas poderá não dar para comprar Ferraris e Porches, mas enche o estômago.
E Manuel Alegre não se contentou a fazer uma triste figura com estas declarações anti-civilização. Teve o desplante de deixar um aviso a Graça Fonseca e a outros políticos, como se ele fosse o dono do mundo, e disse esta coisa incrível: "Falar de touradas pode dar muita visibilidade, mas há problemas mais graves de que os deputados e governantes não falam, como por exemplo o desaparecimento dos cavalos marinhos da Ria Formosa ou a proliferação de eucaliptos por todo o país".
Pois o governo da geringonça não fala desses problemas e de muitos outros mais, aliás muito cabeludos, como o da ilegalidade do acordo ortográfico de 1990, por exemplo, porque não lhes convém, o que não tira que a actual Ministra da Cultura, confrontada com a pergunta da deputada do CDS/PP, não tivesse o direito e o dever de lhe responder adequadamente, pondo a questão no plano da Civilização.
Era o que mais faltava, um caçador vir admoestar uma Ministra da Cultura, a mais equilibrada que já tivemos desde há longos, longos anos, apenas porque esta defendeu a Civilização!
E Manuel Alegre conclui, de um modo, inacreditável, apenas condizente com mentalidade da direita: «Isto não é uma questão de gostar ou não gostar. Isto não pode ser uma questão de natureza filosófica como a ministra quer fazer crer».
Pois esta coisa das touradas nada mais é do que uma questão filosófica, uma questão social, uma questão cultural, uma questão moral, uma questão civilizacional, que a senhora Ministra da Cultura teve a lucidez e a coragem de levar para um hemiciclo que, na sua maioria, pugna pela incultura e pela incivilização.
E nós, a esmagadora maioria dos Portugueses, estamos com a senhora Ministra da Cultura, nesta questão, e vaiamos o poeta da carnificina.
Faço inteiramente minhas as palavras do Comandante Manuel Figueiredo, um dos muitos portugueses que enviaram à senhora Ministra Graça Fonseca, o seu apoio:
Para terminar, diz a notícia que o primeiro socialista a mostrar a sua indignação foi o deputado Luís Moreira Testa, que escreveu no Facebook: «Gabriel García Márquez, Mario Vargas Llosa, Ernest Hemingway ou Federico García Lorca. É desta civilização que eu faço parte, mas também da de Goya, Dalí ou Picasso e de tantos outros, como Jorge Sampaio ou Manuel Alegre».
Pois o senhor Luís Moreira Testa tem todo o direito de expressar o que lhe vai na alma, e os seus gostos literários e de amizade. Contudo, é preciso dizer que a todos os cidadãos citados, falta-lhes o sentimento maior que faz de um ser, um verdadeiro Ser Humano: a empatia. Dir-se-á, igualmente, que todos esses senhores ficarão para a História, quando a bárbara tauromaquia estiver extinta, do mesmo modo que ficaram os imperadores romanos, apoiantes do bárbaro Circo Romano, ou seja, serão lembrados como seres incivilizados, incultos, primitivos, dotados de instintos cruéis, ou seja, ficarão lembrados como seres desumanos.
Todos esses nomes já constam do Livro Negro da Tauromaquia, facto que não dá prestígio a nenhum deles.
Isabel A. Ferreira
Fonte da notícia:
Porém, vozes de trogloditas não chegam ao céu.
Podem estrebuchar, podem chorar, podem gritar, podem dizer que a tauromaquia é que é, o facto é que a tortura de bovinos para divertir sádicos e psicopatas jamais ascenderá a Cultura Culta e pertencerá ao mundo civilizado.
A actual Ministra da Cultura tem essa percepção. E até que enfim, uma senhora lúcida e evoluída ocupa um cargo que, há vários anos, estava na mão de trogloditas.
Exma. Senhora Dra. Graça Fonseca,
Digníssima Ministra da Cultura,
Congratulo-me com a resposta que V. Exa. deu à Deputada Vânia Dias da Silva (CDS/PP), aquando do debate na generalidade da proposta de Orçamento do Estado para 2019, ao dizer que a tauromaquia não é uma questão de gosto, mas uma questão de civilização, algo que vai ao encontro do que a esmagadora maioria dos Portugueses pensa.
Porque foram muitos, muitos anos, a achar (não a pensar) que a tauromaquia era arte, era cultura, era tradição que fazia parte da cultura portuguesa, uma mentira apoiada por membros do governo que sempre estiveram do lado errado, ou seja, do lado da incultura, é natural que uma atitude lúcida e civilizada, como a protagonizada por V. Exa., tivesse provocado esta reacção insensata por parte dos que ainda não evoluíram e não se aperceberam de que o mundo progrediu e a Idade Média já não existe.
Quero, pois, deixar a V. Exa. a minha solidariedade, e agradecer, em nome da Civilização, a coragem de a defender perante uma audiência que, maioritariamente, protege a tauromaquia: prática bárbara, cruel, irracional, inculta e desumana, como prova o seguinte artigo:
A VERDADE PERVERSA SOBRE A TORTURA DE TOUROS E CAVALOS, ANTES, DURANTE E DEPOIS DA LIDE
https://arcodealmedina.blogs.sapo.pt/484004.html
Com os meus melhores cumprimentos,
Isabel A. Ferreira
Habemus Ministra da Cultura!
Pois já era tempo de termos uma Ministra da Cultura culta e interessada pela civilização, porque Portugal ainda se encontra num patamar muito medievalesco, no que respeita a certos actos bárbaros, validados por deputados da nossa desventurada Nação.
E tanto isto é verdade que ainda é possível ver por aí comentários como o que a imagem mostra, naturalmente oriundos de gente primitiva que ficou especada na Idade das Trevas e ainda não se apercebeu de que o mundo se iluminou e evoluiu.
Que mentes mais deformadas! A tauromaquia é que quer, porque quer, impor a ditadura do gosto, porque desconhece a noção de civilização; e insulta a Humanidade, com os seus actos bárbaros, cruéis, violentos. Mas não nos surpreende que os tauricidas queiram inverter os papéis. Sonhar que têm alguma importância na sociedade é a única coisa que lhes resta.
É de louvar (e até que enfim, podemos louvar alguma coisa!) a resposta que a actual Ministra da Cultura, Graça Fonseca, deu a Vânia Dias, deputada pelo CDS/PP, a qual, na sua pobre infeliz intervenção no Parlamento, acusou o governo de discriminação e imposição de uma ditadura do gosto relativamente à manutenção do IVA a 13% para as actividades tauromáquicas, a que Graça Fonseca respondeu do seguinte modo:
“Senhora deputada, a tauromaquia não é uma questão de gosto, é uma questão de civilização e manteremos como está.”
(Aqui, dizemos nós, o IVA bem poderia subir para os 23%, porque a tortura de Touros é um mal social).
Depois de tantos anos a ver ministros a vergar-se à incultura, ouvir uma frase destas faz bem à alma.
Quanto ao desespero e desagrado dos tauricidas… temos pena.
Não há mal que sempre dure… e já é mais do que tempo de Portugal se descartar destas actividades bárbaras e medievalescas.
O tempo é outro!
Isabel A. Ferreira
Fonte da notícia:
Um excelente texto de André Filipe Marques, Membro de Açores Global e Respeito pelos Animais, para se reflectir sobre a iniquidade das touradas.
(Os excertos a negrito são da minha responsabilidade (IAF)
Origem da imagem: Internet
Texto de
André Filipe Marques
«A tourada que decorre numa espécie de santuário público, no qual toureiros e cavaleiros estimulam um touro bravo a lutar até à morte, forma parte de um espectáculo bárbaro, próprio de quem não é polido, cortês, por todo o mundo, em todo o mundo.
Numa época em que habitamos um país que apela à civilização, ao respeito recíproco, à merda de um simples cumprimentar, a tudo o que é relativo a mutualismos, o planeta continua a acreditar - inocente ou não - que a tourada é um meio exequível, que pode ser um espectáculo feito de forma transparente, um meio de transporte de segurança para a cultura de um povo, ou de novas gerações.
Agasta-me a farsa abundante e patenteada no rosto dos que produzem movimentos de desconsideração perante um animal que está irremediável perdido, os cornos presos por um fio, a falta de escrúpulos ligada a uma violência desmedida que mais não é um acto presunçoso de enaltecimento, elevado às nuvens.
Assusta-me verdadeiramente o capítulo principal da tourada. Custa-me, de morte, assistir à preparação de um final inglório; de um animal privado de comida, de água, de vida. Da simples vida, o tal direito pertencente. O suportar de uma cessação produzida, devidamente caracterizada, com roupas finas e sapatos caros. Efectivamente, um ser humano que está preparado para matar, e vê no acto a fórmula sem erros de viver, é capaz de cometer outras mais atrocidades contra a vida existente, com olhos vermelhos de raiva e boca a salivar, desejosa.
Infelizmente somos um povo de estrangeirismos, um povo de injecções, um povo de pouca ou nenhuma originalidade, competência. A Espanha o que é devido, por favor. A Portugal o que é de Portugal, por favor.
O deputado André Silva afirma à Agência Lusa que "O nível de rejeição é enorme por este espectáculo que vive da tortura. Estamos prontos, enquanto sociedade e país evoluído e progressista, para rejeitar que mutilar e rasgar a carne de um animal, fazê-lo cuspir sangue, seja uma tradição cultural."
Reforço, uma e outra vez, que um ser humano que está preparado para matar, e vê no acto a fórmula sem erros de viver, é capaz de cometer outras mais atrocidades contra a vida existente, com olhos vermelhos de raiva e boca a salivar, desejosa.»
Agora é Arruda dos Vinhos, uma terreola que deve bastante à civilização, no que respeita a divertimentos, a candidatar tertúlias móveis a património nacional, como se isso pudesse travar o processo em curso da abolição das touradas.
Tais pretensões só dizem do desespero dos tauricidas, que estão a ver esta prática troglodita a cair num abismo…
Repare-se nesta imagem:
Fonte da imagem:
Agora, digam de sua justiça, quem tem os neurónios a funcionar, se isto que aqui se vê é algo que possa estar no pódio do Património Nacional.
Uma prática assente na estupidez, na ignorância, na violência, no maltrato animal, na crueldade, na falta de senso comum, na maior pobreza de espírito, enfim, nada aqui leva ao conceito de património da humanidade, mas tão só de património da desumanidade dos que ainda não conseguiram evoluir, e acham que torturar bovinos é um bem imaterial herdado de antepassados ainda menos evoluídos, e que merece ser preservado como uma relíquia de tempos antigos e tenebrosos.
Mas coitados, deixai-os sonhar. Vivem na ilusão de que podem perpetuar uma prática moribunda que não se encaixa nos tempos modernos.
Ó gentes de Arruda dos Vinhos, que não sois capazes de olhar para a frente, andais às arrecuas com a cabeça virada para trás, e não vedes que essas práticas trogloditas não pertencem ao presente, mas a um passado desiluminado, sombrio, assente na maior das ignorâncias!
Sonhai. Tentai elevar o que rasteja. A queda será muito maior e fatal. Mas é o que merecem, por rejeitarem a evolução.
Isabel A. Ferreira
Depois daquela monumental demonstração de atraso civilizacional, protagonizada pela maioria dos deputados da Nação, no Parlamento, quando se negaram a dar um passo em direcção à evolução, ao chumbarem o Projecto de Lei do PAN, para a Abolição das Touradas em Portugal, choveram críticas de todos os lados.
É que os Portugueses esperavam que os deputados da Nação fossem evoluídos.
Reuni aqui três textos basilares que arrasam a atitude troglodita de partidos como o PS e PCP (que se dizem de esquerda) unindo-se aos partidos da direita (PSD e CDS/PP) naquele que é um acto da maior subserviência a um lobby menor e parasita, o qual vive à custa dos impostos dos Portugueses.
Primeiro texto:
Representante da Juventude Socialista chama "retrógrados, masoquistas e psicopatas" a deputados do PS
Foto: João Biscaia
Débora Rodrigues, 26 anos, representante da Juventude Socialista, na Comissão Nacional do Partido Socialista e adjunta do secretário de Estado do Tesouro, Álvaro Novo - de quem já foi chefe de gabinete em regime de substituição - não gostou de ver o PS a chumbar a Abolição das Touradas na Assembleia da República, no passado dia 6 de Julho e decidiu publicar na sua página do Facebook o seguinte:
«Uma vergonha para o país e para o partido, os deputados do PS que tomaram a decisão de votar contra ou se abster, ou preocupados com os eleitoralismos regionais ou então aficionados por serem simplesmente retrógrados, masoquistas e psicopatas que gostam de touradas».
E disse mais, nos seus comentários:
«Quero acreditar que são poucos (os socialistas) ou então o nível de inteligência dos deputados eleitos pelo PS é menor do que aquele que pensava… Que eu saiba o nível de inteligência de um ser humano também se mede pela capacidade de viver e conviver num mundo em que não é o único ser, preocupando-se com o seu futuro e com o futuro dos outros, bem como com o meio em que vive...»
Certíssimo.
Esta atitude da Débora Rodrigues é de louvar, por dois motivos:
Primeiro: tem personalidade própria, não é seguidista, nem retrógrada, nem sádica, nem psicopata.
Segundo: a sua atitude demonstra que tem os pés fincados no século XXI D. C., e não cheira a mofo, como os socialistas medievalescos e seguidores de uma prática monarquista de direita.
E o que a Débora escreveu não são insultos. Porque a Débora limitou-se a dizer a verdade. E dizer a verdade não é insultar.
Para completar, aqui ficam os nomes dos oito deputados socialistas (em 86) que votaram a favor da Abolição das Touradas em Portugal: Pedro Delgado Alves, Rosa Albernaz, Ana Passos, Luís Graça, Diogo Leão, Hugo Carvalho, Tiago Barbosa Ribeiro e Carla Sousa. Os NIM, 12 deputados socialistas, abstiveram-se.
Eu também me envergonho deste PS que se diz de esquerda e pratica esta política de direita.
Segundo texto:
«Avante pela tradição»
Um texto de Viriato Teles
«O «respeito pela diversidade cultural e pela tradição» foi o principal argumento esgrimido no parlamento para chumbar a proposta de abolição das touradas apresentada pelo PAN. Que se discuta a proibição e as suas envolventes sociais, ainda posso entender. Agora, chamar àquilo «cultura», desculpem, mas há limites para a parvoíce.
Não estou seguro de que proibir as touradas seja a melhor opção para acabar com elas, mas por algum lado tem de se começar. Porque, disso tenho a certeza, quando esse entretenimento perverso for abolido (seja pela lei, seja pela grei) Portugal terá dado mais um importante passo civilizacional. Concretizando, afinal, o que já foi tentado, há quase 200 anos, por Passos Manuel – e, antes dele ainda, pelo Papa Pio V que, no século XVI, emitiu uma bula contra «esses espectáculos sangrentos e vergonhosos dignos de demónios e não dos homens». A luta contra as touradas, como se vê, já vem de longe.
A proposta de lei do PAN tinha fragilidades, mas era um ponto de partida. Que podia, e devia, ser melhorado e acrescentado, mas é para isso mesmo que existe a Assembleia da República. A aprovação da lei traria problemas e não seria consensual? Com certeza. Mas não foi sempre assim que se deram os grandes avanços da história e da civilização?
Resistir à mudança é próprio de todos os sistemas: por mais modernos que julguem ser, são sempre estruturalmente conservadores. E quando essa mudança atinge um potencial eleitorado, os partidos são os primeiros a temê-la e preferem «atirar a areia para debaixo do tapete». Já não em nome de princípios, como aconteceu noutros tempos, mas de meros fins eleitorais de curto prazo e efeito duvidoso.
O invocado «respeito pela tradição» não é um argumento sério: a ser assim, ainda a escravatura seria legal e socialmente aceite, as mulheres continuariam a ser propriedade dos maridos, os «crimes-de-honra» ainda seriam tolerados, uma jornada de trabalho duraria de sol-a-sol, e por aí adiante.
Quanto à «diversidade cultural», só se for em homenagem à ex-ministra Canavilhas, a quem a indústria tauromáquica tanto deve – afinal, foi ela quem incluiu o divertimento taurino na lista dos produtos culturais. Sim, aconteceu, e foi já no século XXI. Admiro pessoas com sentido de humor, mas este parece-me excessivamente negro.
Ora se este enredo de algum modo se compreende quando executado por políticos de direita, já começa a ser mais difícil de entender quando é usado por arguentes de esquerda. Ângela Moreira, a parlamentar escalada pelo PCP para o debate, conseguiu superar-se na justificação, quando explicou, sem se rir, que «o caminho que há a fazer é o do respeito pela diversidade cultural e o da efectiva responsabilização do Estado na promoção de uma relação mais saudável entre os animais e os seres humanos, acompanhada de uma acção pedagógica com o objectivo de sensibilizar os cidadãos, em particular as crianças e os jovens, para a importância do bem-estar animal e a sua efectiva protecção». Só faltaram os violinos.
Para a deputada comunista, ao propor o fim das touradas, «o PAN não admite que haja outras culturas, identidades, tradições, sensibilidades que não as suas, só admite os seus próprios padrões culturais e morais e quer impô-los, se possível pela lei e pela força».
Acontece que foi precisamente uma «visão cultural uniformizada e uniformizadora do mundo» o que o PCP demonstrou, por exemplo, nos debates recentes sobre a canábis ou a eutanásia, alijando-se numa visão conservadora e temerosa que contradiz a própria história, muito honrada, da luta travada por várias gerações de comunistas portugueses em prol de um mundo novo e livre.
Mas acontece também que, seja por convicção ou por oportunismo, nos dias de hoje o Partido Comunista surge com demasiada frequência ao lado dos que, por duvidosos princípios morais ou obscuros interesses materiais, procuram controlar os nossos hábitos, os nossos comportamentos, os nossos vícios e as nossas virtudes – as nossas vidas, em suma.
A legalização da canábis pode levar à tolerância legal do consumo recreativo? E então?
A descriminalização da eutanásia pode levar à prática de crimes? Provavelmente sim. E vice-versa também.
O fim das touradas cria um problema económico e social? Talvez. O fim do império também criou, e bem maior, mas nem por isso deixou de acontecer. Porque era o que tinha de ser feito, é assim a normal evolução da história e da vida. Porque «todo o mundo é composto de mudança / tomando sempre novas qualidades», lembram-se?
Acabado o sonho de mudar o mundo como queria Marx, valeria a pena pensar em mudar a vida como propunha Rimbaud. Ou fazer por isso. Tradicionalmente, é esta a função de um partido revolucionário, ou pelo menos de esquerda.
Mas, definitivamente, a tradição já não é o que era. Nem o PCP.»
Fonte:
https://www.rtp.pt/noticias/opiniao/viriato-teles/avante-pela-tradicao_1086634
Muito bem, Viriato Teles.
Também a mim me faz “espécie” que o PCP, dizendo-se um partido de esquerda, pratique uma política monarquista de direita, porque todos sabemos que isto das touradas é um costume bárbaro introduzido em Portugal pelo rei Filipe II de Espanha, I de Portugal, e era um entretenimento dos monarquistas abastados, porque os pobres entretinham-se a jogar à patela, no chão lamacento…
Terceiro texto:
«Torturar Touros e enforcar Cães»
Muito bem, Diogo Faro.
Celebro a sua lucidez, que anda tão arredada dos fantoches políticos que nos desgovernam, e que mantêm uma pequena fatia do povo português estagnado em águas turvas e fétidas.
Opinião de Diogo Faro
«Peço desculpa pelo título, às pessoas que ainda têm alguns sentimentos e que até apreciam a evolução da civilização, mas vamos ter de falar nisto.
A proposta para a abolição da tourada foi chumbada no Parlamento, como era esperado, convenhamos. E entende-se. Um dos elementos baluarte dos tauromáquicos é que aquela espécie de touros se vai extinguir com o fim da tourada. Os antepassados das pessoas que dizem isto também diziam que a abolição da escravatura ia acabar com todas as pessoas pretas. E veja-se o que aconteceu, hoje em dia só existem brancos, para grande pena do KKK e grupos que tais. O que nos leva a aceitar que há torturas que valem a pena.
O líder parlamentar do CDS apontou para algumas dezenas de pessoas que assistiam à sessão na Assembleia. Vestiam todas blazer de bom corte, camisas engomadas pela criada (provavelmente preta, para tentar ainda salvaguardar a espécie), corte de cabelo irrepreensível (muitos com gel e puxadinho atrás) e algumas ainda envergavam um Terço prateado ao peito, Deus as tenha, provavelmente todas com os seus BMs e Mercedes Pato Bravo estacionados lá fora. E então o líder do CDS falou e disse: “se a tauromaquia é uma fonte de rendimento para tanta gente, como é que estas pessoas vão sobreviver com a abolição da tourada?”. Comovi-me. E aceitei que de se espetar ferros que parecem lanças medievais em touros, se faça um espectáculo lucrativo para manter o estilo de vida destas pobres pessoas.
Agradeço então a todos os deputados que não deixaram a proposta de lei passar. Mais importante que o progresso civilizacional é preservar as tradições – não importa se são selváticas, são tradições e pronto! – e o financiamento dos baldes de gel e botões de punho dourados para aqueles senhores.
Por falar em psicopatia, algo do género que me chegou à retina foi a notícia de ter sido encontrada uma cadela enforcada numa mata em Casal de Cambra. Ah, e foi ainda descoberto que estava grávida. Não me vou alongar para não ficarem com estas imagens na cabeça como eu fiquei. Mas a linha é a mesma. Nós humanos, somos superiores – quem disse? Nós próprios, claro – a qualquer ser e temos o direito divino (?) a fazer com eles o que bem nos apetecer. A questão é, se torturar cães desta maneira for (ou vier a ser) tradição, é para preservar? Provavelmente sim. E com um bocadinho de sorte ainda se usa dinheiro do Estado (aquele que é de todos, sabem?) para se financiar a criação de cães para enforcamento e a televisão estatal ainda começa a transmitir espectáculos disso em horário nobre. Não é boa ideia? Se é para sermos bárbaros, então vamos sê-lo o tempo todo.
Sugestões mais ou menos culturais que, no caso de não valerem a pena, vos permitem vir insultar-me e cobrar-me uma jola:
- Costa Vicentina: É irem agora enquanto está pouca gente, àquela que é a minha zona preferida de todo o país.
- "The Incredible"s 2: Já está em exibição e foi com muito orgulho e felicidade que eu fiz uma das vozes da versão portuguesa. É só uma participação pequenina, mas ESTOU FELIZ, VÃO VER O FILME, VÁ!»
Fonte:
https://24.sapo.pt/opiniao/artigos/torturar-touros-e-enforcar-caes
Origem da foto:
É assim, em Portugal, numa época em que a tauromaquia é considerada o ópio dos psicopatas, dos sádicos, dos broncos, dos atrasados mentais, ou seja, dos que não evoluíram mentalmente ou têm mentes deformadas.
Em Alenquer, esta “coisa” redonda foi implantada num terreno camarário, com dinheiros públicos.
Em Alenquer a civilização ficou nos arredores.
Não existe nesta localidade algo mais útil para o povo, do que uma arena de tortura?
E pensar que este atraso mental e civilizacional tem o selo do governo português!
Não é vergonhoso e indigno de um país europeu?
Isabel A. Ferreira
Eles fingem ser estudantes. Mas não são. São prótoiros e não representam a Academia Coimbrã que disse um rotundo NÃO às garraiadas.
E esse NÃO mantém-se.
O que vai passar-se na Figueira da Foz, com o aval dos trogloditas figueirenses não passa de um insulto à Civilização, à Cultura Culta e à Democracia, um insulto bem condizente com o baixo nível moral, social, cultural e político de todos os envolvidos nesta prática medievalesca a realizar no antro de tortura da Figueira da Foz.
Isto jamais aconteceria se vivêssemos em Democracia. Isto condiz com a ditadura salazarista, por isso, continuo a gritar que o 25 de Abril ainda está por cumprir.
Para que conste…