«É o seu execrável gosto de quem se diverte com o sofrimento psicológico e físico de um animal mais sensível e inocente do que o Vasco de Sousa e dos seus aficionados.
Deve ser muito ignorante e pouco ou nada perceber de anatomia, fisiologia, neurologia.
Consciência e compaixão devem ser-lhe bastante estranhas. Veja lá se entende: às pessoas conscientes e dignas, não basta não assistir à tortura tauromáquica.
É preciso que ela termine, porque sem isso sabemos que touros e cavalos sofrem horrivelmente.
Isso indigna-nos, revolta-nos, provoca-nos ansiedade e desespero.
Nada disso aconteceria, se vocês deixassem os animais em paz e sem massacre.
E, por isso tudo vos culpamos! Além de serem torturadores dos animais não humanos, condenam os animais humanos, como eu, à indignação e à ansiedade.
Que vergonha e que sofrimento para animais, para Portugal e para portugueses é existir essa praga "tradicional, espectacular, sádica" e existirem pessoas que a executam, apoiam, aplaudem, negoceiam, legislam, autorizam.
Dou-lhe um conselho precioso! Pense por si, procure a verdade, informe-se junto de pessoas detentoras de senso comum equilibrado e no que a ciência ensina.
Não dê crédito a tanta falácia tauromáquica disparatada. Depois, esclarecido, mude para o nosso campo, arrependido de tanta aleivosia. Creio que o aceitaríamos, como exemplo de evolução».
Vasco Reis (Médico Veterinário)
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Comentário de Ana Luiza:
«É o que sempre digo, os criminosos e assassinos dos animais não humanos são os verdadeiros culpados por nossa desgraça e tormenta diária. O sofrimento vem por tabela, primeiro, os anjos indefesos animais são dizimados e logo vem o nosso... em conhecer como se dá todo o processo destrutivo dos seres mais puros do planeta, ou seja, os animais!!!»
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FAÇO MINHAS AS PALAVRAS DO DR. VASCO E DA ANA LUIZA
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Comentário de Jerónimo Augusto:
Excelente, amigo Vasco Reis, esse (que lamento chamar-se Vasco) de Sousa, não deve ser dotado do discernimento tão necessário para poder avaliar questões tão sérias e delicadas como os aspectos psicológico, fisiológico e emocional dos animais.
Infelizmente isso é uma característica comum a todos os que gravitam em torno da tauromaquia, isto é, aqueles que nela participam activamente, aos que assistem à barbárie e aos que legislam em favor dela.
De todos os que se dedicam a "tourejar", outra coisa não seria de esperar a não ser uma notória e acentuada imbecilidade que, para maior fatalidade, é apoiada por um governo que tem o sumo interesse em debelar a iliteracia em Portugal.
Mas enquanto não tivermos respeito por aqueles seres que connosco partilham o planeta e que como nós possuem emoções, por mais letrados que sejamos, seremos sempre um péssimo exemplo para a Europa e para o Mundo.
E ao senhor Vasco Sousa, aconselhamo-lo a despoluir a sua mente, e a civilizar-se, para merecer o respeito daqueles que lutam por uma sociedade digna e mentalmente mais saudável.
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Faço minhas as palavras do Jerónimo.
Exmo. Reverendíssimo Senhor Dom António de Sousa Braga:
Está prevista a realização de duas touradas à corda na Ilha Graciosa, nos próximos dias 2 e 3 de Agosto, integradas nas festividades de Nossa Senhora de Guadalupe (que deve estar a chorar lágrimas de sangue).
Considerando que a Igreja Católica deveria ter uma posição clara relativamente às touradas, que foram condenadas e proibidas, numa Bula ainda em vigor, pelo Papa Pio V, que as considerava «espectáculos alheios de caridade cristã»;
Considerando a crise socioeconómica em que os Açores estão mergulhados, à qual não ficam imunes as paróquias que se debatem com falta de recursos, e onde até se passa fome;
Considerando que a «tauromaquia é a terrível e venal arte de torturar e matar animais em público, segundo determinadas regras; traumatiza as crianças e adultos sensíveis; agrava o estado dos neuróticos atraídos por estes espectáculos e desnaturaliza a relação entre o homem e o animal, afrontando a moral, a educação, a ciência e a cultura» UNESCO, 1980;
Considerando que as touradas em nada contribuem para educar os cidadãos para o respeito a ter com todos os seres da criação divina, além de causarem sofrimento aos mesmos e porem em risco a vida dos adeptos de tal selvajaria;
Considerando que as touradas em nada promovem o turismo culto e de qualidade, que se quer para a Graciosa e para o Arquipélago dos Açores;
Venho manifestar a V. Reverendíssima, o meu mais veemente repúdio pela inclusão de uma “diversão” selvagem e cruel, como é a das touradas, sejam em que modalidade for, num programa de uma festividade da Igreja Católica, “diversão” essa que origina sofrimento, sem qualquer justificação, aos animais, e ferimentos e mortes aos adeptos dessa selvajaria, e repudiar também o mau uso de dinheiros da comunidade católica da Graciosa.
Esperando que V. Reverendíssima leve em conta estas linhas, que dizem do sentimento da esmagadora maioria dos açorianos, dos portugueses em geral e de milhões de cidadãos do mundo civilizado, e contribua para a evolução moral, cultural e religiosa desse Arquipélago, fico com a esperança de que elimine destas festividades e do território açoriano, definitivamente, este costume bárbaro e cruel, que não dignifica os Santos e Santas em nome dos quais se tortura um animal, que esteve presente no Nascimento de Jesus Cristo, naquele estábulo, em Belém… há 2014 anos...
Isabel A. Ferreira
Recebi esta carta, hoje, e é com emoção que a publico, porque além de ser aberta, contém matéria de interesse público, a favor dos meus amados Touros e Cavalos.
Obrigada, Dr. Vasco Reis, e bem-haja por ser como é.
Isabel A. Ferreira
Aljezur, 13 de Janeiro de 2014.
Cara Isabel,
Tenho acompanhado a sua dedicada, generosa, corajosa, persistente acção em defesa do ambiente, dos animais e das pessoas, o que reconheço e agradeço profundamente.
A obra é muito extensa, mas vou modestamente lembrar a sua intervenção quando alerta para uma iniciativa com o intuito de aliciar jovens para a tauromaquia, o que está a acontecer numa escola de Alter do Chão.
Esta iniciativa é protagonizada por um professor e seus apoiantes, entre os quais estão os pais de alunos.
O professor responsável, atingido pelo alerta da Isabel, não se conformou com a denúncia desta iniciativa destinada a criar futuros adeptos e artistas tauromáquicos e fez queixa contra si.
Por isso vai a Isabel responder perante autoridades neste dia 13 de Janeiro.
A tauromaquia é uma actividade extremamente cruel para os animais; degradante para os próprios aficionados, artistas, lobistas; extremamente prejudicial para o prestígio do país; deturpador de mentalidades juvenis; profundamente confrangedora para pessoas conscientes e compassivas.
Não deve, portanto, ser matéria didáctica.
Não obstante, tauromáquicos estão a aproveitar-se da persuasão sobre estes jovens, perante a indiferença ou com a conivência de pais, professores, escolas, institutos de juventude, ministérios, Misericórdias, igrejas, políticos, grande parte da sociedade.
Como a sabedoria tradicional ensina, “DE PEQUENINO SE TORCE O PEPINO”, para o bem e para o mal.
A Isabel é só uma das muitas pessoas que protestou contra esta perniciosa, escandalosa iniciativa.
Creio que não vai ter grandes dificuldades em justificar a sua atitude, feita no melhor interesse do país e das suas pessoas, nomeadamente dos seus jovens.
A propósito: há que fazer, desta vez para atingir o bem, algo paralelo ao que os tauromáquicos estão a fazer em escolas para levarem jovens para o mal.
Um ponto fundamental e urgente da estratégia abolicionista é, que os respeitadores da Terra, da Vida, da Paz, da Tranquilidade, da Ética, da Compaixão se organizem e contribuam para a educação da juventude no sentido do respeito pelo ambiente e pelos seus seres vivos, vegetais e animais, humanos e não-humanos.
Que se apresente e difunda a força dos argumentos do senso comum e da ciência com os meios do contacto directo, do exemplo, da comunicação social, da solidariedade e em texto, palestra, vídeo.
Que se produza bom material didáctico e se ponha à disposição de professores e escolas.
Além de ser uma acção positiva e libertadora para os animais não-humanos, também o é para a sociedade humana.
Os animais juvenis, não-humanos e humanos, são receptivos a experiências que os impressionam e marcam para a vida, de uma maneira geral de maneira tão mais forte, quanto mais precocemente elas acontecem. É mais uma semelhança entre as espécies animais não-humanas e a humana, além do esquema anatómico, a fisiologia, a neurologia, a emotividade, a consciência do que se passa à sua volta, a capacidade de experimentar empatia ou desconfiança, medo, prazer, dor, etc. Animais juvenis aprendem com os progenitores e, por exemplo, a confiar nos humanos, se têm cedo um contacto agradável com gente.
Já agora, deixo-lhe a minha opinião a propósito de activismo e de estratégias.
O filósofo Arthur Schopenhauer afirmou que:
“O Homem faz da Terra um inferno para os animais”
e
“A compaixão universal é a base de toda a moral”.
Penso que concordamos com isso!
Acho que a Isabel é muito ciente da susceptibilidade dos animais e da terrível exploração e do sofrimento de que são alvo e vítimas.
Isso confrange-a, indigna-a, revolta-a. Sofre solidariamente de uma maneira terrível. Faz o possível por alertar para isso, para explicar o porquê da crueldade e, obviamente por ser ciente, professora, sincera, faz o possível por comunicar conhecimento.
Não poupa críticas aos que vitimam os animais e que as merecem.
Não teme represálias iníquas e vai aguentando críticas de outros abolicionistas motivados por outras estratégias.
É um impulso/estratégia seu que obriga à reflexão e à compreensão das pessoas, a que se deve seguir uma opinião e opção de quem a escuta ou lê. Estou certo que assim ajudou a abrir e informou a consciência de muitas pessoas para a preocupação com os animais e para o activismo na sua protecção.
Não compartilho da afirmação feita dogma de que atitudes como a sua vão afugentar ignorantes, distraídos e indiferentes. Antes pelo contrário, acho que vão fazê-los pensar e compreender.
Não é silenciando ou adoçando a pílula da crueldade que se acordam consciências.
Há muitas estratégias para a luta abolicionista.
Todas elas podem ser úteis, até as que se interessam mais pelo politicamente correcto, pelos contactos velados, pelo secretismo, por oposição a manifestações, por não se ser reactivo.
Mais me parece um distanciamento no sentimento e na preocupação pelo atroz sofrimento dos touros, dos cavalos e das pessoas que sofrem na sua consciência solidária pelas vítimas da tauromaquia.
Creio que elas se complementam e, no seu conjunto e solidariedade, fortalecem a luta.
Penso que nenhuma tem o direito de monopolizar a luta, de se considerar a única positiva e de criticar as outras.
Parece haver, por vezes mais cerimónia e respeito pelo adversário do outro lado da luta, do que pelos que lutam deste lado.
Penso que isso leva a divisionismos, frustrações, perdas de energia e de tempo e a deserções.
Eu próprio, se este clima prossegue, sou capaz de deixar o contacto com tais “activistas” supercríticos, que certamente não vão sentir a minha falta.
Tenho-me dedicado a esta luta por não saber de colegas da profissão que estejam disponíveis.
Quem me dera poder retirar-me da luta, já que vou a caminho dos 76 anos de idade!
Um abraço de toda a solidariedade e de enorme admiração.
Vasco Reis
***
Touro, Cavalo, Homem.
Nas três espécies:
O desenvolvimento embrionário é idêntico nas primeiras fases e pouco diverge nas fases seguintes, além de aspectos morfológicos e de alguns órgãos não essenciais.
Pode verificar-se que o esquema anatómico (aparelhos e sistemas) é comum; fisiologia e neurologia são idênticas.
A semelhança de sistema nervoso (centros nervosos, nervos) é flagrante.
A partir de encéfalos (central onde se processa o sentir, o pensar, o compreender, o decidir, o reagir) com estruturas correspondentes nas três espécies, é de se esperar que senciência/sentidos, emoções, consciência, sentimentos, estados de disposição, reacções sejam muito semelhantes nas três.
Os vários comportamentos confirmam isso mesmo, implicando semelhanças de necessidades (ar, alimento, água, movimento, espaço, liberdade); de sentidos; de consciência do que se passa à volta; de inteligência; de sentimentos; de emoções; de humores; de reacções a agressão, dor, ferimento, susto, prisão, cio; de confiança e desconfiança; de amizade; de sentido de guarda e de protecção; de ligação sentimental maternal, filial, paternal, fraternal, de grupo; de gosto por carícia, por desafio, por provocação, por brincadeira, etc.
Agressão a um touro ou a um cavalo - seres sencientes - é causadora de sofrimento, não muito diverso do que sofreria um ser humano em circunstâncias análogas.
Sofrimento físico (dor) é fundamental para compelir o ser a defender-se, a afastar-se do agente causador e a procurar segurança e alívio. A dor é assim fundamental e imprescindível para a defesa e a sobrevivência do ser e da espécie.
Não é reacção que se ponha de lado com mais ou menos excitação ou com mais ou menos hormonas (ao contrário do que Illera pretende na sua pseudo ciência).
As plantas são seres desprovidos de sistema nervoso e, portanto, não podem sentir dor, não têm consciência, não podem reagir rapidamente, não podem fugir. Não sofrem!
Vasco Reis, médico-veterinário
Aljezur, 13 de Janeiro de 2014.
Senhores da prótoiro:
Estamos quase a chegar ao fim do ano de 2012.
E como todos sabemos, Portugal inteiro sabe, o mundo inteiro sabe, que este foi o ano em que a tauromaquia foi ferida de morte, e está moribunda.
Não queria entrar no ano 2013, ano em que ENTERRAREMOS definitivamente esta peste negra, que polui o ar que respiramos, sem vos deixar um agradecimento e umas poucas sugestões.
Gostaria muito, de começar por umas palavras que li algures, e que dizem assim: «Contaram-me recentemente de uma tribo africana que faz uma coisa maravilhosa. Quando alguém faz algo mau ou que magoe outrem, pegam nessa pessoa e levam-na para o meio da tribo e durante dois dias toda a tribo o rodeia dizendo-lhe tudo de bom que ele já tenha feito. A tribo acredita que todos vimos ao mundo BONS e cada um desejando felicidade, paz, segurança e amor. Mas muitas vezes na procura dessas coisas, as pessoas cometem erros. A comunidade vê estes erros como um pedido de ajuda. Juntam-se todos pelo seu companheiro para o levantar e o religar à sua natureza e lhe lembrar quem ele é, até ele se lembrar da verdade a que se desligou temporariamente: "eu sou BOM".
Pois isto seria ouro sobre azul. Traria à humanidade alguma esperança de recuperação de seres desencaminhados.
Cada um dos que fazem parte desta “tribo”, denominada prótoiro, terá feito na vida uma ou outra coisa a que possamos chamar “boa”?
Essa é a grande dúvida, que me leva a rejeitar (mas não totalmente) o método dos Masai. Mas irei por outro caminho.
Este ano, que está quase a acabar, foi farto em abominações da vossa parte, que beneficiaram sobremaneira a Causa da Abolição das Touradas. Sabeis disso.
E é isso que gostaria de agradecer à prótoiro. Essa grande AJUDA, que nos deram, pois o vosso evidente desprestígio entre a população portuguesa, conduziu-vos à queda iminente.
Cada post, cada texto, cada fala, cada intervenção pública só serviu para vos desmascarar, e mostrar a vossa verdadeira índole.
Até quando tentam caluniar os anti-touradas (como já fizeram com a Rita Silva, com o Paulo Borges, comigo própria) estão a atirar a prótoiro para a lama.
Quem é que, em Portugal, (tirando os tauricidas e aficionados, uma minoria visível a olho nu), vos dá crédito?
Ninguém. Podeis crer. É um facto inegável.
Como diriam os nossos amigos brasileiros: vós estais mais sujos do que pau de galinheiro.
Como penso, contudo, que todos os seres devem ter uma oportunidade de se recuperarem, deixo-vos aqui um repto. Talvez nunca o tivessem feito com olhos de ver. Mas façam-no agora. É um favor que fazem a vós próprios.
Coloquem-se diante de um espelho e olhem bem para a vossa cara, ou melhor, olhem bem para os vossos olhos. Encarem-se, como se o do outro lado do espelho fosse outra pessoa. E perscrutem o que os vossos olhos que, como sabem (ou não) são as janelas por onde a alma espreita a Vida, vos dizem de vós. E deixem-se estar assim, olhos nos olhos, uns quinze minutos, no mínimo.
Entretanto vão perguntando a vós próprios: «Quem sou eu? O que sou eu? O que fiz eu? Quando tiver de prestar contas dos meus actos (e vocês, que são muito católicos, apostólicos, romanos, sabem que terão de prestar contas dos vossos actos ao verdadeiro Senhor do Universo que, como sabeis, não é ninguém da prótoiro, nem do governo português, nem o padre da paróquia que vos apoia) o que terei para dizer?
E então, no espelho, vereis desenhar-se umas novas caras. Enfrentai essas novas caras. Continuai a olhar para elas, com olhos de ver. Então, lentamente, vereis também outros olhos. Os olhos daqueles que sacrificastes à vossa ganância. Uns olhos suplicantes. Aguentai firme esses olhos. Não desvieis os vossos olhos desses olhos, de modo algum.
Lentamente o espelho transformar-se-á num mar de sangue. E entre esse sangue, encontrareis o vosso olhar estarrecido, e tereis então encontrado a resposta para as vossas perguntas: Quem sou eu? O que sou eu? O que fiz eu?
Sugiro-vos, veementemente, que façam esta experiência.
Saíreis dela com a verdadeira dimensão das vossas vidas e de quem sois.
É muito triste que determinados “homens” dos nossos dias continuem com índices tão elevados de irracionalidade e de falta de sensibilidade em relação ao sofrimento de outros seres vivos, apenas porque não se conhecem a si próprios.
Vocês sabem que os vossos nomes ficarão COLADOS à peste negra que é a tauromaquia, para todo o sempre. Até quando o vosso corpo estiver a sete palmos debaixo da terra, desfeito em pó, e o vosso espírito, diante de Deus, a prestar contas dos vossos actos.
Isto, os padres que vos abençoam, não vos dizem. Mas deviam dizer. Porém, eles, coitados, também estão nas mesmas circunstâncias. Terão de prestar contas daquilo que NÃO FIZERAM pela Humanidade, e deviam ter feito, uma vez que se consideram “representantes” de Deus na Terra.
Agora vou deixar-vos com este recado, extensivo a todos os aficionados e tauricidas, que MENTEM sobre o “Touro de lide”:
Pois todos nós já sabemos das vossas mentiras.
Todos nós já sabemos que o que vos move é o interesse económico. A ganância.
Todos nós já sabemos que o Sadismo é a vossa mola mestra.
Como pode um grupinho, que não teve acesso a uma instrução adequada, ter a pretensão de querer saber mais do que um Zoólogo?
Todos nós já sabemos que vós não tendes a mínima razão.
Rendei-vos às evidências.
Abandonem esta actividade, imprópria de seres humanos, com alguma dignidade (se é que a têm), enquanto podem.
Depois será demasiado tarde. Saíreis de rastos.
Não queiram ser atirados para o abismo como carcaças de uma espécie já em extinção.
Saiam pelo vosso pé, enquanto têm carne e ossos, e olhos para se olharem no espelho (e fazerem aquele exercício de que vos falei).
Saiam em grande, saindo humildemente. Não vos ficará mal.
2013 aproxima-se. Tenham isso em conta.
Pensem no que vos disse. A cabeça não serve apenas para usar chapéu.
Desejo a todos uma boa reflexão sobre este assunto, neste Natal e neste final de 2012, aquele que foi o ano de todas as mudanças (disse-o desde o início), pois uma nova era, uma nova Humanidade aproxima-se.
Com a minhas saudações abolicionistas,
Isabel A. Ferreira
Não é esta a "cultura" que queremos para o nosso País...
HOJE, 21 DE MAIO, COMEMORA-SE O DIA MUNDIAL PARA O DESENVOLVIMENTO CULTURAL
Bem sei que os responsáveis pelo “correr da vida”, no nosso País, estão às voltas com a crise económica, com a corrupção, com o desemprego, com tudo o que a má gestão dos dinheiros públicos, durante estes últimos trinta e tal anos, provocou.
Contudo, não é apenas a crise económica que aflige Portugal.
É também a crise de valores. Por onde andarão eles?...
Socialmente, vivemos num caos absoluto.
Culturalmente, estamos abaixo de varredura.
E um país sem CULTURA CULTA é um país muito, muito pobrezinho. Abaixo de terceiro mundo.
Por isso, hoje, Dia Mundial para o Desenvolvimento Cultural, nada mais apropriado do que apelar à lucidez.
***
Exmos. Senhores responsáveis pelas políticas sociais, culturais e religiosas de Portugal:
Uma sociedade com inquietações éticas, responsável e solidária, não pode permitir uma prática que admite a tortura pública de um ser vivo inocente.
Existem inúmeras alternativas de diversão para um povo, que não a de aplaudir a tortura inútil e o sofrimento de um animal não humano até à morte.
Não pode justificar-se uma prática injusta, cruel, arcaica e imoral com base na “tradição” ou na “cultura”, como acontecia com outras práticas que eram vulgares, e que foram sendo abandonadas, porque evoluímos para uma sociedade eticamente mais avançada.
A tauromaquia só existe hoje, devido aos interesses económicos que estão em jogo. Interesses de uns poucos, que não têm mais razão de ser. Interesses imorais, porque são utilizados dinheiros que são públicos.
Além disso, o interesse da sociedade pelas corridas de touros e festejos taurinos está a decrescer à velocidade da luz. A sociedade diz BASTA à crueldade, à desumanidade, à impiedade, à crueza com que se trata um ser senciente, com um ADN semelhante ao dos humanos, um mamífero superior. Um ser inocente, que não tem como defender-se do homem predador, do seu carrasco.
A tauromaquia está moribunda em todos os países em que ainda se brinca com a vida de um ser vivo. Isto é um acto inclassificável. Indigno de um país civilizado, e de quem o governa.
Abolir a tourada é responsabilidade de toda a sociedade, mas principalmente dos legisladores. A mentalidade do povo aficionado está cristalizada. Não mudará. Mas a dos responsáveis pela política social e cultural não pode estar salinada, ou correrão o risco de serem tidos como incompetentes.
Senhores responsáveis, BASTA!
Os Portugueses merecem viver num país, onde os Direitos dos Animais sejam tão válidos quanto os Direitos Humanos.
Só assim podemos dizer que somos um povo civilizado, de facto.
E todos sabemos que a tauromaquia é uma doença mental grave, contagiosa, que estigmatiza, como a lepra.
Não pretenderão os Senhores Responsáveis querer mantê-la, em vez de erradicá-la, como é da vossa competência. Não ficaria bem à vossa reputação.
Na esperança de que este apelo de uma cidadã livre, responsável e com direito a viver num país onde não haja tortura, violência e crueldade contra um ser vivo, para diversão, consentidos pela LEI, subscrevo-me, atenciosamente,
Isabel A. Ferreira
Os Touros têm o direito de coexistir connosco e de não serem torturados e posteriormente mortos num espectáculo público degradante...
Eis uma brilhante carta, da autoria de Maria Lopes, Coordenadora do Movimento Internacional Anti-Touradas, que passo a transcrever, com a devida vénia, por considerá-la um documento relevante para a causa da abolição da TORTURA DE TOUROS, em Portugal e no mundo, e por concordar inteiramente com o seu conteúdo.
http://semtouradas.posterous.com/
«Exma. Senhora Deputada,
Aquando das suas declarações, em representação do grupo parlamentar do PS, relativamente à discussão da petição pela Abolição das Corridas de Touros em Portugal, foi proferida por si uma frase que consideramos espantosa. Se a memória não nos engana, a senhora afirmou e passamos a citar: «As touradas não foram instituídas nem por decreto nem por despacho e não devem ser abolidas nem por decreto nem por despacho». As touradas não foram instituídas por decreto ou por despacho assim como muitas outras actividades não o foram, no entanto a crer nos historiadores deste país, as touradas mesmo não tendo sido instituídas por decreto ou por despacho foram proibidas por decreto no reinado de D. Maria II.
O decreto do Governo de Passos Manuel (de 19/IX/1836) proibiu «em todo o reino as corridas de touros considerando que são um divertimento bárbaro e impróprio de nações civilizadas, e bem assim que semelhantes espectáculos servem unicamente para habituar os homens ao crime e à ferocidade».
A história está cheia de costumes/tradições (direito consuetudinário) que não foram instituídos por decretos, mas que foram proibidos por decreto/despacho.
O que ontem era aceitável mesmo sem lei, hoje não o é e por isso tem que ser proibido ou regulado por lei.
É comum a afirmação que as mulheres são seres mais sensíveis ao contrário dos homens. Não vamos discutir se tal afirmação é ou não veraz, no entanto podemos afirmar que no que a si respeita, a senhora não demonstra qualquer sensibilidade ou empatia quando se trata de outros seres que sofrem tal como nós.
A sua frieza e o seu comportamento provam que a senhora não sente o mínimo de compaixão por ninguém. Não se sinta orgulhosa do seu discurso no parlamento porque se os taurófilos o consideram brilhante e já agora nas palavras deles leal, todas as outras pessoas sensíveis e empáticas consideram-no patético e desprezível.
A senhora não foi eleita para defender os interesses de uma minoria, neste caso os taurófilos, mas sim para defender os interesses da maioria dos seus eleitores. Será que aqueles que a elegeram defendem touradas? Uma minoria talvez. Mas teria a senhora sido eleita se fosse isso que tivesse para lhes oferecer? Temos a certeza que ninguém a elegeria se soubesse que a senhora iria defender o indefensável.
As suas declarações são falaciosas quando afirma que a tauromaquia não recebe subsídios e é totalmente independente do Estado e são vergonhosas quando fala em liberdade e tolerância.
A indústria tauromáquica recebe milhões de subsídios dos organismos públicos deste país e da UE e não adianta negar. Como exemplo o Governo Regional dos Açores entregou entre 2004 e 2010 mais de 2.700.000,00 milhões de euros a essa mesma indústria. É algo que a senhora deverá saber uma vez que foi entre 2008 e 2009 directora geral da cultura do Governo Regional dos Açores.
Quanto à liberdade e tolerância que liberdade minha senhora? A liberdade de uns quantos se regozijarem com a tortura de um ser senciente? A tolerância de continuar a permitir um espectáculo que permite a tortura de animais?
Minha senhora a sua liberdade e tolerância terminam no momento em que outro ser é impedido de ter a liberdade de não ser torturado. Todos os animais à face deste planeta, não são objectos dos quais podemos dispor a nosso belo prazer. Com eles compartilhamos este espaço e para com eles temos deveres e sim eles têm direitos por mais que seres supostamente iluminados como a senhora continuem a negá-los. Têm o direito de coexistir connosco e têm o direito a não ser torturados e posteriormente mortos num espectáculo público degradante.
O seu discurso é de facto leal ao lobby tauromáquico mas é imoral e totalmente desprovido de ética.
Nunca é tarde para mudar mas algumas pessoas, como a senhora, persistem em viver no obscurantismo.
Maria Lopes (Coordenadora)
Movimento Internacional Anti-Touradas
www.iwab.org
A intervenção de Maria Gabriela Canavilhas, deputada do PS na Assembleia da República, na discussão da Petição nº 2/XII/1 sobre «o fim das corridas de touros em Portugal» pode ser vista aqui (canal do PS no YouTube).
É o sofrimento de um ser vivo torturado barbaramente para “divertir” um
punhado de mentes perversas que estará em causa no dia 19 de Janeiro
PELA ABOLIÇÃO DAS TOURADAS EM PORTUGAL
(Carta enviada directamente a todos os Partidos com assento Parlamentar
e ao Senhor Presidente da República)
Senhores Deputados:
No próximo dia 19 de Janeiro, a Petição lançada pelos anti-taurinos e que solicita o fim das Corridas de Touros em Portugal irá ser discutida em plenário na Assembleia da República, segundo notícia que por aí circula.
Escrevo esta carta em nome de todos os que não têm voz nem meios para expressarem o que sentem acerca do assunto acima referido.
É nossa convicção de que a Assembleia da República Portuguesa irá tomar a decisão mais adequada aos tempos modernos, e de modo a honrar condignamente o bom-nome de Portugal.
Nesse dia, milhares de olhares estarão voltados para o nosso País. Graças ao prodígio da Internet, Portugal já não está “orgulhosamente só”.
O dia 19 de Janeiro poderá assim ser um dia histórico em que a Lucidez, o Bom Senso, a Sensibilidade, a Ética, a Inteligência e os Valores Humanos se sobreporão à Ignorância.
Poderá ser o dia em que a claridade dará lugar às trevas medievais que ainda pairam sobre a nossa Cultura, e a ensombram.
O País já está de rastos. Pouco ou nenhum prestígio tem no mundo, pelos motivos que todos nós sabemos, e mais desprestigiado ficará se teimar em dar continuidade a um espectáculo degradante e sangrento, violento e cruel, que mancha a Dignidade de qualquer povo que se diga civilizado.
Não é por acaso que num universo de centenas de nações, apenas oito tristes países (de origem latina) insistem em manter uma diversão bárbara, digna dos mais primitivos tempos da Humanidade.
Temos como certo que a Assembleia da República Portuguesa terá em conta os argumentos, demonstrados cientificamente, que atiram por terra esta “tradição” obsoleta, num momento em que a Tauromaquia está a ser fortemente contestada em todo o mundo.
Temos a certeza de que os Deputados da Nação não vão expor-se ao ridículo perante o mundo, sendo a favor de algo tão desonroso para a Humanidade, e não só para Portugal.
Os Touros e os Cavalos não merecem ser torturados numa arena para divertir um punhado de sádicos. A que propósito?
No passado dia 10 de Janeiro, lançámos um repto ao aficionados da Corrida de Touros, no sentido de tentarmos perceber os motivos da “importância” para o País de manter esta “diversão”, considerada por especialistas «uma actividade patológica, de desvio de personalidade», e para tal colocámos-lhes duas questões que gostaríamos de ver respondidas, com base na Lógica e na Razão.
As perguntas foram as seguintes:
- Sabem porquê só OITO países, num universo de centenas, que existem no nosso Planeta, ainda preservam a Corrida de Touros?
- Dêem-nos uma razão (uma só basta) que nos convença de que massacrar Touros numa arena é necessário e condizente com os valores do Ser Humano, trazendo uma mais valia à Cultura Portuguesa.
Até hoje estamos a aguardar uma resposta.
Dos muitos aficionados (eles dizem que são muitos) que existem de norte a sul do País, nenhum se dignou ainda a responder-nos.
O que nós queríamos era que eles pudessem argumentar de tal modo que nos fizesse mudar de ideias e aceitássemos o Massacre de Touros como um bem social, um entretenimento saudável e de acordo com a Lucidez, com a Ética, com a Razão, com a Lógica, com a Cultura culta, com a Civilização, com o Bom Senso, com a Sensibilidade e com a Evolução de Mentalidades, integrado nos parâmetros de uma sociedade do Século XXI, depois de Cristo.
É também esta resposta que aguardamos que os Deputados da Nação Portuguesa dêem aos Portugueses, no próximo dia 19 de Janeiro.
Atentamente,
Em nome dos que não têm voz,
Isabel A. Ferreira
Conheci-o um dia, na Póvoa de Varzim. Foi à Cooperativa «A Filantrópica», na sua qualidade de Polícia, falar sobre a Droga e as suas consequências.
Tivemos, os dois, uma conversa interessante, profunda, acerca do sofrimento dos pais de toxicodependentes, os quais preferem vê-los mortos-mortos do que mortos-vivos. E isso feria a sua alma de homem-polícia.
Começou aí a minha admiração pelo Dr. Moita Flores. Nessa noite conheci um homem sensível. Coisa rara nos tempos que corriam (e ainda correm).
Depois vieram os filmes na TV, dos quais gostei muito. Vieram os livros, bem escritos. E a minha admiração continuou intacta.
Até ao dia 25 de Agosto de 2010, quando o Dr. Moita Flores divulga uma Petição a favor do «Massacre de Touros». Muito bem escrita, aliás. Um apelo brilhante ao que chama os “Direitos da Terra”. Quase convence as pedras dos caminhos campestres, bordejados de flores amarelas, que os seus pés pisaram na infância.
Quase.
Mas não convence. Sabe porquê?
Porque o que lhe interessa não é defender o «Massacre de Touros» (vulgo touradas) a que chama Festa Brava, nem sequer o respeito pelos Direitos do Homem casados e em sintonia com os Direitos da Terra. Linda, esta frase. Gostei.
O que o Dr. Moita Flores defende é pura e simplesmente isto: uma “festa”, dita brava, em que um mamífero superior, que possui sistema nervoso central, tal como o Dr. Moita Flores, é massacrado até quase virar um picado de carne a sangrar por todos os orifícios que lhe fazem quando lhe espetam as farpas.
Quando diz que defende «os valores da Terra, da Vida e dos ritos exorcizadores da Morte, em defesa dos animais, dos touros, dos cavalos, dos pastores e dos campinos, da economia agrícola e animal associada à Festa e ao espectáculo, em nome do PROGRESSO com Memória, em nome do DESENVOLVIMENTO sem perder o sentido da História», está a querer enganar quem?
Defender os valores da Terra, da Vida dos ritos exorcizadores da morte? Da morte de quem? Da sua, Dr. Moita Flores, ou da do Touro?
Em defesa dos animais, dos touros, dos cavalos, quando estes são sangrados lentamente, durante umas duas horas, impiedosamente, numa arena, cheia de criaturas a babarem-se diante do sangue desses mesmos animais?
Defender pastores, campinos? A quem quer enganar?
Da economia agrícola e animal associada à Festa e ao espectáculo, em nome do PROGRESSO com Memória, em nome do DESENVOLVIMENTO sem perder o sentido da História?
O que é isto?! Está a querer fazer do povo Português parvo?
Fale-me antes na DEFESA dos lobbies poderosos, dos ganadeiros e de outros, à custa da tortura e do massacre de animais magníficos. Isso sim.
O Dr. Moita Flores perdeu toda a sua razão quando diz: «Cheguei à idade onde já não há paciência para ser insultado por uma horda de analfabetos».
Horda de analfabetos? Quem? Nós? Os que defendem a VIDA, a CULTURA CULTA, a CIVILIZAÇÃO?
«Cheguei à idade da tolerância mas também ao tempo onde, mais do que nunca, acredito que só é possível salvar os Direitos do Homem se com eles salvarmos os Direitos da Terra».
Outra bela frase, para constar nos seus romances.
Quem pretende enganar com os Direitos do Homem e da Terra?
Nós falamos de DIREITOS DOS ANIMAIS.
Já viu bem o que pede que assinem na sua petição? Vou repetir: «Convido-vos a todos. Aos meus irmãos homens, às minhas irmãs mulheres, que afirmem por este abaixo-assinado fora, este combate pela CIDADANIA e pelos DIREITOS DA TERRA para que ninguém se amedronte perante a gritaria histérica de alguns.
CIDADANIA? Qual? A do direito a torturar um animal?
DIREITOS DA TERRA? Quais direitos da terra? Os direitos da terra beber o sangue derramado pelos Touros e pelos Cavalos quando estão a ser massacrados?
Quem são os histéricos aqui?
São os que gritam «BASTA DE MASSACRAR ANIMAIS», ou os que gritam “OLÉS” quando uma farpa fura o corpo do Touro e um jorro de sangue lhe escorre pelas costas, e mancha a terra que há-de “beber” esse sangue?
Veja a incongruência das suas palavras: «E fazem abaixo assinados, procurando destruir sem compreender, protestar quando a verdadeira essência do seu protesto são as suas PRÓPRIAS CONSCIÊNCIAS.»
Que consciências? Não somos nós que massacramos animais. As nossas consciências estão tranquilas. A sua não está?
E diz mais o Dr. Moita Flores: «Nem é o sofrimento do animal, como eles dizem, que os move. Pois se o fosse, estariam aos gritos em todos os locais em que se “fabricam”com hormonas, frangos, vacas, ovelhas para alimentar a cidade. Estariam às portas dos grandes matadouros escutando os urros de milhares de animais que adivinham o cheiro da morte. Estariam nas barricadas contra as guerras que matam homens e crianças, na linha da frente da luta pelo renascimento do campo e das culturas rurais, na linha da frente contra a violência doméstica.»
Anda cego e surdo, Dr. Moita Flores? Só lê e vê o que lhe interessa? Quem luta pela abolição do «Massacre de Touros», luta igualmente por todas as formas de tortura praticada contra seres humanos e seres não-humanos, em igual medida. Só não vê quem não quer ver. Só não sabe quem não quer saber.
E em seguida o Dr. Moita Flores diz esta barbaridade: «Não! Nada disto. Apenas (são) contra a PRETENSA violência contra os touros bravos. Nem pelo outro argumento comodista e repetido de que não são contra o abate dos animais mas sim contra o espectáculo que, no caso português, nem os abate. Maior hipocrisia não existe. Nem paciência para discutir a fé de angustiados.»
PRETENSA, Dr. Moita Flores? Esburacar um animal com farpas até o fazer sangrar é “pretensa violência”?
Pois quanto ao abate, do mal, o menos. Nesse aspecto os espanhóis são mais “humanos”, abatem logo o Touro na arena, e não o deixam em sofrimento atroz dias seguidos.
Os hipócritas aqui quem são, Dr. Moita Flores? Pretende chamar “água” ou "sumo de tomate" ao sangue derramado do Touro?
Fé de angustiados, Dr. Moita Flores? Linda frase, para constar nos autos de fé, dos “outros que tais”, em outros tempos.
E agora vem o mais inconcebível: «É a minha crença profunda. E sei que o combate passa por afirmar a defesa dos símbolos, dos valores, dos ritos, das cargas simbólicas que consolidaram a nossa secular matriz identitária.»
Símbolos? Valores? Ritos (medievais)? Matriz identitária? Por quem é Doutor! Portugal não precisa de se identificar com a barbárie. Já lhe basta a incompetência e a falta de Ética dos governantes.
E esta então é hilariante: «E esse combate feito de muitas frentes de luta, tem numa delas os ‘talibãs’ que em nome dos direitos dos animais procuram destruir os animais, a economia que os sustenta e os animais sustentam, além da cultura a eles imanentes».
Talibãs? Então, agora já sei quem me chamou “talibã”, escondido sob um pseudónimo, no meu Blogue!
Em nome dos animais procuram destruir os animais? Iliteracia pura.
Já a economia que sustenta uns tantos à custa do Massacre de Touros, aí fale-me disso. A abolição desta tortura vai mexer nos bolsos de muita gente, que os tem a abarrotar com dinheiro manchado de sangue.
Cultura a eles imanentes? Que cultura? A Cultura da Morte?
DESILUDIU-ME COMPLETAMENTE, Dr. Moita Flores.
Sei que está-se nas tintas para a minha consideração, bem como eu estou-me nas tintas por me chamarem “talibã”. Direi como D. Manuel Martins, antigo Bispo de Setúbal, a quem um dia ouvi salientar: «se ser comunista é defender os direitos dos mais necessitados, então eu sou comunista».
Se ser talibã é DEFENDER os direitos de todos os animais humanos e não-humanos, então eu sou TALIBÃ.
Com muito gosto.
Web site da imagem de Moita Flores: estig.ipbeja.pt