(Noções científicas que caracterizam estes três mamíferos, e podem ser confirmadas por qualquer cientista honesto)
Origem da foto: http://acucar-e-arte.blogspot.pt/2011_09_01_archive.html
Por Dr. Vasco Reis (Médico Veterinário – Aljezur)
1ª - O desenvolvimento embrionário é idêntico nas primeiras fases e pouco diverge nas fases seguintes, além de aspectos morfológicos e de alguns órgãos não essenciais.
2ª - Pode verificar-se que o esquema anatómico (aparelhos e sistemas) é comum; fisiologia e neurologia são idênticas.
3ª - A semelhança de sistema nervoso (centros nervosos, nervos) é flagrante.
4ª - A partir de encéfalos (central onde se processa o sentir, o pensar, o compreender, o decidir, o reagir) com estruturas correspondentes nas três espécies, é de se esperar que senciência/sentidos, consciência, sentimentos, estados de disposição, reacções sejam muito semelhantes nas três.
5ª - Os vários comportamentos confirmam isso mesmo, implicando semelhanças de necessidades (ar, alimento, água, movimento, espaço, liberdade); de sentidos; de consciência do que se passa à volta; de sentimentos; de humores; de reacções a agressão, dor, ferimento, susto, prisão, cio; de confiança e desconfiança; de amizade; de sentido de guarda e de protecção; de ligação sentimental maternal, filial, paternal, fraternal, de grupo; de gosto por carícia, por desafio, por provocação, por brincadeira, etc..
6ª Agressão a um touro ou a um cavalo - seres sencientes - é causadora de sofrimento, não muito diverso do que sofreria um ser humano em circunstâncias análogas.
7ª - Sofrimento físico (dor) é fundamental para compelir o ser a defender-se, a afastar-se do agente causador e a procurar segurança e alívio. A dor é assim fundamental e imprescindível para a defesa e a sobrevivência do ser e da espécie.
8 ª - Não é reacção que se ponha de lado com mais ou menos excitação ou com mais ou menos hormonas (ao contrário do que Illera pretende na sua pseudo-ciência).
9ª - As plantas são seres desprovidos de sistema nervoso e, portanto, não podem sentir dor, não têm consciência, não podem reagir rapidamente, não podem fugir. Não sofrem!
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Os animais não humanos têm consciência e sentimentos não muito diferentes dos nossos, o que um senso comum desperto compreende e como a ciência comprova.
Os bovinos vivem em grupo (manada) habitualmente e aí mantêm laços de companhia, solidariedade e, também de tranquilidade e habituação em relação ao sítio.
O sofrimento físico causado por violência (perseguição, captura, contenção, e castigo por aguilhão eléctrico, prisão, aperto na caixa de transporte, movimento e travagens do veículo) é acompanhado de enorme sofrimento psicológico (separação do grupo e do sítio, percepção da violência humana, claustrofobia, etc.).
E isto é só o início do martírio imposto pela tauromaquia. Não há paliativos eficazes a não ser a total abolição desta prática cruel.