De Arsénio Pires a 4 de Dezembro de 2013 às 10:15
Assim é, Isabel. A muita instrução não fornece, por si, alguma educação. Quando os caboucos não são sólidos não adianta pintar o prédio.
Nos deputados, creio residir a crise de descrença na democracia em que nos encontramos. Como não têm fundamentos éticos (alguns, nem a mais elementar instrução cívica...), abdicam da sua autonomia para fazer tudo o que os "chefes" no Governo lhes propõem. São uns paus mandados e alinham sempre pelo "chefe da matilha". Não representam minimente aqueles que os elegeram. Até da sua função legislativa abdicaram entregando-a aos grandes escritórios de advogados que ganham fortunas a fazer as leis propositadamente confusas para posteriormente darem pareceres com que ganham ainda mais milhões de euros.E assim temos uma Assembleia de inúteis que nada fazem e pouco dizem para além de bater palmas e vociferar "Apoiado!". Um seca!, diria o Jacinto.
Certo, Arsénio.
Agora ponho-me a pensar: eles são o REFLEXO do povo que vota neles.
Temos motivos para colocar este tipo de "democracia" em causa.
Um povo inculto vota até num poste, se esse poste tiver as cores do partido que lhe impuseram.
De Arsénio Pires a 4 de Dezembro de 2013 às 12:22
Nem mais, Isabel.
Penso que os políticos deviam deixar de ler tanto os jornais e espreitar mais a internete. Nos fóruns dos jornais, nas páginas do fecebook, twiter, etc. é que o povo diz o que lhe vai na alma. É por aqui que a democracia passa.
Mas eles estão formatados.
Votam nos postes que tiverem a cor do seu partido! (Bem achada esta...! Parabéns!)
Os jornais só dizem o que interessa ao goverrno e aos partidos.
Nas redes sociais é que se falam as verdades que eles não querem ouvir, nem querem que se fale delas.
Mas... de vez em quando damos-lhes "um banho" com as nossas mensagens.
Essa do "poste" tem uma história interessante.
Andei a fazer uma "sondagem" ao povo, numa ocasião de eleições autárquicas, e numa determinada terrinha, onde "reinava" o PSD, e perguntei a um grupinho de homens que estava na cavaqueira à porta de uma tasca: Então, em quem vão votar? No PSD, claro! E sabem quem é o candidato? Não sabiam, mas não importava nada. Tinham de votar naquele quadradinho do boletim de voto, com a setinha cor-de-laranja virada para cima.
E eu então perguntei: e se o candidato for um poste? Votamos no poste.
Escrevi um artigo sobre este episódio para o Jornal »O Comércio do Porto» (há quanto tempo?) e foi censurado pela direcção PSD. Estávamos no pós-25 de Abril.
De Arsénio Pires a 4 de Dezembro de 2013 às 14:38
Excelente "estória"!
Entretanto... os postes aí estão.
Sempre os mesmos!
Historia verdadeira, Arsénio.
E os postes são como os chapéus: há muitos! E sempre os mesmos, sim.
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